– Uma luta? – fiquei parada, ele sorriu de lado e voltou a andar – Me espera! – corri até ele – Como assim uma luta, você não disse que eu não poderia viajar?
– Você não poderia ir sozinha. – o olhei óbvia – É por isso que eu vou te levar.
– Você tá falando sério?
– Eu sei o quanto ela é importante para você e não posso te negar isso. Então sim, você vai ver aquela final. – ele falou e eu não me aguentei. Pulei no corpo dele o abraçando forte. Ele me segurou e por pouco não caímos. – Calma. – pediu rindo, enquanto eu beijava seu rosto sem parar.
– Muito obrigada! – olhei em seus olhos.
– Não tem que me agradecer. – falou me colocando no chão e ajeitou a mochila em seu ombro.
– Claro que preciso – sorri – Agora me explica, como você fez isso?
– Eu vi o quão triste você estava e prometi para mim que faria o máximo para te fazer feliz, então quando fui para o quarto, eu comprei passagens para o primeiro voo do dia. Pelo que você falou, a luta vai começar às 11 horas, então dá tempo. – voltei a abraçá–lo.
– Nem sei como te agradecer. – ele me abraçou de volta.
– Você não precisa fazer nada. Eu só espero que você esteja certa quando a vitória do Baekhyun, só falta eu ter todo esse trabalho e ele não fazer a parte dele.
– Ele com certeza irá vencer. – ele sorriu, fiquei séria.
– O que foi?
– Eu não peguei minha credencial da equipe, como vou poder entrar?
– Eu não sabia dessa parte, por isso não peguei, eu só trouxe seus documentos e algumas peças de roupa. Estão aqui na mochila. – ele mostrou – Mas quanto a isso, não se preocupe, podemos comprar ingressos quando chegarmos. – voltei a sorrir.
– Você está sendo incrível. – ele piscou.
– Vamos fazer o check–in logo. – caminhamos juntos. Fizemos o que tinha que fazer – Você está com fome? – assenti – Vamos comer algo. – Sentamos em uma das mesas, com nosso café, quando começou a chover.
– Estranho essa chuva toda, ontem o céu estava tão limpo.
– Verdade, espero que passe logo. – ele falou e voltamos a comer. Quando terminamos vimos em um dos telões que nosso voo seria atrasado devido às condições climáticas.
– E agora?
– Me espera aqui, eu vou falar com alguém. – me sentei em um dos bancos e fiquei o esperando.
– O que ela disse?
– Não tem como saber, talvez sofra uma ou duas horas de atraso. Tudo depende da chuva. – ele se sentou a meu lado.
– Que azar. – deixei meus ombros caírem – Não acredito que depois do que você fez vamos perder a luta. – fiz um lábio triste.
– Fica calma, ainda temos tempo. São apenas 7 horas. Vai dar tudo certo.
– Espero.
– Você vai ver. – ele sorriu sereno, suspirei e apoiei a cabeça no ombro dele.
Os minutos se arrastavam e isso me deixava cada vez mais nervosa. Suho fazia de tudo para me acalmar, mas estava ansiosa demais para ficar calma.
– Que horas são? – perguntei pela milésima vez.
– Achei que já havia entendido que perguntar a hora a cada minuto não vai acelerar o tempo.
– É a última vez que pergunto. Eu juro. – juntei minhas mãos, fazendo ele rolar os olhos.
– São 9:16h.
– Não vai dar tempo.
– O voo é rápido, para de pensar negativo. E a chuva já diminuiu, daqui a pouco a gente vai. – fiz um beicinho, e ele ficou encarando, depois desviou o olhar balançando a cabeça – Não me olhe desse jeito, por favor. – sorri. Alguns minutos se passaram e uma voz anunciou a chamada para o nosso embarque – Não disse?
– Vamos logo! – me levantei animada o puxando. Ele riu e fomos para o avião.
Nos sentamos em nossos lugares e eu estava nervosa. Quando o avião começou a taxiar, senti um frio na barriga e apertei o braço da cadeira. Suho viu e segurou a minha mão.
– Não precisa ficar com medo, eu estou aqui. – o olhei e assenti, apertando sua mão. – Você já pode tirar o cinto. – falou depois que o avião já estava no ar.
– Não, eu acho melhor deixar ele aqui. – ele riu.
– Quer um lado do fone? – assenti, ficamos ouvindo as músicas dele, deitei minha cabeça em seu ombro.
(...)
– Finalmente chegamos. – falei quando saímos do avião – que horas são?
– 10:28h.
– Não vai dar tempo.
– É claro que vai. – ele pegou minha mão e corremos até a saída mais próxima. Por sorte um táxi parou na frente assim que saímos. Entramos e eu dei o endereço ao motorista. – Viu? Ainda temos 25 minutos.
– Espero que o trânsito colabore. – diferente da capital o tempo aqui estava aberto, fazia um pouco de calor. Olhava a paisagem pela janela, a cidade era muito bonita.
– Bonito né?
– Muito. – sorri. O local da competição era distante do aeroporto, quando chegamos a bilheteria já era 11:05h. Mas por sorte ainda havia ingressos.
– Ansiosa? – perguntou enquanto entrávamos no local da competição.
– Demais. Sente como minhas mãos estão geladas. – segurei na sua mão e ele olhou surpreso.
– Estão mesmo, você precisa se acalmar. – ele me olhou preocupado.
Fomos para nossos lugares, eles ficavam nas primeiras cadeiras do corredor. A luta já havia começado. Baek desferia alguns golpes em seu oponente. O cara era um pouco mais alto e definido que ele. Achei um pouco injusto já que Baek precisou subir um pouco de peso para se encaixar nessa categoria. Porém fiquei mais aliviada ao ver que mesmo em desvantagem Baek estava dando trabalho. O primeiro round acabou e ele foi para um canto receber instruções do treinador.
– Ele é mesmo bom. – Suho falou chamando minha atenção.
– Eu falei. – sorri e fiquei procurando meus amigos na arquibancada.
– O que foi?
– Estou procurando o casal. – ele procurou também – Eles estão ali. – Suho apontou para a arquibancada oposta à nossa, na parte central. Yujin e Chanyeol pulavam e gritavam – Bem animados por sinal. – comentou me fazendo rir.
– O segundo round vai começar. – falei e voltei a prestar atenção a luta. Nesse Baek sofreu mais ataques, vi de relance Suho balançar os braços e reclamar.
– Ele precisa se recuperar nesse round ou já era para ele. – falou balançando a cabeça, antes de se sentar. Me sentei também.
– Está torcendo para ele? – fiquei o olhando, ele franziu o nariz.
– Como disse, não vim de longe para ver uma derrota. – deu de ombros. Sorri largo.
– Você é demais. – fiquei o olhando.
– Vai começar, preste atenção! – falou apontando para o ringue.
– Vai Baek! – gritei.
– Um pouco mais alto e ele escuta. – Suho falou pressionando o indicador no ouvido. O empurrei com o corpo e voltei a gritar.
Baek foi para cima do seu oponente com mais atitude, esquivou de seus golpes e avançou nele, um soco, seguido do outro, combinado com uma ajoelhada e o jab certeiro. O cara cambaleou para trás e caiu, Baek foi para cima batendo mais, e o juiz o afastou finalizando a luta. Gritei ainda mais alto, pulando. Suho estava sorrindo.
– Eu disse que ele iria vencer. – me olhou rindo.
– Eu sei disso. – o abracei ainda pulando – Por que você não vai lá?
– Nele? – ele assentiu – Deveria? – ele fez um bico e juntou os ombros, sorri e desci as escadas correndo. O juiz estava com ele e seu adversário lado a lado para anunciar a vitória do Baek oficialmente e entregar a ele o cinturão. – Dongho? – gritei pelo amigo dele que veio até mim e me ajudou a pular a grade.
– Como chegou aqui?
– Depois eu explico, me ajuda a subir?
– Claro! – ele riu e me ajudou a subir no ringue. Baek estava de costas comemorando. Passei pelas cordas e corri até ele pulando nele e prendendo as pernas em sua cintura. Ele se assustou, mas sorriu assim que me reconheceu.
– O que… – não deixei ele terminar sua frase e o beijei. Segurei em sua nuca aprofundando o beijo, ele retribuiu na mesma intensidade. E me desceu de seu colo quando alguns membros da equipe subiu no ringue e o empurraram. Dei mais um selinho nele e desci para ele comemorar melhor.
Após por seu cinturão, e ganhar sua medalha, ele agradeceu brevemente, dedicando a vitória a mim. Tiraram fotos, e todas essas coisas, e ele veio até mim de novo, e voltou a me beijar.
– Parabéns campeão! – falei sorrindo.
– Eu disse que iria vencer. – falou fazendo uma carinha fofa, não resisti e fiz um carinho em seu rosto. – Quero que me conte, como fez para chegar aqui, mas antes eu preciso ir ao vestiário, vou tomar um banho rápido e já volto para você.
– Tudo bem. Eu vou ficar aqui te esperando.
– Não demoro. – ele me deu um beijo rápido antes de ir. Vi o casal descer a arquibancada e corri na direção deles. Pisei na grade e Channie me ajudou a pular para o lado deles, me apertando em um abraço.
– Que saudade de você. – ele me apertou ainda mais.
– Você tá me sufocando. – ele me soltou.
– Desculpa.
– Também estava. De você também. – abracei a Yujin. – É ruim demais ficar longe de vocês.
– Eu concordo.
– Foi por isso que você não me atendeu, né? Queria fazer surpresa.
– Na verdade, Channie. Eu nem vi sua chamada. Eu coloquei o celular no modo avião e esqueci de tirar. – ele balançou a cabeça.
– Mas agora eu quero saber, como você chegou aqui? Achei que o combinado fosse você não viajar sozinha.
– E não viajei.
– Luhan veio? Cadê ele? – ela olhou em volta.
– Na verdade quem me trouxe foi o Suho.
– O Suho? – Channie perguntou espantado – O mesmo Suho que odeia o Baekhyun te trouxe para ver a luta dele?
– O próprio.
– Então ele já te superou? – Yujin me olhou.
– Acho que não.
– Não entendi nada. – Channie falou.
– Estou muito surpresa. – Yujin comentou.
– Eu também.
– Depois vou querer mais detalhes sobre como isso aconteceu.
– Também vou querer saber.
– Eu explico tudo depois. – sorri, e voltei a abraçar eles.
– Onde ele está? – ela perguntou. Olhei na direção em que estávamos, mas não o vi, as pessoas estavam saindo e tamparam a minha visão.
– Eu não sei. – peguei o celular para ligar para ele, mas estava descarregado. Espero que ele não tenha ido embora.
(...)
– Demorei? – Baekhyun perguntou se juntando a nós. Voltei a abraçá-lo, ele retribuiu e me beijou.
– Não muito. – roubei mais alguns selinhos.
– Como senti sua falta. – ele falou roçando nossos narizes, sorri.
– Vamos parando de chamego agora e vamos sair daqui, o ginásio já está basicamente vazio. – Chanyeol falou e começamos a andar, um pouco afastado do resto da equipe. – Onde iremos comemorar hoje?
– Provavelmente em um bar. Vou beber tudo que não pude esses dias.
– Nem tanto, meu bem. Quero você bem ativo hoje.
– Acha mesmo que não vou estar? – ele sorriu malicioso.
– Parem os dois. – Yujin pediu nos fazendo rir.
– Agora quero saber, porque você veio se havíamos combinado de você ficar lá em Seul? Você não fugiu deles né?
– Na verdade eu nem pensei nisso. – falei pensativa.
– Como convenceu o Luhan a lhe trazer?
– Eu não vim com ele.
– Não? Veio com quem então? – ele me olhou confuso. Apontei na direção do Suho que estava encostado em uma pilastra olhando a paisagem. – Ele? – soltei a mão do Baek e corri na direção dele.
– Que bom que ainda está aqui, achei que tivesse ido embora sem falar comigo.
– Eu não faria isso. – sorriu fraco – Eu estava atrapalhando a passagem das pessoas, então preferi sair e esperar por vocês aqui. – falou coçando a nuca, voltei a abraçá-lo.
– Não sei como vou te agradecer por ter me trago aqui hoje. – falei ainda abraçada nele.
– Não tem que me agradecer, fiz isso por você. Porque sei que isso te faria feliz.
– Pode ter certeza que me fez mesmo. – olhei em seus olhos sorrindo.
– Eu também queria agradecer pelo que você fez. – Baek falou atrás de mim, fazendo eu soltar o abraço. Ele estava um pouco sério e estendia a mão para o Suho – Foi muita gentileza sua, Sr Kim.
– Não precisa agradecer, eu fiz por ela. – Suho apertou sua mão – E não precisa me chamar desse jeito formal fora da faculdade. – Baek forçou um sorriso. Fui para seu lado e beijei seu rosto.
– Foi muito legal o que você fez Junmyeon.
– Por favor, pode me chamar de Suho. – ele sorriu – Olá, Yujin! – ela sorriu e acenou com a cabeça. Ele suspirou – Bem, agora que sei que você está bem, posso voltar para casa tranquilo. – ele tirou a mochila e me entregou ela – Aliás, parabéns pela vitória, foi merecida.
– Obrigado.
– Você não pode ir agora. – falei e todos me olharam – Você viu como está o clima em Seul, é bem provável que você não consiga nenhum voo hoje.
– Eu preciso arriscar, não trouxe nada. O plano era te trazer e voltar para casa.
– Mas… – o olhei e depois olhei para o Baekhyun – Baek fala com ele. – ele me olhou sem acreditar no que eu propus, mas atendeu a meu pedido.
– Você pode ficar se quiser. Até porque se não fosse por você a festa não estaria completa. – ele falou e me deu um selinho. Fiquei o olhando com um beicinho, ele rolou os olhos.
– Tudo bem eu fico. – sorri.
– Isso!
– Mas não vai caber todos na van. – Baek falou depois que o Dongho o gritou.
– Ele pode ir de táxi com a gente. – Yujin falou.
– Ok. Vejo vocês no hotel. – beijei o rosto dos meus amigos e fui com o Baek.
(S/n)'s Pov Off
Suho's Pov On
Quando chegamos ao hotel, Chanyeol e Yujin ofereceram para eu ficar no quarto com eles, mas eu não estava nem um pouco a fim de atrapalhar os dois, acabei pegando um quarto para mim. (S/n) havia combinado comigo de um pouco antes de sairmos ela iria levar uma roupa para mim. Tomei um banho e fiquei deitado na cama, ela demorou. Deveria estar matando a saudade do namorado. – respirei fundo – Eu devo ser mesmo um idiota por trazer a mulher que amo para os braços do atual namorado. – cocei a cabeça tentando me livrar daqueles pensamentos.
Afinal havia feito aquilo por ela, e mesmo que o que a faça feliz me destrua por dentro é inegável a alegria que ver a vitória dele a proporcionou. E se ele a faz feliz eu tenho que aprender a lidar com isso, mesmo que me machuque.
Acabei pegando no sono, e acordei com meu celular tocando. Olhei no visor e vi algumas mensagens dela pedindo para eu atender a porta. Esfreguei meus olhos e fui atender a porta do jeito que estava.
– Oi! Eu vim… – ela parou de falar e seus olhos percorreram meu corpo todo. Vi suas bochechas ficarem vermelhas, antes dela virar o rosto. Demorei um pouco a entender sua reação até me dar conta de que estava apenas de cueca.
– Me desculpa por isso. – falei indo para trás da porta e deixando apenas uma parte do meu corpo a mostra, ela ajeitou o cabelo e voltou a me olhar – É que eu tomei banho e acabei pegando no sono. O que você queria mesmo? – perguntei sem graça.
– Eu vim trazer a roupa que falei. Vocês são quase do mesmo tamanho, acho que elas vão servir.
– Não precisava, eu realmente não queria incomodar.
– Não foi incômodo algum. – ela sorriu.
– Você vai mesmo, né?
– Claro. – sorri fraco.
– Quando terminar de me arrumar eu te mando uma mensagem e nos encontramos lá em baixo.
– Ok. – ela me entregou as peças de roupa e saiu. Fechei a porta e bati a testa nela.
Aonde eu estava com a cabeça para aparecer aqui de cueca? – lembrei da sua reação – Mas acho que ela gostou do que viu. – sorri – Idiota, não se iluda! – Fui me arrumar.
(...)
Já estavamos no bar escolhido para comemorar o título dele e de seu amigo de equipe. (S/n) estava perfeita no vestido florido que peguei para ela usar aqui. – Aish! Deveria ter escolhido algo mais simples. Como se fosse adiantar algo, tudo nela fica perfeito. Ela estava abraçada ao Baekhyun enquanto o técnico dele falava algumas coisas. Depois que o discurso dele acabou, ela me chamou pra sentar em uma mesa com os amigos.
Era bem estranho está ali com eles. Primeiro porquê o Baekhyun, apesar de tentar disfarçar, deixava claro que minha presença estava o incomodando. Um pouco mau agradecido eu diria, afinal eu a trouxe até ele. E segundo porque a situação era muito estranha, agora todos naquela mesa sabiam do meu namoro e estar entre o grupo de amigos do qual nunca fiz parte era bem desconfortável. Então na primeira oportunidade que tive eu saí daquela mesa. Sei que (s/n) me chamou com a melhor das intenções, já que estava realmente agradecida pelo que fiz hoje, mas o sentimento dela não era compartilhado por todos. E pelo jeito eu não era o unico que estava me sentindo assim naquela mesa.
(S/n) já estava a um bom tempo com o namorado, entre risos, danças e conversas com os amigos dele, seu olhar encontrou com o meu e ela falou algo antes de se afastar dele.
– Essa blusa do Baek ficou ótima em você. – ela falou chegando perto de mim – Ele quase não usa, diz que não faz muito o estilo dele. Eu comprei com tanto carinho para ele. – fez um bico antes de tomar um pouco da sua bebida. Ela falou parando a meu lado, que estava sozinho no bar.
– Foi você quem comprou? – a olhei e ela assentiu – Tá explicado então. Ela não tem nada a ver com as roupas que vejo ele usar na faculdade e sim com as que eu uso.
– Sério? – a olhei óbvio – Onde eu estava com a cabeça? – eu posso imaginar onde. sorri com aquilo, mas ela continuou confusa – Eu estou feliz por você ter aceitado vir comemorar com a gente. Eu acredito que deve ser estranho para você, mas eu fico muito feliz de ter você junto dos meus amigos.
– Era o que você sempre quis, certo?
– Não é o cenário que imaginei, mas só de ter você e o Baek no mesmo lugar sem nenhuma briga rolando já é maravilhoso. – rolei meus olhos – Aish me deixa curtir esse momento. – ela me empurrou com o corpo, sorri de lado e bebi um pouco quando vi o Baekhyun se aproximar. Ele falou algo no ouvido dela e ela foi junto com ele agarrada em seu pescoço. Ele a puxou para dançar com ele e colou suas testas, suspirei e me virei de costas para aquela cena. Não demorou muito e outra pessoa se sentou a meu lado e suspirou.
– Um chopp, por favor. – ela pediu e agradeceu o barman quando ele a entregou, olhei para ver quem era.
– Você tem idade para beber isso? – perguntei fazendo ela parar antes de tomar o primeiro gole e me olhar.
– Já tenho dezenove anos, oppa. – a reparei bem.
– Não parece. – ela sorriu com os lábios fechados e bebeu um pouco – Você é a amiga do Baekhyun, certo?
– Sim. – falou olhando a caneca – Kim Sooyun, muito prazer. – ela fez uma referência, sorri em resposta – E você é Kim Junmyeon.
– Como sabe?
– O Baekkie já falou muito de você.
– Muito mal eu presumo. – a olhei e ela fez uma cara engraçada.
– Não posso negar. Mas ele tinha os motivos dele para te odiar, a vocês dois na verdade. – ela falou se virando e olhando os dois dançando.
– Foi você quem fez ele mudar de ideia sobre ela?
– Sim. – ela suspirou – E ainda sim ela não gosta de mim. Eu fiz o Baekkie a perdoar, não entendo porque ela me odeia.
– Não mesmo? – ela negou – Então eu irei te contar. – ela me olhou curiosa – Pelo mesmo motivo que eu odiava o Baekhyun quando éramos namorados: medo de perder ele para você.
– C-como assim? – ela ficou com as bochechas rosada.
– É nítido que você gosta dele, e ele parece gostar de você. Uma coisa leva a outra.
– Eu não gosto dele, não desse jeito. – ela falou rápido.
– Não precisa negar, eu reparei como você olha para ele desde quando chegamos. E também vi que você estava subindo no ringue e quando a viu subir, você desistiu.
– Eu… eu. – ela ficou ainda mais vermelha.
– Tudo bem, não precisa se envergonhar. Eu não irei contar a ninguém. – ela virou o restante do chopp.
– Eu estive ao lado dele durante todo o campeonato, eu só queria comemorar com ele.
– É quem sabe aquele beijo seria seu… – ela deixou os ombros caírem.
– Isso seria impossível. – ela olhou seu copo vazio e pediu mais um.
– Acho melhor você ir com calma.
– Só vou tomar mais um. – ri baixo e bebi mais um pouco. Ela ficou em silêncio, enquanto bebia, eu pedi mais uma cerveja e fiquei trocando mensagens com meu irmão.
– Você acha que eu fui burra? – ela perguntou depois de um tempo em silêncio. Sua voz estava um pouco alterada. Olhei para seu copo e ela já havia bebido quase todo conteúdo de sua segunda rodada.
– Você já havia bebido antes? – a olhei ela negou com a cabeça, tá explicado.
– Responde oppa, acha que fui burra?
– Sobre o que?
– Juntar os dois? – ela apontou eles que agora estavam sentados em uma mesa com Chanyeol e Yujin.
– Você não juntou eles.
– Mas a culpa foi minha. Baekkie estava com raiva dela e eu o convenci que o melhor era ele perdoá-la, porque ela não tinha culpa de te amar. Então demorou, mas ele a perdoou, e agora eles são um casal.
– Você não foi a única a fazer isso ali acontecer. – ela me olhou – O maior culpado de tudo foi eu.
– Você foi mesmo muito burro. – ela falou naturalmente me fazendo juntar as sobrancelhas – Somos uma dupla de idiotas! Nós os jogamos um para os braços do outro e agora sofremos por sermos tão incompetentes no amor. – falou e bateu seu copo na minha garrafa – Parabéns, Sr pateta! – ela terminou de beber e pediu mais um.
– Você disse que aquele era o último. – ela deu de ombros. (S/n) e ele haviam voltado a dançar e estavam se beijando, quando olhei para Sooyun e ela estava com o olhar perdido. – Ele sabe que você gosta dele?
– Eu duvido muito, ele só tem olhos para ela.
– Porque não contou a ele o que sente?
– Eu não tive coragem de dizer. Primeiro porque estava noiva, quando me separei e finalmente criei coragem ele me contou todo feliz que eles estavam juntos.
– Imagino que deva ter sido difícil.
– Demais. – ela suspirou – Pra você também deve ter sido bem difícil.
– Você não faz ideia. – ela fez um bico, resmungou algo que não entendi e bebeu mais. – Não acha que isso possa mudar?
– Tá falando do namoro deles?
– Sim, não acha que eles vão terminar? – ela riu.
– É impossível isso acontecer.
– Por que?
– Porque o Baekkie é o homem mais perfeito desse mundo, quem teria coragem de abrir mão dele se tivesse conquistado seu coração? – ela falou toda apaixonada, rolei meus olhos.
– Acho melhor você parar de beber. – tirei o copo de sua mão.
– Não oppa. – ela pegou de volta e virou o resto – A unnie teria que ser muito burra para fazer isso. – fiz um bico mostrando meu descontentamento, o que ele tem que encanta tanto as pessoas?
– Não acha que ele te ame?
– Não teria tanta sorte na vida. – peguei o copo dela e devolvi ao barman. Ok ela já bebeu demais. – Aonde você vai?
– Ao banheiro. – ela começou a rir.
Crianças não deveriam beber.
Suho's Pov Off
(S/n)'s Pov On
– Eu estava pensando aqui. – comecei a falar, fazendo Baek afastar o rosto do meu pescoço, onde ele dava beijos e pequenas lambidinhas e me encarar.
– Em que? – ele olhou em meus olhos me fazendo sorrir, era bom demais ter ele ele por perto.
– Não acha que já passou da hora de irmos para o hotel? Estou a fim e um segundo round. – falei passando a mão por seu cabelo e o vi morder o lábio.
– Mas e os outros?
– Eles se viram. – falei e roubei um selinho dele, ele queria aprofundar o beijo, mas não deixei e o puxei pela mão para fora daquele bar.
(...)
Baekhyun se movia deliciosamente sobre mim. Segurava em sua cintura acompanhando os movimentos de seu quadril. Ele estava apoiado em suas mãos e joelhos, o que facilitava suas investidas, mas eu queria acabar com aquela distância entre nós, subi uma mão tocando em seu rosto e passei o polegar por seus lábios, tirando seu olhar dos meus seios para meu rosto. Me ergui um pouco em sua direção e ele avançou o resto voltando a me beijar.
Puxei seu corpo para junto do meu e o vi sorrir olhando em meus olhos enquanto eu chamava seu nome baixinho. Abracei seu corpo quando senti que estava prestes a gozar e ele intensificou suas estocadas me levando ao céu. Ele continuou por mais um tempo antes de gemer rouco em meu ouvido enquanto se desfazia dentro de mim. Ele sussurrou um eu te amo em meu ouvido antes de me beijar lentamente. O olhei sorrindo e ele pareceu constrangido por ter dito que me amava. Lhe dei um selinho antes dele se levantar para se livrar do preservativo. Ele demorou um pouco no banheiro, me levantei, vesti minha calcinha e fui buscar um pouco de água.
– Quer? – perguntei o olhando deitado na cama, já vestindo sua cueca. Ele assentiu, lhe entreguei a garrafinha e me encaixei entre suas pernas e distribui beijos por seu abdômen. – Eu não machuquei muito você né? – ele colocou a garrafa na cômoda e me olhou confuso – Às vezes você dava uns gemidinhos de dor e fazia uma careta.
– Ah! Não machucou, mas tem partes do meu corpo que ainda estão doloridas, aí incomodou um pouco. – dei mais alguns beijos por seu corpo.
– Me desculpa, mas é difícil resistir depois de tantos dias longe de você.
– Não precisa se desculpar. – ele fez carinho em meu rosto e me puxou para um beijo.
– Sabe o que quero agora? – ele negou me olhando – Dormir bem coladinha contigo. – sorri e lhe dei mais um beijo rápido antes de me ajeitar em seu peito.
– Ai! Acho que assim não vai dar. – ele falou segurando a costela.
– Me desculpa. – pedi envergonhada e ele riu.
– Calma. Vem pra esse lado aqui que eu te abraço por trás.
– Tá bem. – ri e troquei de lado e ele me abraçou colando o corpo no meu – Assim não tá doendo?
– Não, desse lado ele não me acertou. – beijou minha cabeça – Boa noite!
– Boa noite!
(...)
– Eu vou acordar ela, vai ser rápido. Eu sei que você vai bater aqui primeiro. Tchau!
– Quem era no telefone? – perguntei me espreguiçando.
– O Channie, querendo nos apressar para tomar café. – sentei na cama e só então reparei que ele estava de cabelo molhado.
– Por que não me chamou para tomar banho contigo?
– Queria deixar você dormir mais um pouco. Mas agora levanta porque daqui a pouco ele tá batendo aqui.
– Já estou indo. – fui até a mochila do Suho e peguei minha escova de dentes, uma roupa que ele separou para mim e fui tomar meu banho. – Baek você já terminou de fazer suas malas? – perguntei quando saí do banheiro.
– Não, porque?
– Posso pegar outra roupa para emprestar ao Suho? – o olhei e ele suspirou.
– Não tem outro jeito né?
– Não fica assim, só quero retribuir a gentileza que ele fez em me trazer aqui.
– Você está certa, pode pegar qualquer peça, menos minhas cuecas.
– Credo isso seria nojento. – falei e ele riu, ouvimos batidas na porta.
– Já está pronta? O Channie vai reclamar se demoramos.
– Vai descendo com eles. Avisa que vou levar essa roupa para ele e encontro vocês lá embaixo.
– Não demora, ok?
– Não vou. – dei um beijo rápido nele, antes dele ir. Escolhi uma bermuda e uma camiseta para ele e fui até seu quarto. Bati na porta duas vezes e não obtive resposta.
Será que ele já desceu ou ainda não acordou?
Quando peguei o celular para ligar para ele a porta foi destrancada, guardei o celular no bolso.
– Bom dia! – falei sorrindo, mas meu sorriso se desfez quando vi quem abriu a porta.
– Bom dia unnie! – Sooyun falou sorrindo.
– Acho que errei de quarto, desculpa.
– Acho que não, você está procurando o seu professor, certo? – assenti – Ele está no banho.
– Você dormiu aqui hoje?
– Dormi sim. Quer entrar para falar com ele?
– Não. Não precisa eu não quero incomodar ele. Só entrega essas roupas. Diz pra ele me entregar as roupas sujas que eu coloco na mochila.
– Eu aviso sim. – ela pegou as peças da minha mão e fechou a porta. Fiquei parada olhando a porta por um momento ainda tentando entender o que ela fazia ali.
– Finalmente chegou. Quase não consegui guardar suas panquecas. – Baek falou.
– Acho melhor você vir logo amiga, antes que o Channie coma tudo. – assenti e me sentei na mesa ainda pensando nos dois, então ignorei a maior parte da conversa dos meus amigos.
– Amiga? – Yujin balançava a mão na frente do meu rosto.
– Sim? – a olhei confusa.
– Está tudo bem contigo? Você parece perdida.
– Sim, eu só estava pensando em algo. – ela sorriu e voltou a comentar sobre o casamento da prima.
– Que estranho! – Baek falou.
– O que? – Channie perguntou.
– A Heejin chegou, mas a Yunnie não está com ela. Será que ela não está se sentindo bem?
– Ela está ótima. – falei com um pouco de raiva, chamando atenção dos três.
– Falou com ela? Sabe por que ela ainda não desceu para tomar café?
– Talvez seja porque ela está ocupada com o Suho.
– Com quem? – Yujin perguntou.
– Como assim? O que ela está fazendo com esse cara? – encolhi meus ombros e fiz um bico.
– Não sei, só sei que quando fui levar a roupa para ele, ela quem atendeu a porta. – falei pegando um pedaço de queijo para por em meu pão. Vi Baek ficar sério e Yujin e Chanyeol se olharem.
– Então, como eu ia dizendo vocês não acreditam na vergonha que o Toben me fez passar no pet shop. – Chanyeol contou toda sua história com seu cachorro, mas minha mente estava em outro lugar.
O treinador pediu para todos se apressarem, pois sairiam em uma hora, terminamos o café e subimos. Estava no quarto terminando de guardar as coisas do bagunceiro do Baekhyun, quando ouvi batidas na porta e fui atender.
– O que você quer? – perguntei quando vi Suho parado na porta.
– A Sooyun disse que era pra trazer as roupas pra você. – ele falou e parecia confuso com minha forma de tratar ele.
– Claro. – peguei as peças de sua mão – Quando eu for pegar o resto das minhas coisas na sua casa eu te entrego suas roupas e mochila.
– Tudo bem, eu…
– Eu estou ocupada agora. – fechei a porta em sua cara e fui guardar as roupas que ele trouxe na mochila.
(...)
– Que estranho ver o Junmyeon de bermuda. – Chanyeol comentou quando estávamos no aeroporto. Nos dois já havíamos feito nosso check-in, estávamos esperando o Baek e a Yujin.
– Pra mim é normal, já vi tantas vezes. – dei de ombros, mas quando o olhei, ele me encarava com um sorrisinho – Eu não estou falando disso, idiota! Na casa dele ele só fica de bermuda.
– Não disse nada.
– Nem precisou. – olhei em na direção do Suho, e ele estava sozinho falando no celular, até que a Sooyun chegou perto dele e ele desligou para falar com ela. Apertei meus olhos.
– Não estou gostando dessa proximidade. – Baek falou parando do meu lado os encarando – Qual é a dele?
– Como posso saber? – falei grossa e o Chanyeol entrou no nosso meio.
– Qual dos dois vai comigo comprar um refrigerante? – perguntou já carregando o Baek com ele. Suspirei ao ver os novos amigos rindo de algo.
– Quando chegarmos em casa teremos uma longa conversa sobre isso. – Yujin falou parando a meu lado.
– Isso o que? – a olhei.
– Você sabe do que eu estou falando. – ela foi em direção aos bancos, respirei fundo e fui para o seu lado.
Na volta pra casa estava ao lado do Baek e na nossa frente Suho e Sooyun estavam sentados juntos. E para minha surpresa eles estavam conversando bastante. Deitei minha caveça no ombro do Baek e pela fresta entre os bancos podia ver que ela gesticulava demais, e as vezes uma risada mais alta escapava. Do outro lado do corredor Yujin me encarava.
Quando chegamos cada um foi para seu rumo, mas nós seis estávamos juntos ainda.
– Acho que é isso, nós vemos segunda na Universidade ou pretende ir antes lá em casa buscar suas coisas? – Suho me perguntou.
– Preciso ir na sua casa antes disso, tenho que falar com o Luhan.
– Oppa, a carona chegou. Vamos?
– Já estou indo. – ele voltou a me olhar.
– Tchau! – falei e voltei a andar, deixando ele com um olhar confuso para trás.
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