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História My new life - Como vamos ficar


Escrita por: MisakiMarcy e MarcelineQueen

Capítulo 57 - Como vamos ficar


Fanfic / Fanfiction My new life - Como vamos ficar

Autora...

Finn não abriu os olhos assim que acordou. Ficou um tempo parado, sentindo sua respiração levantar e subir o peito, sua boca meio seca e o peso gelado em seu ombro direito. Sorriu. Finalmente abriu as pálpebras e não demorou a se acostumar com a luz, viu que Marceline usava a curva entre seu ombro e braço de travesseiro enquanto lia tranquilamente um livro apoiado na própria barriga.

- Bom dia. – Disse afavelmente já sabendo que o garoto havia acordado pela mudança no ritmo dos batimentos e respiração. – Só deixa eu terminar essa parte.

- Tudo bem. – Respondeu o loiro enquanto esfregava os olhos e se espreguiçava. Marceline se sentou para lhe dar liberdade e após alguns segundos fechou o livro e o colocou no criado mudo, voltando a se deitar com Finn, abraçou-o e começou a brincar com os dedos no peito do garoto.

- Vai ser sempre assim? – Perguntou fazendo a morena o encarar confusa. – Vou sempre perder horas dormindo enquanto você lê ou faz outra coisa? Talvez em outro lugar?

Ela sorri.

- Tem medo de acordar sozinho na cama?

- Sim. – A resposta rápida sem hesitação a surpreendeu, fazendo arregalar os olhos e parar de mover os dedos.

- Finn... – Começou após um tempo, mas então desviou o olhar baixando a cabeça.

- Ah não... – Resmungou o garoto diante da reação da namorada. – O que foi?

Ela demorou a responder, tentou de todas as formas organizar as palavras na mente antes de continuar, mas viu que ficaria lá por muito tempo então simplesmente soltou.

- Você, Jake, Fionna e Bonni. Vocês vão ter que voltar, você sabe disso né?

- Como assim?

- Humanos não podem ficar tanto tempo no inferno Finn, é perigoso, ou mata vocês ou te faz um demônio. Mas eu... eu não vou poder voltar.

- Continua. – Marceline não conseguiu identificar o sentimento do garoto apenas pela voz, mas percebeu facilmente raiva.

Ela se levantou e se sentou, dessa vez Finn desviou o olhar, Marcy ainda estava sem roupa. Vendo o que ele fizera ela puxou o lençol para se cobrir.

- Finn você tem a escola, tem uma vida lá. Eu não. Minha vida lá se baseava em tocar num bar e ter amigos humanos, mas todo o resto sempre foi esse reino. E estamos em guerra. Não posso voltar, sou oficialmente um alvo.

- E eu?

- Não faz mais sentido te atacar, você veio para o inferno, teve relações com uma herdeira de Lúcifer, sua alma na teoria já está tão condenada que só Deus pode cuidar de você.

- Então é assim? Depois de tudo isso, depois de ajudar a começar essa guerra para ficarmos juntos vamos simplesmente nos separar?! – Finn quase gritava, saliva chegou a respingar de sua boca e Marcy teve que se segurar para não levar as mãos aos ouvidos sensíveis.

- Não é um término...

- É um relacionamento a distância! É a mesma merda que estávamos tendo até agora! Marceline eu quero você comigo!

- Eu também te quero por perto, mas...

- Mas o que?!

- Ou é isso ou nos casamos. – Finn travou, por um segundo sentiu seu coração dar um salto e parar logo em seguida. Percebeu que as mãos tremiam e tentou disfarçar. – Eu sei que nós dois nos amamos, e sinceramente casamento é pouco para quem estava prestes a abandonar até o nome, mas... agora que não existe esse problema... somos muito jovens, mal nos conhecemos de verdade, mal namoramos e de repente teríamos que viver juntos, dividir até o banheiro, mas você teria que ficar horas sendo ensinado a ser um rei, mal nos veríamos, poderíamos até brigar com o tempo e teríamos que ficar.... Finn não da. Não agora. Não com tudo que está acontecendo. E todos sabem disso. Em qualquer situação os Shikis já estariam perguntando a data do casamento, mas com nós os reis só estão perguntando quando você vai voltar. Todos sabem que precisamos de tempo, temos o direito de deixar esse relacionamento evoluir antes de nos tornarmos escravos do reino.

- Não é o que os criados pensam... – Sussurrou.

- São homúnculos sem sentimentos. – O censurou, porém sabia que ele estava tão mal quanto si. – Para podermos deixar que as coisas sejam naturais Finn... temos que continuar longe por um tempo.

- Mas quanto tempo? É uma guerra! Pode durar anos! Eu não sou imortal! – Dessa vez a raiva estava bem menor, o que prevalecia era angustia, Marcy sentiu os olhos lacrimejando quando os fechou.

- Desculpe Finn... – Com os olhos fechados a vampira não viu, nem mesmo sentiu tamanha a velocidade, mas Finn de repente a estava abraçando com todas as forças que tinha.

- Eu te amo. – Diz próximo a orelha da garota, a mesma apenas o abraçou de volta, deixando o rosto em seu ombro quente. – O mundo parece que não nos quer juntos.

- Sim...

- Será que vai ser sempre assim?

- Talvez...

Ele suspira.

- Quer saber? Acho que namoro a distância é algo que se não conseguirmos passar só vai mostrar que não daríamos certo. Se ficarmos juntos mesmo, sempre teremos problemas.

- Sim.

- Tudo bem. Nós conseguimos. – Disse por fim dando um beijo calmo na bochecha da namorada e se separando um pouco, se sentando encostado à cabeceira da cama. Ambos se encararam por um tempo sorrindo um para o outro.

- Um dia eu vou te pedir em casamento, Marceline Abadeer.

O garoto sentiu o coração se aquecer ao ver a surpresa na namorada e como ela se agarrou aos lençóis ao ouvir a frase, e isso lhe deu coragem para continuar.

- Aí vamos ter que aturar Jake enchendo o saco e torcendo para nos separarmos porque eu vou estar em outra dimensão e ele preso a Terra “sozinho”. – Apesar de tudo Marcy riu, sabia que Jake seria bem capaz disso. – Mas vamos passar por isso. Então eu vou ter que começar a ser treinado para ser um par digno de alguém como você, e mal vamos nos ver, mesmo dividindo o banheiro. – Novamente ela riu com a repetição da frase que usara antes. – Mas vamos passar por isso. Então o nosso povo vai começar a querer que tenhamos herdeiros, só que vampiros dificilmente engravidam então vamos ficar loucos tentando e tentando, e vamos brigar, vamos nos estressar, e vamos até começar a perder o prazer. Mas vamos passar por isso. Aí quando finalmente estivermos bem de novo você vai engravidar e eu vou te encher o saco não te deixando nem andar com medo do bebe se machucar e você vai querer me matar. Mas vamos passar por isso.

Marcy ria a cada frase, mas ao mesmo tempo Finn via seus olhos brilharem com lágrimas prontas para sair, sentiu uma vontade imensa de beija-la, mas ainda não tinha acabado.

- Aí o bebe vai nascer e você vai se estressar de novo porque eu vou virar uma coruja babona e não vou saber quem eu amo mais. Mas vamos passar por isso, e também vamos passar por quando eu perceber que te amo tanto que quero várias dessas provas de amor com vida correndo por todo o castelo e não vou te deixar dormir direito até me dar vários minimins e minivocês. E eu tô falando sério.

As lágrimas começaram a sair, a vampira chegou a tremer ao fungar, os olhos sorrindo em meio as gotas de água que saiam de si, o sorriso encoberto pela mão, mas ainda sim visível ao coração do loiro.

- Então as crianças vão crescer e brigar e vamos ter que passar por isso, depois passar pelos problemas delas, ainda mais quando forem adolescente e começarem a namorar. Vamos... vamos passar por muita coisa ainda. – Finn começou a baixar o tom de voz, mas sabia que a namorada ainda o ouvia, e se aproximou de vagar. – Mas eu vou sempre te amar e nunca, jamais, te deixar. – Ele levou a mão ao rosto dela, que repousou a cabeça e deixou que este enxugasse com o polegar uma das lágrimas. – Porque eu te amo Marceline Abadeer.

- E eu te amo Finn Mertens.

Então se beijaram.

-x-

- Você tem compromissos hoje? – Perguntou Finn.

- Mais ou menos. Me liberaram até a tarde.

- Vamos fazer o que então? Fionna pode ser mais paciente que Jake, mas ela ainda vai ficar brava se você não for vê-la ao menos um pouco.

- Já conheceu o castelo?

- Não.

Marcy sorriu e se levantou num salto, Finn corou ao vê-la em pé despida sem nem se importar.

- Então vou te mostrar. Primeiro banho, então chamamos os outros e vamos num tour.

- C-certo.

A vampira então se vira para o namorado de sobrancelha arqueada e permanece o olhando por um tempo.

- O que foi? – Perguntou desviando o olhar.

- Sério? – Ela volta para a cama e se aproxima de Finn, coloca sua mão no ombro do mesmo e sussurra. – Você chupa meu peito como um pirulito... – O loiro treme e Marcy sorri de canto, começando a passar a mão do ombro por toda a extensão do braço do garoto. – Agarra minha bunda. – Diz e pega a mão do mesmo colocando-a em sua bunda, percebendo com facilidade a respiração do garoto e seus batimentos acelerando o ritmo.

Finn por outro lado sentia o corpo começando a queimar e a boca secar, os sussurros gélidos da namorada o levando a loucura quando ela simplesmente passa por cima de suas pernas ficando bem de frente para ele.

- Me faz um oral, pede para eu abrir minha buceta para você, goza dentro de mim e está com vergonha de me ver sem roupa?

- E-eu... – Sem deixa-lo responder a garota se senta em seu colo, apenas o cobertor os separa e começa a mordiscar e lamber seu pescoço. Cada pelo dele se arrepia e o mesmo involuntariamente aperta a mão na bunda dela, o ato tira um sorrisinho da mesma que se move para a frente tirando suspiros dos dois.

- Ok, mudança de planos. Primeiro uma segunda rodada, depois banho e aí tour.

Finn não diz nada, apenas a puxa novamente para perto e começa a subir e descer os quadris, incentivando a vampira a fazer o mesmo.

- Mas é claro que... – Começa subindo o queixo do loiro sumo aos seus lábios. – Podemos fazer dois de uma vez. Se estiver disposto a me comer numa banheira ou contra a parede do banheiro.

O som que sai de Finn é como na noite anterior quase animal, um gemido gutural, rouco, grave e profundo vindo de dentro e com ele o mesmo segura a namora e em um único impulso forte levanta os dois da cama.

Marcy ri e tira o cobertor preso entre eles, assim o faze o tecido cai no chão, Finn a choca contra a parede e junta seus lábios num beijo desesperado e cheio de desejo que é correspondido na mesma hora. Ele aperta firme suas cochas ainda a segurando enquanto a mesma enterra os dedos em seu cabelo e circula sua cintura com as pernas. Sem muito aviso ele então pega o próprio membro e a abaixa rápido a penetrando.

Sabendo que Marcy ainda podia estar dolorida colocou apenas uma parte, a garota gemeu alto em resposta, tanto de dor quanto prazer e o loiro percebeu os dois, por isso permaneceu quieto e mordeu o ombro da mesma para se controlar, sentia seu membro sendo apertado pelo interior da vampira e isso só o fazia ir a loucura cada vez mais, só que antes que pudesse pensar muito nisso sentiu as pernas da mesma, enroladas a sua cintura, se apertarem mais, o empurrando para frente e mais fundo em seu interior. Ambos gemeram juntos.

- Finn... – Marceline geme enquanto arranha as costas do mesmo, com o som todo o controle do garoto foi para o espaço e em um único movimento rápido terminou de penetrar a namorada fazendo mais uma vez ambos gemerem.

Após alguns segundos tentando controlar a respiração e tendo a mesma o arranhando-o ele leva a boca até o mais próximo que conseguia do ouvido da mesma e sussurra.

- Parede do banheiro.

Marcy suspira cheia de desejo e o beija sorrindo.

- Cadê a vergonha? – Pergunta entre o beijo e o mesmo responde com uma estocada forte.

-x-

- Esses quadros... são almas de verdade? Queimando? – Pergunta Jake receoso enquanto andavam pelo corredor.

- Sim. – Responde Marshall e todos os humanos o encaram assustados, ele e Marcy então começam a rir.

- Não brinque com isso! – Reclama Fionna.

- Não estou brincando, a expressão de vocês que foi engraçada.

- Então eles estão mesmo queimando?! – Perguntou Finn.

- Lúcifer diz que sim, mas ninguém nunca as achou. Tudo bem que não vamos muito longe da cidade em volta do castelo, é perigoso.

- Sério? Até para vocês? – Perguntou Bonni.

- Sim. Existe uma parte alguns quilômetros seguindo reto por qualquer direção que parece um deserto, lá vivem os vagantes, são demônios tão antigos que acreditamos serem os primeiros, eles são os mais poderosos e mais perigosos, não tem nenhuma sanidade mental e só pensam em comer. E o que comem são almas. – Explicou Marcy.

- Como são muito fortes não tem como enfrenta-los, apenas evita-los, depois deles é fogo eterno, mas como já viram, não passamos do deserto. – Continuou Marshall.

- Marshall, você está diferente.

- Oi? – Pergunta diante da afirmação repentina de Bonni.

- A forma como você está falando e andando, mesmo estando com roupas “normais” você ainda parece estar no trono conversando com semelhantes.

O moreno ri.

- É verdade. – Concorda Fionna. – Nem parece o desleixado que conhecemos.

- Desculpe. É que eu vivi a vida inteira treinando para agir desse jeito, principalmente dentro de um castelo, é até difícil relaxar. Na verdade... eu preciso de mais esforço para relaxar que para agir assim. – Disse sorrindo. Marceline o encarou por alguns segundos e constatou que as amigas tinham razão, ele estava agindo diferente mesmo para ela que treinava junto com ele, mas imaginava que era o peso de agora ser um rei.

- Marsh, já recebeu sua lista?

Marshall se virou para a irmã e levou ambas as mãos ao rosto desta, a encarando bem de perto ao dizer:

- Você me odeia Marceline? – A mesma desatou a rir. – Sério, porque tinha que me lembrar disso?

Marcy não respondeu apenas continuou rindo.

- Que lista é essa? – Perguntou Fionna.

- Já recebeu sua lista Marshall?! – Perguntou Flame e todos se viraram em sua direção.

- Oi Flame, chegou. – Cumprimentou Marceline o abraçando.

- Desculpem, vocês sabem, trabalhas no reino. Oi gente.

- Oi Flame. – Todos cumprimentaram.

- Mas então, sua lista hein. – Brincou Flame fazendo Marshall o fuzilar com o olhar. – Relaxa cara. Eu recebi a minha com quinze anos, você ainda está de boa.

- E já escolheu?

- Nem. Meus conselheiros estão quase me jogando na Antártida e escolhendo eles mesmos.

- O que é essa lista?! – Perguntou de novo Fionna, já ficando irritada.

- A lista de possíveis noivas. – Respondeu Flame.

- O que? – Perguntou Finn encarando Marshall.

- Sou o rei coroado. É normal que agora queiram me ver casado e com filhos o quanto antes. Se eu morro antes de dar a luz, e algo acontece com a Marcy também, o sangue da família real morre e o reino fica frágil, o que obviamente não pode acontecer, ainda mais em guerra.

- Aí eles te dão uma listinha com possíveis mulheres para você escolher?! Que absurdo!

- Eu posso escolher uma da lista ou não, mas lista é apelido, é um arquivo inteiro cheio de fixas de todas as mulheres de sangue nobre existentes no reino com todas as informações que preciso saber.

- Que ridículo.

- Pelos menos eles te deixam escolher e é decisão minha unicamente me encontrar com a garota e ELA que dirá sim ou não, não é como um casamento arranjado.

- Mas a família dela pode força-la. – Diz Bonni.

- Sim, mas se você der uma ordem para eles não o fazerem, eles não poderiam nem que quisessem.

- Vantagens reais! – Diz Flame.

- Achei bem primitivo. – Reclamou Fionna. – Expor as pessoas assim, como opções de um cardápio de criação de bebês.

- Não há muito o que fazer, para nós herdeiros dos Shikis só há tempo para amor até a coroação, depois é a corrida para perpetuar a espécie.

Fionna foi dizer algo, mas então um criado chegou e chamou o rei Marshall para resolver uma questão, ele se despediu dos amigos, deu um beijo em Marcy e saiu.

- Ok, vamos deixar esse assunto para depois. Próxima parada salão real.

Enquanto todos seguiam conversando Marcy foi até Fionna e disfarçadamente sussurrou em seu ouvido:

- Você está deixando seu ciúmes muito óbvio Fi.

E antes que a amiga pudesse dizer algo Flame chamou Marcy que saiu deixando uma loira triste para trás.

Afinal depois de ter o garoto que gostava trocando-a por uma das melhores amigas ela se apaixonou por outro.

Que logo estará casado.

Com alguém que conseguiria ser uma rainha, alguém capaz de governar um reino e essa pessoa jamais seria ela, afinal ele nem mesmo olhava para ela mais do que como uma amiga.

 



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