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História My Neighbor - Tireless


Escrita por: whysmoldobrev

Notas do Autor


Esse capítulo é especialmente para aqueles que estavam morrendo de saudades do nosso casal, boa leitura! <3

Capítulo 52 - Tireless


Fanfic / Fanfiction My Neighbor - Tireless

 

Três dias depois... 


 

P.O.V. Ian Somerhalder 

 

 

— Deixa eu ver se entendi direito... — Paul, depois de toda a minha explicação, parou para raciocinar e tentou entender a situação. — A mulher da sua vida, a qual você ama mais do qualquer coisa no mundo e sentiu a falta durante anos, fez uma proposta à você, dizendo que vocês dois apenas transariam e que disso não passaria, certo? E você só tinha duas opções, aceitar e tê-la as noites, ou recusar e não tê-la, seja qual for a circunstância, entendi direito? — Balancei a cabeça e fiz um movimento óbvio com as mãos, porém ele não parecia concordar com meus pensamentos. Levei um soco no ombro, não de brincadeira, e uma cara feia na minha direção. — E você ainda aceitou, seu idiota? — Perguntou ele indignado com a minha escolha.

A confusão ficou clara no meu rosto no mesmo instante, achei que ele captaria a mensagem e me entenderia. É claro que eu havia aceitado a oferta de Nina, como poderia recusar? Escolher entre tê-la, nem que fosse somente para transar, e não tê-la de maneira nenhuma, é algo evidente, indiscutível. Sua ousadia me surpreendeu e também me deixou receoso, com um pé atrás, pensando que talvez ela, atualmente, só se sentisse atraída por mim dessa forma e apenas quisesse satisfazer seus desejos. Entretanto, se esse era o único jeito que eu conseguiria possuí-la, que seja. 

O esperado aconteceu quando apenas concordei, transamos novamente. Ela realmente estava levando a sério a questão, pois foi embora assim que terminamos. Mesmo não querendo, aquilo me quebrou em pedaços. O que era tão especial para mim, parecia não passar de uma foda fácil para ela, os papéis haviam se invertido, e Nina estava idêntica à uma versão masculina minha de antigamente. Durante o ato, eu a tocava e a beijava como se fosse a primeira vez e por míseros segundos via amor estampado naqueles olhos, sentimento que ela logo tratava de esconder com palavras sujas. Eu não estava reclamando, longe disso, sonhei em tê-la na minha cama durante tantas noites e agora finalmente poderia ver tais fantasias tornando-se realidade, porém não me sentia satisfeito no final. Não sexualmente falando, afinal, aquela mulher me levava ao inferno e aos céus em segundos, tirava de mim o completo juízo, mas sim, em outros aspectos. Não era o sufiente. Eu não era mais aquele garoto que se contentava com sexo e contanto que tivesse isso, não precisaria de mais nada. Aquele garoto havia amadurecido e aprendido que tudo não girava em torno do desejo carnal. Quando me apaixonei por Nina, quando vi que mesmo satisfazendo minhas vontades e tendo o melhor dos prazeres com ela ainda não estava bom, ainda não bastava, percebi com o que estava lidando. Era amor e quando aprendi um pouco mais sobre ele também compreendi que sexo não era nada comparado à um eu te amo recíproco ou um abraço repleto de carinho. Sexo é apenas o consolo que encontramos quando o amor não nos alcança.

— E o que você queria que eu fizesse? Acha que fiz errado? — Pela cara dele, eu já tinha minha resposta. Meu amigo balançava a cabeça negativamente.

— Tem certeza que ao aceitar não pensou só com a cabeça de baixo, não? Você tem idéia do isso significa? Não é como se vocês fossem voltar a serem o casal mais feliz que existe. — Isso era óbvio, talvez ele experimentasse me contar alguma novidade. 

— Eu sei, eu sei que posso estar cometendo um grande erro e apenas piorando a nossa situação, talvez seja mais um dos testes dela e eu não esteja preparado, mas... Não dá! — Bati minhas mãos no rosto, esfregando a têmpora pelo nervosismo. Não sabia mais o que fazer, não quando aquela mulher estava envolvida no meio. Ela me deixava doido, simplesmente me tirava dos eixos da Terra e sempre me surpreendia. Vivia me confundindo e colocando em jogo meus sentimentos. — Eu senti tanta falta dela, ainda sinto, mesmo depois de termos transado naquela noite, na seguinte... E na outra... E na noite passada... — Enquanto falava acabei perdendo um pouco o foco e lembrei dos momentos mais entregues. Senti um beliscão, o que me tirou dos devaneios. 

— Mesmo eu sendo seu único amigo para compartilhar essas coisas, Nina continua sendo como uma irmã mais nova para mim, então pega leve. — Paul me olhava com os olhos arregalados, não querendo saber de todos os detalhes.

— Enfim, você sabe o quanto eu a amo, cara, se ficar entre tê-la e não tê-la, o que você acha que vou escolher? — Como um completo tolo, fiz a pergunta mais besta possível.

— Eu entendo, mas esse "tê-la" não é exatamente do jeito que você quer. Quer dizer, é, mas apenas parte dele, não totalmente. — Ele continuava argumentando sem parar e apesar do meu entendimento sobre os seus "mas", ainda sim minhas razões eram maiores e muito mais compreensivas.

— Não tenho condições para exigir nada dela, não depois de tudo causei na nossa vida. Depois de levar tudo à completa ruína, não posso simplesmente tê-la como eu quero, não posso obrigá-la à nada. Tenho que me contentar com o que tenho e com o que ela está disposta a me dar, pelo menos, por enquanto, até eu conseguir reconquistá-la. — Quem diria, eu, Ian Somerhalder, o cara que normalmente conseguia o que queria de mão beijada, estar falando essas palavras, ter que se contentar com o que tem. Apesar de não ser muito em comparação ao que eu desejava, já era mais do que me era merecido. Muito mais. Eu tinha Crystal, minha pequena menina, o que já era uma grande conquista, pois achei que a mãe nunca permitiria. E agora também tinha Nina, não completamente do jeito que um dia já tive, mas tinha. 

— Você venceu. Só espero que dê certo e que não vacile de novo. 

A falta de fé na voz de Paul me deixava para baixo. Ele também acreditava que eu iria ferrar com tudo mais uma vez, depois de tantos erros? Eu seria capaz disso? Espero que meu lado irracional, aquele que não colabora com tal promessa, esteja atento dessa vez e se mantenha sobre controle como sempre deveria ter permanecido.

O telefone tocou, interrompendo nossa conversa, e em seguida corri para atendê-lo. 

— Alô?

Senhor Somerhalder? Devo avisá-lo que a morena bonita está subindo novamente, já que tinha dito que ela teria a permissão de entrar a qualquer hora, liberei sua passagem.

— Sim, foi o que eu disse, muito obrigado.

— E aí? Visita? — Perguntou Paul curioso ao me ver suar frio e começar a recolher o whisky, os pratos, e toda a bagunça que tínhamos feito. Fui para o espelho arrumar meu cabelo, checar a aparência, e ele logo riu, rolando os olhos. — É a Nina, não precisa nem dizer. — Dei de ombros e não consegui tirar o sorriso da face. Eu iria até a casa de Michaela hoje, ver ela e nossa filha, matar a saudade de horas, mas aparentemente ela teve o mesmo pensamento, e a mesma falta. Qeria passar um tempo com ela, sem estarmos nus e ofegantes no colchão, apesar disso ser extremamente bom e irrecusável. Queria conversar um pouco sobre nós, sobre nossa filha, algo que ainda não fizemos como deveríamos. Talvez Paul estivesse certo, eu não iria aguentar suas restrições e condições por muito tempo. — Mas já? Vocês não se viram ontem? Minha irmãozinha virou ninfomaníaca! 

Dei risada da cara dele e apenas o empurrei até a porta, explusando-o imediatamente dali, querendo que nos desse a privacidade necessária para nos falar. Ela já se encontrava parada, esperamdo, quando abri a porta. Mais bonita que o normal. Usava um sobretudo preto e uma bota de cano cumprida, os cabelos marrons soltos e o rosto puro, sem nenhuma maquiagem, do jeito que eu mais amava. Me perdi em instantes naqueles olhos que, por alguma razão, estavam repletos de desejo. Percebi que Nina batia o pé no chão, impaciente com a minha demora e com a minha cara de paspalho ao olhá-la daquela forma.

— Eu sei o que você veio fazer aqui e fique sabendo que eu não aprovo. Vocês dois... — Paul tentou dar uma de irmão mais velho, mas não conseguiu.

Dei um empurrão em suas costas, o jogando na direção de Nina, a qual o pegou pela camisa e trocou de lugar com o mesmo, vindo para dentro do apartamento, ao meu lado, e o colocando para fora. Minha cúmplice. Sorri maroto com a nossa parceria.

— Você já estava de saída, não é? Tchau! — Ela se despediu dele, acenou e mandou um beijo estalado no ar, batendo a porta em seguida. 

— Eu estava pensando em você, iria ir te ver hoje. — Falei já hipnotizado, não conseguindo desviar os olhos daquela mulher tão minha. 

— É mesmo? —  Perguntou, cheia de segundas intenções, se aproximando de mim cada vez mais. Franzi o cenho com isso, mas não impedi o contato, não sou nenhum idiota à esse ponto. 

As mãos pequenas e morenas passaram pelos meus braços, não de forma carinhosa, causando arrepios por todo o meu corpo. O lábio inferior foi mordido e pude notar sua respiração ofegante, seu tom de voz sensual e rouco, daquele jeito que enlouqueceria qualquer homem.

— O... O que... E-e-stá fazendo? — Gaguejei, tentando, com extremas dificuldades, manter limites entre nós, me fingindo de desentendido.

— O que você acha? — Sussurou no meu ouvido, mordendo o cantinho da minha orelha. Me encolhi com isso, deixando uma lufada de ar escapar pela garganta. — A mesma coisa que você tinha intenção de fazer quando fosse me ver hoje, a única diferença é que fui mais rápida. — Deus, essa voz...

Essa mulher não iria para o céu, poderia ir para qualquer lugar, menos o céu. Não estava reconhecendo-a. Era uma nova mulher em situações sexuais como essa. Eu já estava encurralado entre a parede e aquele magnífico corpo coberto pelo casaco longo, era como se eu fosse um dos mais inocentes animais, ou o mais provável, uma das mais indefesas presas. 

— Eu iria para conversar com você, te ver, abraçar nossa filha... Não isso... — Minha voz era quase inaudível, quase não existia. Meus batimentos estavam acelerados e o oxigênio parecia ir embora, faltava para os meus pulmões, não conseguia evitar tais reações. Embora esteja falando a verdade, não deixava de ficar afetado por ela. Sempre ficaria afetado por ela.

— Então você não quer? Já foi o suficiente esses dias? Cansou? — Entrando em uma área ainda mais perigosa, ela desceu as mãos, abrindo os botões do sobretudo, fazendo ele escorregar por seus braços finos e cair no chão. Como eu poderia escapar depois dessa visão? Ela estava pronta para mim. Uma lingerie preta e bordada cobria suas partes íntimas e uma cinta-liga ia das coxas até a bota. Era o pecado em pessoa, tinha a impressão que se tocasse nela seria condenado e queimado na mesma hora. — Não é o que parece. — Concluiu pelo meu olhar embasbacado sobre tudo aquilo. 

Com uma lentidão exagerada, ela passou a perna coberta pela meia-calça entre as minhas, seguindo para o quadril, esfregando-se contra mim. Bati a cabeça contra a parede, estando em um beco sem saída, não havia nada mais a se fazer a não ser render-se, jogar a bandeira branca. Suas mãos levaram as minhas até o seu sutiã, fazendo com que as mesmas cobrissem seus seios cheios, os quais imploravam pela minha atenção. Umedeci os lábios, não resisti ao toque, reagi e pressionei aquele local, massageando devagar, ouvindo ela ofegar baixinho. Sua boca foi de encontro ao meu maxilar, passando a língua por ali, até o queixo, causando o aumento do tesão indescritível que parecia estar correndo nas minhas veias. Era tão difícil, depois de cinco anos, recusar algo assim.

— Talvez devêssemos parar... — Nem eu mesmo acreditava mais nisso à essa altura, era uma falha tentativa, pois ela via o quanto eu queria. — Quem sabe nós conversamos? Nina... — Murmurei o nome dela ao perceber que a mesma já havia se retirado de onde estava enquanto eu mantinha os olhos fechados. 

Ao abrí-los, tive a visão mais tentadora. Ela havia se ajoelhado no chão e estava na posição certa para o que planejava. Ouvi o barulho de zíper e me encolhi, antecipando o que estava por vir. Ao retirar a minha calça moletom por completo, e em seguida minha boxer, ela me tinha nas mãos, literalmente. O hálito quente estava em contato com a minha virilha, onde senti os músculos contraírem assim que ela me pôs inteiro na boca. Revirei os olhos pelo prazer, soquei a parede ao lado com força, apreciando a forma como ela me recebia de bom grado, como se fosse a coisa mais saborosa que já houvesse provado. Aquela imagem não podia ser mais erótica, era como estrelar em um filme pornô. 

— Caralho, Nikolina... — Ouvi um gemido abafado vindo dela ao escutar seu nome. Ela odiava ser chamada assim, mas parece que isso, agora, a excitava, ou fazia com que lembrasse dos velhos tempos. A morena continou com os movimentos precisos, subindo e descendo os lábios pelo meu membro, raspando os dentes levemente. Passei a sentir tremores e uma vontade louca de acelerar o ritmo. — Senti sua falta... Ah, essa boca... — Eu já não sabia o que dizia, falava coisas desconexas e nem lembrava onde estava, ou do que pretendia fazer antes. 

Ela puxou minha mão e levou até o seu cabelo, me permitindo ter comando. Observei ela, soltando um riso malicioso, vendo seus olhos castanhos escuros me olhando de uma maneira que nenhuma outra já havia me olhado na vida. Comecei a mexer meus quadris em sua direção, sem rumo, completamente duro e sem pudor, em busca do prazeroso alívio. Sua língua quente me envolvia e me tirava da superfície. O suor pela minha testa escorria e sinais da libertação aparecerem. Foi a primeira mulher que ao me fazer gozar, também me fez gemer alto, quase gritar. Meus joelhos me traíram ao quererem me levar ao chão, meu peito subia e descia, minhas costas arqueearam e minha cabeça girou, me deixou tonto. O nome dela saiu como um grunhido pela minha garganta, deixando claro que ela era a única causadora disso tudo. 

Ela levantou e ficou cara a cara comigo novamente, me encarando no fundo dos olhos e lambendo o canto dos lábios. Maldita provocadora, foda-se! A encurralei dessa vez, troquei de lado e joguei tudo para o alto, inclusive minha camisa, não lhe dei tempo para respirar, ou argumentar, apenas entrelacei os dedos nos fios de cabelo da sua nuca e puxei seu rosto de encontro ao meu, sentindo meu gosto se misturar com o seu. Minha língua percorreu cada canto da sua boca, um beijo cheio de paixão, onde pequenos sons eram emitidos quando os lábios, não contentes, se separavam. A empurrei em direção ao meu quarto, segurando-a firmemente pelos braços, não lhe dando escapatória. Ao deitá-la no colchão, fui em direção aos seus pés, tirando o sapato, beijando aquela área não tão explorava, a qual eu sabia que sentia cócegas.

— Ian! — Ela me repreendeu, soltando uma gargalhada gostosa. Sorri com isso. Nada melhor como ser a razão daquela risada tão bonita novamente. 

Passei as mãos vagarosamente, dos tornozelos às coxas, ambos os lados, vendo-a morder o lábio, fechar os olhos e inclinar a cabeça assim que cheguei à sua intimidade. Ela queria mais. Estava insaciável e incansável. Acabei enganando-a. Apenas acaricei o local, deixando o gostinho de quero mais, esperando que ela me pedisse, implorasse por mais se quisesse. Tratei de retirar a meia-calça e deixá-la apenas de roupas íntimas. Mudei de posição e a fiz sentar no meu colo, nos colocando de uma forma que apenas dificultava as coisas e não nos permitia demorar muito nas premiliares. Meu membro, rígido e obviamente já visto por ela, tocou sua intimidade, mesmo por cima do tecido da calcinha minúscula, fazendo ela abrir os lábios e gemer demoradamente o meu nome. Rosnei baixinho com aquele gemido, eu poderia viver ouvindo ele e nunca me cansaria. 

Nina me ajudou a retirar sua calcinha e, logo depois, o sutiã. Estávamos nus, sem que nenhuma roupa nos interrompesse. Acaricei sua barriga lisinha, subindo uma mão até seu seio, apertando o mesmo, retribuindo o prazer que ela me concedia. Suas mãos se posicionaram em minhas costas, deixando um rastro de fogo por onde seus dedos passavam, o local formigava pelos seus toques. Sentir pele na pele com aquela mulher novamente era tudo que eu podia pedir aos céus. Minha outra mão livre desceu até sua intimidade, o que fez com que ela sobressaltasse, ofegasse pelo susto. Introduzi um dedo na sua entrada, sentindo-a úmida, contraindo ao meu toque. Minhas costas arderam, pegaram fogo, e senti suas unhas cravarem ali, descontando as sensações que tomavam seu corpo. 

— Ian, por favor... — Ela pedia no meu ouvido, movendo o quadril em direção ao meu membro, esfregando sua intimidade contra minha mão, clamando por mais. Mordi o lábio, evitando um gemido mais alto ao vê-la se mover daquela maneira, sem nenhuma restrição. — Quer que eu entre em você? — Sussurrei perto da sua orelha e apenas ganhei um gemido manhoso como resposta. — Então me responda... Você é minha? — Perguntei, levando-a ao limite. Ela bufou e apenas tentou, mais uma vez, acabar com aquela tortura e fazer com que eu me afundasse dentro de si, mas não permiti. — Diz que é minha e que sempre foi minha, então terá o que quer... Apenas diga. — Provoquei, levando minhas mãos até sua bunda e apertando a mesma, aproximando ainda mais nossos corpos. 

— Sou sua. Sempre fui sua. — Os olhos chocolates olharam no fundo dos meus. Nina pronunciou as palavras com tanta sinceridade que fez minhas esperanças triplicarem. Talvez ela estivesse jogando comigo e apenas quisesse acabar de uma vez com o que começamos, mas não importa, não pude deixar de sorrir com isso, mesmo que fosse a mais doce ilusão, vê-la dizendo que era minha novamente era como um sonho, um dos mais distantes e bonitos sonho.

Coloquei o preservativo e nos unimos novamente. Como um só. 

— Me abraça, amor, me abraça apertado. — Sugeri no seu ouvido e ela prontamente atendeu meu pedido, enlaçou minha cintura com as pernas e meu pescoço com os braços. Gemi satisfeito com a posição, sentindo-a me receber cada vez mais fundo no seu interior e nossos corações unidos, juntos, batendo descompassados um para o outro. Amor e desejo. — Assim... Deus, eu amo você. Eu preciso de você. — Falei com as emoções à flor da pele e o rosto enterrado no espaço entre seu pescoço e ombro. 

— Estou aqui. Estou aqui, Smouldy. — Ela me tranquilizou, deitou o rosto no meu peito e acariciou meus cabelos em um cafuné com a ponta dos dedos. Permaneci com os olhos fechados e o sorriso não saía dos meus lábios. Senti sua mão indo de encontro até a lateral de minha face, acariciando com delicadeza.

Eu amava tanto isso em nós. Havia luxúria, muito dela, mas sempre havia amor envolvido também, talvez não correspondido da mesma maneira, mas carinho de qualquer forma. Tínhamos uma conexão, tínhamos diálogo. Nos afogávamos um no outro sem salva-vidas. Tirávamos, não importa a situação, a agonia do peito um do outro. Ela sabia me acalmar, assim como eu à ela.

Nina forçou seu corpo contra o meu, fazendo minhas costas bater contra a cama. A ajudei nos movimentos, movendo seu quadril para cima e para baixo. Ela se  esfregava contra mim com força, tornando as investidas intensas e lentas, do nosso jeitinho, como sempre gostávamos e sempre fazíamos. Ela estava chegando lá e eu não estava diferente.

— Ah, Ian... — Sua voz arrastada dizendo meu nome ficaria para sempre na minha memória.

— Vem, amor, vem comigo... — Chamei por ela, vendo a mesma convulsionar sobre mim e jogar a cabeça para trás assim que recebia as últimas estocadas violentas, de forma devastadora que nos levaria ao clímax juntos. Com o barulho de nossos corpos batendo e nossas respirações aceleradas, acabei indo junto, recebendo uma descarga elétrica tão forte que me fez tremer dos pés à cabeça.

E assim foi.

Ela caiu sobre o meu corpo, ofegante, suando igualmente à mim. Acaricei aquele cabelo longo e castanho, penteando-o como eu costumava fazer depois de uma noite de amor. Fiz desenhos imaginários na linha de sua coluna, apenas alongando o silêncio constrangedor. Ouvi sua risadinha contida contra o meu peito e logo tratei entender o motivo dela. 

— O que foi? — Perguntei ainda tentando acalmar minha respiração. 

— Eu estou ficando louca. Hoje de manhã mesmo eu parecia a pessoa mais inocente já vista, não estava com segundas intenções quando pensei em vir para cá, queria conversar com você, mas daí pensei nas nossas outras noites e... Bom, espero que entenda. — Ela parecia... Envergonhada?

— Não estou reclamando, nem nada disso, ouviu? Não quero que pense isso. — Peguei seu rosto pelo queixo e a fiz olhar para mim, me deparando com as bochechas vermelhas. Ela era tão bonita. — Você consegue ver o quanto eu senti sua falta e especialmente o quanto eu amo você. Você aqui comigo é a melhor coisa. — Pude notar que exagerei com a declaração, pois ela desviou o olhar na mesma hora, não conseguindo fitar minha face. — Eu só tô um pouco surpreso ainda, sabe? E realmente queria conversar com você hoje, levar você e Crystal para comer um lanche, sei lá, mas...  

— Eu tô exagerando, né? Desculpa...

— Para com isso! — Interrompi ela, não deixando-a concluir a frase. Ela achava que estava abusando de mim, é isso? Apesar do nosso "relacionamento" não estar como deveria, era muito mais do que eu merecia, não poderia reclamar do que ela está me dando. — Você fala como se eu não quisesse. Eu aceitei a sua proposta. Eu quero você, de todas as maneiras, e se essa é a única que pode me oferecer no momento, eu aceito. Tudo que vier de você, eu aceito. 

— Como você é brega. — Ela me fez uma careta feia e rolou os olhos pela impaciência. Nina sempre fazia isso quando queria mudar de assunto ou simplesmente não podia retribuir. 

— O que aconteceu com a minha menina que gostava dessas declarações e não achava brega? — Questionei esperando uma resposta sincera, mas apenas ganhei uma provocação em troca.

— Virou uma mulher. — Respondeu ela, tocando levemente a minha virilha, chegando perto da área perigosa. Ofeguei baixinho, entre abrindo os lábios.

— Se você ainda tem interesse de conversar comigo, não faça isso, ou começaremos tudo de novo. — Alertei ela, fazendo-a pensar duas vezes antes de mexer com fogo novamente. Ela riu, ficando ainda mais bonita com aquele sorriso caloroso, parecia feliz, ali comigo, nos meus braços.

— Eu pretendia vir aqui e convidar você para a festa de Crystal. 

— Festa de Crystal? — Perguntei curioso, já me interessando pelo assunto.

— Amanhã nossa menina faz seis anos e como ela gostou da cidade, e principalmente de você, ela pediu para que comemorássemos aqui. Farei algo simples, um almoço e um bolinho. — O brilho nos olhos dela me encantou e me deixou ainda mais abobalhado pela sua pessoa. 

Eu não sabia o que mais me deixava feliz, se era o fato dela estar me convidando, me deixando fazer parte de algo tão especial e pessoal na vida de Crystal ou por se referir à ela como nossa.

— Você percebeu o que disse? — Sua expressão confusa me deu a resposta, quer dizer que foi involuntário. — Você disse "nossa menina"! — Sem perceber, entrelacei os dedos nos dela, depositando beijos delicados pelo seu rosto. 

— Foi maneira de falar, não quis dizer... — Se afastou, sentando na cama com o lençol em volta de si. 

— Mas é a verdade, ela é nossa. Não há problema nenhum em falar isso, e especialmente, não há problema nenhum em me tratar desse jeito que está tratando, normalmente, sem mágoas... — Acaricei suas costas descobertas, consolando-a e demonstrando o quão feliz estava me fazendo com pequenos gestos que indicavam afeto. — Nós estamos progredindo, podemos sair mais, conversar mais. Você ainda tem tempo aqui, vai ficar mais tempo agora que estamos juntos, certo? — É claro que ela adiaria sua volta, logo agora que estamos nos dando bem.

— Não, nada mudou, em uma semana vou voltar para minha casa. Espero que você tenha entendido minha intenção com a proposta, não fique agindo como se fôssemos um casalzinho feliz. — A amargura em sua voz voltou, mudou da água para o vinho. Foi só tocar no assunto "nós" que ela logo desviou dele, se esquivando e fingindo que o mesmo não existe. — Vejo você amanhã.

E então, ela levantou, vestiu sua roupa como um jato e saiu pela porta do meu quarto. Aquilo deveria me deixar para baixo, sem esperanças, porém me causava o contrário, apenas provava o quanto eu ainda tinha poder sobre ela. Suas palavras enquanto fazíamos amor, seu toque em meu rosto coberto de ternura, sua risada, seus olhos cintilando, sua tranquilidade, esquecendo do passado e todas suas feridas por longos minutos, quando estávamos em nossa bolha particular. Essa era a intenção de sua proposta? Estaria ela tentando fugir de seus sentimentos novamente assim como antigamente havia feito tantas vezes? Talvez ela estivesse na fase de negação, tentando convencer a si mesma que poderia apenas dormir comigo e que conseguiria seguir em frente depois disso, como se nada houvesse acontecido. Entretanto, ela havia esquecido de um detalhe: Apesar de ter mudado, ela ainda era a mesma por dentro e eu a conhecia como a palma da minha mão, sabia como mexer com suas emoções. Tentava parecer sempre focada e equilíbrada, mas na verdade estava dançando nas pontas dos pés com facas afiadas na mão, tinha medo de derrubá-las e se machucar novamente, se entregar à mim. Ela tinha tudo preparado, frio e calculado, mas nosso reencontro a fez repensar e revirar todo o seu quebra-cabeça já montado, não conseguindo resistir ao irresistível. Não conseguindo escapar do inescapável. 

 

(...)

 


Notas Finais


Nina tá tentando escapar, mas Ian já percebeu o que tá acontecendo!
Viram ela toda caidinha por ele? Esses dois não tem jeito 💜
No próximo tem aniversário da Crystal, momentos em família, e algo que vai atrapalhar... O que será?
Se preparem, a fanfic tá na reta final, no máximo, ainda restam alguns capítulos!
Espero que tenham gostado e que comentem, fiz com carinho!!!!


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