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História My Neighbor - 1 ano e 4 meses


Escrita por: Gihhgihh

Capítulo 36 - 1 ano e 4 meses


Fanfic / Fanfiction My Neighbor - 1 ano e 4 meses

P.O.V Alexy

Faz mais de 1 semana que Viktor se mudou, a última vez que nós nos vimos foi anteontem, domingo e já estou contando os minutos para sábado chegar logo.

         Nesse momento, em plena terça feira, estou no banheiro, matando aula.

         Realmente gostaria de saber o que aconteceu na “formatura”, mas não comentam sobre o assunto e a maioria do pessoal daquele grupo se formou ou se mudou de escola, aconteça o que tenha acontecido, foi algo tão ruim que fez eles se mudarem, menos Enzo, que reprovou e agora estuda comigo.

         A porta do banheiro é aberta.

         - Alexy? Melhor voltar para a sala, professor pode estranhar a demora – diz Miguel.

         Concordo.

         Miguel se mudou novamente para essa escola, para ficar comigo, já que Henrico foi para a faculdade, ele não viu problema de me ajudar, e de ser ajudado.

         Hoje é meu aniversário de namoro com Viktor, completamos 1 ano e 4 meses, e vai ser a primeira vez que passo longe dele. Meu coração dói quando lembro disso.

         Caminho até a sala de aula.

         Sinto uma mão nas minhas costas, sei que não é Miguel, afinal ele ficou no banheiro, para não chegarmos juntos e o professor desconfiar.

         - Estou começando a entender o motivo do Viktor pegar você, você é gostoso Alexy, para um garoto – diz Enzo.

         - Ele não me pega, nós namoramos – respondo, ignorando o resto da frase que ele falou.

         - Alexy, você pode ser gostoso, mas existem outras pessoas gostosas e Viktor pode encon... – não o deixo terminar e entro na sala.

         Eu amo Viktor e ele me ama, isso que importa.

        P.O.V Viktor

        Hoje eu e Alexy completamos 1 ano e 4 meses. E não posso ir ver ele, afinal é meu segundo dia de aula. Me mudei semana passada para ver o meu apartamento com Luke, por sorte deu certo, não é o melhor apartamento do mundo, mas dá para nós dois morarmos tranquilamente.

         Olho para a pulseira, eu e Alexy conversamos hoje, mas não muito e não sei se vamos conseguir conversar novamente hoje, afinal tenho a faculdade para ir.

         Sinto meu celular vibrar.

         {Oi, amor}

         [Oi, neighbor}

         {Tudo bem?}

         {Tudo, e aí?}

         {Indo}

         {Indo? O que aconteceu Alexy?}

         {Não sei, não estou bem, mas vou melhorar}

         {Alexy, amor, queria poder cuidar de você}

         {Você cuida, mesmo sem saber}

         {Posso te ligar?}

         {Claro}

         Saio das mensagens e ligo para Alexy, será muito bom escutar a voz de Alexy, depois de dois dias.

         - Amor? – pergunto quando a ligação é atendida.

         - Oi – responde ele, percebo pela sua voz que ele não está bem.

         - O que houve? – pergunto.

         - Viktor, é nosso aniversário de namoro, você não está aqui, dói – responde ele.

         - Alexy, olhe para nossa pulseira, para o seu colar, ou nossas fotos, eu estou aí, de algum modo, e pode apostar que todos os meus pensamentos estão aí – digo.

         - Eu sei neighbor – responde Alexy.

         - Eu te amo – falo.

         - Também te amo - escuto ele falar na outra linha.

         - Viktor? Temos que ir – diz Luke.

         - Amor? Tenho que sair – aviso, mesmo querendo ficar.

         - Tudo bem, até mais tarde, ou amanhã – responde ele.

         - Te amo – digo novamente em tom de despedida.

         - Também te amo – responde ele, com o mesmo tom.

         Dói quando desligo o celular.

         - Vamos? – pergunto me virando e pegando minha mochila.

         - Vamos – responde Luke.

         Para minha sorte, Luke tem carteira, pois já tem 18 anos, eu estou fazendo a minha, para mês que vem, no meu aniversário, poder começar a dirigir também.

         Caminho para o meu andar.

         Saio do elevador vejo meu querido primo.

         - Oi Bernardo – falo passando por ele.

         - Oi priminho – responde ele com um sorriso falso.

         Sei que nunca contei ao Alexy, mas a minha família paterna é completamente homofóbica. Por isso evito contato, mas para o meu azar, o meu primo está estudando comigo.

         - Oi, Vi – fala ela, passando por mim, pelo corredor.

         - Oi – respondo secamente, estou tentando evitar ela, com todas as minhas forças, não sei o motivo dela estar nesse andar, afinal ela estuda com Luke, vi ela ontem quando esperava por Luke no estacionamento e ele me avisou que ela estuda com ele.

         Torço para que ela não esteja me procurando.

         Eu amo Alexy, mas ver ela, depois de tanto tempo, mexeu comigo, afinal, foi com ela meu primeiro beijo, não conseguimos continuar nossa história pois ela se mudou, senti que algo faltava no momento que ela foi embora e só deixei de sentir quando me envolvi com Miguel.

         Melanie nunca gostou dessa garota, por algum motivo a intuição da Anie falava que ela era uma péssima pessoa, e ela estava errada, pela primeira vez a intuição da Anie falhou, pois ela nunca me machucou, não intencionalmente, só quando teve que partir, mas não podíamos fazer nada.

         Ela foi meu primeiro amor.

         - Podemos conversar sozinhos mais tarde? – pergunta Luise.

         - Desculpe tenho aula, e você também – respondo.

         Pela cara da Luise sabia o assunto, nós dois, e não sei por qual motivo não falei a verdade, não posso conversar com você Luise, pois estou namorando o garoto mais espetacular do mundo, essa era a verdadeira resposta, sei que a ia deixar chocada, afinal eu “era hetéro” no tempo que ficamos juntos, mas não sou hetéro, sou gay e não tenho nenhuma dúvida quanto isso.

 

         P.O.V Alexy

         Saio do telefone e e logo vejo a minha mãe, na porta do meu quarto.

         - Armin? Por favor saia, quero falar com seu irmão – diz minha mãe e meu irmão saí do quarto.

         - Mãe? O que houve? – pergunto.

         - Vamos direto ao ponto, sem rodeios, Alexy, eu sei do seu envolvimento com Viktor – fala ela.

         Fico sem palavras, só a olhando por alguns segundos, o medo deve estar aparente no meu rosto.

         - Como você soube? – pergunto.

         - Estava desconfiada a alguns meses, mas percebi de verdade quando ele te trouxe machucado Alexy, vi nos olhos dele a preocupação e o amor que ele sente por você – responde ela.

         - Você contou para o papai? – torço para a resposta ser não.

         - Não, ele ia te bater, ia te expulsar de casa, Alexy, você sabe o quanto ele é homofóbico. Mas eu não sou, não acho certo, mas você é meu filho e eu sei que você ama esse menino, pois vi que você perdeu uma parte do brilho do seu olhar quando ele se mudou e... e... e quando ele passou o final de semana aqui, seus olhos brilharam novamente, mas o brilho se foi no momento em que ele saiu com aquele carro – responde minha mãe.

         As palavras dela me fazem tão bem, estou quase chorando e  não faço nada a não ser abraçar ela.

         - Só queria que tivesse me contado, vocês estão juntos a muito tempo? – pergunta ela.

          - Completamos 1 ano e 4 meses hoje – respondo emocionado para a minha mãe.

         - Sabe que uma hora seu pai vai descobrir não é?

         - Sei, mas até lá, terei pensado em algo.

         Ficamos assim, por um tempo, abraçados, conversando, até escutarmos a porta bater, meu pai chegou em casa. Ele viajou semana passada e só chegou hoje, sem nenhum aviso, o trabalho dele está fazendo ele viajar muito e até que estou achando isso bom.

         - Tenho que ir filho, até amanhã – fala ela e me dá um beijo na testa antes de ir ver meu pai, as vezes me pergunto como ela se apaixonou por ele, como alguém pode amar um homem assim, mas no fundo eu sei a resposta, afinal eu o amo, mesmo com todos os defeitos do mundo.

         Meu irmão volta para o quarto.

         Nem percebi as horas passarem, mas sinto a mensagem de Viktor chegar e sei que devo contar a novidade para ele.


Notas Finais


Espero que gostem :) S2


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