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História My Neighbor - Happy birthday


Escrita por: whysmoldobrev

Capítulo 35 - Happy birthday


Fanfic / Fanfiction My Neighbor - Happy birthday

 

 

P.O.V. Nina Dobrev

 

 

Lembro quando minhas amigas diziam que todas as pessoas possuem sexto sentido, principalmente as mulheres, mas que o meu era de apavorar. Todo vez que eu pressentia algo, tinha a impressão que algo estava prestes acontecer... Boom! Sempre acontecia! Talvez fosse apenas a ansiedade pelo dia de hoje, talvez não, mas meu peito estava apertado, a sensação de que alguma coisa está a caminho mesmo sem saber se é algo bom ou ruim. Imediatamente, e involuntariamente, corri a mão pela minha pequena barriga por cima do tecido fino da blusa, com medo por ele, com medo pelo meu bebê. Nada aconteceria com ele, certo? Um arrepio passou pela minha espinha ao pensar no que esse suposto pressentimento queria dizer.

Senti a mão de Ian apertar a minha e, na mesma hora, relaxei.

— Tudo bem? Não gostou do filme? — Notou minha mão sobre a barriga, pensando que fosse mal estar. — Forte demais pra você? Quer ir ao banheiro botar pra fora? — Riu fraco.

— Engraçadinho! — Disfarcei, empurrando seu ombro e o acompanhando na risada, enquanto ele beijava minha bochecha e saiamos pela porta do cinema.

Ian estava encarregado em me distrair o dia inteiro, afinal, nossos amigos estavam preparando a tal festa em comemoração ao meu aniversário, que segundo Candice, seria a mais incrível e inesquecível de todas! Exagerada... Já tínhamos ido almoçar fora, no parque, e agora mesmo, havíamos visto um filme de terror horrendo, e eu sinceramente, parecia uma velha rabugenta, já estava exausta e resmungando. Ian levou minha irritação em consideração e já que a noite caia sobre nós, resolveu me levar pra casa e começar nos arrumar. 

Enquanto o veículo andava e o silêncio reinava dentro dele, eu estava em meio de uma reflexão, uma verdadeira linha do tempo, pensando em como o tempo passou e como muitas coisas mudaram e também passaram junto com ele. Há tempos, eu e Ian nos odiávamos e agora estamos namorando há dois meses, talvez mais, temos planos futuramente e teremos um filho, céus! As coisas mudaram de súbito, repentinamente sem que ao menos percebêssemos. E o mais inacreditável, meu coração está totalmente e cem por centro aberto, com total confiança de que ele me ama, completamente ao contrário da minha desconfiança de antes.

Ele tem um jeito, um jeito especial, um jeito onde eu conseguia notar o seu possível amor por mim até mesmo pelo tom de sua voz ou olhar, quando ele fitava-me com seus grandes mares, mais conhecidos como seus olhos, pareciam me contemplar ou admirar algo presente em mim e isso me deixava com certeza daquilo que ele garantia sentir. Pensando nisso, fui direto naquela dúvida... Como ele reagiria ao saber que teria um filho? Um filho nosso? Nessa noite, quando eu o levasse no quarto e compartilhasse com ele a mais recente novidade, como ele ficaria? Do meu lado, certeza! Ele nunca diria não á uma coisa dessas, nunca me deixaria sozinha, não é?

Me deixou em frente a minha casa e atravessou a rua, indo em direção á sua. Subi as escadas notando o silêncio da casa e deduzi que mamãe e Alex já estavam presentes na festa.  Fui direto tomar um banho, relaxar e ficar mais leve, tentar tirar o peso das minhas costas. Escolhi um vestido azul e soltinho, bem simples, mas lindo ao mesmo tempo. Rendado e de frente única, um pouco acima dos joelhos. Prendi a metade do cabelo em uma trança. Não passei muita maquiagem na tentativa de parecer o mais simples possível, tendo em mente que Ian gostava assim, gostava quando não exagerava e deixava tudo transparecer na beleza natural. Segundo ele, eu ficava muito mais linda assim. Encarei o resultado no espelho e sorri satisfeita. 

Acariciei Lynx antes de sair, trocando seu pote d'água e fechando a porta em seguida, indo para a casa do meu namorado.  

 

(...)

 

Avistei ele em frente ao espelho, ajeitando seu cabelo, vestindo uma blusa social branca, calça jeans e jaqueta de couro preta que o deixava estupidamente mais gostoso que o normal. Eu estava o secando, literalmente. Olhei por um bom tempo em sua bunda que parecia ainda mais apertável e louca pra...

— Deus, tem uma tarada no meu quarto! — Estava rindo, provavelmente notando meu olhar faminto sobre o seu corpo de Deus Grego, foi se virando e logo seu sorriso desapareceu ao me olhar, ao me observar por completo. Sua expressão estava séria e ele engoliu em seco, me desesperei.

— O que?! O que foi? — Exigi uma resposta. — Tá feio, não é? Eu deveria ter colocado outro vestido ou soltado o cabelo... — Já estava me retirando toda sem jeito por ele não ter aprovado minha aparência quando me puxou pra perto.

— Não, pare de falar... Você está... — Pareceu procurar palavras, engolindo mais uma vez e sua respiração havia acelerado sem que eu percebesse. — Deslumbrante! — Acariciou meu rosto e deitei minha cabeça em sua mão, aproveitando o carinho. — Definitivamente sem maquiagem fica mais bonita que o normal, não consigo lidar com você! — Seu sorriso era totalmente abobalhado, seus dentes brancos e perfeitos, os olhos azuis com aquele brilho que eu adorava ver. Aquele sorriso me desmontava por inteira.

— Ian... — Chamei sua atenção já que ele me olhava, mas parecia estar em outro mundo, perdido em meio a pensamentos. — Promete que isso não vai acabar? — Era possível notar o receio, a fragilidade e medo que o tom de minha voz tinha.

— Isso o quê? — Ele agora segurava meu rosto com as duas mãos e com a maior delicadeza do mundo.

— Nós. Promete pra mim que independente do que acontecer, nós não vamos nos separar ou ficar longe um do outro de maneira nenhuma!  — Ainda sustentando meu rosto, me olhou confuso. — Apenas prometa... — Repeti fechando os olhos, impedindo as lágrimas teimosas de cairam ou então ele me questionaria sobre o que eu temia e ainda não poderia saber de nada. 

— Sabe isso que estou segurando entre as minhas mãos agora? — Sorrindo doce, se referiu á minha face. — É a coisa mais preciosa que existe pra mim. — E pronto, adeus controle, as lágrimas cairam no mesmo instante e meu coração acelerava exatamente como sempre acontecia ao lado dele, marteleva e meu peito aquecendo com o amor recebido e a reciprocidade. — E aqui... — Continuou, pegando uma de minhas mãos, levando a mesma até seu coração e percebi que eu não era única, o seu batia como uma metralhadora e descompassado. — Está sempre assim por causa de você, você foi, é e sempre será a única que o tocou... — Me encontrava como uma menininha, soluçando sensível sensível ao ouvi-lo dizer tudo isso... Seus olhos penetravam os meus. —  Já disse pra confiar em mim e sei que confia. Prometo que não acabará se depender de mim. 

E por algum motivo, suas palavras pareciam ser as mais sinceras que eu já havia escutado, eu tinha fé e confiança nele. E o mais importante, eu tinha amor e é o que basta pra acreditar em qualquer coisa que ele dissesse.

— Se depender de mim também não... Nunca. — Fiz o cafuné em seu cabelo com a ponta dos dedos, aquele que eu sabia que ele adorava, indo em direção á sua bochecha, circulando seus olhos e pálpebras, decorando cada detalhe perfeito. Ele tinha os olhos fechados e os lábios abertos.

Ele olhou para Moke que estava em cima da sua cama e sorriu bobo, parecia realmente gostar do bichano.

— Olha, nosso filho dormindo sobre a cama todo preguiçoso, nem faz um dia que está aqui e já abusa! — Disse divertido, me segurando junto ao seu corpo e tremi ao ouvir ele falar "nosso filho". Se eu já estava chorando... Depois disso estava mais ainda!

Respirei fundo pensando que hoje isso teria fim!

 

         (...)


           
          Tudo estava lindo, impecável! Candice levava jeito com festas e decorações, ela teria um grande futuro se continuasse nesse caminho. Amigos e familiares estavam aqui, até mesmo Joseph conversando com uma loira que deduzi ser sua irmã. Nós estavámos andando pelo jardim, Ian tomava whisky e eu recusei a bebida na hora, logo expliquei que não podia beber e ele estranhou, mas não perguntou, ainda bem! 

— Fotos do nosso casal principal e mais lindo não podem faltar, é claro! — Candice parou em nossa frente com uma camêra grande e profissional. 

Ian me abraçou e encostou os lábios em minha testa, depositando um beijo delicado, logo me pegou rápido e mais feroz, beijando minha boca dessa vez, enquanto eu ria pela surpresa. Os flashes vinham sobre nós. 

— Arghhhhhh, vocês são lindos demais pra suportar!!!!! — Candice reclamou e pediu para continuarmos, mas Ian de repente ficou sério, não parecia prestar atenção em nenhuma de nós, sua mão em minha cintura apertou com força e sua mandíbula travou, juro que pude ouvir o barulho de algo trincado. — Continuem posando pra mamãe aqui! Ian sorria e olha pra camêra! — Ele a ignorou mais uma vez e ela bufou.

Acompanhei na direção que ele fitava com raiva e frieza no olhar e entendi o porquê da mudança repentina de humor. O porquê possuia quatro letrinhas, N, A, T e E. Nate. Ele estava aqui pra complicar o meu dia. Não que eu não o quisesse ali, pelo contrário, eu queria e muito sua presença, era importante pra mim, mas complicaria as coisas entre mim e Ian... Sempre complica!

— Antes que você brigue com a Nina.... Lembre-se que o aniversário é dela, não estrague tudo! — Candy recordou ele. Ela era rápida, já havia percebido tudo. 

Continuei estática, sem saber o que fazer ou dizer. Ian parecia criar uma morte lenta e dolorosa para Nate em sua cabeça já que ele ainda não havia parado de o encarar.

— O que diabos ele está fazendo aqui? — Rosnou pra mim, ainda não olhando para algum outro lugar ou pessoa que não fosse o meu ex-namorado.

— Como eu vou saber? Eu disse que ele havia sumido!

— É a sua festa de aniversário. É o seu ex-namoradinho. Você que deve ter o covidado, ora essas! — Zoou com a minha cara, finalmente mirando meu rosto com aquela típica expressão sarcástica em seu rosto. A que eu tanto odeio!

Respira fundo, Nina... Respira fundo!

— Eu não convidei. — Neguei dando de ombros e ele fechou os olhos em duas fendas, me olhando com desconfiança. — Porque diabos eu o convidaria tendo ideia que você reagiria infantil desse jeito? — Suas pupilas dilataram e a raiva em seus olhos aumentaram.  — Vontade não faltou!  

Admito que isso passou dos limites, mas era pra provocá-lo mesmo, e também, já estava cansada desse ciúmes sem motivo! Nunca mais aconteceria nada entre eu e Nathaniel, será que era tão difícil colocar em sua cabeça que eu o amo e que nenhum iria, jamais, me tirar dele? 

— "Vontade não faltou!", sério isso? — Debochado deveria ser o sobrenome dele, depois de tanto tempo e eu ainda não me acostumo com esse seu jeito e gênio difícil, sempre acabo perdendo a paciência ou me machucando.  — Se quer tanto dar pra ele, porque não dá de uma vez e para de me fazer de idiota?!  — Praticamente gritou e todos ouviram. 

Meus olhos umideceram e dei um tapa forte em sua cara, deixando a marca de meus dedos na pele branca. Ele estava me ofendendo. Achava mesmo que eu estava o traindo a todo custo! Achava que eu havia convidado Nate sendo que eu não fazia ideia de onde ele esteve todas essas semanas sumido! Não consegui dizer nada, deveria, mas não consegui. Apenas o olhei com decepção. Seus olhos azuis arregalaram e sua respiração saiu em um arquejo, parece que percebeu o que disse. Limpei minhas lágrimas e saí, batendo os pés.

       

(...)


      
          A festa havia ficado um pouco mais animada, o som foi ligado e todos dançavam, divertiam-se... Menos eu. Conversei com algumas pessoas, conservei um pouco com Paul e tentei comer algo, mas nada satisfazia. Eu só queria fazer uma coisa. Só queria ficar com uma pessoa.

Suspirei. 

Suspirei de novo. 

Fechei os olhos. 

E decidi, queria sair daquele ambiente. Mesmo que fosse a minha festa, que eu devesse aproveitar... Não estava no clima.

Levantei da cadeira, decidida, quando um toque familiar tocou meu braço, parando na minha frente e trancando a minha passagem.

— Sai da minha frente! — Fui fria, tentando ao máximo não olhar para aqueles olhos, evitando eles, eram a minha deixa e fraqueza.

Ele circulou minha cintura com os dois braços, me apertando com muita força e rigidez contra ele e não pude deixar de soltar um fraco gemido por minha garganta. Sua respiração estava irregular, acelerada e batia contra o meu rosto. 

— Ian, me deixa sair... — Pedi mais uma vez quase implorando.

— Me perdoa... — Suspirou em meu ouvido, a voz rouca e cheia de medo, fazendo um arrepio correr pela minha espinha. Seu hálito quente causou uma dor em meu estômago, era quente e penicava minha pele, me afetando por completo. — Por favor... — Encostou a lateral de seu rosto no meu, suas mãos me apertando com uma força surreal, não querendo me deixar ir. Ele me deixaria grogue e tonta com sua presença dessa maneira. Tão quente, tão suplicante e forte...

— Me solta! — Relutei e me contorci em seus braços, o que fez com que ele parecesse mais assustado... 

Me abraçou forte em um aperto insuportável.

— Nina, por favor, não faz assim... — Disse com um fio de voz, quase inaudível. — Não me trate assim! — Pegou meu rosto e então percebi o quão trêmulas suas mãos estavam.

— Não! Você não me trate assim! — Explodi, apontando o dedo em sua cara sem me importar se tínhamos platéia na nossa volta.  — Não me trate como se eu fosse igual as vadias com as quais você costumava andar, não me trate como se eu fosse uma qualquer oferecida! Nunca mereci isso, nunca mereci esse tipo de desconfiança! — Cuspi as palavras em sua cara, cansada de vê-lo duvidando, cansada de ver que ele não me enxergava como uma pessoa fiel.

 Com as mãos sobre o seu peito para tentar empurrá-lo, eu podia sentir seus batimentos cardíacos cada vez mais fortes e rápidos, sua respiração afetada igualmente a minha.

— Eu sei, eu sei... — Ele falou em um soluço e percebi a lágrima solitária escorrer pelo seu rosto. A peguei e sequei, não resistindo ao ver sua expressão de dor. Ele fechou os olhos com força.

— Você diz que é medo de me perder ou que é amor, mas esse ciúmes já tá exagerando, pelo amor de Deus, coloque na sua cabeça que EU AMO VOCÊ DROGA! — Gritei a última frase fazendo-o sorrir e soluçar mais uma vez, parecia um garotinho com medo. Seu corpo tremeu e balançou pelo choro. Cheguei a conclusão que eu era a única garota que havia visto ele assim ou feito ele ficar assim. Ninguém mais conhece esse seu lado sensível. —  Que tipo de amor é esse onde não existe confiança? — Perguntei séria, olhando no fundo daquele oceano a minha frente — Eu estou cansada!

E eu estava mesmo. Estava exausta. Era demais pra suportar, tê-lo desse jeito possessivo e desconfiado o todo tempo era horrível, parecia uma ideia tosca continuar com alguém que não tem confiança nenhuma em você. 

Que sentido fazia?

— E você acha que eu não estou? Acha que não estou cansado de pensar o quanto eu fui ruim pra você, o quanto eu te magoei e ignorei, e o quanto ele foi bom pra você, seu primeiro amor, seu primeiro beijo? Acha que não estou cansado de ficar comparando e percebendo que ele talvez seja melhor pra você? Eu não mereço você, Nina, não sei de onde eu tirei essa ideia, você merece um cara bem melhor! — Parecia desabafar e então resolvi não interromper, deixei que falasse e entregasse seus sentimentos e desabafos. Era raro pegá-lo em um momento assim e quando finalmente acontece, deve deixar colocar pra fora. — Acha que eu gosto de ser um moleque inseguro e chorão exatamente como estou sendo agora? Eu odeio! Mas é o que você causa em mim, é tudo muito intenso, nunca amei ninguém, não sei como lidar com o ciúmes excessivo e o amor enorme que não cabe aqui dentro.  —  Chorava mais uma vez naquele dia, ele sempre se superava quando o negócio é me surpreender... Não estava conseguindo lidar com aquela carinha e suas palavras doces.  — Me desculpe por não ser o cara perfeito e o que você merece ou esperava, eu apenas sou egoísta demais para abrir mão de você. Eu amo você tanto, tanto... — Falava e soltava suspiros no meio, e eu entendia perfeitamente, era como se não fosse suportar tal sentimento, como se fosse explodir em nosso peito a qualquer momento.

O puxei pela jaqueta e beijei seus lábios com força, paixão e volúpia. Ele gemeu e retribuiu imediatamente, esfregando seu quadril no meu, suas mãos me apertando como se fosse fugir. Sua língua adentrava e tomava minha boca com uma vontade enlouquecedora, como se quisesse arrancar meus lábios. Puxei seus cabelos negros e no mesmo instante, seus lábios desceram por meu pescoço, distribuindo lambidas e mordidas enquanto balbuciava pedidos de desculpas e se dizia um completo idiota. Eu, pelo contrário, já nem lembrava da briga. Quando fomos obrigados a nos separar pela falta de ar, ele se pronunciou novamente.

— Me desculpa por ter falado daquele jeito, é sério mesmo! — Se desculpava de novo quando coloquei meu dedo sobre sua boca, ele o mordeu e chupou em um movimento sexy. Soltei um gemido baixinho, ofegando com o gesto. — Queria sair dessa festa e ir para outro lugar, quem sabe a minha cama... — Sussurrou provocante e todos os meus pelos eriçaram.

Resolvi devolver na mesma moeda, colei minha boca em sua orelha e dei uma mordidinha.

— Temos uma noite toda pela frente, não vamos dormir a madrugada inteira! — Ouvi ele gemer em resposta. Posso jurar que ele acabou de ficar duro!

— Céus, mulher! — Sai andando, levei um tapa na bunda e ri rouca.

Ele me puxou contra ele novamente, deixando minhas costas grudadas ao seu abdômen e forcei a mim mesma a lembrar que estávamos em público.

—  E mais uma vez, feliz aniversário! — Disse beijando a minha bochecha e sorri ruborizada. — Tudo de melhor na sua vida, gostosa! — Corei violentamente, devia estar um pimentão.

— Você sabe que o "tudo de melhor na minha vida" é você, não é? — Sorri largo ao presenciar algo muito raro... Ian ficou sem graça e estava corando, que amor! Aquele era o melhor aniversário de todos!

 

    (...)

 

Nós já havíamos dançado, rimos bastante e comemos, e trocamos uns amassos! A festa já estava perto do fim quando pedi á Ian que pegasse um copo de suco pra mim e o avisei que logo iriamos embora. Nesse momento, Candice devia estar arrumando meu quarto em minha casa para a surpresa! Ele tomaria um baita susto pela novidade, mas eu me sentia mais confiante do que nunca. Faltava pouco pra contar logo e toda essa angústia e segredo acabar.

Então uma pessoa inesperada apareceu. Nate.

— Nina! — Ele me recebeu com aquele sorriso caloroso e gentil de sempre. — Feliz aniversário, morena! — Fiquei sem graça ao ver que ele havia me chamado como costumava fazer quando ainda namorávamos. Retribui o braço igualmente. Eu tinha o maior afeto e amizade por ele, nada de mágoas e era isso que Ian se recusava a entender! 

— Obrigada, que bom que veio! Você sumiu! — Adverti ele, arrancando um riso seu.

— Desculpe vim sem avisar! Queria conversar com você, abraçar você... — Tudo bem, eu estava gostando da sua vinda, mas estava começando a ficar constrangedor. E se Ian chegasse e tivesse outra crise de ciúmes e dessa vez fosse pior e não tivesse volta? Eu não poderia arriscar, mas ao mesmo tempo não queria ser grossa com Nate. Ele não merecia.

— Você se importa de ser outra dia? Eu estava indo embora... —  Falei cautelosa tentando não ser desagradável.

— Qual é! É seu aniversário, você só deu atenção á seus amigos e namorado a noite toda, esqueceu de mim? — Com a voz engraçada que ele havia feito, me dei por vencida.

Conversa vai, conversa vem, até que me atrevi a perguntar. Por burrice minha.

 — Porque você sumiu? 

Ele pareceu em dúvida se respondia ou não, parecia estar em um conflito interno consigo mesmo.

— Eu simplesmente não aguentava ver a garota que ainda amo com outro cara. — Me arrependi na mesma hora de ter perguntado, devia ter ficado quieta.

Mas me castiguei ainda mais por ele ter entendido errado a intenção da minha pergunta e ter começado a se aproximar. O que diabos ele estava fazendo? Olhou para um ponto fixo, para o nada e de repente sorriu, e juro, que ouvir ele sussurrando um "sinto muito" muito baixo.

E foi tudo muito rápido, do nada senti sua boca na minha contra a minha vontade! Coloquei minhas mãos em seu peito, tentando relutar, o empurrar para longe, mas ele era mil vezes mais forte que eu! Pegou meus braços e os prendeu com força, me deixando incapaz de me mover. A força que ele usava era tanta, que provavelmente, as marcas roxas iriam ficar em meus pulsos! Ele não parecia ouvir meus protestos, eu reclamava de dor e tentava me livrar de seu aperto, mas era impossível. Estava com medo. Não estava o reconhecendo. Aquele não era o Nate doce e gentil que eu lembrava, era um louco e completamente lunático que estava diante de mim e tentando ter o que quisesse de mim a qualquer custo a força! Meus lábios já estavam doendo, minhas costas e pulsos também e já estava sem ar de tanta pressão que ele usava! Meus olhos umideceram por me sentir tão indefesa ali e apavorada com essa nova figura. Eu precisava sair naqueles braços nojentos. Sim, eu sentia nojo do que ele havia se transformado de um momento pro outro. De repente.

A única coisa que o fez parar foi uma voz.

— O que diabos é isso aqui? — Perguntou ele e quando finalmente Nate me soltou, me deparei com a imagem de um Ian fervendo de raiva quebrando o copo de suco entre as suas mãos.

 

          (...)


Notas Finais


Quem gostou do capítulo levanta a mão! Agora quem quer matar o Nate e a escritora aqui levanta a mão
🙋🙋🙋🙋


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