O meu coração estava acelerado ao ver Jeremy ali depois de muitos anos. Além de tudo o que eu passei com ele, escutei diversos comentários negativos durante o tempo em que fiquei na máfia. Jeremy, responsável por tirar a vida dos meus pais, estava na minha frente, estático no mesmo local. Babaca.
— Eu não acredito em você, Jeremy. — Justin disse ríspido. Sua mão estava segurando a arma enquanto a outra protegia eu e o Ethan.
— Eu estou falando sério. — Jeremy disse com a voz falha.
Sua aparência debilitada denunciava a possível verdade em suas falas. Jeremy estava lá, magro, olhos fundos, cabelos ralos e uma expressão cansada.
— Quero que me desculpem por ter aparecido dessa maneira, mas vocês sabem que esse era o único jeito. — ele disse com o olhar perdido. — Eu vim pedir perdão, perdão por tudo, e por favor, não afastem o meu neto de mim.
— Vai embora, Jeremy. — Justin rangeu os dentes. Bieber não conseguia ceder, sua mágoa pelo pai era maior do que qualquer coisa, e eu conseguia entender. Jeremy foi uma pessoa horrível durante todos esses anos.
— Justin… — murmurei sentindo uma pontada de compaixão. Apesar de tudo, ele continuava sendo a pessoa que nunca me tratou mal e que realmente me criou como a sua própria filha. Obviamente, a história bonita da nossa vida não apaga as atrocidades que ele cometeu no passado; se não fosse ele e o meu próprio tio, os meus pais estariam vivos e eu levaria uma vida comum.
— Por favor. — Pattie suplicou. — Filho, dê uma nova chance para o seu pai. Justin permaneceu imóvel, balançando a cabeça em um tom de rejeição, seus dentes semicerrados e uma feição descontente em seu rosto. Ele estava se esforçando para tentar dizer alguma coisa, mas não conseguia. Em seguida, sem mais delongas, os capangas do Justin se manifestaram com o intuito de tirar os dois da casa.
— Antes de qualquer coisa, esse é o meu endereço caso vocês mudem de ideia. — com as mãos trêmulas, Jeremy entregou um papel. — Eu só quero poder fazer parte da vida do Ethan enquanto ainda tenho tempo, por favor. Justin, me desculpe por ter sido um pai horrível para você, eu sei dos meus erros e nunca fui o que eu deveria ter sido para você. Melanie, minha filha, me desculpe por todos os meus erros, saiba que me arrependo profundamente de todo mal que causei a você e a sua família. Eu mereço pagar por todo o mal, e estou pagando. Eu amo vocês.
Antes mesmo que algum dos capangas retirassem os dois, ambos saíram em direção à saída por conta própria, sem esperar as nossas respostas. O meu coração estava apertado, os olhos marejados pela situação. Maria, a governanta, nos olhou e começou a tirar seu avental, como se estivesse conformada que aquela seria a sua demissão.
— Me desculpem. — ela disse com os olhos marejados. Ela estava totalmente errada por não ter pensado nas consequências que poderia ter causado, mas mesmo assim, ela continuava sendo uma boa pessoa.
— Você colocou o meu filho em risco. — Justin rangeu os dentes. — O Jeremy poderia ter matado ou sequestrado ele, você tem noção?
— Me perdoem, eu só queria que tudo ficasse bem igual antigamente. — Maria mudou a sua expressão para uma carregada de medo.
— Você pode ficar, Maria. — engoli em seco recebendo o julgamento do Justin. — Depois conversamos.
Seus olhos brilharam, ela veio em minha direção para abraçar mas neguei, eu não conseguia reagir nesse momento. A minha cabeça ia explodir e o medo de quase perder o meu único filho era gigante. Jeremy não era confiável e eu sei disso, ele é capaz de qualquer coisa por poder e dinheiro, eu não consigo acreditar verdadeiramente em seu caráter.
— Mamain, você viu o meu vovô? — Ethan perguntou curioso.
— Sim, amor… O que vocês fizeram?
— Ele me levou para tomar sorvete e passear. — Ethan disse animado.
— Legal, filho. — fingi animação enquanto caminhávamos pela mansão.
— Melanie! — Justin chamou. — É… eu… — ele coçou a cabeça. — Eu só quero lembrar que vamos para a boate às 20:00h, tudo bem? — assenti. — Eu posso ficar com o Ethan enquanto você se arruma.
— Tudo bem.
— Eu comprei algumas coisas para você e deixei em cima da cama. — ele se referiu às roupas de grife que estavam espalhadas pelo quarto de hóspedes. — E outra.. eu sei que deve estar difícil ficar sem nenhum meio de comunicação, mas… Eu preciso confiar em você primeiro.
Eu não conseguia nem responder, não sabia nem o que pensar na verdade. Ontem à noite Justin fez questão de esfregar na minha cara que estava fodendo a Ashley, sem nenhuma consideração ou respeito por mim. Ele é um filho da puta. Eu não consegui dormir direito porque fui submetida a ouvir os gritos da escandalosa da Ashley. Nojentos.
— E sobre ontem… — ele iniciou, como se estivesse lendo os meus pensamentos.
— Eu não quero ouvir nada. — dei um corte rápido. — Enfim… depois da boate, precisamos conversar sobre o que faremos em relação ao Jeremy. Eu não confio nele.
— Muito menos eu. — Justin concordou. Seus olhos claros estavam perdidos nos meus. Justin estava cada dia mais bonito e atraente, o que dificultava ainda mais as coisas.
— Papai, vamos blincar de gol com Ethan? — Ethan perguntou todo engraçado. Ele ainda embolava as palavras por conta da sua idade, mas já conseguia se expressar muito bem. Ele é super inteligente.
— De futebol? — meu bebê assentiu. — Vamos, lindão.
Ethan comemorou com os dois bracinhos estendidos para cima e nos arrancou uma risada sincera.
— Eu escutei futebol? — Chaz apareceu de repente. Ethan mostrou seu sorriso e comemorou mais uma vez. — Eu também quero. Vem com o tio!
—Tio Chaziiii!
Ethan nem pensou duas vezes antes de sair do meu colo e se jogou nos braços do Chaz. Sorri com a cena. Os dois saíram brincando e comemorando pela casa. Ethan é muito paparicado pelos meninos, todos fazem questão de tratá-lo muito bem, o que deixa o meu coração em paz.
— Mel. — a voz rouca chamou a minha atenção. Encarei seus olhos fixamente sentindo um arrepio bom percorrer pelo corpo. — Era você que eu queria ter fodido ontem à noite.
Arregalei os meus olhos. Justin é muito cara de pau! Como eu queria a minha arma aqui para dar um tiro nesse rosto dele.
— Eu vi mesmo, não pensou duas vezes em jogar na minha cara que estava comendo a Ashley. — revirei os olhos.
— Foi para provocar você, idiota. — ele disse como se fosse óbvio. Engoli em seco e senti mais uma vez uma onda de arrepio percorrer o meu corpo. Aquele idiota conseguia me deixar como uma boba. — Eu sinto tanta a sua falta… como eu queria poder tirar essa sua saia…
— Justin. — o repreendi quando senti sua mão deslizar pelo tecido da minha mini saia.
— Dorme comigo essa noite. — ele voltou a fixar seu olhar em meus olhos.
— Só tá falando você, bro! — Chaz gritou interrompendo o momento. Graças a Deus - murmurei.
— Vamos, papai. — Ethan também chamou.
Justin me deu uma última olhada, sorriu de canto e saiu rapidamente em direção aos meninos. Filho da puta! Mil vezes! Que ódio. Bieber conseguia mexer com toda a minha postura e causar uma sensação única em meu corpo, como se de alguma forma, ele tinha domínio total sobre mim. Respirei fundo, acalmei meus ânimos e fui em direção ao quarto. Eu preciso pensar em muitas coisas, além disso, ainda tenho que descobrir como vou sair daqui e voltar para a Itália com o Ethan.
(…)
Borrifei o perfume importado e fui em direção ao espelho gigantesco que ficava no closet. Uau. Eu estava realmente maravilhosa. O vestido vermelho de seda contrastava perfeitamente com a minha pele, acompanhada de uma linda fenda nas laterais e um decote no busto. Um vestido elegante e ao mesmo tempo sexy. Minha nossa.
— UAU, vadia! — Mia gritou ao meu lado quando me viu vestida. — Você está ESPETACULAR!
A Mia apareceu com o Chris no final da tarde para que pudesse se arrumar comigo, o que me deixou extremamente feliz. Mia é a minha melhor amiga e tê-la por perto é incrível. A morena usava um vestido longo extremamente bonito na cor azul. Sem ser egocêntrica, mas com certeza estávamos mais do que maravilhosas.
— Obrigada, Mia gostosa. — mandei um beijo.
— Não fala assim porquê daqui a pouco eu vou começar a duvidar da minha sexualidade. — ela brincou e demos risada juntas.
— Sexualidade. — Ethan, que até o momento estava SUPER concentrado em um dinossauro, repetiu em seguida. Arregalamos os olhos e caímos na risada.
— Ei, ei, Bieberzinho! — Mia o repreendeu com uma risada. — A tia falou brincando.
— Filho, não repete o que a sua tia doida fala. — eu disse e ele deu uma gargalhada gostosa. Ethan é muito sapeca.
— E aí, amiga? Com quem ele ficará essa noite?
— Com a outra babá, a Lauren. Dispensamos a Maria essa noite.
— E eu achando que a Maria era super confiável. — Mia entortou a boca.
— Pois é. — dei de ombros. Terminamos de nos arrumar, fiz o Ethan dormir e o deixei aos cuidados de Lauren. Em seguida, saímos do quarto e descemos as escadas.
Estavam lá: Justin, Ryan, Chaz e Chris, todos sentados com cara de tédio nos esperando. Descemos as escadas lentamente, como debutantes, chamando a atenção de todos eles. Justin me olhou fixamente, sem desviar a sua atenção em nenhum momento, como se estivesse me comendo com os olhos.
— Até que enfim. — o mau humorado se manifestou. Revirei os olhos.
— Uau… — Ryan disse boquiaberto. Justin girou seus olhos em minha direção, rolou para o Ryan e o fuzilou como se estivesse o matando mentalmente. — Você está magnífica, Melanie.
— Vamos! — Chaz cortou o assunto antes que o Bieber falasse qualquer coisa.
— Melanie, se você quiser, pode ir comigo. — Ryan se prontificou.
— Melanie, vai para o carro e me espera lá. — Justin foi firme. Sua expressão estava carregada de ódio.
— Vamos, amiga. — Mia puxou a minha mão, rindo.
Saímos em direção a saída da mansão e caímos na gargalhada. O Justin com ciúmes é muito engraçado.
— O Justin nunca vai te superar, amiga. — Mia deu risada.
— Eu não sei mais o que eu faço.
— E qual é a do Ryan, em? — ela deu risada — Ele não tem medo do perigo mesmo, né?
Após alguns minutos surgiram o Justin, Ryan, Chaz e o Chris. Bieber estava extremamente bonito e bem arrumado, a camiseta destacava os seus músculos e tatuagens, o que chamava a atenção de todo mundo.
— Vamos. — Justin veio em minha direção e abriu a porta do carro. Por um minuto estranhei a sua ação, Bieber sendo um cavaleiro? Essa é nova. Não pensei por muito tempo, apenas entrei dentro do carro e aguardei ele dar partida. Olhei de relance e Ryan estava com uma feição estranha, provavelmente algo relacionado ao ciúmes do Justin.
— O que você disse para Ryan? — questionei assim que o veículo deu partida.
— Eu só disse que você estava deslumbrante, afinal, era impossível não notar. — Justin respondeu com um sorriso malicioso, suas palavras carregadas de provocação.
Revirei os olhos diante da típica atitude arrogante de Justin. O clima dentro do carro tornou-se tenso, repleto de uma energia carregada de emoções mal resolvidas.
— Não comece, Justin. Hoje é uma noite importante, e eu não vou deixar suas atitudes infantis estragarem tudo. — Retorqui, mantendo meu olhar fixo na paisagem que passava rapidamente.
Ao chegarmos, a música alta e as luzes piscantes anunciavam uma noite agitada. Justin segurou minha mão firmemente enquanto caminhávamos para dentro, ignorando os olhares curiosos dos outros frequentadores. Aquele gesto fez o meu coração quase saltar para fora do peito.
— Vamos seguir o plano à risca. — Justin advertiu enquanto nos dirigíamos para a área VIP.
A tensão aumentava a cada passo, a incerteza do que encontraria naquela noite pesando em meus ombros. A presença de Jeremy ainda reverberava em minha mente, e a traição de Justin continuava a corroer minhas emoções.
Encontramos um espaço reservado, onde Ryan, Mia, Chaz e Chris já estavam acomodados.
— Sobre o que precisamos conversar em relação ao Jeremy... — comecei, mas fui interrompida por Justin.
— Mais tarde. Agora, apenas relaxe e siga o plano. — sua voz soou suave, mas havia uma tensão subjacente.
— Dom não está aqui. — Chris advertiu.
— Melhor ainda. — Bieber afirmou. Olhei ao redor e todos nos olhavam com curiosidade, uma mistura de medo e respeito. Não demorou muito para um monte de baba ovo vir em nossa direção e começar a bajular. O plano iniciou.
(…)
— Vocês formam um casal maravilhoso. — o homem velho, que estava acompanhado de sua esposa que aparentemente era uns 20 anos mais nova, repetiu pela décima vez naquela noite. Que raiva. Forcei um sorriso e Justin apertou minha mão para que eu demonstrasse mais simpatia.
— Digo o mesmo. — Bieber sorriu para ele e a sua esposa. Eu estava totalmente entediada ouvindo aquelas conversas chatas. Blá-blá-blá, blá-blá-blá e mais bla blá-blá-blá.
— Eu não costumo vir aqui, mas como o Dom viajou tive que assumir o controle, sabe como é, né? — o velho disse e bebericou um gole do whisky. Os dois continuaram conversando sobre vários assuntos e a cada minuto o velhote soltava alguma informação diferente sobre os negócios do Dom.
— Eu vou ao banheiro. — sussurrei no pé do ouvido do Justin. Justin olhou desconfiado e assentiu.
Saí da área VIP e fui procurar o bar do lugar. Precisava de alguns drinks para aguentar a noite. Encontrei um bar vazio com um garçom gatinho e me sentei em um dos bancos.
— Me vê uma dose de Vodka pura, por favor.
— Claro. — o garçom sorriu gentilmente e voltou com as doses.
Bebia rapidamente, sentindo o gosto forte do álcool rasgar pela garganta. Minha vida era uma bagunça, e não sabia quando tudo se resolveria. Enfim, o que me resta é beber para tentar clarear a mente.
Fiquei longos minutos naquele bar, sentindo cada gole daquela vodka esquentar o meu corpo por inteiro.
— Melanie… — alguém chamou a minha atenção.
(…)
Justin Bieber — P.O.V
Consegui extrair todas as informações sobre o Dom e conectar todas as peças do quebra-cabeça. Jake, um ex-traficante, é agora responsável por liderar o grande negócio de prostitutas enquanto Dom está fora de Atlanta, atuando como seu "braço direito". Não precisei de muito, apenas alguns minutos de conversa foram suficientes para fazer o velho abrir a boca e revelar os planos dos Lusquinõs.
Sempre desconfiei: Dom se aproximou para obter o máximo de informações para Peter. Ele orquestrou tudo para que o irmão invadisse minha mansão, mas não esperava que tudo desse errado, pois estou sempre à frente. Inicialmente, a aproximação de Dom visava destruir Peter, mas ao ver Melanie ao meu lado, ele assustou-se e optou por manter seu sobrenome, já que odeia os Bazzie's e toda a máfia italiana.
Enquanto continuava a discutir negócios com Jake, a ausência de Melanie começou a me incomodar. Ela não foi para o banheiro coisa nenhuma. Concluí a conversa com Jake, transmiti as coordenadas para os caras rapidamente e fui atrás daquela mentirosa.
Procurei por todos os lugares até encontrá-la no bar, alegre, rindo e bebendo vários drinks diferentes. Assim que me aproximei, percebi que um sujeito estava ao seu lado, fazendo meu punho fechar.
— Aí, você é muito engraçado. — ela gargalhava escutando aquele viado falar. A minha cara fechou e a raiva apareceu.
— Melanie. — disse ríspido.
— Jusssssssss! — ela abriu um largo sorriso, aparentemente alegre.
— Oi… Eu… — o cara engoliu em seco.
— Jus, esse é o… — ela ia apresentar mas não deu tempo, o cara saiu as pressas. — Poxa…
— O que eu disse sobre você não sair do meu lado? — falei puto.
— Qual foi, aquela conversa estava um porre. — ela revirou os olhos bebendo mais um drink.
— São negócios, Melanie. Você veio aqui para trabalhar e não para agir assim… — disse ríspido arrancando o copo de sua mão.
— Assim…? — ela arqueou uma sobrancelha. Respirei fundo.
— Vem, vamos embora. — a puxei pela cintura.
— Ah, não… — ela reclamou.
— Vai logo, porra. — a chamei sem paciência. — Não podemos ficar muito aqui.
Ela bufou e saiu batendo os pés na minha frente. Abusada.
— Você é louca? — corri em sua direção e segurei a sua mão com força. — Você tem homem, porra.
— O que? — ela deu uma risadinha.
— É… essa noite. — engoli em seco. — Precisamos manter as aparências.
— Aí, Bieber… imagina se eu falar que você está me mantendo em um CÁRCERE! — ela falou alto em meio as risadas.
— Cala a boca, porra. — disse com os dentes semicerrados. — Todos aqui pensam que somos um casal, uma família. Não estrague tudo.
— Tá bom. - Ela bufou e seguiu em silêncio até o estacionamento. Abri a porta do carro para ela entrar, ouvindo mais uma risada. Melanie me estressa, por isso não consigo ser educado com ela.
Ao olhar para o lado, percebi que Melanie exibia um lindo sorriso em seu rosto delicado, algo que eu não via há muito tempo. Sorri levemente e dirigi em direção à mansão. Acelerei a Ferrari pelas ruas de Atlanta, enquanto Melanie se divertia com a velocidade.
Ela aumentou o som que tocava e começou a cantarolar mais alto que a própria música. Dei risada com aquilo e percebi a sua embriaguez. Estranhamente eu estava me sentindo…. Feliz.
— Cala a boca. — disse entre risos.
— Cala a boca você, babaca. — ela deu um tapinha em meu ombro, colocou a cabeça para fora e continuou. Seus cabelos voavam enquanto o vento batia em seu rosto, seu vestido estava ainda mais curto, mostrado toda a sua calcinha de renda por conta da posição. Umedeci os meus lábios a vendo daquele jeito. Melanie é muito gostosa.
“Você não come a Melanie…” lembrei das palavras de Chaz. Viado. Faço questão dessa noite esfregar na cara daquele arrombado para que ele aprenda a me respeitar. Diminui um pouco a velocidade e tirei uma das mãos do volante, lentamente deslizei a mesma até a perna desnuda da Mel, que imediatamente arrepiou. Continuei deslizar a mão por sua coxa e fui subindo cada vez mais, sem nenhum movimento brusco, de uma maneira calma e gentil.
— Jus… — ela murmurou baixinho, sem me olhar. A sua bunda marcada naquele vestido e empinada em minha direção fazia com que meu pau pulsasse dentro da calça. Antes que eu pudesse subir a mão, Melanie se recompôs e sentou rapidamente no banco do passageiro. Sua respiração estava diferente, seus olhos azuis mais escuros pela adrenalina. Dei uma risada e ela me fuzilou com os olhos.
— Não… não encoste em mim. — ela disse com a voz vacilante. Assenti e mantive a concentração no volante. Eu sei que ela continuava a me olhar, sua respiração tensa denunciava a tensão entre nós. A olhei de relance e ela desviou o olhar rapidamente, mas o seu corpo reagiu de maneira diferente: os seus olhos rolaram para baixo e vi que suas pernas abriam-se lentamente. Sorri com aquilo. A minha mão foi em direção a sua coxa, sem mais delongas, subiram um pouco mais para cima, chegando finalmente no local que eu queria.
Melanie não disse nada, apenas fechou seus olhos e tombou a cabeça para trás. Passei os dedos por cima da calcinha e fiz um leve carinho, escutando a Mel arfar. Levei a minha mão para dentro da sua calcinha de renda, o que fez o meu pau quase explodir de tesão ao sentir ela toda molhada. Puta que pariu. Empurrei dois dedos para dentro, seu corpo deu um leve impulso e um gemido baixinho saiu de seus lábios. E lá continuei movendo os meus dedos e massageando seu clítoris.
Melanie gemia e mordia seus lábios, a sua boceta quente e apertada molhava a cada vez mais. Eu preciso comer essa filha da puta.
— Puta que pariu… — ela sussurrou enquanto se contorcia. — P-para… — ela gaguejou entre seus gemidos, seus lábios cada vez mais marcados por conta das mordidas. — Para.
— Tem certeza? — sussurrei e ela murmurou um “Uhum…”. Tirei lentamente os meus dedos e voltei a mão para o volante.
— Seu filho da puta… — ela murmurou ainda com os olhos fechados. Dei uma risada leve. Melanie se recompôs quando viu que chegamos na mansão, ela estava ofegante, suada, o tesão claramente evidente em seu corpo. Ótimo.
Chegamos, abrimos a porta e entramos na mansão. Melanie cambaleava pelos corredores, gargalhando alto, então chamei sua atenção para não acordar Ethan. Os saltos estavam espalhados pela casa, ela descabelada e alegre, cantarolando. Ajudei-a a subir as escadas e abri a porta do quarto.
— Ei, ei, ei… — ela colocou um dedo. — Eu não durmo aqui.
— Eu sei. — revirei os olhos. — Mas aqui é mais fácil porque posso ficar de olho em você. Deita lá.
Ela me olhou suspeita mas rapidamente se jogou na minha cama, ela molhou os lábios e ficou parada me encarando. Ela me chamou com o dedo indicador e fui em sua direção.
— Você é o homem mais gostoso que eu já vi em toda a minha vida. — ela sussurrou com seu rosto próximo ao meu.
— E você a única gostosa que eu já vi na vida. — selei seus lábios. Não demorou muito, nossas línguas se entrelaçaram e começaram a dançar dentro das nossas bocas. Um beijo gostoso, cheio de desejo e malícia, puta que pariu. Separamos o beijo quando o ar faltou, nossas respirações ofegantes e nossos olhares fixos.
— Por que você tem que ser tão errado… — ela murmurou para si mesma. Melanie respirou fundo e deitou na cama. Dei uma risada baixa e deitei ao seu lado.
— Você sempre vai acabar aqui comigo. — disse olhando para o teto. Melanie encostou a cabeça em meu ombro e abraçou o meu corpo de lado, com a mão por cima do meu peito. — Você é minha… — sussurrei e não obtive respostas. Sem fazer nenhum movimento brusco, olhei para baixo e vi os olhos da Melanie fechados, sua respiração mais calma e tranquila. Ela apagou.
Ajeitei a minha cabeça no travesseiro e fitei o teto fixamente. Se Chaz estivesse aqui, com certeza iria me zoar por não ter cumprido a aposta, mas fazer o que, não foi dessa vez. Melanie poderia subir em cima de mim, arrancar a roupa e dançar pelada no meu pau, eu jamais faria nada enquanto ela não estivesse sóbria, jamais me aproveitaria da sua embriaguez.
Minha cabeça rodeava um turbilhão de pensamentos: ora Melanie e Ethan, ora Jeremy e Pattie, os filhos da puta Lusquinõs, os planos, os meus negócios… Porra, amanhã terei um dia cheio. Graças a Deus. Fiquei pensando mais alguns minutos e logo caí no sono ao lado da Melanie.
(…)
O toque alto do celular fez com que eu despertasse rapidamente. Verifiquei e vi que ainda não havia amanhecido. Quem é o idiota que está enchendo o saco a essa hora? Bufei e levantei da cama sem fazer nenhum barulho para não acordar a Melanie. Saí calmamente e atendi o maldito celular: Número desconhecido.
— Fala. — disse sonolento.
— Dom está aqui. — a voz grossa soou do outro lado da ligação.
— Aqui aonde, porra?
— Itália. — o homem disse rápido. — Veio fazer negócios.
— Idiota. — Murmurei. — Não deixe ele pisar perto da mansão. Mantenha-o fora e coloque os capangas para vigiá-lo. Ele não pode saber de nada do que está acontecendo.
— Eu sei, Sr. — o homem respirou fundo. — Mas precisamos do senhor aqui.
— Em breve. — disse rápido. — Não me ligue mais, ok? Estou com a Melanie…
— Positivo. Não ligarei. — Ele concordou. — E tenha cuidado, Bieber. A Melanie não pode sonhar com nada disso que está acontecendo. Apesar da sua liderança agora, querendo ou não, ela continua sendo uma Biazzie. Você conquistou o nosso respeito, mas o dela não. Ela vai matar você se descobrir tudo o que fez.
— Eu sei, Chucky.
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