Liguei o chuveiro e o contato da agua quente com meu corpo ao invés de me relaxar acabou me fazendo pensar em todas as coisas ruins que podem acontecer se formos pegos. O Suho perder o emprego que ele ama, eu ser expulsa, e o pior ter que voltar ao Brasil. Se antes eu já não conseguia sequer cogitar a ideia de voltar para meu país, agora que eu estou com o Suho eu não irei suportar se tiver que ficar longe dele. Eu nunca contei para o Suho, mas eu me apaixonei por ele, e a cada dia que passa eu tenho mais certeza que me apaixonar por ele foi a melhor coisa que eu já fiz em minha vida. Só que agora vem essa maldita regra que pode estragar tudo, por que a vida não pode ser fácil?
Terminei meu banho nada relaxante, e me vesti. Sentei na cama e massageava um dos meus ombros quando ouvi a porta da sala ser aberta. Desci as escadas correndo e o abracei forte, afundando meu rosto em seu peito, ele me apertou em seus braços. Ficamos assim por alguns minutos. Era reconfortante estar assim com ele, sentir seu perfume e a forma como ele fazia carinho em minhas costas, quase fazia todos os problemas desaparecerem.
-Como foi lá? – perguntei tentando manter minha calma.
-Tenso. – ele suspirou – Foi uma grande confusão. Por isso demorei, o Sr Jung está muito nervoso, fez um discurso enorme sobre a gravidade do ato que o Sr Park cometeu, discursões, quando eu saí de lá eles estavam tentando fazer com que ele confessasse quais foram as alunas com quem ele se relacionou.
-Meu coração só faltou explodir quando o Channie falou que a Sra Shin flagrou uma aluna com o professor, eu já esta imaginando que nós dois seriamos humilhados na frente de todos.
-Quando o Sr Jung falou isso eu também quase morri de susto. Ainda bem que não fomos nós, e pensar que por pouco ela nos pegou ontem. – ele se sentou no sofá, me puxando para junto dele.
-O que vamos fazer agora? - Perguntei com os olhos marejados.
-Como assim o que vamos fazer? – ele me olhou. - O que acha que vai acontecer? Que eu vou terminar com você por causa disso?
-Eu sei o quanto você ama seu emprego eu não poderia fazer você arriscar tudo por minha causa. – uma lagrima rolou por meu rosto.
-Nunca mais diga isso ok? Nada nesse mundo é mais importante que você.
-Do que você está falando? – olhei em seus olhos.
-(S/n) eu não sei mais viver sem você! Ficar longe de você é uma tortura, essa semana que não estivemos juntos foi a pior de todas, e eu não estou falando de sexo, estou falando de estar junto, de te ter a meu lado. Eu nunca me senti tão vazio quanto nesses dias sem te ter a meu lado, ver você nas aulas e não poder falar, te tocar, te beijar foi a pior das torturas e eu não suportaria ter que passar o resto da vida assim. – ele segurou meu rosto e olhou em meus olhos. – (S/n) eu te amo! E não tem nada nesse mundo que me faria abrir mão de você.
-Você o que? – o olhava sem acreditar no que acabei de ouvir, eu amava Suho, mas não imaginava que ele sentisse o mesmo por mim.
-Eu te amo (s/n)! – ele repetiu, e mais uma lagrima rolou por meu rosto, mas agora de alegria, eu sorria como uma boba – Desculpa se isso foi precipitado, mas eu não conseguia mais guardar isso só para mim, eu sei que você não me ama, não quero te pressionar a nada, mas...
-Quem disse que eu não te amo? – o interrompi, e ele me olhou surpreso.
-Você não precisa dizer isso só porque eu falei.
-Mas eu te amo! – um sorriso se formou em seus lábios.
-É sério? – assenti – Você poderia repetir, eu acho que não ouvi direito. – eu ri.
-Eu te amo, Suho! Eu te amo muito! – ele me puxou para seu colo e me beijou.
-Porque nunca me disse isso antes? – me olhava nos olhos.
-Sei lá, medo de você não gostar, de ser cedo demais pra falar essas coisas. – ele riu e deu um tapinha em minha coxa.
-Somos dois idiotas, eu não dizia que te amava pelo mesmo motivo. – me deu um selinho.
-Verdade. –respirei fundo – Mas e agora como vamos ficar?
-Do mesmo jeito que estamos, - ele alisou minha perna. – deu certo ate agora, porque não continuar como estamos? A não ser que você não queira.
-É claro que eu quero.
-Nós só devemos redobrar o nosso cuidado.
-Eu sei... Sem pegação na sala. – fiz bico e ele beijou.
-Vou sentir falta disso.
-Nem me fale. – encarei o nada.
-Esta pensando em que?
-Não imaginava que o Sr Park também transava com as alunas em troca de nota.
-Como assim “também”? – fez aspas com as mãos – Você conhece outro professor que faça isso? – ele ergueu uma sobrancelha.
-Qual é Suho, não precisa fingir para mim, eu ouvi os boatos.
-Sobre mim? – apontou para o próprio peito.
-Não especificamente, mas quem mais seria?
-O Sr Park ué. –me olhou obvio.
-Suho, se você não fazia isso porque me propôs sexo em troca de uma nota melhor?
-Eu já te expliquei, só fiz aquilo porque não conseguia imaginar outra forma de conseguir ficar contigo.
-Jura? – o olhei surpresa.
-É claro que sim, eu nunca transei com nenhuma aluna antes. Você foi a primeira e única.
-Nossa! Eu tinha uma ideia horrível sobre você.
-Estou vendo isso. – ele franziu o cenho. -Por isso você perguntou se eu tinha uma coleção de calcinhas?
-Sim, achei que você pegava de todas que conseguia levar para cama. Me desculpa?
-Não deveria, mas fazer o que já que eu te amo? – ele sorriu de lado.
-Estou me sentindo uma idiota.
-Deveria mesmo, mas esquece isso.
-Esta bem. – apertei meu ombro após sentir uma pontada.
-O que foi? –me olhou preocupado.
-Estou toda dolorida, - rodei meu pescoço tentado me livrar do desconforto – Esse estresse todo acabou com meu corpo.
-Me deixa ver como está. – me sentei entre suas pernas e ele tocou meus ombros e eu gemi de dor – Você está cheia de nós nos seus ombros. Vamos para o quarto vou fazer uma massagem que irá acabar com suas dores. – se levantou e estendeu a mão para mim.
-Você também sabe fazer massagem?
-Sim, e sou muito bom nisso.
-Existe alguma coisa que você não saiba fazer? – ele pensou um pouco.
-Voar! – eu ri e segurei sua mão indo para o quarto com ele.
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