1. Spirit Fanfics >
  2. My new life >
  3. Friends are good for this

História My new life - Friends are good for this


Escrita por: MisakiMarcy e MarcelineQueen

Notas do Autor


OLAAAAAA MEUS LINDOS SHIKIS, ANJOS E HUMANOS!
Demorei para voltar não é?
Desculpem, bloquei criativo. Sabem, eu queria REALEMENTE que vocês fossem sinceros e me dissessem se a fic continua boa ou se estão desanimando com ela, porque eu sinto que apesar de aparecerem sempre novos leitores lindos, muitos estão abandonando a história e a maioria sequer comenta se gostou ou não e isso só faz com que eu demore mais para me empolgar e escrever um cap bom, então por favor me digam o que estão achando.
Enfim, espero que gostem desse capítulo!

............../\..../\ ../\..../\
LEIAM....|.....|....|.....|

Capítulo 29 - Friends are good for this


Fanfic / Fanfiction My new life - Friends are good for this

Autora...

Marceline olhou para Marshall, os olhos vermelhos do garoto lhe faziam uma pergunta silenciosa junta a um aviso.

“Você tem certeza?”

“Você sabe no que isso pode dar.”

Ela inspirou fundo e balançou a cabeça, mostrando com o gesto que era aquilo que ela queria e iria fazer. Marshall bufou e foi para a cozinha, Finn por outro lado ainda não estava convencido, levantou do sofá onde ele e alguns dos outros amigos estavam conversando. Foi até Marcy a segurou pelo braço e a puxou para a sala.

-Finn: Marceline você não tem que fazer isso. É loucura, é muito cedo! Quando eu dei a idéia foi sem pensar!

-Marceline suspirou e colocou a mão no ombro de Finn: Mas você tinha razão, são meus amigos e merecem saber, nem que por isso eles deixem de ser.

-Finn colocou sua mão por cima da de Marcy: Não, eles não precisam saber, não agora! São seus amigos a apenas 2 anos! Mal sabiam até algumas semanas quem você era de verdade! VOCÊ não sabe quem eles são de verdade, os amigos não precisam saber seus segredos mais íntimos tão rápido assim! – a morena abaixou a cabeça, não tinha o que dizer, ela sabia disso, de todos os avisos que deram para ela, mas ela queria que os amigos soubessem. – Eu temo Marceline, do que pode acontecer com você...

-Marcy: Acha que eles fariam alguma coisa?

-Finn: Não sei, talvez... não. Mas... e se eles não aceitarem? Você os perde. E sei que isso vai doer em você. Por favor, por você, desista disso. 

-Marcy sorriu para Finn e mexeu em seu cabelo: Também estou com medo, mas... seu irmão não para de me chamar de heroína, sendo que eu não arrisquei nem um quarto da minha vida...

-Finn: Isso é mentira, você estava fraca, podia ter...

-Marcy: Finn, todos sabemos que eu não ia morrer, eu poderia acabar parando na Noitosfera como um demônio, mas morrer é algo que dificilmente acontecerá comigo. (N\A: Viva ao protagonismo, não é mesmo?!) Jake me chama de heroína, meus amigos me olham como se eu fosse um tipo de anjo que sempre os ajuda enquanto eu saio a noite e me alimento de outros humanos.

-Finn coçou a nuca: Não é toda noite... – Marcy o encarou de sobrancelha levantada e cruzou os braços. – Você realmente quer isso?

-Marcy: Vou correr o risco.

Finn abriu e fechou a boca algumas vezes tentando arranjar as palavras certas  para impedi-la, mas não conseguia, e a morena não lhe deu mais chances, passou por ele e voltou para os amigos sentados em diferentes sofás do lado de fora da casa.

-Marcy: Pessoal... – os chamou e todos cessaram suas conversas e se viraram para ela. – Me desculpem pedir para virem aqui, mas é que não tinha outro lugar mais reservado que eu pudesse conversar com todos. É que... bom... Eu preciso contar uma coisa para vocês...

-Jake: Você e Finn finalmente assumiram o namoro? – perguntou rapidamente fazendo Finn corar violentamente e Marceline rir.

-Marcy: Não Jake, não tem nada a ver e... é bem mais sério que isso. Na verdade... – ela deu uma pausa e respirou fundo – É algo que pode fazê-los não querer serem mais meus amigos – disse sorrindo fraco.

Os amigos se entreolharam confusos.

-Jake riu: Marceline, você salvou minha vida, quase se matou para me ajudar! Nada que você diga pode mudar isso.

-Marcy: Eu não teria tanta certeza...

 

-Jake: Finn, você ta babando na mesa – sussurrou.

-Finn: Que?

-Jake: Acorda! – falou dando um tapa nas costas do irmão que levantou no pulo, chamando a atenção de alguns da sala. – Não liguem para ele gente! – disse rindo e as pessoas voltaram para suas conversas. – Caramba Finn, você dormiu o primeiro tempo inteiro, você está bem?

-Finn ainda meio atordoado olhou a sua volta tentando se localizar: Eu estou na escola?

-Jake: Não, na casa da nossa avó! Por Glob, Finn! O que você fez ontem à noite?

Imagens começaram a passar na cabeça do loiro, Marceline com um vestido curto de saia rodada branco e azul, um contraste lindo com seus olhos e lábios vermelhos, cabelos sedosos negros arrumados de forma a caírem como ondas pelas costas e ombros. Seu sorriso iluminando, para ele, mais que a própria lua naquela noite. 

-Finn: Assisti anime.

-Jake: Acordei no meio da noite e não te vi no quarto nem na sala ou cozinha – disse encarando o irmão desconfiado.

-Finn: Não achei o fone e não queria te acordar, então fui pro jardim, sentei naquela pedra que colocamos para marcar até onde o sinal do wi-fi funciona direito.

-Jake cerrou os olhos: Hm... Vou fingir que acredito, por enquanto.

-Marcy: Oi Finn, oi Jake. – disse assim que chegou e se sentou na mesa de Finn com as pernas cruzadas – Dá para acreditar que daqui algumas semanas estaremos nas férias de verão? 

-Jake: Ainda bem! Já não aquentava mais a escola!

-Finn riu: Para mim parece até que a vida deu um salto no tempo, é como se fosse ontem mesmo que você estava no hospital reclamando da perna quebrada. 

-Marcy: E por acaso ele parou de reclamar?

-Jake: Hei!

Marceline e Finn riram.

-Finn: Agora é aula do que?

-Marcy: Educação Artística, parece que a professora se atrasou e pediram para esperarmos aqui mesmo até ela chegar. – a morena terminou de falar e em seguida uma senhora que aparentava cerca de 40 anos entrou na sala.

-Professora: Olá alunos, desculpem o atraso. – disse e todos voltaram aos seus devidos lugares e se silenciaram – Vou explicar rapidamente o que faremos hoje depois seguimos para a sala de artes o quanto antes, assim vocês não serão prejudicados. Como amanhã é sete de julho vamos começar com um exercício básico para o feriado, depois seguiremos para uma pintura, ela servirá como atividade avaliatória do trimestre, já que vocês sabem que não gosto muito de provas. O tema deverá estar ligado aos costumes e festivais do país já que estamos neste clima do festival das estrelas. Enfim, vamos.

 

-x-

 

-Fi: Marceline, o que você vai pedir?

-Marcy: Que eu consiga passar mais de cinco anos sem ser atropelada. – disse sem tirar os olhos do pequeno pedaço de papel em que escrevia.

-Jake: Você está brincando, né?

A morna levantou seu papel e mostrou aos amigos, sentados juntos na cumprida mesa de madeira. Nele estava escrito exatamente o que ela falara.

-Cake: Você não pode pedir em pleno Tanabata Matsuri (Festival das Estrelas) para não ser atropelada! Que desperdício de desejo! (N\A: Nesta data as estrelas Altair e Veja se encontram, então, as pessoas escrevem seus desejos e penduram em uma árvore, esperando que as estrelas os realizem).

-Marcy: Considerando tudo que passei ultimamente por causa de momentos em que fui atropelada, acho que é um pedido bem viável – disse se levantando, indo até a professora de educação artística e lhe entregando o papel dobrado.

A professora pegou o papel, lhe amarrou uma fitinha dourada e o pendurou a uma árvore de cerca de um metro e meio decorada com vários outros papéis.

-Marsh: Criativa você. – sussurrou ao passar pela prima e dar seu próprio papel a professora.

-Marcy: E o que você escreveu?

-Marsh: Que as meninas no Japão sejam menos reservadas, cansei dessa seca. – sussurrou e logo em seguida levou um tapa na nuca.

-Marcy: Idiota. – disse sorrindo e logo os dois voltaram para seus lugares rindo.

-Flame: O que foi?

-Marcy: Marshall e suas idiotices. 

Três meses haviam se passado desde o começo das aulas, as coisas não estavam tão diferentes do que sempre foram. Exceto que já se faziam dois meses que Marceline e Marshall passavam no mínimo um dia por semana com seus pais; Finn, que agora sabia do mundo shiki, passava muito mais tempo com eles aprendendo sobre os “monstros” e logo seriam as férias de verão e com isso as provas finais do trimestre estavam próximas (N/A: No Japão o ano letivo é dividido em 3 trimestres e não 4 bimestres), todos estavam concentrados em seus estudos mal saindo de casa.

-Fi: Alguém aqui já sabe o que vai fazer no verão? – todos se entreolharam e negaram.

-Bonni: Talvez eu tenha que viajar com minha família, mas ainda não é certeza.

-Fi: Nós bem que podíamos fazer algo juntos, talvez ir à praia.

-Jake: Acho que você anda lendo mangás demais, sabemos que em todo anime os personagens vão para alguma casa de praia juntos, mas a vida real não é bem assim.

-Cake: Marceline tem uma casa de praia na Austrália, ela poderia ter aqui também.

-Marcy riu: Não, só temos as que vocês conheceram. Uma no Brasil e uma na Califórnia.

-Todos exceto Marshall, Bonni, Gumball e Flame: Só.

-Fi: Mas não foi isso que eu estava esperando Jake, podíamos pegar dois ou três carros e passar um dia na praia, além de sairmos juntos alguns dias!

-Flame: E se fôssemos para Akita?

-Jake: Akita? A cidade? Tem noção do quão caro é ir para lá no verão?

-Flame: Tenho uns contatos na região, um é dono de um hotel na capital e seu irmão tem uma pousada em Senboku, podemos passar uma semana em cada cidade, participar dos festivais e aproveitar as...

-Marcy: Águas termais do lago Tazawa?

-Flame: Isso mesmo. – Marcy e Marshall riram fraco.

-Marcy: Você é muito previsível sabia?

-Flame riu também: Reclame menos.

-Jake: Do que vocês dois estão falando?

-Marcy: Jake pense um pouco... – ela se aproximou dele e sussurrou. – Elementar do fogo, águas termais...

-Flame: De qualquer forma, posso arranjar dois quartos gratuitos para nós, as meninas ficam em um e nós garotos ficamos em outro, seria divertido.

-Bonni: Não será prejudicial para os seus “contatos” doar dois quartos grandes na alta temporada? 

-Flame: Ele está me devendo um favor, vamos dizer que já faz um tempo que faço trabalhos para ambos, tenho certeza de que não iriam contra.

-Jake: Bom, se é assim seria incrível!

-Bonni: Flame, você não pretende usar seu poder...

-Flame: Não. Vou ver com eles então, aviso vocês no máximo até a semana de provas.

-Professora: Marceline e Finn me ajudem a levar essa árvore para a sala de vocês?

-Marcy: Sim, professora – disse se levantando, Finn foi atrás.

-Professora: Os outros podem terminar seus desejos depois, pegar uma fita na caixa ao sair da sala e pendurar na arvore na classe de vocês. Vamos seguir para as pinturas se não poderão não conseguir terminar a tempo.

Marceline pegou o vaso com a árvore e Finn fingiu ajudar, seguiram a diante enquanto a professora falava. No corredor um dos papeis desprendeu e caiu no chão, Finn o pegou e leu.

-Marcy: Finn, é feio ler o desejo dos outros.

-Finn corou: Desculpe, é que seu nome estava escrito nele.

-Marcy o encarou: Como assim?

-Finn: A pessoa fez um desejo para você. – disse lhe mostrando o papel.

“Desejo que Marceline consiga passar mais de cinco anos sem ser atropelada”

Marcy riu, já sabia quem deveria ter feito esse desejo. Seu primo era o melhor do mundo.

 

--x--

 

 -Jake: Porque mesmo temos que usar essas coisas?

-Oreki: Porque as crianças não chegarão perto de vocês se não estiverem com elas.

-Bonni: Finn, poderia nos explicar melhor o porquê de estarmos aqui?

-Finn suspirou e se levantou do sofá que dividia com Oreki: Olhem, quando eu descobri sobre a Marceline eu não tinha ideia do que iria fazer e aposto que a maioria de vocês também não...

-Jake: Ela salvou minha vida, não ligo para o que ela seja vou continuar sendo amigo dela, vampira... – disse a palavra tremendo. – ou não.

-Finn: Mesmo sabendo que ela se alimenta de gente?

-Jake engoliu em seco: Não é como se ela matasse ou...

-Finn: Jake, Marceline não é humana, ela não pensa como nós, mesmo que quisesse. Nossos instintos básicos são nos proteger, somos uma espécie fraca e juntos nos tornamos fortes, nossa tendência é a união, mas matamos animais de todos os tipos para nos alimentar. Mesmo que aqui tenhamos dó de matar algo específico em outro país ele é o prato principal. Os vampiros não são humanos, somos uma espécie diferente, somos animais, alguns apenas se apegam a nós. 

-Chama: Essa não é uma forma muito...

-Cake: Cruel de se ver?

-Finn: Mas é verdade. Aposto que todos vocês amam carne, ao menos uma vez por semana indiretamente matam um animal apenas para comer. Os vampiros fazem o mesmo, e infelizmente fazemos parte do possível cardápio.Eles não são tão diferentes, o que os torna cruéis é apenas o fato de os animais que eles usam para se alimentar tem mais consciência dos que nós nos alimentamos.

 -Fionna: Finn...

-Finn: Pessoal, entendam. É por isso que os trouxe aqui, vocês não estão levando isso a sério, provavelmente porque acabaram de descobrir.  Saber que seu mundo não é metade do que vocês achavam saber demora para ser assimilado, eu sei. Eu mesmo demorei uma semana ou mais para realmente começar a investigar e me preocupar. Mas... Marceline não vai aguentar todo esse tempo. Imaginem o lado dela, ter de aguentar duas semanas ou mais para saber se seus amigos vão estar ao seu lado ou abominá-la! Seus amigos, que ela se importa tanto que contou seu maior segredo, só por confiar neles o bastante, gostar deles o bastante para não querer mais mentir. Eu quero que vocês saibam toda a verdade logo, para que a decisão de vocês seja definitiva. E parte dessa verdade é aceitar: Marceline é diferente de nós, muito, seus instintos são outros, sua natureza é outra, ela não sente mais afeto por um humano do que nós sentimos por um cachorro. A questão é que por nós ela pularia na frente de um caminhão mesmo podendo morrer, mas ela não faria isso por todos os humanos.

-Gumball: Você está dizendo que... Devemos ter consciência que Marceline...

-Finn: Mata – disse firme. – Já matou e vai continuar matando, ela precisa, ou ela morre...

 

-Fionna: Você está meio distraído não é mesmo Finn?

-Finn: Oi? Que? – perguntou ao ser trazido de volta a realidade pela amiga que riu de sua reação.

-Fi: No que você esta pensando tanto afinal?

-Finn coçou a nuca: Nada de muito especial... Acho que... Em como as coisas mudaram e ao mesmo tempo parecem ter... continuado as mesmas. Desculpe, acho que realmente ando distraído de mais.

-Fionna riu: Tudo bem acho que... Te entendo de certa forma. 

-Finn sorriu e depois arregalou os olhos: Caramba, Fi! Desculpa! Eu que vim te perguntar como você estava depois te deixei falando sozinha!

-Fi riu: Relaxa, não me deixou falando sozinha, você começou a viajar quando te fiz uma pergunta.

-Finn: E qual era mesmo?

-Fi: Será que eu posso ir com você no orfanato qualquer dia desses? Estou com saudade dos shikis.

-Finn: Claro. Eu sabia que iam gostar deles, mas pensei que não teriam tanta pressa em voltar para lá, sabe... As história e tudo mais, é bem triste de se ver.

-Fi: Eu sei, acho que é por isso que quero vê-los. Você sabe, eu ando meio deprimida e... eles passaram por tanta coisa e estão sempre tão sorridentes. Acho que, pode parecer meio egoísta, mas quero vê-los por que acho que me fariam me sentir melhor. Te fazem esquecer dos problemas, porque eles mesmos não querem se lembrar deles.

-Finn: Entendo seu lado. Vou visitá-los amanhã ou, o que é mais provável, depois. Pode vir junto, te mando uma mensagem.

-Fi: Obrigada. – sorriu me abraçando.

-Retribui o gesto: Por nada. Eu sei como um coração partido pode ser difícil. Fico feliz em poder ajudar em alguma coisa.

-Fi: Você é ótimo, loirinho. – disse se soltando do abraço.

-Finn: Então... Vai fazer alguma coisa agora?

-Fi: Vou sair com o Marshall.

-Finn: De novo? – perguntou sugestivo. – Vocês não saíram juntos todos os dias depois da aula essa semana?

-Fi riu: Sim. Sabe... Eu e o Marshall nunca conversamos muito, mas desde que ele começou a me ajudar a melhorar eu tenho visto que ele realmente é uma pessoa incrível. 

-Finn parou na hora: Não me diga que você está a fim do Marshall.

-Fi: Não! – respondeu rápido. – Não desse jeito. Ele... É um ótimo amigo, só isso.

-Marsh: Quem? – Perguntou se colocando ao lado de Fionna e encostando seu braço no ombro da loira.

-Fi: O Flame. 

-Marsh: Hm... Tudo bem. Vamos?

-Fi: Claro. Tchau Finn, te vejo amanhã. 

-Finn: Tchau Fi, até Marshall.

-Marsh: Falou loiro.

 

-x-

 

Fionna...

 

Você alguma vez reparou naqueles personagens de anime sub-figurantes? Eles geralmente são os amigos dos protagonistas, possuem um nome, mas você não lembra direito (a menos que já tenha visto em outro lugar e associou a isto), eles não são exatamente os figurantes afinal eles têm falas, aparecem na maioria (se não em todos) os episódios e em algum capítulo acabam ganhando certa importância, geralmente porque deram algum conselho vital ao herói ou apenas o ajudaram a resolver um problema sem nem perceber. Eles fazem parte daqueles casais secundários, que você lembra por serem engraçados ou por serem shippados e terem dado certo mais rápido.

Esses personagens que só não passam despercebidos porque sua aparência chamou atenção ou seja lá qual o seu momento de glória foi o suficiente para você se lembrar de sua existência.

Eu sou esse personagem.

Não me acho a figurante da minha própria vida, sou bem mais confiante que isso, apenas sei que eu não tenho nada de especial para ser um protagonista.

Até os protagonistas mais inúteis e babatas possuem algo para se destacar, eu não tenho.

Sou simplesmente normal demais.

Não sou tão cativante, tão profunda ou misteriosa quanto o amigo que você se apega ou o anti-herói que você vai amar. Sou rasa, simples, sem sal, mas ainda tenho açúcar o bastante para não ser invisível. Talvez eu tivesse mais que isso a oferecer, mas em partes sou apagada, meus amigos no geral brilham muito o que me deixa para trás.

Não os culpo por serem tão incríveis, na verdade... qual é o problema disso? 

Não estou reclamando, estou dizendo que por comparação você não vai reparar muito em mim. Há outros melhores para você se prender.

Vamos analisar, na nossa roda de amigos acho que Marceline seria a protagonista. Afinal ela é linda, atlética, talentosa, misteriosa, com toda uma história que a deixa ainda mais cativante, inteligente, mas não o suficiente para que ela pareça fora da realidade. Ela seria aquele personagem que quando sorrisse criaria um plano de fundo brilhante a sua volta. 

Bonni seria o amigo a qual você se apega, a perfeita dama, calma, sábia, bonita, que ajuda a protagonista a se acalmar e se manter nos eixos sempre que preciso. Marshall o familiar que você gostaria que tivesse o próprio anime e queria na SUA família. Finn o mocinho com a história triste (um órfão que nunca soube nada da mãe, não se entende com o pai biológico que já até o agrediu, vive na dificuldade numa casa na floresta e tem que trabalhar junto com seus dois irmãos mais velhos para se sustentarem, bobinho, mas que se mostra evoluindo com o tempo). E assim por diante.

Eu sou a amiga.

Sou água.

Rasa, sem cor e sem sabor, mas sou essencial.

Onde sou essencial? Hora é a MINHA vida. Tenho meu charme, sou bonita, apenas não consigo vencer Bonni, Marcy ou Iris; tiro boas notas, mas estou apenas na média; sou atlética, mas não venço a força e velocidade de Marceline, a agilidade e flexibilidade de Cake e Iris, ou a força e resistência de Chama; sei andar de skate, outras mil também sabem; não toco nenhum instrumento, não sou boa cantora, mas não estouro os tímpanos de ninguém, não sei dançar, nem me dou muito bem com os meninos, mas sou forte, sou corajosa, decidida, vou atrás, tento conquistar, sorrio, estou apenas na média, mas sigo minha vida de cabeça erguida e encaro o mundo da forma que eu consigo. Da minha maneira.

E me machuco como qualquer outro.

Principalmente quando o garoto que você gosta desde o fundamental se declara para um de suas melhores amigas e ela corresponde os seus sentimentos.

Principalmente quando você tem que ficar assistindo os dois juntos sem poder dizer nada, ter de sorrir e lhes desejar sorte, afinal você nunca contou a ela – e nem a maioria de suas amigas – o que sentia. Você tem que ficar feliz por ela, ao menos ela conseguiu. Você não pode culpá-la e apenas se quebra aos poucos por dentro.

-Marsh: Onde você quer ir hoje? – perguntou quando chegamos ao metrô.

-Fi: Que tal você escolher dessa vez? Um lugar onde você goste e possa comer de verdade. Pense um pouco em você hoje.

-Marsh: Tem certeza?

-Sorri: Sim.

-Marsh: Ok, mas eu pago e você não pode reclamar.

-Ri: Tudo bem.

-Marsh: Então venha.

Ele me pegou pelo braço e me puxou para dentro de um dos vagões parados, não havia lugares para ambos sentarmos, mas Marshall arranjou um para mim, enquanto ele ficava em pé a minha frente segurando nos cilindros de ferro no teto.

Não conversamos. Acho que ele percebeu que hoje, assim como Finn, eu parecia estar em meu próprio mundinho e ele, como sempre, respeitou isso.

Marshall Lee havia se tornado um grande amigo.

Por um minuto me vi lembrando de quando ele chegou. Eu havia sentido uma certa atração por ele, assim como a maioria das garotas, mas hoje sei que foram apenas os seus poderes. Agora mesmo, quase todas as mulheres e garotas no trem estão o secando descaradamente. Ri e ele percebeu, me encarou e sorriu também, aquele sorriso que tirava suspiros de qualquer uma e me dava apoio.

Consigo entender porque Marceline o valoriza tanto em momentos como estes, ele é perfeito para lhe fazer esquecer os problemas, se divertir e superar.

Ainda o acho atraente, é claro, mas não fomos feitos uma para o outro. Desde que soubemos a verdade ele tem sido mais ele mesmo e pude perceber isso, um dos seus hobbies têm sido me tirar do sério, mas está sempre pronto para nos ajudar. É desleixado, delinquente, convencido e muito divertido. Ele é apenas... Marshall.

“-Eu não queria que Marceline contasse a vocês, não agora...

- Por quê?

- Porque dói. Dói muito quando alguém que você se importava tanto que chegou a contar o seu maior defeito te olha com desprezo, medo... Nojo. Dói muito quando você é visto por alguém que gostava como... Um monstro.Não queria que ela sentisse mais dor.

- E como você sabe como é essa dor?”

Ele não me respondeu a pergunta, já faz um mês. Ele apenas sorriu, um sorriso repleto de dor.

Durante um tempo achei que ele era alguém meio raso, como eu. Sua história tinha altos e baixos, mas ele era nascido em berço de ouro, teve a vida dos sonhos da maioria no mundo, só precisa levantar o dedo e mandar que terá o que quer. Ele não sofreu o que Marcy teve de aguentar e se tornou um delinquente juvenil buscando atenção. Essa era a ideia que eu tinha dele.

Em uma semana percebi que não podia estar mais enganada.

Ele me surpreende, cada dia mais. Agora mesmo, olhando para ele - perdido em pensamentos - encarando a janela, é impressionante quantos problemas você pode enxergar no seu olhar. Ele tem algo que a maioria das pessoas não consegue nem que quisesse, enquanto outros buscam ao máximo não ter. Uma empatia exagerada. Todos aqueles que ele se importa, ele se apega mais do que deixa transparecer, todos os problemas destes ele absorve, e sofre com você. Faz de tudo para te ver bem, enquanto os próprios problemas deixa guardados num baú secreto, que ninguém consegue abrir, mas que um dia pode transbordar e se as pessoas as quais ele ajudou não estiverem por lá nessa hora, ele será afogado pelas próprias mágoas. Eu sei que por dentro ele tem muitos problemas que não fazemos ideia, e que talvez nem sejam tão grandes, mas que por estarem escondidos e guardados começam a crescer no seu interior. Isso passou a me preocupar.

Mas acho que não há tanto problema assim.

Agora ele tem amigos que estarão sempre com ele. “Dói muito quando você é visto por alguém que gostava como... Um monstro”, seja lá o que ele passou um dia, da minha parte eu sei que ele vai ter uma amiga, além de Marceline e seus tios que tanto o amam. Mas mesmo assim acho que falta algo, um alguém mais especificamente, que esteja ao seu lado "até que a morte vos separe", pronta para segurar sua mão, deixar que ele abra a caixinha e esqueça completamente da força que ele finge ter, se torne ele mesmo finalmente.

-Marsh: Porque está me olhando? Está pensando em o quanto me ama? – perguntou se virando para mim e sorrindo sugestivo. – Ou finalmente percebeu que não consegue resistir a mim? – disse passando a mão nos cabelos.

Acho que vi algumas garotas derreterem quando ele fez isso.

-Fi: Convencido. Só estava pensando em onde será que esse maluco vai me levar?

-Marsh: Um motel é claro, que outro lugar eu iria querer estar com uma loira bonita como você? – via algumas pessoas se sobressaltarem e nos encararem desaprovando.

-Ri corada: Seu idiota, não diga essas besteiras em voz alta por aqui.

-Marsh: Desculpe, sempre esqueço que aqui no Japão vocês são mais reservados em relação a essas brincadeiras.

-Fi: Tudo bem, já que acostumei. Mas falando sério, onde vamos?

-Marsh: Comer.

Foi tudo o que ele disse antes de pegar o celular e começar a jogar.

Até duas semanas atrás eu era apaixonada por um amigo meu, o Gumball. Talvez eu ainda seja, mas estou tentando superar. Conheci ele no fundamental e, na minha concepção, ele era simplesmente perfeito. Tirava boas notas, se saia bem nos esportes, era um daqueles personagens que você vê e já supõe ser o representante de turma, presidente do conselho estudantil, o exemplo. Seria assim quando chegássemos ao colegial...

Se não fosse pela Bonni.

Os dois são muito parecidos, frutos da mesma árvore. Ela venceu como presidente do conselho estudantil e ele como representante de turma. 

Ele se apaixonou por ela.

E ela venceu uma competição que nem sabia existir pelo coração dele.

Naquele dia nunca me forcei tanto para segurar lágrimas e sorrir, a abracei e disse que estava muito feliz por ela, ambos estavam namorando!

Marceline me tirou de lá antes que eu pudesse perceber, me enfiou em um dos carros dos seus tios e pediu pra Marshall dirigir até sua casa, enquanto ela me abraçava no banco de trás e deixava que eu permanecesse em estado de choque sem ser julgada. 

Infelizmente ela tinha que resolver problemas importantes, ao que parece envolvendo alguma empresa dos pais ou sei lá, não estava com cabeça para prestar atenção. Então ela me levou até seu quarto, me enrolou em um cobertor quentinho (já que sua casa estava sempre fria), me deu água e disse que qualquer coisa Marshall estaria lá e me traria o que fosse preciso. Ouvi ela pedir para ele ficar no quarto pelo menos por uns cinco minutos para eu não me sentir sozinha e para cuidar bem de mim até ela voltar.

Ele cuidou muito bem.

Ele ficou no quarto por meia hora, sentado no sofá de lá, encarando a janela, me deixando quieta, mas sem ousar me deixar e em certo momento comecei a chorar, nem vi quando exatamente as lágrimas começaram a cair, mas quando vi já não conseguia controlá-las. Marshall saltou do sofá e se sentou ao meu lado, me abraçando com força e deixou que eu chorasse, não disse nenhuma palavra apenas me consolou, mexeu no meu cabelo e me apertou em seus braços. Depois de um tempo acabei adormecendo e quando acordei ele ainda estava lá, sentado na cama, minha cabeça em um travesseiro em seu colo, ele mexendo nos meus cabelos. Ele sorriu para mim e perguntou se eu estava com fome. Durante o resto da noite eu me enchi com sorvete, pipoca e animes.

-Marsh: Fi, vem, chegamos – disse me acordando e me puxando para fora do vagão.

-Fi: Então, estamos perto? – perguntei enquanto seguíamos para fora da estação do metrô.

-Marsh: Sim.

Andamos por alguns metros até chegar a uma das avenidas, Marshall apontou para uma direção e quando chegamos lá era um restaurante, mais especificamente uma churrascaria. Subimos as escadas e logo na entrada havia uma atendente com um caderninho sentada atrás de um balcão. Antes mesmo dela nos olhar já começou a perguntar se tínhamos reserva, mas ao bater os olhos em Marshall ela parou no mesmo instante.

-Marsh sorriu para ela e segurou minha mão: Eu e minha amiga estamos com fome, será que não podem arranjar uma mesa?

Ela tentou falar, mas parecia que tinha perdido a habilidade para isso então apenas balançou a cabeça e tremendo nos conduziu até uma mesa em uma área que eu percebi ser vip, já que era no terceiro andar, com mesas e cadeiras mais caras, lustres por todo o teto e com todas as paredes de vidro, mas que agora estavam cobertas por cortinas grossas e detalhadas, além do chão de carpete azul escuro.

Marshall e eu nos sentamos, ela deixou dois cardápios na mesa e antes de sair se despediu com uma reverencia exagerada.

-Fi: Não acredito que você a hipnotizou! – sussurrei irritada. – Essa mesa pode ser de alguém, podemos estar estragando o almoço de outra pessoa que se preocupou em reservar.

Marshall ia falar, mas foi interrompido por um garçom muito bem vestido que chegou com duas taças e as colocou na mesa.

- É uma honra tê-lo aqui, senhor Abadeer. Gostaria de um vinho para sua amiga e talvez sangue para o senhor?

Minha expressão de surpresa deve ter sido bem engraçada já que Marshall teve que se segurar para manter a pose que fizera desde que chegamos.

-Marsh: Um suco para ela e para mim sangue está ótimo.

- Alguma especificação? – perguntou olhando primeiro para mim depois para ele.

-Fi: Uva, por favor.

-Marsh: Nenhuma, obrigada.

O homem se curvou e saiu.

-Fi: Eu...

-Marsh: Essa churrascaria foi fundada por uma família de shikis. Esse andar é apenas para shikis. Diferente das outras pessoas geralmente não precisamos de reserva, na maioria das vezes a essa hora estamos indo dormir, é difícil almoçarmos fora e se tivermos de esperar um pouco não faz diferença. Percebeu todas as janelas fechadas? É para caso de vampiros aparecerem.

-Fi: Mas e a atendente? Ela parecia em estado de choque! Como se você fosse uma celebridade ou coisa do tipo!

-Marsh se mexeu um pouco na cadeira: É... complicado. Não leve a sério.

-Fi: Marshall... O que você está escondendo?

-Marsh: Nada que você precise se preocupar.

 Eu o encarei tentando ao máximo fuzila-lo com o olhar e o mesmo permaneceu em silêncio olhando para a taça, como se pensasse se deveria me contar ou não. O garçom voltou, encheu minha taça com suco de uva, pegou uma garrafa de vidro com algo vermelho dentro, encheu a de Marshall - que pediu para que deixasse a garrafa - depois fez mais uma reverencia e saiu. O moreno tomou um gole de sua taça e suspirou.

-Marsh: Sabe Fi, tem uma coisa que não contamos para vocês sobre nós.

-Me encolhi: Tem mais?

-Marsh: Sim. Não... não é ruim, é apenas... complicado, talvez.

 

“-Bonni: Marcy... O que você está dizendo é...

-Jake: Impossível!

-Marcy riu: Eu sei, por isso é tão difícil de contar. Por isso e porque bom... é verdade.

-Gumb: Vampira Marceline? Sério? Quer mesmo que acreditemos nisso?

-Marcy: Pensem. Por um momento, não se encaixa? Minhas doenças, minha aparência, tudo?

-Fi: Marceline, achamos que era realmente algo importante.

-Marcy sorriu: Fi, diga algo que vampiros façam, qualquer coisa.

-Fi: Eu sei lá! Eles... voam.”

 

-FI: Marshall, por favor, já foi impactante o suficiente ver minha amiga levantando do chão e voando por cima da casa, não me diga que tem mais.

-Marsh sorriu: Eu sei, acho que descobrir que éramos vampiros foi impactante para todos. Mas... é por isso mesmo que não contamos toda a história.

-Peguei a taça e bebi um pouco do suco: O que mais temos que saber?

-Marsh: Quer mesmo saber? - afirmei. - Acho que... – ele esfregou a cabeça, bufou, bebeu mais um pouco de sangue e bufou de novo. – Lembra que contamos a vocês que os shikis são divididos em monarquias? Que éramos caçados e por isso foi decidido que deveríamos nos unir e essa se tornou a melhor forma de nos proteger?

-Fi: Sim, mais ou menos... Vocês disseram que como tanto os humanos como os anjos tentavam os matar... O rei do inferno pegou os 3 primeiros monstros criados de espécies diferentes e lhes deu o poder da Força Real. Consistia em todo outro monstro que nasceu ou nasceria a partir dali teria uma obrigação moral com sigo mesmo de obedecer à família real, assim estes poderiam controlar seus shikis e protegê-los da forma que achassem melhor, além de terem um poder específico em sua família que nenhum outro shiki jamais teria, lhes permitindo a força para lutar por seus semelhantes. Como eles foram os primeiros a serem criados já tinham experiência e sabiam como se proteger, souberam bem cuidar de seus reinos, os fizeram crescer e prosperar. Uma escolha justa e sábia para governantes.

-Marsh: Isso, mas nessa época foram apenas 2 shikis, um vampiro e um lobisomem. Eles formaram a família real dos reinos dos Mortos-Vivos e Animalha respectivamente. Os outros reinos, dos elementares e dos mutantes, vieram depois. O trono sempre é herdado por um familiar direto, do contrário o rei ou rainha não teria a Força Real. Eu... Sou neto do primeiro vampiro.

Demorou alguns segundos, talvez quase um minuto para eu assimilar aquela frase.

-Fi: VOCÊ É UM PRINCIPE?! – gritei e logo em seguida tapei minha boca envergonhada, acabei chamando a atenção dos outros shikis que estavam ali.

-Marsh: Não – disse tomando mais um gole de sangue. – Rei.

-Arregalei os olhos: O que? – consegui controlar o tom de voz.

-Marsh: Meu pai morreu se lembra?

-Fi: Mas e sua mãe?!

-Marsh: Não pode governar, ela...

-Fi: Não é herdeira direta... – respondi sozinha me largando na cadeira ainda muito surpresa. – Ela não tem Força Real e não é uma vampira, poderia até controlar as coisas enquanto você ainda fosse muito jovem, mas o verdadeiro herdeiro é você... Estou certa?

-Marsh suspirou: Em partes. Tem mais coisas, mas... eu e Marcy concordamos que tínhamos que ir aos poucos. Imagine já começar dizendo que éramos vampiros, herdeiros do trono e outras coisas tudo de uma vez.

-Fi: Entendo... Marceline também? – perguntei confusa ao perceber que ela estava incluída em herdeira do trono.

-Marsh: Meu pai era gêmeo lembra? Tia Liliam tinha tanto direito quanto ele, nós shikis nunca demos preferência a homem ou mulher como governante, o que importa é o mais velho ou mais forte. Marcy então, também tem a Força Real.

-Fi: Entendi... – Eu estava ainda absorvendo aquela informação. – Entendi porque não contaram antes.

-Marsh: Vamos comer? Depois falamos mais disso.

-Sorri: Apoiado.

 

-x-

 

Eram três da manhã quando acordei de um sonho ruim, eu estava de novo no pátio, todos formando um círculo em volta de Gumball e Bonni enquanto ele se declarava. Ela toda feliz vindo nos abraçar. 

Acordei meio deprimida e fui beber uma água.

Pensei já estar superando, mas vi que isso ainda me doía. Sentei numa cadeira da mesa da sala de jantar e fiquei brincando com uma fruta quando ouvi um barulho vindo da janela.

Estranho, podia jurar que ela estava fechada a dois segundos atrás. Fui até ela e a fechei, antes verificando o trinco, mas estava tudo bem. Voltei para a cozinha e enquanto enchia o copo mais uma vez ouvi uma voz atrás de mim.

- Porque uma garota tão bonita parece tão triste?

Me virei o mais rápido que pude, joguei a água na direção da voz e depois o copo com toda minha força. Ouvi o vidro se quebrando e a cadeira se arrastando então corri até o interruptor para poder enxergar e aproveitei para pegar uma vassoura que ficava por lá, quando me virei para o invasor novamente e encontrei Marshall sentado no chão rindo horrores molhado e com vários cacos presos a sua cabeça e rosto.

-Marsh: Caramba, vou colocar uma plaquinha no portão “Não invada, você vai se arrepender, vai por mim.” – disse com dificuldade por ainda estar rindo.

-Fi: Idiota – disse devolvendo a vassoura no lugar e indo até ele. – Tem um caco no seu olho. – me preocupei.

-Marsh: Relaxa, regenera – falou finalmente parando de rir, acho que por causa do meu susto de ver seu estado. Tirei o caco de vidro de seu olho, depois dos outros lugares que iam se regenerando em seguida. – Mas me diga, porque parece triste?

-Fi: Sonhei com o Gumball. – admiti deprimida o ajudando com mais alguns cacos. – Desculpe por isso.

-Marsh: Ai! Tudo bem, só doeu um pouco. E fui eu que te assustei.

-Fi: O que fazia aqui, por falar nisso?

-Marsh: Estava caçando por aqui e decidi te ver, mas só lembrei das horas quando já estava aqui na frente. Eu ia ir embora, mas aí vi a luz da geladeira então decidi te assustar.

-Fi: Pensei que vampiros só entravam se convidados.

-Marsh: Coisa velha, não serve para mestiços e ultimamente isso é o que mais existe. É tão raro um sangue puro que a única família de vampiros totalmente pura ganhou o título de Duques.

-Ri: Sério?

-Marsh: Sim. Peculiaridades são compensadas entre nós shikis. De qualquer forma... – ele se levantou e me ajudou a fazer o mesmo. – Seu eu soubesse que te veria com essa linda camisola não teria nem pensado em ir embora.

Olhei para baixo e corei na mesma hora.

-Fi: Olha para lá! Agora! – gritei.

-Marsh: Calma, vai acordar sua irmã – disse se virando.

-Fi: Ela não está. Foi dormir com o Lorde. – Marshall soltou um sorriso malicioso. – Não desse jeito! Quer saber, tchau Marshall!

-Marsh: Calma, calma. Estava só brincando, desculpa. – ele tapou os olhos com uma mão, se virou para mim flutuando e estendeu a outra mão. – Quer sair comigo?

-Fi: Que? Agora?

-Marsh: Sim. Por favor, vai te fazer se sentir melhor, esquecer um pouco as coisas e... acho que você vai gostar. 

-Fi: Não sei não.

-Marsh: Por favor, confie em mim.

Eu já tinha passado tempo o suficiente com Marshall nesses últimos dias para essa proposta me parecer interessante. Eu realmente tinha ficado desanimada e provavelmente demoraria para voltar a dormir, fazer algo seria bom, além de que era ele que estava chamando. Eu confiava nele, mais do que ele poderia imaginar depois de tão pouco tempo de amizade, sabia que se ele queria me levar num lugar é porque ele seria o melhor para mim agora.

-Fi: Está bem – ele abriu um largo sorriso. – Só vou me trocar.

 

Leiam as notas finais


Notas Finais


Oie shikis, humanos e anjos! Gostaram? Espero que sim
Comentem!!!!!!!!
Estou pensando em postar um novo capítulo semana que vem e um especial de Natal, MAS isso será APENAS se vocês mostrarem que realmente querem. E como podem fazer isso? Comentando, me mandando mensagens, me enchendo o saco perguntando cade os novos capítulos! Então vamos lá, vai depender de vocês apenas.

Curtam a page do face: https://www.facebook.com/MisakiMarcy-and-LucyGasai-1502193079999110/?ref=bookmarks

Até a próxima...


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...