História My Professor - Imagine Suho - EXO - 119

 

Suho’s Pov On

-Nós deveríamos ter comprado os ingressos pelo site, comprar em cima da hora é sempre ruim, agora teremos que ficar separados deles. – Sekyung reclamava, porque nossas cadeiras ficavam na fila abaixo da dos outros.

-Eu sei, mas isso não aconteceria se o primo não tivesse inventado de passar naquela loja antes.

-Agora a culpa é minha? – Minseok falou – Que eu saiba não fui eu quem demorou a se arrumar.

-Eu nem demorei tanto assim. – Jihye falou.

-Não precisa reclamar, não vamos ficar conversando mesmo durante o filme. – Minhae falou. Qual a fila de vocês?

-Fila I – falei olhando a indicação no chão e vi que Lay parou nela.

-Não acredito! – olhei para ver o que o fez parar e dei de cara com a (s/n) e aquele moleque aos beijos. – Oi de novo.

-Oi! – ela respondeu olhando para gente e vi aquele outro coçar a nuca.

-Isso só pode ser uma praga. – resmunguei.

-Que coincidência estarmos na mesma sessão. – Lay falou e Jihye colocou a mão na boca para abafar seu riso.

-Pois é né? Tantos filmes em cartaz. – ela suspirou e olhou brevemente para aquele moleque.

-Não acredito que nem no cinema a gente se livra de seus alunos. – Sekyung falou.

-Nem eu. – respondi com raiva e a puxei pela mão para nossos lugares. Que para minha alegria era exatamente ao lado deles. E a minha cadeira ao lado da dela.

Isso vai ser pior do que eu pensei.

-Vou aproveitar que o filme ainda não começou e vou ao banheiro. – Sekyung falou e me deu um selinho antes de sair. 

-Hey, olha para mim. Está tudo bem? – ouvi (s/n) falar com ele e comecei a prestar atenção na conversa deles. – Mesmo?

-Mesmo. – ele respondeu.

-Se quiser podemos trocar de filme.

-Está doida? Não vou perder o filme que queremos assistir por causa de ninguém. – falou antes de beija-la, senti repulsa.

Como ela consegue beijar ele?

-Ainda bem, porque perder a chance de ver Kang Haneul e Kim Muyeol em um telão desses seria de partir o coração.

Sempre de olho nos caras dos filmes, ela não tem jeito.

-Então quer dizer que você quer ficar por eles?

-Também. – ela riu.

-Posso saber o outro motivo? – rolei meus olhos. Até a voz desse moleque irrita.

-Quero roubar todos os beijos que você está me devendo da ultima sessão que viemos. – fechei minhas mãos com força tentando conter minha raiva.

-Se esse é o caso então eu digo com todo prazer que eu fico. – ele falou e ela deu vários beijos nele. Fiquei encarando os dois com ódio.  Até que meu celular vibrou em meu bolso.

“Quer trocar de lugar com a gente?” – meu primo ofereceu.

“Não”

“Tem certeza?”

“Absoluta” – respondi e guardei o celular no bolso.

Se ela quer brincar de provocar, então veremos quem é melhor nisso.

-Ainda bem que voltei a tempo. – assim que ela se sentou a puxei para um beijo. – Hey, guarde esse apetite para mais tarde. – ela falou e mordeu meu lábio antes de se ajeitar para ver o filme que estava começando.

Olhei para o lado e a (s/n) estava concentrada na tela enquanto tomava seu milk-shake. Ela mordeu seu lábio e eu não pude deixar de lembrar da ultima vez que estivemos em uma sala de cinema juntos. Ela se virou para o lado oposto e fez algum comentário sobre o filme com o outro, suspirei e voltei a olhar a tela. Agora isso não importa mais, ela estava ali com ele e eu com a Moon, e devo esquecer o que aconteceu. – Suspirei.

Pena que falar é mais fácil que fazer. A cada segundo que passava eu só conseguia pensar em nós dois juntos, e como seria se hoje ela estivesse aqui comigo. E para tentar ignorar cada pensamento novo, eu tentava me distrair com a Moon. Eu a enchia de beijos e mais beijos, mas nenhum deles compensava a vontade que tinha de estar com a (s/n), e para me frustrar mais ela parecia não se incomodar nenhum pouco com meus beijos, sempre que a olhava ou ela estava vendo o filme ou trocando breve selares com aquele lá, ignorando totalmente a minha presença.

Como ela pode fazer isso comigo?

Assim que o filme acabou puxei a Moon para sairmos da sala, passando por eles antes mesmo dos dois se levantarem.

-Não vai esperar pelos outros?

-A gente os espera na porta. – Ficamos encostados em uma parede esperando pelos outros. E quando saíram estavam conversando com ela. Bufei.

-Porque todo mundo gosta dessa garota?

-Eu não sei. – fiquei olhando ela rindo com os outros, enquanto aquele moleque tinha o braço em volta do seu pescoço.

-Você também gosta dela, não é?

-O que? – perguntei nervoso.

-Eu lembro de ter visto você e ela bem próximos algumas vezes.

-Eu falava com ela apenas pelas aulas de reforço e porque ela namorava um amigo meu, esqueceu?

-Hum... – ela pareceu pensar um pouco e negou com a cabeça. Me aproximei dos outros – Vamos, nós estamos com fome.

-Eu preciso ir ao banheiro antes. – Minhae falou.

-Vamos esperar você aqui, ursinha. – Minseok falou e deu um selinho na esposa – Toma cuidado lá dentro.

-Pode deixar Min. Tchau gente, e (S/n), foi muito bom te rever.

-Digo o mesmo.

-Quer ficar para comer com a gente? – Jihye perguntou a ela e todos a encaramos. – Que foi gente?

-Não, obrigada, nós já comemos. – (s/n) falou. – Mas obrigada pelo convite. – ela abraçou os três e saiu de mãos dadas com aquele moleque, ignorando a Sekyung e eu.

-Vou ao banheiro também, preciso retocar meu batom. – Sekyung falou.

-Aproveita e vê se está tudo bem com a Minhae. – ela assentiu e saiu.

-Porque você convidou aqueles dois para comer com a gente? – perguntei assim que a Moon se afastou.

-Porque ela é nossa amiga.

-Você está de sacanagem né?

-É claro que não Suho, essa Sekyung é muito chata.

-Mas é com ela que eu estou agora, e gostaria que você respeitasse isso. Achei que estaria feliz que não precisaria mais ver ela aos beijos com o Lay.

-Se fosse para não ter que conviver com essa daí, eu aceitaria mais um ano de nosso swing limitado.

-Eu também, ainda mais sabendo o que ela fez. – Lay falou.

-Vocês estão iguais ao Luhan, que saco.

-Acho melhor mudarmos de assunto. – Minseok falou quando as duas estavam voltando.

Fomos para uma mesa na praça de alimentação e compramos duas pizzas. Até ai estava tudo bem, Minseok havia perguntado a ela sobre sua profissão e o assunto estava fluindo bem.

-Até que o Sr Jung me enviou um convite para trabalhar aqui e eu aceitei na hora. – ela sorriu.

-Não acha loucura largar tudo para começar em um lugar novo? – Minhae perguntou.

-Um pouco, mas eu sempre quis dar aulas aqui, foi onde me formei, e só agora tive a oportunidade e ainda vi o Junmyeon, tem motivo melhor que esses?

-Você largou tudo por causa de um cara que nem sabia se era comprometido, que na verdade era, que bela motivação. – Jihye falou e levou uma cotovelada da irmã.

-Não sabia que ele namorava.

-E também não fez questão nenhuma de saber antes de começar a dar em cima dele. – ela rebateu.

-Vamos mudar de assunto? – olhei sério para Jihye.

-Vamos. – ela sorriu.

-O que acharam do filme? – Lay perguntou.

-Não gostei do final. – Sekyung respondeu.

-Eu gostei, aquela era a única coisa que o matinha firme, saber a resposta no final era tudo que ele precisava. – Minseok respondeu.

-Eu também gostei, só acho que ele deveria ter dito tudo que ele lembrou. – falei.

-Mas ele quis proteger o Yooseok.

-De qualquer forma o filme foi ótimo. – Lay falou.

-Será que a (s/n) gostou do filme? – Jihye perguntou. Passei a mão pelo rosto e parei-a na boca, me segurando para não dizer nada. Fechei os olhos e respirei fundo.

-Porque quer saber a opinião dela? – Sekyung a olhou.

-Queria saber uma opinião diferente.

-Porque gosta dela?

-Porque ela é minha amiga. – Sekyung riu. – Não entendi a risada.

-Então acha que ela é sua amiga? Você também gosta dela Yixing?

-Claro que sim.

-Acho melhor eu me calar.

-Não sabe o favor que você nos faria. – Jihye falou debochada.

(...)

-Então o que achou deles? – perguntei um pouco apreensivo, afinal aquilo havia sido um desastre.

-Eu gostei do seu primo e da esposa, eles são simpáticos. Agora dos outros dois... – ela falou tirando a sandália e indo em direção a seu quarto.

-O que têm eles?

-Aqueles dois são estranhos.

-Estranhos como? – perguntei parando no batente da porta.

-Eles deixaram claro que não gostam de mim, e porque a Jihye ficava falando tanto daquela sua aluna?

-Elas são amigas.

-Que tipo de amizade é essa que ela tem com a amante do marido? – ela falou me fazendo arregalar os olhos.

-Amante? Como assim?

-Qual é Junmyeon, eu não sou burra, eu me lembro de ter visto os dois pela faculdade algumas vezes. Eu sabia que eles tinham algo, só não imaginei que eram amantes. – ela tirou o vestido e eu fiquei olhando nervoso, espero que a dedução dela tenha ido apenas até esse ponto – Agora me diz quem consegue ser amiga da amante do marido?

-Não devemos nos meter na relação deles.

-Eu espero que você seja diferente, porque não irei admitir nenhuma outra em nossa relação. – ela falou vindo em minha direção.

-Não sabia que tínhamos um contrato de exclusividade.

-Não sabia? – neguei com a cabeça – Aposto que depois de te dar seu prêmio por ter cumprido sua promessa você vai mudar de ideia.

-Que premio seria esse? – perguntei enquanto ela desabotoava minha calça. Ela sorriu e se abaixou em minha frente. Fechei meus olhos e deixei a cabeça bater na madeira. Ela definitivamente não desconfia de nada, e é bom que continue assim.

Suho’s Pov Off

Baekhyun’s Pov On

-Ai Baek para com isso. – (S/n) pedia rindo, enquanto eu apertava a cintura dela.

-Só paro se você dividir seu chocolate comigo. – continuei a apertando.

-Eu divido, eu divido. – ela falou sem fôlego.

-Agora sim. – sorri e estendi a mão para pegar meu pedaço da barra que ela comia.

-Seu olho grande. – falou me entregando.

-Olha quem fala.  – ela mandou língua. Depois que mordi um pedaço me deitei na barriga dela. – Ainda falta muito para isso acabar?

-Para de implicar com meu programa.

-Só se você fizer cafuné em mim. – aninhei meu rosto em sua barriga.

-Que menino mais manhoso esse que eu fui arrumar.

-Para de reclamar de tudo. – a mordi.

-Ai Baek. – ela riu, e eu dei um beijinho no local e ela começou a fazer o carinho em mim. Estava quase pegando no sono quando o casal chegou.

-Que cena mais linda! – Yujin comentou – Não é o casal mais lindo do mundo, bebê?

-Deixa de ser besta Yujin. – (s/n) falou rindo sem graça.

-É sim, pena que a (s/n) terá que levantar agora.

-Ah não Channie, pode se sentando no outro sofá, não vou deixar ela sair daqui. – reclamei abraçando a (s/n) pela cintura.

-Eu não quero sentar Baek, quero que a (s/n) levante para fazer aquele bolo de cenoura que a gente tanto gosta.

-Bolo de cenoura? – ela o olhou.

-É ele acordou com desejo hoje. – Yujin falou – Comprou tudo que precisa para fazer. – ela mostrou as sacolas.

-Tem que ser agora? – ela o olhou e ele fazia aegyo, a fazendo rolar os olhos. – O que eu não faço por você, Channie?

-Te amo! – ele falou fazendo coração com os dedos.

-Eu sei que sim. – ela riu e saiu com a Yujin para cozinha. 

-E ai como foi o jantar ontem? – perguntei me sentando e ele se sentou a meu lado.

-Maravilhoso. Que restaurante bom, mas o preço...

-A gente avisou. – eu ri.

-Mas e vocês o que fizeram ontem? – suspirei – Aconteceu algo?

-Fomos ao cinema. – ele deu um sorriso pervertido – Para de me olhar assim. Não foi isso que aconteceu.

-Acho bom mesmo, não quero você fazendo essas coisas com ela em público. – rolei meus olhos.

-Já acabou?

-Deixa de ser abusado.  – o olhei sério – Pode falar. – ele riu.

-Quando estávamos nos beijando na sala imagina quem apareceu?

-Quem?

-Kim, Moon e companhia.

-Sério isso?

-Infelizmente.

-E como foi?

-A gente já tinha esbarrado com eles antes da sessão, mas o pior você não sabe. Os dois se sentaram ao nosso lado.

-Aish! E como ela reagiu?

-No começo ela ficou meio sem saber o que fazer, chegou até a perguntar se eu queria mudar de filme, mas eu não faria isso. Por mais que fosse estranha aquela situação, eu não queria o deixar pensar que tenho medo dele. A (s/n) está comigo agora, não tenho porque me sentir ameaçado na presença dele.

-Está certo. Mas imagino que deva ter sido bem ruim.

-Pior que não. Confesso que por mais confiante que eu estava sempre tem aquele medo lá no fundo, até porque eu não sou idiota e sei o que ela sente por ele. Mas ela me surpreendeu.

-O que ela fez?

-O ignorou, era como se ele não existisse. Sempre que nós trocávamos um beijo ou fazíamos um comentário sobre o filme ele puxava a Moon para um beijo e fazia questão de olhar para ver se ela estava olhando para eles, e ela nem ai. – Channie riu – Ele ficou muito revoltado. – falei rindo.

-Imagino que ele deva ter ficado bem frustrado por sua tentativa de deixar ela mal foi em vão.

-Exatamente.

 Baekhyun’s Pov Off

(S/n)’s Pov On

-Não acredito que eles se sentaram ao seu lado.  – ela me olhou surpresa enquanto lavava a louça.

-Infelizmente. – coloquei o bolo no forno e peguei as coisas para começar a fazer a calda – Mas o pior foi ter que aturar ele beijando aquela lá o tempo todo para me provocar.

-E o que você fez? Revidou beijando o Baek?

-Não, é claro que não. Eu já cometi esse erro uma vez e não farei de novo. Baek é especial demais para ser usado como um meio de ferir o Suho. Não vou fazer com o Baek o que ele faz com a Moon.

-Você tem razão, isso magoaria demais o Baek.

-Sim, e eu não quero magoa-lo. Eu estou com ele porque eu quero, porque ele me faz bem, não por vingança como parece ser o caso daqueles dois.

-Acha mesmo que ele está com ela apenas por vingança?

-E você não?

-No começo sim, mas achei que ele apenas transaria com ela e pronto, mas ele está todo esse tempo com ela, achei que sei lá.

-Ele não gosta dela. O Luhan me confirmou que eles nunca haviam transado, e um dia depois que o Baek e eu ficamos ele apareceu com marcas no pescoço.

-Quando ele vai crescer?

-Amiga você conheceu o Suho, ele nunca vai mudar.

-Mas essa atitude é tão... – ele apertou o cabo da colher como se tivesse apertando o pescoço de alguém.

-Acontece que o Suho me odeia e fará de tudo para me ver sofrer até que eu suma da vida dele. E o que seria melhor para me punir do que esfregar na minha cara que ele está com a mulher que mais odeio nesse país?

-Ele é tão babaca.

-Eu sei disso. – suspirei enquanto mexia a mistura na panela.

-E o que você vai fazer quanto a isso?

-O que fiz no cinema e farei sempre que ele fizer qualquer gracinha em minha frente.

-Que seria? – ela me encarou.

-O ignorar completamente.

-E você vai conseguir fazer isso?

-Eu consigo.  – respirei fundo – Eu cansei desse joguinho dele que às vezes parece arrependido de beijar ela na minha frente, outra faz de proposito para me deixar mal. Se ele quer ficar com ela que fique. Por mais que as atitudes dele me machuquem, não darei a ele esse gostinho, então ignorar é o melhor que eu faço.

-Porque ele tinha que ser tão infantil?

-Eu não sei. – suspirei.

-Então esse bolo sai ou não sai? – Channie entrou na cozinha.

-Meu Deus Channie, não tem nem meia hora e você já quer o bolo pronto? – o olhei.

-Você sabe o que é acordar com desejo? – respirei fundo – Então não reclame da minha pressa.

-Como você atura isso amiga?

-Fazer o que? Eu me apaixonei. – ela foi até o namorado e o abraçou.

-Você reclama, mas não vive sem mim.

(S/n)’s Pov Off

Suho’s Pov On

 

-E ai como foi o encontro? – Luhan me perguntou assim que entrei em casa. O olhei mal humorado – Devo considerar isso como ruim?

-Que tal péssimo? – joguei minha jaqueta no braço do sofá e me sentei apoiando a cabeça no encosto.

-Foi tão ruim assim? – o olhei brevemente e voltei a encarar o teto.

-Pensa em ter que aguentar a Jihye cortando a Sekyung sempre que ela tentava se entrosar. Fora que ela sempre jogava indiretas sobre a (s/n). Só faltou dizer que preferia que eu voltasse para ela.

-E a Moon não se ligou?

-Não. Por sorte a dedução dela foi apenas de que a Jihye é burra o bastante para defender a amante do marido.

-Quase fiquei com pena da inocência dela. – ele falou debochado – A Jihye é pior que eu.

-Parabéns, seja lá o que você disse sobre a Sekyung você conseguiu fazer a Jihye odiá-la antes mesmo de conhecê-la.

-Você sabe que eu não menti sobre ela. E uma hora você vai se dar conta do que estou falando.

-Não sabe o quanto agradeci por você não ter ido.

-Eu não sou masoquista para ter que aguentar aquela lá por horas.  – rolei os olhos – Mas isso era o mínimo que eu esperava desse encontro. Só por isso você o julgou péssimo?

-Não.

-E o que fez ele entrar para essa categoria então?

-(S/n).

-Mas você disse que...

-Ela estava lá com o Baekhyun. – fiz cara de nojo lembrando dos dois se beijando.

-É sério?

-Infelizmente. E ela ficava beijando aquele moleque o tempo todo e fingia que eu não existia.

-Ela fez isso? – ele me olhou desconfiado – O que você fez para ela fingir que você não estava lá.

-Nada.

-Duvido.

-Eu só beijei a Sekyung. – ele riu.

-Imagino que tenha feito um espetáculo para provocar ela e se deu mal. – fiquei sério, ele estava certo.

-Só queria que ela visse que estava errada.

-Errada sobre o que?

-Você conhece aquele moleque?

-Eu não converso muito com ele, só falo o básico, por quê? – fiquei em silêncio e olhei o chão – Me fala. – respirei fundo.

-Eu perguntei o que ela viu nele e ela me respondeu tudo que falta em mim.

-Ela disse isso? – assenti sem olha-lo – Nada mais que merecido, né?

-Acha mesmo que mereci ouvir isso dela? – o olhei indignado.

-Você se esqueceu de todas as coisas duras que disse a ela?

-Disse apenas o que senti naquele momento.

-E ela fez o mesmo contigo agora.

-Mas ela está errada.

-E você quer tentar provar que ela está errada, agindo feito o babaca que vem sendo nesses últimos meses?

-Ela diz que ele é melhor que eu e faz questão de esfregar o relacionamento feliz dela na minha cara, o que queria que eu fizesse?

-Que se tornasse um homem. – o encarei – Não me olhe desse jeito. Você sabe que eu estou certo. Para de ficar agindo como um adolescente e corra atrás do que você quer.

-E o que você acha que eu quero? – ele gargalhou.

-Sua jagiya de volta. É obvio! Só que você é teimoso demais para abrir mão de um orgulho besta que só te afasta cada vez mais dela.

-Não é tão fácil.

-Só porque você não faz nada. Você praticamente a jogou nos braços do Baekhyun, e com cada atitude errada que toma só a faz ter mais certeza que é com ele quem ela tem que ficar.

-Não me culpe pelas escolhas dela.

-Acha mesmo que se você tivesse parado para ouvir o que ela tinha a te dizer era com ele que ela estaria no cinema ontem? Que nesse exato momento vocês não estariam se agarrando aqui nesse sofá?

-Já disse que não fui eu quem escolheu isso.

-É claro que foi. No momento em que você  não deu a ela chance de se explicar e decidiu usar a Moon como punição ao que acha que ela te fez.

-Eu não uso a Sekyung. – ele forçou uma risada.

-Conta outra Suho.

-Eu estou com ela porque eu quero.

-Ou porque sabe que essa é a forma mais eficaz de magoar a (s/n)?

-Você está louco.

-Eu estou certo e você sabe disso. Até quando você vai ficar se engando com a Moon? Apesar de não gostar dela, nenhuma mulher merece ser usada desse jeito.

-Eu não estou a usando para me vingar.

-Ok irmãozinho, então continua com essa atitude. Se você quer continuar sofrendo a escolha é sua. – ele falou e saiu me deixando sozinho.

Me deitei no sofá e cobri meus olhos com as mãos. Me lembrei da noite passada, de como ela parecia feliz ao lado daquele idiota. Fiz uma breve comparação de quando era comigo que ela estava no começo do ano. De como nos divertimos naquela noite, que depois daquele encontro a pedi em namoro e do sorriso dela...

Era o mesmo sorriso. Eu também a fazia feliz, então porque dizer aquilo? O que faltava em mim? O que esse moleque tem de tão especial? Eu nunca vou conseguir entender. – fechei meus olhos respirando fundo, tentando amenizar a dor que surgia em meu peito.

Suho’s Pov Off

(S/n)’s Pov On

Ultimas semanas de aula. Não via a hora de terminar as provas e sair de férias, não aguento mais ter que aturar os olhares do Suho sempre que estou junto do Baek, ou o fato dele continuar com suas tentativas de me provocar com aquela lá, se não me bastasse isso ainda tinha os malditos cartões que tem chegado com mais frequências agora, pelo menos longe de casa não receberei nenhum deles.

-Vocês não se decidiram ainda? – perguntei enquanto colocava a mochila nas costas.

-Ainda não, você sabe que o Channie é indeciso. – Baek respondeu.

-Eu só quero saber logo aonde iremos nessas férias.

-Eu também, mas esses dois ficam fazendo mistério. – Yujin falou.

-(S/n)? – Taewoo me chamou quando estava chegando à porta da sala, paramos os três e ficamos o olhando – Será que a gente pode conversar um pouco? – olhou os outros.

-Claro. – sorri – Vocês podem ir andando. Encontro vocês no estacionamento.

-Não demora. – Baek segurou meu rosto e deu um selinho demorado.

-Não vou. – sorri e lhe dei mais um beijinho. Olhei para o Taewoo e ele encarava o Baek. – Então?

-Pelo jeito vocês estão cada vez mais firmes né?

-Sim, o Baek é incrível. – sorri e ele pareceu pensativo. – Mas você não me chamou para isso né? – perguntei rindo e ele riu também.

-Com certeza não. – ele coçou a testa – Na verdade era sobre as provas, queria saber se você aceita estudar junto comigo.

-Claro. Eu ia até falar contigo, mas essa história de viagem de férias me distraiu. – bati na testa – Combinei de estudar junto com o Baek e a Yujin, você pode se juntar a gente e estudar lá em casa.

-Com todos?

-Sim, fica mais fácil. Assim expomos nossas duvidas e quem souber ajuda o outro. E mais legal estudar em grupo.

-É que sou meio tímido.

-Para Taewoo. – o empurrei – Você conhece os dois, não tem porque ter vergonha.

-É pode ser, mas é que já me acostumei a sermos apenas nós dois.

-Deixa de bobeira. Nós começaremos hoje, você vai né? – ele pensou um pouco e suspirou.

-Tudo bem, eu vou. – ele sorriu – Que horas?

-As sete, porque antes o Baek tem treino. O horário está bom para você?

-Está sim.

-Eu vou te esperar. – sorri.

-(S/n)? – ouvi me chamarem da porta.

-Oi Lu! – fui até ele e o abracei.

-Atrapalhei você? – perguntou depois de olhar o Taewoo.

-Não, a gente já tinha acabado. – olhei para o Taewoo – Então estarei te esperando mais tarde. – mandei beijo no ar para ele e sai com o Luhan da sala.

-Aonde você vai com esse ai? – ele olhou para trás, antes de colocar um braço em volta do meu ombro.

-A lugar nenhum. Ele quem vai lá em casa estudar para as provas.

-Só os dois?

-Não, Yujin e Baek estarão juntos.

-Menos mal.

-Por quê?

-Não quero você sozinha com alguém que não seja de extrema confiança. – ela falou me fazendo rir.

-Relaxa, o Taewoo não é o B.

-Como pode ter certeza?

-Ele é gay, não teria todo esse trabalho para ficar comigo.

-Gay? – perguntou depois que ele passou pela gente.

-Sim. – ele pensou um pouco e deu de ombros.

-De qualquer forma tenha cuidado. – ele beijou minha cabeça.

-Eu terei. – sorri.

-Mas deixa isso para lá, vim falar de outra coisa.

-Deixa eu adivinhar, seu querido irmão?

-Como você sabe? – ele debochou, me fazendo rir.

-Acho melhor avisar a meus amigos para irem sem mim. – falei pegando meu celular do bolso.

-Eu já falei com eles que irei te levar em casa. – assenti e guardei o celular no bolso de novo. – Eu fiquei sabendo da conversa de vocês. – suspirei.

-Veio brigar comigo né? – o olhei – Eu sei que peguei pesado, mas ele fica chamando o Baek de moleque sendo que o único moleque que conheço é ele. – me sentei em um dos degraus da entrada da universidade e Luhan se sentou a meu lado. A essa altura o numero de alunos passando por ali já havia diminuído.

-Não vim brigar contigo, e também não precisa se sentir culpada, ele mereceu ouvir aquilo. E como eu disse a ele, ele falou coisas piores para você.  – assenti.

-Muito piores. – olhei para o horizonte.

-Ele me questionou o que o Baekhyun tinha que ele não tem.

-Sério que ele fez isso? – neguei com a cabeça.

-Sim, ele ficou bem abalado com isso.

-Eu achei que ele iria se tocar.

-Estamos falando do Suho, não esqueça. – sorri fraco.

-Sabe de todas as pequenas coisas que o Baek tem que eu admiro, a principal que eu queria que seu irmão tivesse é a confiança. Eu cansei de dizer a ele que deveríamos confiar um no outro se não nosso namoro não resistiria a tanto ciúme e desconfiança. Nenhum cara podia parar do meu lado que ele já ficava nervoso, brigava a toa, eu aceitava porque eu entendia que esse era o jeito dele, mas olha no que tudo isso resultou. Cada um para um lado, ambos magoados e ferindo um ao outro de proposito ou não. – suspirei e abracei minhas pernas – Não era isso que eu queria para gente.

-Sei que ele também não queria.

-Eu sei que não, mas ele é muito burro. E não era só a falta de confiança dele em mim, é a que ele tem nele mesmo, poxa seu irmão é um homem maravilhoso, é cheio de defeitos, eu sei. Mas Aish! Eu era completamente apaixonada por ele e demonstrava isso todos os dias, como ele pode acreditar que eu o enganaria?

-Era? – ele me olhou, suspirei.

-Ainda sou, mas isso não importa mais.

-Eu já falei para ele o quão idiota ele é por fazer o que faz, mas não tem jeito.

-Ele te contou do showzinho dele no cinema?

-O que você ignorou? – perguntou me fazendo rir.

-Eu precisei, o que eu deveria fazer? Não iria revidar com o Baek de novo, não vou tratar quem me respeita dessa forma. Também não tiraria satisfação com ele. Primeiro porque se a Moon descobre tudo, ferrou. Segundo porque estou com o Baek, o que o Suho faz não é mais da minha conta.

-Ele ficou muito frustrado com sua atitude.

-Deixa ele. – dei de ombros – Mesmo que me incomode eu não vou deixar ele saber. – Luhan riu.

-Não sei o que faço com vocês dois. – ele colocou o braço em volta do meu pescoço e me puxou para um abraço apertado.

-Comigo nada, seu irmão que é um idiota. – disse o abraçando.

-Você é outra cabeça dura também. – ele beijou o topo da minha cabeça.

-Não sou nada.

-É sim e você sabe disso.

-Luhan? – Suho perguntou parando ao lado do irmão na escada.

-Irmãozinho. – ele sorriu.

-Eu já vou indo Lu. – me levantei e passei a mão pela calça tirando a poeira dela.

-Não, espera um pouco. – ele se levantou e repetiu meu gesto para limpar a roupa – Está indo para casa agora Suho?

-Sim, por quê? – ele perguntou sem me olhar.

-Eu também vou, mas preciso levar a (s/n) em casa antes, será que pode dar uma carona para ela?

-O que? – falamos juntos o encarando.

-Que foi? Eu prometi a Yujin que te deixaria em casa, não vou deixar você andando por aí sozinha. – falou me olhando depois olhou o irmão – E você ofereceu a carona o que custa levar ela também?

-Custa muito.

-Custaria mais para mim, que teria que pagar duas corridas de uber, então vamos irmãozinho, se você quiser eu mesmo dirijo.

-Luhan eu não vou. – falei séria.

-Ah você vai sim. Vocês dois sabem o gênio da Yujin melhor que eu e se descumprir uma promessa ela vai ficar brava.

-Está legal, vamos. – Suho falou e foi andando na frente reclamando, e Luhan segurou o riso.

-Eu deveria te bater.

-Mas sei que não vai.  – chegamos ao carro dele – Quer ir na frente, irmãzinha? – o olhei séria, e ele riu antes de abrir a porta de trás para mim. Entrei no carro a contra gosto, e pude ver pelo retrovisor o Suho me olhando sério. Fiquei mexendo na minha mochila que estava em meu colo, para tentar disfarçar meu incomodo com aquela situação.

Só o Luhan mesmo para me aprontar uma dessas.

-Nossa que silêncio constrangedor. – Luhan falou – Acho que vou ligar o rádio. – ele ficou cantarolando.

Parece que o caminho para minha casa triplicou, e para piorar sempre que olhava para frente, via o olhar do Suho sobre mim, respirei fundo e comecei a bater as pontas dos dedos na minha mochila impaciente.

-Então irmãzinha, você já sabe onde vai passar as férias? – vi Suho apertar os olhos.

-Ainda não. Channie e Baek ainda estão decidindo nosso destino.

-O que disse irmão? – perguntou depois que o irmão resmungou algo.

-Nada. – ele respondeu grosso.

-Você vai viajar?

-Bem que eu queria, mas não vou poder, estou em um caso. No máximo natal e virada de ano em casa.

-Entendi... – suspirei – Eu queria ir para casa. Ficar um tempo com meus pais, matar a saudade da comida da minha mãe. – falei sorrindo e quando olhei para o retrovisor, ele estava com um olhar indecifrável.

-Tomar guaraná... – Luhan falou me fazendo rir.

-Guaraná eu tomo aqui, eu queria mesmo era comer açaí.

-Seja o que for, imagino que seja delicioso. A não ser que seja parecido com farofa. – ri mais.

-Pode ter certeza que é. E farofa não é ruim.

-Mas porque você não vai?

-Eu não quero correr o risco de não voltar mais.

-Mas você tem seu visto, pode ir e vir quando quiser enquanto ele estiver valendo.

-Eu sei, mas chegar em casa e ter o colo de mãe depois de tantos problemas podem me fazer desistir de voltar.  – Suho freou o carro bruscamente.

-Presta atenção na rua, idiota! – alguém gritou da calçada.

-Você se machucou? – Luhan me perguntou preocupado.

-Não, só levei um susto mesmo.

-Está tudo bem? – ele perguntou ao irmão.

-Sim, ele que apareceu do nada. – voltou a dirigir.

-Como estava dizendo, eu não vou decepcionar meus pais, se for de voltar para casa, eu só volto com meu diploma na mão.

-Então que você faça apenas uma visita a eles e volte para cá logo.

-Acho que o Channie iria atrás de mim e me traria a força. – Luhan riu.

-E os outros?

-Seriam cumplices, mas o Channie é o exagerado.

-Chegamos. – Luhan falou quando o irmão parou o carro em frente ao prédio.

-Obrigada pela carona.  – abri a porta do carro e desci. – Já iria me esquecer.

-Espera um pouco, Suho. – pediu enquanto eu pegava o envelope na minha mochila.

-Aqui! – Entreguei o envelope com 12 cartões.

-Isso tudo? – ele olhou impressionado.

-Infelizmente, mas não precisa se preocupar agora. Deixa isso para depois que resolver seu caso.

-Você sabe que não consigo né?

-Não quero te atrapalhar. – sorri e beijei seu rosto, me afastei e o Suho saiu com o carro.

-Aquele era o carro do Suho? – Yujin apareceu atrás de mim.

-Era sim.

-E o que você estava fazendo nele?

-Luhan fez ele me trazer aqui.

-Como assim? – iria responder, mas ela me cortou – Calma, me conta no caminho do mercado.

-Ok! – ri e fomos andando até o mercado e contei tudo a ela.