História My Professor - Imagine Suho - EXO - 121

(S/n)’ Pov On

-Cadê você Seokwoo? – me perguntava já impaciente, olhando os dois lados da rua e nada dele aparecer. Resolvi entrar e esperar ele na recepção, eu estava congelando ali fora. Já estava tarde e nevava.

-(S/n)! – ele gritou quando estava abrindo o portão – Desculpa o atraso. – disse após destravar a porta do seu carro.

-Eu já iria te ligar. Você conseguiu? – entrei e fechei a porta.

-Sim. – ele tirou uma caixa de dentro da sua mochila e me entregou.

-Você é incrível! – sorri após beijar a caixa – Como posso te pagar?

-Vinte parcelas de cinquenta mil wones já resolvem.

-Idiota!- bati em seu ombro enquanto ele ria.

-Você não precisa pagar nada a mais. O que já deu foi o suficiente.

-Não sei como te agradecer.

-Não foi nada. Eu também queria um então foi uma motivação a mais.

-O Baek vai pirar com isso.

-Não duvido disso. – ele sorriu.

-Agora preciso ir, se ele acordar e não me ver vai acabar estranhando. – beijei o rosto dele.

-Até a volta.

-Até! – fechei a porta do carro e voltei para casa. E escondi o presente do Baekhyun no armário da sala, amanhã cedo eu guardo na mala.

-Onde você estava? – Baek me perguntou quando entrei no quarto.

-Achei que você estivesse dormindo.

-Eu estava, mas levantei para ir ao banheiro e você não estava na cama.

-Eu fui beber água. – disse entrando debaixo das cobertas. Ainda estava tremendo devido ao frio que escarei lá fora.

-E bebeu lá fora?

-Que tipo de pergunta é essa?

-Seu cabelo está com neve. – ele falou pegando um floco que ficou preso na ponta do meu cabelo.

-A janela estava aberta.

-(S/n) o que você está escondendo de mim?

-Nada. – ele me olhou desconfiado – Por favor, não seja um paranoico.

-Tudo bem. – ele me deu um selinho – Agora vamos dormir, porque amanhã de manhã nós viajamos. – o abracei. – Você está gelada. Tem alguma desculpa para isso também? – ele me encarou.

-Não. Então apenas durma. – lhe dei um beijo, e me agarrei mais nele, para me aquecer.

(...)

-Estou começando a achar que irei congelar quando chegarmos lá. – falei abraçando meus braços.

-Ainda nem saímos de Seul e você já está reclamando do frio? – Chanyeol falou parando em minha frente, que estava sentada em um dos bancos da estação de trem.

-Você diz isso porque está acostumado a esse frio todo, não esqueça que eu só tenho três anos de experiência nisso.

-Pode ficar tranquila que eu irei te esquentar sempre que for preciso. – Baek disse me abraçando de lado.

-Agora eu gostei. – sorri e lhe dei um beijinho, já puxando meu cachecol para cobrir a parte inferior do meu rosto. Não demorou muito para o trem chegar. Ocupamos nossos lugares.

-Vocês lembram quando a (s/n) viu a neve pela primeira vez? – Channie perguntou.

-Eu lembro. – Yujin falou rindo – Ela dizia que era tudo lindo, ficava toda empolgada. Parecia uma criança.

-E quando ela cismava de cantar Let It Go. – Baek falou fazendo os outros rirem.

-Pelo que eu me lembro vocês cantavam junto. Eu não passava essa vergonha sozinha não.

-Mas era fofo ver você toda encantada com a neve. – Baek falou passando o braço em volta do meu pescoço.

-Isso até se passar duas semanas. – Yujin comentou.

-Como eu quis tanto conhecer isso?  – Channie imitou minha voz.

-Isso não passa de merda branca. – Baek fez o mesmo.

-Se você não pisa com cuidado cai, quem gosta disso? Eu quero é calor. Cadê o calor desse país? – foi a vez da Yujin. Fiquei rindo.

-Primeiro, eu não falo com essa voz. Segundo que vocês pensariam do mesmo jeito se viessem do Brasil. E terceiro não sou a única que reclama quando a neve demora a acabar. – falei cruzando os braços.

-Ain que linda. – Baek me apertou – Estamos apenas brincando.

-Eu sei disso. – dei um selinho nele.

 

(S/n)’ Pov Off

Suho’s Pov On

 

Estava na casa da Sekyung e ela falava sem parar sobre algo que parei de prestar atenção há alguns minutos.

A verdade é que minha mente estava muito distante daquele lugar. Estávamos assistindo a um filme de comedia que eu havia assistido com a (s/n) na segunda vez em que dormi em sua casa. E minha mente não deixou de me levar até aquela noite em que (S/n) e eu fizemos um amor tão gostoso.

Eu tenho que parabenizar a minha memoria, ultimamente ela tem se mostrado bem ativa, e realista. Todos os meus sentidos ficam ativos quando um desses momentos vem à tona.  Que sou capaz de sentir os mesmos arrepios, o toque e até mesmo o sabor de seus beijos.

E como era gostoso beijar seus lábios.

Sorri bobo me lembrando de quando ela sussurrou que me amava enquanto nossos corpos se conectavam.

Como eu adorava ouvi-la dizer que me amava...

... Pena que era tudo mentira.

 

-Junmyeon acorda! Estou falando com você

-O que? Desculpa me distrai.

-Eu percebi isso, que sorrisinho é esse ai?

-Como que sorriso? Estamos vendo um filme de comedia, é para rir, ou eu estou proibido?

-Nossa que grosseria. Poxa eu estava falando toda animada sobre nosso fim de ano juntos e você nem deu atenção.

-Fim de ano juntos? – a olhei confuso. – De onde ela tirou essa ideia?

-Sim, eu estava pensando em viajarmos para um lugar quente para curtir nossas férias. O que acha da Austrália?

-É Sekyung, eu acho que me esqueci de lhe contar que nós vamos passar o fim do ano na casa dos meus pais. – ela sorriu empolgada, se sentou em meu colo e me encheu de beijos. Não entendi sua atitude. – Que isso? Saudades já?

-Como saudades, eu não acredito que você irá me levar para conhecer seus pais. – seu sorriso cresceu mais.

-É... – a tirei do meu colo e me levantei.

-O que foi?

-Eu acho que você entendeu errado, com o “nós” eu quis dizer meu irmão e eu, não nós dois. – seu sorriso se desfez na hora.

-Como assim você não irá me levar?

-Eu já te disse que não levo ninguém à casa dos meus pais.

-Achei que eu fosse diferente.

-Sinto muito, mas eu não posso fazer isso.

-Aish! Mas se até aquela garota conhece sua família, porque eu não posso conhecer?

-Não tenho culpa se o namorado dela foi idiota a ponto de leva-la até lá. Eu não farei isso.

Nunca mais repetirei esse erro. Ainda mais contigo.

-Que seja. – ela se levantou e foi para o quarto. Rolei meus olhos, não estava nenhum pouco a fim de aturar um drama agora.

-Olha Sekyung eu sinto muito, mas não irei mudar minha postura por você. Estamos saindo a pouco tempo, não faria sentido algum te levar até a minha família.

-Esquece Junmyeon, não quero saber. – ela estava de costas para mim. Cocei minha testa.

-Ok! Só para você saber vamos viajar no quarta, então se você quiser me ver tem até terça. Tchau! – falei e sai, não iria ficar dando corda para manha dela.

(...)

-Mexe isso com mais força, Luhan! – ouvi ao entrar em casa. Franzi o cenho e fui até a cozinha.

-Eu estou tentando, mas é difícil. – ele reclamava com o Chen.

-Deixa de ser lerdo, a (s/n) fez isso com muita facilidade, não deve ser tão difícil.

-Talvez porque ela saiba a quantidade certa de farinha para se por aqui.

-Eu sei também! Pedi a ela para me dar a receita passo a passo.

-Então mexa você. – Luhan entregou a colher de pau para o Chen.

-Pois deixa que eu faço. – ele pegou a colher e como meu irmão teve dificuldade de mexer o que tinha na panela.

-Vai lá senhor “se a (s/n) faz eu faço”.  – Luhan zombou dele.

-Vocês são dois molengas. Deveria ter deixado com vocês o trabalho de desfiar o frango. – Sehun lavou as mãos e pegou a colher do Chen e mexeu seja lá o que tinha naquela panela. – Viram como se faz?

-Exibido. – Chen resmungou.

-Já está bom assim ou mexe mais?

-Assim já está bom, agora precisa esfriar um pouco.

-Irmãozinho, que bom que chegou. – Luhan falou ao me ver.

-O que vocês estão fazendo? – perguntei indo na pia lavar as mãos antes de pegar um copo de água.

-Nós estamos tentando fazer a coxinha que a (s/n) ensinou ao Chen.

-E vocês acham mesmo que vão conseguir fazer igual?

-Porque não conseguiríamos. – Chen perguntou.

-Quer mesmo que eu responda?

-Aish irmãozinho, se não quer ajudar não atrapalha.

-Eu vou para meu quarto. Espero encontrar minha cozinha limpa depois.

Tomei um banho e me deitei na cama. Fechei meus olhos tentando dormir um pouco. Mas ao invés de dormir acabei me deixando levar por lembranças de meu antigo namoro.

 

(S/n) estava deitada de bruços na cama, estudando para uma prova. E como eu adorava vê-la concentrada nos estudos. Achava tão sexy seu olhar compenetrado na matéria tentando obter o máximo de informações possíveis dalí.

-Você não se cansa de estudar não?  - perguntei depois de dar uma mordida em sua bunda.

-Eu não posso me dar a esse luxo.  – me deitei a seu lado a olhando e tive uma ideia.

-E se eu te propor um jogo?

-E que tipo de jogo seria esse? – ela se virou para mim.

-Eu te faço algumas perguntas, se você acertar eu tiro uma peça de roupa, se você errar você tira uma.

-Interessante, mas você sabe que eu sou muito inteligente e provavelmente você seria o único nu no final, certo?

-Talvez, mas eu não tenho problemas com isso. – pisquei para ela.

-Mas eu tenho. – ela pensou um pouco – Eu tive uma ideia muito melhor.

-E qual seria?

-E se tirássemos a roupa agora mesmo e matássemos nossa vontade de uma vez? – fingi pensar um pouco.

-Acho que essa ideia é muito melhor. – ela sorriu sapeca.

-Então o que está esperando para começar? 

-Você não deveria me provocar assim. – subi em cima dela a beijando, e quando minha mão desceu para dentro do seu short...

 

A porta do meu quarto foi aberta.

-Vem provar, elas já estão prontas. – Luhan apareceu sorrindo. – Não me diga que você estava... – Ele notou o volume que minha mão fazia na coberta e deduziu o que estava prestes a fazer. Retirei minha mão de dentro da minha bermuda no mesmo instante e o olhei com raiva. – Desculpa, eu não queria atrapalhar.

-Sai daqui Luhan! – briguei com ele.

-Relaxa, eu vou fingir que isso não aconteceu. – ele ia fechar a porta, mas voltou – Por favor, lave a mão antes de descer.

-Eu deveria te matar. – falei com raiva, e ele bateu a porta e ouvi seus passos se afastando. – Idiota! – coloquei as mãos nos olhos.

E você imbecil, pare de pensar nela!

Me levantei e lavei as mãos antes de descer. Eles estavam terminando de colocar as ultimas fritas na mesa.

-Finalmente chegou, estávamos te esperando para provar. – Sehun falou. Peguei uma me juntando aos outros na mesa.

-Bem o formato está bem errado né? – perguntei olhando a minha que parecia mais um cilindro torto.

-Isso ela disse que vem com a pratica o importante é o sabor. – Chen falou – Preparados?  - assentimos e comemos juntos.

Não poderia dizer que estava horrível, mas bom também não estava, e ao julgar pela cara dos outros o pensamento não era muito diferente. O frango estava bem temperado, gostoso até, mas a massa... Credo aquilo estava ruim demais. O da (s/n) era macio por dentro e crocante por fora, tanto a massa quanto o recheio tinha um sabor maravilhoso, totalmente diferente dessa daqui.

-O que acharam? – ele perguntou.

-Ruim,  mas já que não tem outra eu como essa mesmo. – Sehun falou e pegou mais uma.

-Eu acho melhor parar só na primeira mesmo, mas valeu a intenção. – falei me levantando – Agora eu vou para o meu quarto.

-Vai terminar o que começou irmãozinho?

-Vai a merda, Luhan!

 

Suho’s Pov Off

(S/n)’ Pov On

 

Chegamos ao hotel que o Channie escolheu para nossas férias e ele era muito lindo. Todo de madeira, as construções se assemelhavam a cabanas de inverno, mas bem maiores que uma simples cabana, obviamente. Fomos a recepção fazer o Check-in e conhecemos sua tia. Ela era muito simpática e Yujin parecia gostar dela. Nossos apartamentos ficavam no terceiro prédio. Pegamos dois quartos separados para termos mais privacidade, mas eles ficavam um de frente para o outro.

-Podemos nos acomodar e depois vamos juntos para o restaurante. – Channie falou já abrindo a porta de seu quarto.

-Tudo bem. – assenti – Quem acabar primeiro bate no quarto do outro. – concordamos e entramos em nossos quartos. Baek abriu a porta e eu tirei o sobretudo o pendurando no mancebo, Baek fez o mesmo enquanto eu admirava o lugar. – Nossa! – falei ao ver o quão lindo ele era. Como sua estrutura, a maioria dos moveis ali eram de madeira. Organizado de uma maneira simples, o que deixava tudo ainda mais aconchegante. Havia três cômodos. Uma pequena cozinha com um frigobar, coisas básicas nos armários, uma pequena sala de estar, com um sofá e um tapete felpudo que cobria todo o espaço entre o sofá e a lareira, uma televisão e um aparelho de som.

-Gostou? – Baek perguntou sorrindo.

-Adorei!

-Acho que você irá gostar mais ainda do quarto. – ele falou me abraçando por trás e me guiando até o cômodo.

-O que tem de especial nele? – perguntei e ele me soltou depois de depositar um selar em minha bochecha. E ao contrario do que pensei, ele ignorou a cama Queen size que havia ali e foi em direção a porta do banheiro. Caminhei até ele e vi a banheira que havia ali e vi os comandos dela, já imaginando os banhos quentes que irei, ou melhor dizendo, iremos tomar ali.  – Agora eu estou te entendendo. – falei ne virando de frente para ele que abraçou a minha cintura.

-Me entendendo? – ele colocou uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha – E o que acha que eu quero?

-Você ai, todo mal intencionado com essa banheira aqui. – mordi meu lábio e ele sorriu ladino.

-Mas eu não pensei nada, você quem está ai cheia de ideias. – riu e beijou meu pescoço.

-Pensa que me engana, e ainda joga as suas safadezas para mim. Que bonito hein? Mas confesso que estou tendo algumas ideias aqui. – ele riu e me beijou. – Mas não agora. – falei rompendo o beijo – Vamos nos arrumar, porque eu estou morrendo de fome.

-Eu também. – ele me deu mais alguns selinhos e fomos pegar as malas.

Já havíamos organizado nossas coisas no armário e eu havia tomado banho primeiro. Vesti uma calça por cima de uma legging. Duas meias e uma bota, camisa de manga longa, uma camiseta e um casaco. Eu sei que aqui dentro é quentinho, mas eu não quero arriscar caso meus amigos cismem de andar pela neve.

O que é isso aqui? – me perguntei ao ver uma cortina fechada, ao abri-la dei de cara com uma vista linda. Abri as portas da sacada e o vento gelado invadiu o quarto tentei não me importar com aquilo, pois queria ver melhor a paisagem. Ao longe podia se ver montanhas cobertas por neve. O hotel era cercado por árvores e a neve fofinha cobria tudo. Um pouco a esquerda havia a área da piscina, que agora estava interditada por motivos óbvios. Vi algumas famílias chegando e ao longe algumas pessoas passavam conversando e um cara olhando para o hotel. O encarei por alguns segundos, mas estávamos distantes demais para ver o rosto um do outro.

-O que esse maluco está fazendo parado nesse frio?

-Quem é maluco? – Baek perguntou do nada me assustando.

-Aquele cara ali, parado no meio do nada. 

-Aonde? – ele olhou em volta procurando.

-Ele estava ali. – apontei para o local que estava vazio agora. – Estranho.

-Esquece isso, e vamos apressar o casal ou chegaremos ao restaurante na hora da janta.

(...)

-Eu estava falando com minha tia sobre as estações de esqui.  – Channie comentou enquanto nos almoçávamos.

-E o que ela disse? – Baek perguntou.

-Que alguns dias da semana as pistas principais, são liberadas para o público em geral, mas quando elas estão fechadas para reparo podemos usar as outras.

-Reparos de que? – perguntei antes de comer um pedaço de carne.

-Eles estão ajustando tudo para as olimpíadas, esqueceu? – ele me olhou.

-Não. Eu só não sabia que iriamos para o local onde serão as provas. – ele riu.

-Parece até que você não me conhece né, bojãozinho? Como se eu traria vocês a Pyeongchang e não fosse aproveitar as pistas antes dos atletas.

-Nós sabemos o quanto você é exagerado bebê. – Yujin falou segurando seu rosto, e lhe dando um beijinho.

-Exagerado não, só gosto de fazer as coisas direito. Poderemos contar a nossos netos que andamos nas pistas olímpicas antes dos próprios atletas. Isso não é demais? – ele nos olhava – Pense um pouco (s/n), não será legal contar que você pagou altos micos caindo onde alguém ganhou uma medalha de ouro meses depois?

-Porque eu que tenho que ser a única quem paga os micos?

-Porque você é a única que não sabe esquiar aqui.

-Eu não quero usar aqueles esqui. Aquilo deve machucar demais quando cai. – fiz um bico.

-Mas ele é mais fácil para se equilibrar. – Yujin falou.

-Podemos então começar com o snowboard. Ou você cai para frente ou para trás, sem riscos de quebrar seu tornozelo.

-Talvez seja mais fácil mesmo. – Channie concordou com o Baek.

-Não sei se isso será uma boa ideia.

-Eu também não sei andar de snowbord, podemos aprender juntas. – Yujin falou e Channie riu – Não entendi a graça.

-Isso vai render mais do que imaginávamos Baek. – eles bateram as mãos.

 

 (S/n)’ Pov Off

Luhan’s Pov On

 

-Já está tudo certo omma, nos vamos viajar pela manhã para não ter riscos. Nós vamos chegar bem. – a campainha tocou.

-Tome muito cuidado, e não venham correndo, as pistas podem estar escorregadias.

-Omma, fica tranquila, chegaremos bem. – mais um toque – Omma, preciso desligar agora, chegou alguém. Te amo! – desliguei a chamada e fui atender a porta. – Noona? O que quer?

-Seu irmão está em casa?

-Sim.

-E eu posso entrar? – ela perguntou já que eu continuava barrando sua passagem.

-Quem era Luhan? – Suho apareceu na escada. – Ah é você?

-Será que pode os conversar? – ela o olhou e eu também o encarei.

-Se for para você ficar reclamando eu nem quero ouvir.

-Eu não vim brigar. – ela me olhou – Pode me dar licença?  - rolei meus olhos e fui para meu quarto.

Achei que o imbecil do meu irmão tinha finalmente se livrado dela já que fazia uns dias desde que ele não falava com ela. Mas a outra não consegue largar o osso.

Peguei meu celular e fui checar minhas redes sociais.  Estava conversando com Sehun e Chen sobre nossa viajem de amanhã, já que eles irão conosco quando vi uma notificação da (s/n) no instagram. Abri a foto, e ela havia postado uma sequência de fotos dela com os amigos fazendo um boneco de neve.

Ah irmãozinho, como pode abrir mão dela e não faz um esforço para recuperar?

Ouvi risos e uma porta sendo batida, seguido de gritinhos e risadas mais altas da Moon. Olhei enojado para a porta. Não acredito que ele vai mesmo fazer isso. Ouvi mais um grito e me levantei da cama. Eu definitivamente não sou obrigado a ouvir isso.

Troquei de roupa e coloquei um casaco e peguei meu sobretudo, e sai. Ainda era por volta das oito, não havia comido ainda então resolvi ir até um restaurante. Entrei em um que já havia ido algumas vezes almoçar enquanto estava trabalhando. Quando estava passando pelas mesas para me sentar em uma vazia reconheci alguém.  Senti algo mexer em meu estomago e estranhei a sensação, mas continuei caminhando em sua direção com um sorriso no rosto.

-Que coincidência te encontrar aqui. – falei e ela desviou seu olhar da tela do tablet para mim, depois de ajeitar seus óculos. Sua expressão mudou para tédio ao me encarar. Senti um incomodo por causar essa reação nela.

-Luhan? – ela fechou os olhos brevemente e voltou a me encarar – Por favor, não diga que me seguiu até aqui para voltar a insistir naquele assunto. – uma pequena onda de alivio percorreu meu corpo ao saber que, provavelmente, o único problema em me ver é esse e não eu em si.

-Não farei isso hoje, estamos de folga. – pisquei para ela. Talvez deva seguir o conselho da (s/n) e esquecer esse assunto, pelo menos por hoje.

-Que ótimo! – ela pôs a mão sobre o peito e respirou aliviada – Então o que você quer?

-Nossa, você não gosta mesmo de mim, não é?

-Desculpa, não quis ser grossa, é que eu estava estudando. – só então me dei conta que ela fazia anotações em um caderno sobre algo que lia em seu celular.

-Será que posso me sentar? – perguntei já me sentando – Ou seu namorado não irá gostar disso?

-Eu não tenho namorado, mas é que eu queria silêncio para estudar.

-Mas você está de férias, estamos próximos do natal, não é possível que você não possa parar um instante.

-Fale isso para uma pessoa normal, se eu quero conseguir entrar para esse estágio eu preciso resolver isso. Então se você não se incomodar eu gostaria de ficar sozinha. – ela falou voltando a ler algo no seu tablet.

-O que você estuda? – a ignorei e peguei seu caderno.

-Hey, me devolva isso. – ela falou tentando pegar o caderno da minha mão.

-Não pode me responder? Talvez eu possa te ajudar.

-Hey não seja tão enxerido. – ela pegou o caderno da minha mão.

-Desculpe, não quis ser inconveniente. – disse sem jeito.

-Aigoo! Eu é quem devo me desculpar, não deveria ter sido tão grossa. Mas não gosto que mexam nas minhas coisas.
-Tudo bem, eu que me excedi. – Me levantei – Vou deixar você jantar em paz.
-Não! – a olhei – Fica. Janta comigo hoje. – ela pediu e eu precisei me conter para não sorrir feito um idiota e assusta-la.
-Tem certeza? Não quero te incomodar.
-Aish! Não fale como se não quisesse isso. – ela falou me fazendo rir.
-Já que insiste, então eu fico. – Voltei a me sentar e ela sorriu.
-Não faça eu me arrepender disso. – apenas pisquei para ela que conteve um riso balançando a cabeça.
-Você já fez seu pedido?
-Ainda não. – falou olhando o seu tablet – O garçom me trouxe esses petiscos e eu me distrai estudando.
-Me permite escolher então?
-Fique a vontade. – chamei o garçom e pedi alguns dos meus pratos preferidos daquele restaurante.
-Escolhi o que mais gosto daqui. Creio que irá gostar.
-Eu estou com tanta fome que se você pedisse pedra e elas estivessem bem temperada eu comeria. – falou me fazendo rir.
-Você deveria estudar um pouco menos. – ela me olhou feio – Não me olhe assim, eu só digo isso porque estamos em tempos de férias, você não deveria descalçar um pouco ou ao menos parar para comer?
-Você tem razão, porém se quero conseguir esse estágio eu preciso provar que sou boa o suficiente e resolver isso até sexta.  – ela voltou sua atenção a suas anotações.
-Entendo sua dedicação,   seu corpo precisa de alimento e descanso para funcionar bem.
-Eu sei disso, por isso vim aqui jantar. – a olhei confuso – Aqui eu posso comer e estudar ao mesmo tempo, – ela escreveu algo no caderno e mordeu um pãozinho que tinha na mesa – E ainda sobra um tempo para descanso já que não terei o trabalho de cozinhar e limpar tudo depois.
-Bem esperta! – ela sorriu – Mas será que eu posso saber agora o que a senhorita estuda. – a olhei curioso enquanto ela anotava algo.
-Eu faço direito.
-E uma canhota pode fazer faculdade direito? – perguntei rindo.
-Jura? – ela me olhou entediada.
-Foi péssima né? – ela concordou – Você escuta muito isso?
-O que acha de todo o primeiro ano da faculdade, fora a época da escola.
-Me parece muito.
-É sim…
-Desculpa por isso.
-Tudo bem eu já me acostumei. – ela voltou a se concentrar. Fiquei a observando e ela ficava mordendo o canto da boca enquanto lia o que tinha na tela.
-O que é tão difícil? – perguntei depois de um tempo em silêncio.
-Esse maldito caso. – ela pôs o tablet na mesa e enrolou o cabelo – Eu já tentei de toda forma provar que foi um assassinato, mas tudo indica que foi suicídio. E eu não consigo de jeito nenhum. –sorri – Porque está sorrindo?
-Isso é mais fácil do que parece.
-Ok, sabichão. Como pode afirmar isso? – ela se ajeitou na cadeira.
-Eu precisei fazer algo parecido alguns anos atrás quando estava na faculdade.
-O que? Vai me dizer agora que você é um advogado?
-Muito prazer, Kim Luhan, o melhor advogado da província de Gyeonggi, a seu dispor. – pisquei.
-Isso é sério? – Me olhou incrédula.
-Sim, eu te daria um cartão, mas saí de casa as presas e nessa roupa não tenho nenhum.
-Não precisa, eu acredito em você. Por isso todo aquele empenho em ajudar sua amiga.
-Esse é um dos motivos, mas agora não quero falar sobre isso. Eu não quero ser expulso da sua mesa. E nossa comida ja deve estar chegando.
-Concordo. – ela riu.
-Será que posso dar uma olhada no seu caso?
-Pode. Mas não me dê a resposta.  – ela me entregou o tablet.
-Eu não faria isso. – sorri e li algumas partes do texto e era basicamente o mesmo que estudei, peguei seu caderno e ela estava indo pelo caminho certo, mas estava deixando algo crucial de fora – Acho que se você prestar mais atenção nisso você irá resolver tudo bem rápido. – falei enquanto anotava uma dica para ela é fechei o caderno. – Mas agora te. Que me prometer que irá voltar a estudar apenas depois do nosso jantar.  – segurei o caderno a olhando pensar.
-Tudo bem, mas você não me deu a resposta né?
-Não! Apenas uma dica. – lhe entreguei o caderno e ela já iria abrir. – Você prometeu. Só depois do jantar.
-Mas como saberei se você está falando a verdade? – ela me olhou.
-Terá que confiar em mim. – sustentados o olhar por um tempo e ela desistiu.
-Tudo bem, irei confiar. – ela guardou tudo em sua bolsa, sorri satisfeito.
Nossa comida chegou e ficamos conversando sobre vários assuntos. Desde a faculdade a nossa movida pessoal, e tudo me deixava ainda mais encantado por ela. A cada novo assunto ela se abria mais para mim, e aos poucos ia se desarmado, bem diferente de quando nós conhecemos. E quando ela sorria… a o seu sorriso era tão lindo e me fazia sorrir junto, mesmo, quando não entendia algo que ela falava, só sei que era difícil controlar.
-Bem então  é isso… – ela falou quando paramos em frente a sua casa, depois de muito insistir ela aceitou minha carona para casa. – Obrigada pela carona e pela noite, eu não imaginei que ela seria tão boa.
-Por causa da minha companhia né? Eu te disse que não era tão ruim.
-Não foi isso que quis dizer, na verdade você foi a melhor parte. – sorri largo e ela abriu os olhos se tocando do que disse. – Digo sua companhia.
-Eu sei que sou incrível. – sorri e pisquei, ela rolou os olhos.
-Eu não deveria ter elogiado. – fiz um beicinho e ela riu – Agora preciso entrar. Mais uma vez obrigada pelo jantar. – fui surpreendido por um beijo no rosto. Ela sorriu e saiu do carro e acenou antes de fechar a porta.
E lá estava ela de novo, aquela estranha sensação de algo se debatendo dentro do meu estômago.  Mas um calor inoportuno em minhas bochechas. Meu corpo estava arrepiado e não era devido ao contato do ar frio que entrou no carro com minha pele quente. Sorri mais uma vez antes de olhar para a porta de sua casa, mordi meu lábio e liguei o carro para voltar para casa.
(...)
-Está feliz irmão? – Suho perguntou ao me ver entrar em casa cantarolando.
-Porque a pergunta? – coloquei a chave no lugar dela e o segui até a sala.
-Faz tempo que não te vejo cantando. – ele falou enquanto olhava a TV.
-Digamos que eu tive uma noite legal.
-Pegou quem? – ele me olhou – Era gostosa?
-Mais respeito com seu irmão. – falei sério e ele riu. – Cadê a insuportável?
-Já foi embora.
-Já? Achei que ficaria até amanhã. – me sentei a seu lado.
-Ela tentou me convencer a levá-la conosco depois do sexo e eu neguei, ela se irritou e foi embora.  – ele deu de ombros.
-Até quando você vai ficar levando isso? –ele desviou o olhar. – Eu vou dormir, até amanhã.  – fui para meu quarto, não estava a fim de me estressar depois de ter passado horas tão boas com a Lara.
Eu deveria pedir ao appa um estágio para ela no escritório daqui… mas do jeito que ela é eu acabaria apanhando. – Ri do meu pensamento, mas não era uma mentira –  Espero que minhas dicas a ajudem em seu trabalho. – respirei fundo olham o teto.
Ah Lara, o que você está fazendo com a minha cabeça?

 

Luhan’s Pov Off

(S/n)’s Pov On

Hoje o dia foi bem divertido, depois do almoço saímos para conhecer todo o hotel e suas áreas de lazer, já que Yujin e eu não  conhecíamos esse lugar. Uma pena o inverno estar sendo tão rigoroso esse fim de ano, e algumas áreas precisaram ser fechadas, mas nada que estragasse nossa viagem.
 A noite depois de jantarmos resolvemos ir para quarto descansar, pois o Channie havia programado algumas coisas para fazermos amanhã, já que nossas aulas de snowboard ficaram para  o sábado.
-Baek você não vem? – perguntei da banheira.
-Estou indo. – ele falou do quarto, estava esperando ele há alguns minutos dentro daquela água quente, que era tudo que eu precisava depois de um dia congelante. Ele entrou no banheiro e estava apenas de cueca e todo suado.
-O que estava fazendo para estar tão suado? – o olhei confusa.
-Nada. – O encarei – Eu estava fazendo algumas abdominais para gastar o jantar.
-Besta! – falei rindo – O que é isso? – perguntei quando ele iria entrar na banheira.
-Quer que eu me lave antes? – perguntou parando onde estava.
-Não, mas você não vai tirar isso para entrar? – apontei para peça que o cobria.
-Achei que você…
-Pelo amor, Baek. Até parece que nunca vi o que tem ai. – ele sorriu e tirou a cueca se sentou na banheira e fechou os olhos.
-Que água gostosa.
-Está mesmo. Agora vem cá.  – chamei e ele se sentou entre minhas pernas de costas para mim, e comecei a massagear seus ombros.
-Isso é tão bom. – falou entre um gemido me fazendo sorrir e beijar seu pescoço.
-O que seu treinador queria hoje?
-Confirmar a minha volta.
-Aigoo! Você mal saiu e ele já te quer de volta?
-Mais ou menos isso. – ele se virou para mim. – Mas não vamos pensar nisso agora. – ele beijou meus lábios, rosto e pescoço, mordi meu lábio.
-Acho uma boa ideia. – falei me sentando em seu colo, abraçando seu pescoço e lhe dando um selinho.
-Sabe o que seria ainda melhor? – neguei com a cabeça e ele descreveu o que queria fazer comigo em meu ouvido, mordi meu lábio. – Então o que me diz? – ele me olhou.
-Você começa ou eu? – ele riu e me beijou.
(...)
-Sério que você quer imitar essas crianças descendo de trenó? – Channie me perguntou quando eu dei a ideia depois de ver algumas crianças fazendo o mesmo.

-Vai me dizer que você não quer? – o encarei.

-Ele quer sim amiga. – Yujin falou – Vai perguntar a sua tia se ela tem algum para emprestar para nós.

-Ok. Eu vou,mas só porque vocês estão insistindo muito.

-Aham! É por isso né, bebê? – ele saiu rindo e o Baek foi junto. – Amiga, você não tem noção do que aconteceu ontem.

-O que o Channie fez? – sorri maliciosa e ela também.

-Prefiro não comentar sobre isso. – ela riu.

-Então está falando sobre o que?

-Adivinha quem curtiu aquele vídeo que postei de você caindo quando estava dançando?

-Não faço ideia. Quem foi?

-O Sr Kim. Ou Suho se preferir.

-Mentira. – falei sem acreditar e ela começou a rir – Tem certeza que era ele?

-Absoluta.

-E porque ele faria isso?

-Talvez ele esteja stalkeando para ver se você está se divertindo sem ele e acabou curtindo sem querer. – fiz um bico e cavuquei a neve com o pé.

-Não sei porque ele faz essas coisas. – coloquei as mãos nos bolsos.

-Ele faz porque ainda te ama, só não tem coragem para confessar.

-Agora já é tarde para isso. – ela me olhou.

-Então ao contrário do que dizia antes, agora você não o perdoaria caso ele se arrependesse? – suspirei.

-Perdoar sim, mas não de imediato. É meio difícil esquecer tudo apenas com um pedido de perdão. Antes era fácil porque eu entendia que todas as circunstâncias levaram ele a entender daquele jeito, mas passou tanto tempo, que se ele realmente se interessasse pelo que tínhamos já teria vindo conversar. – ela assentiu – Fora que não me iludo mais com um pedido de desculpa que não sei se um dia irá acontecer.

-Então se ele te pedisse para voltar?

-Agora? – ela assentiu – Eu não voltaria.

-Não mesmo? – reafirmei – Por causa do Baek?

-Sim. O Baek é tão… – sorri pensando no quão bem ele me faz.

-Eu sei que o Baek é maravilhoso, mas tem um porém.

-Qual?

-Ele não é o Suho.

-Por isso ele é tão bom.

-Tem certeza disso?

-Yujin eu não te entendo. – ela me olhou confusa – Você deu a maior força para eu ficar com o Baek e agora está nessa só porque ele curtiu algo meu?

-Eu sei, e não me arrependo de ter feito isso. Você voltou a sorrir de verdade desde que começou a ficar com o Baek.

-Então?

-É que por mais que ele te faça feliz, fica nítido a diferença em como você era com o Suho e como é agora com o Baek.

-São dois caras completamente diferentes, não tem como se comportar da mesma forma.

-Você sabe que não é disso que eu estou falando. Não se faça de boba.

-Amiga, eu estou muito bem com o Baek. Eu o Amo.

-Eu não duvido disso. Mas esse amor mudou ou é o de sempre?

-Vamos mudar de assunto, por favor? – a interrompi, ela suspirou concordando. Yujin estava certa, por mais que eu o ame é bem diferente do que eu sentia, aliás sinto, pelo Suho. Mas também nunca partiria o coração dele e nem o meu trocando a felicidade de um amor genuíno por algo frágil e duvidoso.

-Conseguimos dois! – Channie falou todo animado vindo até nós duas.

-Isso! Eu vou primeiro! – falei quando alcancei eles.

-Nada disso, eu vou primeiro. – ele se agarrou ao trenó.

-Mas não era coisa de criança? – coloquei as mãos na cintura.

-E é, mas eu tenho cinco aninhos. – falou fazendo uma voz fofa, fazendo os outros rirem.

-Isso não dá para negar. – falei apertando as bochechas dele.

-É um bebê mesmo. – Baek falou e ele fez uma carinha fofa – Mas você pode descer com o meu. – ele me entregou.

-Quem chegar por último paga a sobremesa. – Channie falou e correu.

-Assim não vale, Channie. – corri atrás dele. E os outros vieram atrás da gente.

(S/n)’s Pov Off

Suho’s Pov On

Não acredito que dei o mole de curtir a publicação da Yujin. Eu vi todas da (s/n), incluindo aquelas com o maldito Baekhyun, e não curti nada. Porque tinha que vacilar logo no da Yujin?

-No que está pensando, Suho? – Sehun me perguntou me tirando dos meus pensamentos. Estávamos os dois no banco de trás do meu carro enquanto meu irmão dirigia e Chen tagarelava a seu lado.

-Em uma merda que eu fiz.

-Mais uma? Como se isso fosse novidade. – Luhan falou fazendo os outros rirem.

-Qual foi a merda da vez? – Sehun me olhava.

-Não me diga que você disse a Moon que a ama. – Chen perguntou.

-Está louco? Porque eu faria isso?

-Vai que você se empolgou na hora do sexo e soltou um eu te amo, pensando na jagi. – Sehun pensou um pouco.

-Vendo por esse lado é possível acontecer. – Não me dá esse desgosto irmãozinho.

-Eu não fiz isso! Aish! Não sou tão idiota assim.

-Calma! – Sehun me olhou – Então o que fez?

-Não sei se devo dizer. – disse envergonhado.

-Para com isso, você sempre conta tudo. Vai guardar segredo logo agora? – Chen falou e os três me encararam.

-Tudo bem eu conto, mas não é para rir. – eles continuaram me encarando, suspirei criando coragem – Eu sem querer curti um vídeo que a Yujin postou da (s/n) no instagram. – os dois a minha frente nem tentaram segurar o riso, diferente do Sehun que se controlou bem, antes de ficar pensativo.

-Pera aí. Qual é o user da Yujin? E porque ninguém me passou ele antes? – ele perguntou ignorando meu mico.

-Sehun, acho legal te lembrar que ela tem namorado. – Chen o alertou.

-Eu realmente não me importo. – deu de ombros – Me fala Suho? – ele pegou seu celular.

-Acho que o verdadeiro foco aqui está sendo perdido então Sehun se controle e esquece a Yujin, você não tem chances com ela. – Luhan começou a falar – E irmãozinho, me explica a razão de você está olhando o perfil dela. – ele me olhou rapidamente pelo retrovisor e voltou a sua atenção a estrada. Desviei o olhar do dele – Conta agora. – suspirei.

-Ok. Eu conto. Eu… – eles ficaram me olhando – Eu só queria saber em qual tipo de viagem aquele moleque a levou.

-E depois que viu, porque continuou olhando até acabar curtindo algo?

-Eu não sei. – olhei a janela.

-Suho? – ele insistiu.

-Eu queria ver se ela estava se divertindo mais do que quando viajou comigo.

-E o que concluiu?

-Que sou um idiota por perder tempo olhando o que ela faz.

-Nisso você tem razão, mas acho melhor conversar sobre isso contigo depois. – rolei meus olhos.

-Você viu como ela estava linda naquele vídeo em que estava decorando o boneco de neve, o Chanyeol a acertou com uma bola de neve e ela riu sem graça para câmera? – Chen perguntou e não pude deixar de sorrir ao me lembrar da cena. Ela estava realmente linda nesse vídeo. Vi Luhan me observar e fiquei sério de novo.

-É sério gente, qual de vocês vai me passar o user da Yujin?

-Esquece isso Sehun. – Luhan falou e ele bufou.

(...)

-Amanhã nos falamos. – Chen acenou quando o deixamos na casa de seus pais. Sehun também já estava na casa dos seus.

-Quer conversar sobre a (s/n) agora? – perguntou depois que passei para o banco da frente.

-Luhan, eu prefiro não voltar a esse assunto.

-Tudo bem, só me responde uma coisa. – o olhei – Acha que seu amor por ela, que estava encoberto por toda aquela raiva e mágoa, está voltando? – pensei um pouco e preferi não responder. Ficamos em silêncio o resto do caminho.

Quando chegamos em casa nossos pais não estavam lá, então aproveitamos para nos acomodarmos.

Subi para meu quarto, estava com saudade dele. Era bom vir para cá, ficar longe de todos os meus problemas. Aqui sempre foi o lugar livre de todas os aborrecimentos que tenho no trabalho e na minha vida, mas dessa vez foi diferente. Assim que abri a porta do meu quarto mil lembranças da minha última vinda aqui voltaram a minha mente.

O quarto que antes era meu, agora era nosso. Antes eu entrava aqui e não tinha nada, nenhum momento íntimo com ninguém, nada memorável, era apenas o meu canto. Mas agora tudo ali me lembrava ela. A cama de casal que meu pai mandou pôr para nós dois, os pôsteres nas paredes que ela sempre tinha um comentário para fazer. O banheiro, e cada canto desse quarto onde a gente se amou. – suspirei.

Até aqui você me persegue.

(...)

-Meus filhos lindos! Finalmente vocês chegaram. – ela falou quando nos viu sentados juntos no sofá.

-Omma! – fui até ela e a abracei – Estava com saudade.

-Eu também estava, meu amor. – ela beijou minha testa e foi falar com meu irmão e eu com meu pai.

-Como estava a estrada até aqui? O caminho foi tranquilo? Não tiveram problemas? – perguntou preocupado.

-Foi tudo bem appa. Não parece, mas o Luhan é um excelente motorista.

-Nisso eu tenho que concordar. – Luhan falou e abraçou nosso pai.

-Cadê a (s/n)? Ela ainda está no quarto? – minha mãe perguntou e Luhan e eu nos entreolhamos.

-Ela não veio omma. – ele respondeu.

-Ela foi visitar os pais no Brasil? – meu pai perguntou e ri soprado.

-Na verdade ela está viajando com o namorado.

-Namorado? Como assim? Porque terminaram? – ela nos olhava confusa.

-Depois eu explico omma.

-Eu gostei tanto dela. – ela se lamentou.

-Todos gostam omma, só esse cabeçudo que finge não gostar.

-Podemos mudar de assunto? – eles se entreolharam e meu pai puxou outro assunto.