(S/n)’s Pov On
-Bom dia! – falei abraçando o Baek e aconchegando meu rosto em seu peito.
-Bom dia! – ele continuou com o cafuné que fazia em mim.
-Que horas são? – bocejei.
-Nove e meia, porque?
-Precisamos nos levantar, daqui a pouco o Channie vai bater aqui querendo seu presente e nós ainda estamos sem roupa. – ele riu.
-Tem razão, mas está tão quentinho aqui contigo.
-Está sim, mas vem logo. – falei me levantando – Vamos tomar um banho juntos?
-Assim eu não resisto. – falou me fazendo rir e fomos escovar os dentes antes do banho. Sai do banheiro primeiro e ouvi a porta da varanda bater.
-Baek, você abriu a porta da varanda? – perguntei depois de ver que ela estava apenas encostada.
-Não. Eu levantei agora contigo. – ele me olhou confuso indo até o armário.
-Será que ontem eu esqueci de fechar?
-Deve ter sido isso. – ele falou e fiquei pensando, mas fui tirada dos pensamentos pelo Chanyeol que já batia na porta.
-Acho que vou pedir minha tia uma chave extra do quarto de vocês. – falou entrando, ele usava um gorro de papai noel, e Yujin também – Odeio perder tempo batendo na porta. – o olhei.
-Só ignora amiga. – Yujin entrou e eu tranquei a porta.
-Para que o gorro? – ele me olhou óbvio.
-Você ainda pergunta? É natal né? – apenas ri e ele mexeu em uma das sacolas – Aqui o de vocês, coloquem logo e vamos começar. – ele nos entregou. Vestimos aquilo e ele sorriu – Pronto, agora que estamos todos prontos cadê meus presentes? – Channie perguntou.
-Já vou pegar, calma. – falei indo para o quarto.
-Enquanto isso vou pedir nosso café da manhã. – Yujin falou.
-Vamos comer primeiro ou já trocamos os presentes? – Baek perguntou.
-Presentes. – Channie impôs – Bem os nossos já trocamos, então vocês podem dar os meus. – comecei a rir.
-Ok apressado. – peguei meus presentes e entreguei aos dois.
-Deixa eu ver. – falou abrindo a caixa e abriu a boca quando viu. – Eu não acredito. – ele me abraçou forte – Como conseguiu isso?
-Eu falei com o Seokwoo e ele me disse que conhecia um cara que estava vendendo sua coleção e quando vi me lembrei na hora de como você perdeu o seu e eu precisei comprar. – sorri.
-Esse é o melhor presente de todos!
-O que ganhou? – Yujin perguntou e ele mostrou o boneco do Tai Kamiya de uma edição antiga, que era igual ao que ele tinha quando era criança.
-É isso? – Yujin perguntou sem entender a emoção do namorado.
-Você acha pouco? Esse Tai é uma raridade e eu tentei achar um por muitos anos. – ele me olhou – Deve ter sido uma fortuna. – eu ri.
-Para minha sorte eu choro fácil e o cara que estava vendendo não parecia saber o verdadeiro valor dele.
-Muito obrigado mesmo, eu te amo ainda mais agora. – beijou meu rosto.
-Também adorei o meu perfume amiga. – nos abraçamos.
-Então era isso que você tanto falava com o Seokwoo? – Baek perguntou.
-Na verdade era mais sobre o seu presente.
-O meu? – peguei a caixa dele.
-O seu foi mais complicado, mas com muita luta a gente conseguiu. – lhe entreguei – Espero que goste. – ele abriu o presente.
-Não! Como você…? Eu não acredito. – ele me encheu de beijos me fazendo rir, sabia que ele iria adorar. – Como conseguiu esse jogo se ele nem saiu ainda?
-Qual jogo? – Channie perguntou e o Baek mostrou o jogo do Dragon Ball fazendo nosso amigo gritar.
-Eu não sei como o Seokwoo conseguiu, meu único trabalho foi perturbar ele toda hora cobrando agilidade. – sorri.
-Eu sabia que estava aprontando algo. – ele me beijou de novo – Queria muito um PS4 agora. – Chanyeol concordou com ele – Acho que meu presente não é bom o suficiente agora. – falou receoso.
-Para com isso. Aposto que irei amar. – ele me entregou. Abri o presente com cuidado. Era uma caixa grande. Tampei minha boca para não gritar – Onde conseguiu esse álbum? Você sabe que procurei ele em várias lojas e nunca encontrei. – era o mini álbum With My Laughter Or Tears do Seo In Guk. Ele me olhava sorrindo, quando iria agradecer ele me cortou.
–Calma, olha dentro dele. – ele sorriu e eu abri o photobook sem entender. E nele tinha uma dedicatória para mim. Meus olhos se encheram de lágrimas ao ler a mensagem. “Olá (s/n), fiquei sabendo que você é a minha maior fã, com todo amor, Seo In Guk”
-Como você conseguiu isso? – perguntei lendo mais uma vez. E dei vários beijos no autógrafo. – Não acredito que ele tocou aqui. – dei um grito.
-Me deixa ver. – Yujin pediu e a entreguei.
-Meu irmão foi a um evento onde ele estaria, lá estava vendendo algumas coisas dele eu disse qual álbum queria e pedi ele para pegar o autógrafo para você. Gostou?
-Se eu gostei? Eu amei. Muito obrigada mesmo. – pulei em cima dele o enchendo de beijos, ele desequilibrou caindo nós dois no tapete ele riu me olhando e lhe roubei um beijo. Continuamos trocando presentes e depois tomamos nosso café.
(S/n)’s Pov Off
Suho’s Pov On
Alguns dias se passaram desde o natal, estava na sala vendo um filme qualquer. A casa estava quieta porque Luhan havia saído com o appa.
-Você está aqui. – minha mãe falou vindo para o meu lado. – Achei que iria com os dois. – ela me fez deitar a cabeça em seu colo.
-Não estava a fim de ficar ouvindo os dois falarem de trabalho.
-Tem razão, seu pai às vezes passa dos limites. – suspirei – O que houve com você filho? – a olhei confuso.
-Como assim, omma? – ela começou a fazer cafuné em mim.
-Você tem estado tão triste esses dias. Não vi você saindo com os meninos.
-Que isso omma, sempre que o Luhan vai ao bar eu vou junto.
-Vai, mas volta cedo. Aliás seu irmão também. O que está acontecendo com ele?
-Acho que ele está apaixonado. – ela ficou surpresa.
-Eu também custei a acreditar.
-É por isso que ele vai se mudar? – assenti – Não sei como farei para viver aqui sem meus bebês comigo.
-Omma a gente sempre vem te visitar.
-Eu sei disso, mas não é a mesma coisa. Ficar sem você aqui é ruim, mas o Luhan faz tanta bagunça que compensa, agora sem os dois a casa vai ficar tão silenciosa.
-Não fica assim. Você pode ir até nós sempre que quiser. – ela suspirou.
-Eu sei, eu só achei que demoraria um pouco mais para isso acontecer.
-Ai omma.
-Eu sei estou exagerando, só quero meus meninos felizes e se para isso vocês precisam estar longe eu supero. – sorri e peguei a mão dela e dei um beijo. – Você a conhece?
-Não.
-Espero que ela seja tão boa quanto a (s/n).
-Ela não é tão boa assim. Se fosse não teria feito o que fez. – fiquei sério.
-Porque você se separou dela?
-Ela me traiu, omma.
-Eu não consigo acreditar nisso.
-Eu também não acreditaria, mas não foi ninguém que me contou, eu a vi beijando aquele moleque.
-Mas isso não faz sentido. Eu vi como vocês se amam, ela não teria motivo para isso.
-Eu pensava assim também, até que tudo mudou.
-O que aconteceu?
-A história é longa.
-Eu tenho tempo. – ela apoiou o rosto na mão. Respirei fundo e contei tudo a ela.
–E então eu vi os dois aos beijos. – ela ficou em silêncio por um tempo.
-Você tem certeza que ela fez isso?
-Omma, eu vi eles se beijando.
-Eu sei o que você viu, mas você já parou para pensar que ela pode ter sido beijada a força. – fiquei a olhando.
-Ela não foi beijada a força.
-Pensa filho, porque ela beijaria esse menino no mesmo lugar que marcou contigo?
-Porque eles tinham combinado nos cartões. Essa era a certeza que ele precisava.
-Mas ainda não faz sentido para mim. Ela te ama, porque te enganaria?
-Mas ela enganou. Se o que a senhora sugeriu fosse possível ela não estaria com ele agora.
-Talvez ela só fez isso porque perdeu as esperanças de vocês voltarem.
-Nisso ela está certa, nós nunca voltaremos.
-E porque não? – a olhei sem acreditar.
-Omma, não ouviu tudo que eu lhe disse?
-Eu ouvi sim filho, mas não acho que um beijo seja motivo suficiente para dar um fim a uma história de amor.
-Não foi só um beijo.
-Foi sim e você sabe. – desviei meu olhar do dela – Filho a vida não é fácil, sempre acontecem coisas para nos testar e ver se merecemos ser felizes de verdade e você estava no caminho certo, mas na primeira prova já abandonou tudo sem pensar duas vezes.
-Mas omma…
-Você acha que no início seu pai e eu não passamos por essas provações?
-Está me dizendo que o appa te traiu. – ela sorriu.
-Não. Cada um tem seu obstáculo. Mas precisamos confiar em quem a gente ama, só assim um relacionamento pode durar tanto tempo. Só o amor sem confiança não serve de nada.
-Eu confiei nela e olha o que ela me fez.
-Você não a deixou se explicar. E se ela foi tão vítima quanto você nisso tudo?
-Se isso for verdade eu serei o cara mais burro da história.
-Não se martirize assim. Erros existem para nos tornarmos pessoas melhores.
-Omma, por favor não coloque essa possibilidade em minha cabeça. Eu não me perdoaria se tiver sido tão injusto com ela. – meus olhos se encheram de lágrimas.
-Então não pense assim. Apenas coloque em um balança e veja o que é melhor. O Suho apaixonado, que era mais alegre e tinha um lindo brilho nos olhos e um sorriso que iluminaria o mundo sempre que falava dela. Ou esse Suho sem vida e desanimado. Fica quieto e não sente nem vontade de se divertir com os amigos.
-Eu não sei…
-Pensa bem e quando tiver a resposta faça o que seu coração mandar. Esqueça orgulho, raiva, magoa e tudo que possa te desanimar e faça o que te fará bem e que trará sua alegria de viver de volta.
-Mesmo que eu esqueça tudo e vá atrás dela, ela nunca me perdoaria.
-Porque acha isso?
-Eu fui tão duro com ela, disse e fiz coisas que não merecem ser perdoadas.
-Quando existe amor, tudo pode acontecer. Mas seja ficando com ela ou não, eu só quero que você seja feliz. – ela fez um carinho no meu rosto.
-Obrigado, omma. – ela me olhou sem entender.
-Pelo que?
-Por falar comigo sem me julgar pelas minhas escolhas e me aconselhar e não obrigar a fazer o que acha que é o melhor para mim.
-Não fiz mais que minha obrigação de mãe. – ela alisou meu rosto, fechei meus olhos sentindo seu carinho. – Só quero meu menino alegre de volta.
-Te amo, omma!
-Também te amo, filho. – ela sorriu.
-Sabe o que me faria feliz agora? – ela negou – Seu jajangmyeon.
-Eu faço, mas vou querer ajuda.
-Tudo bem, eu ajudo. – fomos para cozinha juntos. Resolvi focar meu pensamentos na tarde com ela e deixar todas as palavras que ela me disse para serem refletidas depois.
-Que cheiro bom é esse? – Luhan apareceu na cozinha quando tudo estava pronto.
-Omma fez jajangmyeon. – falei enquanto me servia – E eu ajudei.
-Eu quero. – ele falou vindo pegar meus hashis.
-Sai daqui. – escondi meu prato.
-Deixa seu irmão quieto e vá lavar as mãos para pegar o seu.
-Acho justo ele ficar com a louça suja.
-Mal cheguei e já sou explorado? – perguntou enquanto se servia.
-É o preço pelo seu alimento
-Omma, acha isso justo?
-Acho sim. – nós fazemos e você lava. – ela piscou para mim.
-Isso é muita sacanagem.
-Olha como você fala com sua mãe. – nosso pai entrou na cozinha e depois de lavar as mãos se juntou a nós para comer.
Suho’s Pov Off
Luhan’s Pov On
Era 31 de dezembro e nenhum sinal da Lara. Será que ela viu minha dica e o meu número? Ou será ela simplesmente quis me ignorar? Ou pior, e se aconteceu algo com ela? Não isso não. – cocei minha cabeça – Aish! Eu deveria ter pedido o número dela, a essa hora eu já teria falado com ela. – suspirei – Não é possível que ela me odeie tanto. – olhei mais uma vez a tela do celular e nada.
-Ainda esperando a tal garota ligar? – Suho perguntou se juntando a mim.
-Não. – tentei disfarçar, mas foi em vão – Porque ela não me liga?
-Talvez você tenha anotado o número errado.
-Eu não seria tão burro, ou seria? – ele riu negando com a cabeça – Acha que devo desistir?
-Ela vale a pena toda essa espera? – me olhou.
-Cada segundo. – falei sorrindo.
-Então não desista nunca.
-Não irei. – falei confiante. Ele sorriu e bateu em minhas costas antes de se afastar – Vai aonde?
-Kyungsoo me chamou para ajudá–lo a trazer as bebidas.
-Vai precisar de ajuda?
-Não, pode ficar ai esperando sua ligação, Romeu. – ri e ele saiu.
Vamos Lara, cadê você?
Fui tomar banho e deixei meu celular na cama, estava quase perdendo as esperanças de receber a minha ligação. Quando sai do banheiro vi minha mãe ao telefone.
-Não, é o número dele sim. Ah ele está aqui. – ela falou ao me ver e me entregou o meu celular.
-Alô! – minha mãe piscou e saiu do quarto.
-Luhan? – ouvir a voz que esperei por todos esses dias me deixou paralisado – Eu liguei em um momento ruim? Estou te atrapalhando? – perguntou receosa.
-Não! – quase gritei – Eu estava no banho e minha mãe atendeu para mim.
-Ah! – ela suspirou – Era sua mãe?
Será que ela ficou com ciúme?
-Sim, achou que fosse minha namorada?
-Talvez… afinal tem louca para tudo.
-Aigoo… Não fale desse jeito, assim você me magoa. – ela riu.
-Desculpe, não quis te ofender… Bem, na verdade eu liguei para te agradecer.
-Por?
-Pela ajuda que você me deu.
-Então resolveu usá–la? Achei que tivesse a ignorado. – ela voltou a rir.
-Eu até tentei ignorar, mas foi mais forte que eu.
-Pra que ser tão teimosa?
-Eu gosto de fazer minhas coisas sozinha… E foi vergonhoso ver que deixei algo tão óbvio escapar. – imaginei a cara fofa que ela deve ter feito e senti vontade de beijá–la.
-Acontece nas melhores famílias. – ri e ela riu junto – Foi só por isso que você demorou a me ligar?
-Sim. Não queria você me achasse uma idiota por precisar de uma ajuda tão boba.
-Eu nunca pensaria isso de você.
-Duvido, não sabendo identificar algo tão óbvio?
-Como eu disse, já havia feito algo parecido, mas não havia sido fácil resolver da primeira vez.
-Está falando sério?
-Estou sim.
-Obrigada pela força.
-É isso? Só um obrigado?
-Como assim?
-Eu te dei uma boa ajuda, não acha que eu deveria ganhar algo mais que um simples telefonema?
-Sabia que não seria fácil. Me diz, qual será minha penitência?
-Minha companhia é tão ruim assim?
-Nem tanto, acho que posso me adaptar a seu jeito. – sorri ao ouvir aquilo – Então agora que você tem meu número é só me mandar uma mensagem marcando quando e onde iremos nos encontrar. Agora eu preciso desligar, um beijo.
-Beijo! – ela desligou e eu fiquei comemorando.
-E então, vocês vão sair? – minha mãe perguntou da porta.
-Vamos! – a peguei no colo e a girei – Ela aceitou meu convite.
-Garoto, me ponha no chão. – ela riu e eu a desci.
-Desculpa omma, mas eu estou muito feliz. – falei sem conseguir conter meu sorriso.
-Quero saber tudo sobre essa menina. – ela me encarou.
-Eu conto, mas espera eu mandar uma mensagem para ela. – falei olhando o celular.
-Vou te esperar na sala. – ela beijou meu rosto e saiu, mandei a mensagem para Lara e ela confirmou o encontro, desci animado para contar tudo a omma, contei todos os detalhes a ela incluindo o que dizia respeito a (s/n) – É isso, acha que estou indo rápido demais?
-Não. Talvez um pouquinho, mas você precisa arriscar para não perder a chance, e seu pai vai gostar de saber que ela pretende se tornar uma advogada, diferente dessas que você costumava se envolver.
-Ela é muito diferente das outras, eu só acho que por isso ela será mais difícil de conquistar que as outras.
-É só ser você mesmo.
-Talvez isso não a agrade.
-Eu duvido disso. Quando eu atendi senti uma pontinha de ciúmes em seu tom de voz.
-Acha que ela pode gostar de mim? – a olhei.
-Só não gostaria se fosse louca.
-Omma sua opinião não conta.
-E porque não contaria?
-Você me ama, e é suspeita.
-Escuta sua omma. Ela gosta de você, só deve estar se protegendo com medo de você só está apenas tentando usá-la, para benefício próprio.
-No começo eu até pensei em fazer isso, mas foi antes, depois de conhecê-la eu não sei, todo o meu corpo reage a ela – minha mãe me olhou – De uma maneira não sexual.
-Eu não falei nada. Só tenta ser mais esperto que o seu irmão.
-Isso é fácil. – levei um tapa na perna – Mas omma, não conte isso para ele.
-Tudo que precisava dizer a ele eu já disse. Sabia que ela não faria isso com ele, mas acho que o fiz entender o que ele precisa fazer, só depende dele agora. – ela suspirou – Pelo menos uma coisa boa veio nisso tudo. – ela apertou minha mão e sorriu.
-Não irei dispensar minha chance.
-Chance de que? – Baozi chegou na sala.
-Ele não sabe de tudo da (s/n) – sussurrei e ela piscou para mim.
-De conseguir conquistar a Lara. – ela falou.
-Ele me contou sobre ela. Quem diria, Luhan largando a farra por ter se apaixonado. Não acredito que o mundo vai acabar antes da minha princesa nascer.
-Deixa de ser idiota. – falei e ele riu – Cadê a prima?
-Terminando se se arrumar para irmos a casa de seus pais.
-Não vai ficar com a gente? – ele me olhou.
-Não, o combinado foi natal aqui e réveillon com os Park.
-Entendi.
Luhan’s Pov Off
(S/n)’s Pov On
-5… 4… 3… 2… 1. Feliz ano novo! – todos que estavam no salão gritaram. O hotel resolveu fazer um baile de máscaras para dar boas vindas ao ano novo.
-Feliz ano novo! – Baek falou e sorrindo me segurando pela cintura.
-Para você também. – sorri.
-Feliz an… – Yujin foi interrompida por Chanyeol que a puxou para um beijo.
-É… O ano deles já começou animado. – falei e Baek sorriu.
-O que acha de animar o nosso também? – ele mordeu o lábio. Sua boca estava em destaque, graças a máscara que cobria parte de seu rosto.
-Acho que já perdemos tempo demais para começar. – fingi olhar um relógio em meu pulso, já se passaram dois minutos de 2018 e nada. – ele riu.
-Não seja por isso. – ele me puxou para mais perto e depois de alisar meu rosto ele sorriu e colou nossos lábios e permaneceu assim por alguns segundos antes de iniciar um beijo calmo. Sua mão foi para minha nuca e meus braços cruzados em volta de seu pescoço. Quando rompemos o beijo lhe dei alguns selinhos.
Senti o olhar de alguém em mim e me virei, e vi um homem parado do outro lado do salão aparentemente olhando em minha direção, não dava para saber ao certo já que sua máscara cobria todo seu rosto.
-Amiga? – Yujin me chamou e a olhei – O que está olhando? – ela procurou e quando voltei minha atenção ao tal homem, ele não estava mais lá. Achei bem estranho, mas acabei ignorando.
-Vem tirar foto. – Channie falou. Sorri e fui até eles. Estávamos curtindo a festa, depois de dançarmos por um bom tempo voltamos a nossa mesa.
-Amiga, eu acho que sua bolsa está vibrando. – ela falou rindo. Peguei o celular de dentro dela, e vi no display que era uma chamada de vídeo do Luhan.
-É o Lu, preciso atender. – avisei a eles e dei um selinho no Baek antes de me afastar deles e sair do salão. Andei pelos corredores e me encostei do lado de uma porta, aqui o barulho da festa não incomodava tanto. A essa altura ele já havia desistido, iria retornar a ligação, mas ele foi mais rápido.
-Feliz ano novo! – gritou ele, o Chen e o Kyungsoo. Sorri ao ver os três se espremendo para aparecerem na tela.
-Feliz ano novo meus amores.
-No plural? Achei que seu amor fosse apenas eu, jagi. – Chen falou e os amigos zuaram ele o empurrando. – Aish!
-Você é meu amor Chen, mas os outros também.
-O D.O você nem conhece direito. – ele fez bico.
-Deixa de ser ciumento. – Kyungsoo falou – Gostei da máscara.
-Ficou legal? – me olhei na tela.
-Está linda. Mas qual o motivo dela?
-O hotel está fazendo um baile de máscaras.
-Eu queria você aqui, a festa aqui está ótima, mas está faltando você. – Chen falou.
-Que exagero. – falei rindo.
-Mas é a verdade. Todo mundo aqui não parou de perguntar por você. – Luhan falou – Minha mãe inclusive lamentou muito por… enfim, você sabe pelo quê. – forcei um sorriso.
-Olha ela ali. – Soo falou – Será que ela não vai querer falar com a (s/n)? – Luhan sorriu.
-Eu vou levar o celular para você falar com ela.
-Luhan, não. – falei, mas ele me ignorou.
-Omma, a (s/n) quer falar com a senhora. – ele entregou o celular para ela que sorriu na hora ao me ver.
-Feliz ano novo! – falei sorrindo e tirei minha máscara.
-Para você também, querida. – ela sorriu – Você não sabe a falta que fez aqui nessas festas, todos perguntaram por você.
-O Luhan me disse, achei que fosse exagero dele.
-Que nada, todos queriam você aqui, e quando digo todos, são todos mesmo. – ela fez questão de ressaltar que o outro filho também estava incluso nessa lista, mas não acreditei muito.
-Omma, o appa está querendo saber onde está o… – Suho chegou falando, mas se calou ao encarar a tela do celular e me ver nela, e posso jurar que ele deu um sorriso antes de fechar a cara. Ele estava tão lindo. Usava uma camisa social branca e uma calça jeans. Seu cabelo estava um pouco bagunçado e suas bochechas levemente coradas, provavelmente devido a quantidade de bebida que ele consumiu na festa.
Aish,(s/n)! Pare de reparar nele.
-(S/n), preciso ver o que ele quer, lhe desejo muitas coisas boas em seu ano. – sorri e Luhan deixou o celular virado para o irmão até ele sumir de vista.
-Ele te queria aqui.
-Não viaja Lu. E por favor, não vamos tocar nesse assunto agora.
-Ok! – ele fez um gesto de estar fechando a boca.
-Lu eu preciso voltar para os meus amigos e você para os seus. Depois a gente conversa mais.
-Tudo bem irmãzinha. Eu te amo! – sorri ao ouvir aquilo.
-Também te amo. Manda beijo para o pessoal. – ele assentiu e desligou depois de mandar um beijo e acenar.
Estava colocando a máscara quando ouvi um barulho de algo caindo perto de mim, olhei para os lados procurando de onde veio o barulho e ouvi passos, fiquei assustada, aquela estranha sensação de estar sendo vigiada voltou. Então eu caminhei em direção ao salão. E dei um grito quando bati de frente com alguém.
-Que foi? – Baek me olhou assustado.
-Você quase me matou de susto. – falei com a mão sobre o peito.
-Desculpa, é que você estava demorando só queria ver se estava tudo bem.
-Está sim. – sorri depois de olhar para trás e ver se não tinha ninguém por perto.
-Porque se assustou assim?
-É que ouvi um barulho estranho e passos, então fiquei com medo.
-Não precisa ter medo, eu estou aqui para te proteger. – falou olhando em meus olhos e não pude conter meu sorriso. – Agora vamos voltar para a festa, chega de ligações.
-Combinado. – sorri e lhe roubei um selinho. E voltamos para continuar aproveitando a festa.
(...)
Alguns dias havia se passado desde a virada do ano, eu avancei bastante nas aulas de snowboard e já estava me equilibrando bem melhor.
-Pode falar eu sou um excelente instrutor. – Chanyeol se gabou após me ver descendo o caminho que ele me indicou sem cair.
-O melhor de todos. – apertei a mão dele.
-Mas eu ajudei também. – Baek falou.
-Eu sei disso, você também tem parcela nisso aqui. – falei indo na direção dele que estava um pouco longe e cai de bunda.
-Essa é a sua parcela Baek. – Channie falou rindo.
-Engraçadinho. – falei e mandei língua para ele. Enquanto tirava aquilo do meu pé.
-Será que podemos voltar para o hotel? Eu já estou cansada. – Yujin pediu.
-Vamos. – Channie me ajudou a levantar e voltamos os quatro para o hotel.
Fui tomar meu banho primeiro já que o Baek recebeu uma ligação. Quando sai do banheiro ele estava sentado na cama cabisbaixo.
-Que foi? Aconteceu alguma coisa? – me sentei ao lado dele e segurei seu rosto. Ele suspirou.
-Não. – o olhei mais aliviada – Na verdade sim.
-E o que foi que te deixou tristinho assim? – alisei seu rosto e ele segurou minha mão.
-Foi o treinador. Ele quer que eu volte aos treinos na segunda.
-Mas já? Não tem nem quinze dias que estamos aqui. – fiz um lábio triste.
-Eu sei. – ele suspirou – Mas tenho que voltar aos treinos porque o campeonato está perto.
-Eu entendo, só queria que ficássemos mais tempo.
-Mas você pode ficar, eu volto sozinho.
-E que graça teria ficarmos separados? Eu sozinha aqui e você sozinho lá?
-Mas não quero atrapalhar suas férias.
-Você não vai atrapalhar, nós vamos continuar aproveitando ela, só que agora de casa.
-É sério eu não quero te impedir de se divertir aqui. Você não precisa voltar.
-Não preciso, mas eu quero voltar contigo. – dei um beijo nele – Vamos contar para o casal?
-Conta o que para gente? – Chanyeol perguntou ao abrir a porta do nosso quarto, com autorização do Baek a tia dele lhe deu uma chave extra e agora ele aparece quando quer.
-Eu vou precisar voltar para casa no domingo.
-Porque isso? – ele perguntou e Baek contou a ele. Acabamos decidindo sair do hotel juntos, nós voltaríamos a Seul e os dois visitaram seus pais. Mas ainda aproveitamos bastante os últimos dias no hotel.
(...)
-Enfim em casa. – falei quando chegamos ao meu apartamento.
-Está feliz? – ele perguntou colocando as malas no canto da sala e me seguiu até o quarto.
-Claro, eu adorei os dias no hotel, mas nada se compara a nossa cama. – me joguei nela.
-Confesso que também estava com saudade dela. – ele se deitou ao meu lado – Seu colchão é tão bom. – fechou os olhos e sorriu fofo. O abracei e joguei uma perna por cima dele – E da minha também.
-Também sinto falta da sua. – ele me abraçou – Falando nisso, acho melhor ficarmos lá.
-Vai ser melhor mesmo, lá é mais perto da academia.
-Sim. – dei um cheiro no pescoço dele, fechei meus olhos – Tenho que levantar para fazer algo para comer, mas estou com preguiça.
-Você está com fome agora?
-Não muita.
-Então vamos ficar aqui mais um pouquinho. – falou me puxando mais para seu peito. Concordei e fechei meus olhos.
(...)
-Que horas são? – perguntei ao chegar na sala e ver Baek jogando o jogo que eu lhe dei.
-Eu não sei. – ele respondeu sem me olhar concentrado na tv. Olhei o relógio da sala e já era quase oito horas.
-Nossa eu dormi demais. Porque não me acordou?
-Eu nem vi o tempo passar. Quando você pegou no sono eu vim jogar um pouco e me distrai.
-Se distraiu por mais de cinco horas?
-Esse jogo é muito bom. Olha esse gráfico. – suspirei.
-Você comeu algo pelo menos?
-Eu fiz um ramen antes de começar a jogar. – balancei a cabeça.
-Eu vou fazer algo para nós. – passei por ele e beijei sua cabeça e fui para cozinha. Fiz um pouco de arroz, preparei os dois últimos ramens que tinham e fritei um pouco de carne. Precisei ir na sala chamá-lo para comer e ele ainda relutou em desligar o jogo – Acho que cometi um erro ao comprar esse jogo.
-Está doida? Esse foi um ótimo presente.
-Só espero que saiba maneirar o tempo que perde com ele.
-Fica tranquila não te trocarei por ele. – ele falou rindo.
-Assim espero. – Terminamos de jantar e ele me ajudou com a louça. – Vai voltar a jogar isso?
-Eu ia, já está tarde acho melhor dormir aqui hoje.
-Tudo bem por mim.
-Vem jogar comigo. – disse se sentando no sofá já religando do vídeo game.
-Você sabe que não sei jogar esses jogos direito.
-Eu te ensino. E esse não é difícil. – ele me olhou esperando minha resposta – Por favor?
-Tudo bem eu jogo.
-Isso! – ele comemorou, me sentei a seu lado e ele me explicou como se jogava e me entregou o joystick.
-Eu desisto. – falei depois de perder pela quinta vez.
-Deveria tentar mais. Assim nunca irá aprender.
-Acontece que não tenho paciência para isso, e se você quiser que seu joystick não seja jogado na parede em um momento de raiva é melhor desistir disso
-Acho melhor desistir mesmo. – ele falou me fazendo rir.
-Pode continuar jogando, eu vou guardar minhas roupas e separar algumas para levar para sua casa.
-Se precisar de ajuda é só me chamar. – assenti. Ele fez um bico e eu lhe dei um beijinho antes de ir para o quarto.
Já havia guardado tudo que estava limpo e coloquei as nossas roupas sujas para lavar. Estava terminando de separar o que iria levar para casa dele quando ele entrou no quarto.
-Cansou de jogar? – perguntei enquanto dobrava uma calça moletom.
-Para ser sincero não, mas quero ficar aqui contigo. – sorri para ele – Quer ajuda com algo?
-Não precisa, obrigada.
-Você só vai levar, calças e nenhum short?
-Está frio demais para usar short. – falei e fui até o armário pegar mais algumas blusas e ele ficou do meu lado.
-Faz tempo que você não usa essa. – ele pegou o cropped de tricô – Lembra de quando o comprei para você? Aquele dia foi engraçado. – ele sorriu se lembrando –Uma pena eu ter perdido a aposta. – fiquei séria e ele me olhou confuso – O que foi?
-É que…
-O que? – ele me encarava sem entender.
-É que essa não é a blusa que você me deu. – ele ficou ainda mais confuso.
-É claro que é. Eu não me esqueceria de você vestida com ela. Sem querer ser grosseiro, mas ver você vestida com ela despertou algumas fantasias em minha mente. – ele riu e eu continuei séria – Ficou brava? Me desculpa, eu não deveria ter dito isso.
-Não se desculpe, é que você não entendeu. Essa é uma blusa igual a que você me deu, mas não é a mesma. – procurei no fundo da gaveta – A que você me deu foi essa. – mostrei a peça rasgada a ele, que segurou as duas peças na mão.
-Como você conseguiu destruir ela?
-Não fui eu, foi o Suho. – abaixei a cabeça.
-E porque ele fez isso?
-Ele tinha muito ciúme de você, achou que você tivesse comprado a blusa com segundas intenções e quando estávamos… – limpei a garganta – ele acabou rasgando ela.
-Que idiota!
-Mas ele só fez isso porque eu o provoquei mais ciúmes dizendo que iria atrás de você. – ele negou com a cabeça.
-Como você conseguia aturar todo esse ciúme doentio? – olhei para o chão – Ele nunca… – o interrompi.
-Não ele nunca levantou a mão para mim. O único problema dele era você. O Gi também, mas você entende o motivo.
-O que você via nele?
Tudo! Suho era tudo para mim, quase tudo nele me agradava e me deixava encantada por ele, se não fosse o seu ciúme exagerado, principalmente em relação ao Baek, ele seria perfeito.
Suspirei. Não poderia dizer isso ao Baek.
-Acho melhor não falar disso.
-Tem razão. – ele respirou fundo – Desculpa.
-Eu vou tomar um banho, depois termino de arrumar tudo. – falei pegando uma roupa de dormir e fui para o banheiro.
Era estranho falar do Suho com o Baek, apesar dele saber de tudo não era algo agradável de se fazer. Eu sei o quanto um odeia o outro, e como estamos juntos agora eu não queria deixá-lo com ideias ruins na cabeça por achar que eu ainda quero o Suho de volta. A verdade é que nem eu sei qual é a resposta para isso.
Demorei um pouco no banho, quando entrei no quarto ele não estava lá. Talvez ele queira ficar sozinho. Continuei com o que estava fazendo e quando terminei de guardar tudo em uma bolsa me deitei e fiquei olhando o teto. Um pouco depois ele entrou.
-Posso me deitar? – assenti, ele se deitou e eu deitei a cabeça em seu peito o abraçando – Desculpa, eu não deveria ter falado sobre ele.
-Esquece o Suho.
-Mas eu sei que...
-Você não sabe de nada, eu já não disse a você que estou contigo? Eu não quero saber dele. – ele me olhou nos olhos e respirou fundo – Eu te a… – ele me interrompeu com um beijo. Ele não o aprofundou, apenas manteve nossos lábios colados por alguns segundos.
-Eu sei, e você também sabe sobre meus sentimentos. – assenti. Ele me deu mais um selinho, e me fez voltar a deitar a cabeça em seu peito e ficou fazendo carinho em mim até que eu pegasse no sono.
(S/n)’s Pov Off
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