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História My New Hope - Nunca Fomos Nada


Escrita por: walkerzei

Notas do Autor


Oi gente aaaa
Voltei mais cedo porque estava super ansiosa pra postar esse capítulo socorro
Coloquem a música na parte que eu pedir se quiserem sofrer como eu sofri
Espero que gostem e não me matem
Boa leitura ❤️

Capítulo 22 - Nunca Fomos Nada


Duas semanas se passaram e eu não sabia o que havia acontecido comigo e com Carl. Ele não estava em clima de conversa, e acho que podia entender isso depois de tudo que ele passou. Mas ainda era estranho o quão vazia eu me sentia quando estava sem ele, sem o seu toque, sem a sua risada, sem a sua companhia. Mas apesar de tudo eu estava bem. Ele estava fora de risco e já faz duas semanas que ele está acordado, eu só não entendia o porque de estarmos tão perto mas tão longe. É como se estivéssemos fora de sintonia, e isso me preocupava. 

Durante esses dias me mantive ocupada. Ajudei Carol na cozinha, e posso dizer que agora sei fazer um bolo. Acompanhei Glenn em todas as rondas que ele fez, mesmo que ele dissesse que não precisava. Eu tinha prometido que não ia deixar ele ficar sozinho, e estou cumprindo. Também ajudei Maggie com nossa mudança, iríamos morar eu, ela e meu irmão na mesma casa. Como uma família, como pessoas normais no final das contas e isso me deixava feliz. Além de atirar em alguns zumbis, na companhia de Sasha que parecia estar mais leve depois de todos os problemas que passamos. 

Toda a comunidade estava focada na reconstrução dos muros, e tudo estava indo bem até agora. Estávamos focados nisso, e agora estamos acabando a reconstrução de um dos poucos muros. Todos praticamente se deitavam na cama e apagavam, e isso incluia Glenn, mas eu não tinha muita coisa pra fazer de dia e consequentemente não estava com a mínima vontade de dormir. Não que eu conseguisse dormir. 

Eu acabava pensando demais antes de pregar os olhos. Pensava em meu irmão, que graças à deus havia voltado pra casa. Pensava em Carl, que mesmo tendo levado um tiro parecia estar bem. E pensava nas mortes. Ron havia morrido por pura idiotice, por querer se vingar de algo inútil. Michonne estava certa quanto a ele, mas isso não adiantava em nada na minha dor. Eu perdi um amigo, meu único amigo. Tentava não pensar nisso toda noite mas eu simplesmente não conseguia. Eu me sentia presa a esse ciclo de pensamentos, e isso era perturbador. 

Me levanto da cama abruptamente e saio correndo de casa. Passo por duas casas até achar a de Rick, entro nela sem bater indo direto para o quarto do Carl. Abro a porta. Carl levanta o olhar até a mim e sorri, fechando o gibi. Sigo até ele e me sento ao seu lado. 

- Mais tarde vou fazer uma ronda com o Glenn. - aviso. - Não quer vir? 

- Queria poder ir. - se queixa ele, não parecendo com tanta vontade de ir assim. - Mas agora além de meu pai eu tenho a Michonne no meu pé. 

- Ah, para de reclamar. A Michonne é ótima. 

- Eu sei. 

Um silêncio se instala. Ultimamente tem sido assim, é como se não tivesse mais nada do que pudéssemos falar. Suspiro. Ele me abraça, e me deixo levar pelo seu calor. Meu coração se enchia de energia quando ele me tocava, e eu precisava disso. 

[...]

- ANDA LOGO BUNDA MOLE. - grito e Glenn brota na minha frente. - Até que enfim. 

Ele revira os olhos com meu drama e começa a andar, o acompanho. 

- Sabe que não precisa fazer isso. 

- Então por que eu deveria ficar já que não corro risco? - revido. 

Ele fica sem expressão. 

- Golpe baixo. - se queixa. 

Continuamos a andar, era uma longa caminhada envolta de toda a comunidade e eu sinceramente sabia que não precisava estar ali, mas eu vim. Só pra encher o saco. 

- Você ainda não disse o que estava fazendo com a Enid aquele dia, e muito menos o que houve com você pra me fazer se afogar em depressão. 
 
Ele ri. 

- Eu voltei, é isso que importa. 

- Foi o Nicholas não foi? Ele tentou te matar de novo? - insisto. 

- Não. Tudo que aconteceu foi demais pra ele, ele atirou na própria cabeça. Ele era um fraco.

Minha boca se abre em um "O" visível e me senti mal. Talvez porquê o odiava e ainda odeio, ou talvez por ter pensado que meu irmão teria o matado. 

- E depois eu tive problemas com os zumbis, mas eu voltei. - continuou. 

- E a Enid? 

- Eu a encontrei, ela tinha saído depois de todas as mortes...

- ...E agora são amiguinhos. - completei. Isso me causava ânsia. 

- Tem algo contra ela? - pergunta, curioso. 

- Só ela ter tratado a mim e o Carl sem o mínimo de educação e depois ter claramente se jogado pra cima dele com aquele papo de "apenas sobreviva". - digo fazendo aspas com a mão. 

Ele me lança um olhar estranho e do nada começa a rir. 

- Está com ciúmes. 

- Estou nada. 

- Eu nasci pra ver esse dia. 

- E eu nasci pra te dar um tiro. Acho que no pé não causa tanto estrago, ou quem sabe na mão. - ironizo.

Ele levanta as mãos em sinal de rendição. 

- Acho melhor eu ficar quieto. 

- É, eu também acho. 

[...]
 
Já havia procurado Carl por toda a comunidade, mas não havia o encontrado. Não tinha como ele estar aqui, ele havia saído. E aquela historinha de não poder sair era fajuta, ele havia mentido pra mim. Fecho meus punhos e vou até o portão, vendo exatamente quem eu queria ver. Eugene. 

- Você viu o Carl? - pergunto. 

Ele pareceu estar em dúvida do que responder, e isso foi o bastante para perceber que ele sabia de algo.  

- Fala! - insisto, essa demora só me fazia gostar menos dele. 

- Ele saiu faz uma hora.

- Sozinho? 

Ele encara os pés. 

- Com a Enid. 

Uma raiva avassaladora se apoderou de mim e sentia como se pudesse destruir toda essa cidade com meus punhos. 

- Sai daqui Eugene. - rosno. 

- Eu tenho que manter meu posto...

- SAI DAQUI EUGENE! - repito, um pouco alto demais. - Se precisar eu chamo. 

Ele deu dois passos pra trás, até finalmente dar meia volta e ir embora.
Me mantive estática olhando para a floresta. Se Carl achava que ia se safar ele estava errado. Ninguém me faz de boba! A floresta se movimenta e Carl com um olhar surpreso se aproxima lentamente. 

- O que houve? - pergunta, passando pelo portão e me dando às costas. 

- Você mentiu pra mim, disse que não podia sair. 

Ele suspira e se vira pra mim. 

- Eu não posso sair. 

- E o que estava fazendo lá fora? Ainda por cima com a Enid! 

- Estávamos lendo gibis, nós somos amigos. - responde ele e volta a andar me deixando pra trás. 

- Você não precisava mentir. 

- Nos falamos mais tarde. 

- OLHE PRA MIM QUANDO DIGO ALGUMA COISA! - grito. 

Ele parou, somente por alguns segundos, mas depois recuperou o movimento. O observei se afastar enquanto uma lágrima de ódio escorria pelo meu rosto. 

[...]

*play na música (link nas notas finais)*

Vejo Carl sentado em uma cadeira de balanço com Judith em seu colo. Ele me observa enquanto me coloco na frente dele. 

- Por que fugiu de mim? - pergunto. 

Amor, eu acho que não entendo

Ele suspira. O observo enquanto ele se levanta e coloca Judith sentada no chão. 

- Eu só não queria conversar. 

- E vejo que também não quer agora, certo? - ironizo. 

Como deixamos isso escapar de nossas mãos?

- Eu só não queria fazer isso antes. 

- Isso o quê? 

Ele faz uma pausa, e parecia procurar por palavras. 

- É melhor não nos vermos mais. 

Nós estávamos tão apaixonados e então

- Como assim? - pergunto, um pouco alterada. 

Ele estava me deixando aflita, mas eu já sabia o que vinha a seguir. 

- Eu não quero mais ver você. 

Nós perdemos tudo

Uma lágrima escorre por meu rosto. 

- Você está terminando comigo? 

- Não se pode terminar algo que não existe. Nós nunca fomos nada. 

Agora acabou

Foi como um soco no estômago. Senti o meu pulmão se esvair e meu coração acelerar, tudo em mim ameaçou desabar. Eu já sentia quando estava com ele que isso  podia acontecer, ele estava muito diferente. Ele nunca me machucaria desse jeito, mas ele o fez. Respiro profundamente tentando não chorar na sua frente, mas foi em vão. As lágrimas já preenchiam meu rosto.

Agora acabou

Dou de ombros e finalmente entro em minha casa, subo as escadas à toda velocidade, mas diminuo o passo quando vejo Glenn no corredor. Ele me olha, confuso. Sem falar nada eu simplesmente entro no quarto e bato a porta, me jogando na cama em seguida. 

Eu estava quebrada, com defeito. Seja qual for a consequência disso a mim não importava, eu sabia que o motivo era ele. As lágrimas novamente escorrem pelo meu rosto. Eu me sentia fraca, como se fosse de vidro e um bolo enorme em minha garganta dificultava minha respiração. Era como se eu estivesse morrendo aos poucos. E eu odiava isso! 

Odiava precisar de outra pessoa para ficar bem. Eu não sou assim, eu sou forte e decidida. Não sou uma garotinha triste e isolada. Mas é isso que o amor faz com as pessoas, te vicia e depois te mata. O amor era algo terrível. 

A porta é aberta, revelando Glenn com seu costumeiro olhar de preocupação. Ele se deita do meu lado ficando cara à cara comigo, talvez esperando alguma reação de minha parte e que obviamente não ia vir. Seco minhas lágrimas e forço um sorriso. 

- O que ele fez? - ele me pergunta. 

- Ele quem? 

- Carl. - respondeu, o óbvio. 

- Por que acha que ele fez alguma coisa? 

- Porque a única coisa que te deixa assim é ele. 

Suspiro, derrotada. Eu tinha que disfarçar melhor. 

- Ele mentiu pra mim. Disse que não podia sair mas estava com Enid na floresta, que era melhor não nos vermos mais, e que nós nunca fomos nada. Eu somente o deixei lá, sozinho. 

Ele me olha. O mesmo olhar que ele me lançou a vida inteira, o olhar acolhedor que eu amava e que com certeza valeria a minha vida. Ele abriu a boca pra falar mas eu o interrompi:

- Não precisa falar nada.

Ele sorri levemente e se levanta, ele sabia que eu gostava de ficar sozinha. Mas no momento a companhia dele me fazia melhor. 

- Fica. - digo. 

- Você não tem mais três anos. - protesta ele com um sorriso debochado. 

- Mas você ainda é a única pessoa com quem posso contar. 

Ele suspira, derrotado e volta a se deitar ao meu lado. Coloco minha cabeça em seu peito, ouvindo o barulho de seu coração. O barulho da minha esperança. 

- Por que sinto que estou perdendo tudo? 

- Você ainda tem a mim, sempre. 

Sorri, isso era o suficiente pra mim. 

- Eu amo você, Glenn. - sussurro.

- Eu sei. 


Notas Finais


Música: https://m.youtube.com/watch?v=W8XWAku4vzc
AAAAAAAAAAA EU SINCERAMENTE NÃO ESTIVE BEM ENQUANTO ESCREVIA ESSE CAPÍTULO
Não odeiem o Carl tadinho, ele está passando por um momento difícil (ou é só um fresco mesmo)
Carl bobão quebrou meu coração qqq
COMENTEM OQUE ACHARAM POR FAVOR, PELO AMOR DE DEUS PQ EU TO CURIOSA RS
Espero que tenham gostado sz


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