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História My Radio Cat - "Meu Gato Comeu Urânio!"


Escrita por: changaylix

Notas do Autor


Postei e saí correndo, mil beijinhos pra quem tá lendo!
Nem vou falar da demora, apenas afirmo que My Radio Cat não está morta!

Capítulo 2 - "Meu Gato Comeu Urânio!"


Era o título do primeiro vídeo postado no canal Mad Cat após (oficialmente) os 5 milhões de incritos. Nele, Kim Yugyeom contava como desvendara o mistério do urânio desaparecido no vídeo anterior, e a explicação se seguia de um vídeo onde a câmera flagrara nada menos que Bambam, o mascote do canal e xodó dos inscritos, comendo o urânio. Isso mesmo. Comendo algo altamente radiotivo como se fosse um biscoito.

Não era bem o tipo de vídeo que Yugyeom esperava estar fazendo After 5 Millions, porém, confessava ter sido engraçado a forma como o gato transformara algo assustador num brinquedo e logo depois numa refeição.

"Que gosto tem urânio, hein, Bambam?" Perguntou ao gato, deitado no seu colo. "Deve ser uma droga, mas você come até o sofá se deixar, então pra você deve ter sido uma delícia. E, ah, antes que perguntem, sim, Yugbam se reconciliou. Eu não vivo sem esse gato nem ele sem mim, né, amor?" Falou, acariciando a cabeça do animal. "Antes que fiquem preocupados, eu já marquei uma consulta com o veterinário também! Bambam pode ser sujo, fedido e me trocar por pombos, mas eu não suportaria viver sem esse danado." Fez um aegyo que depois seria editado com uma música romântica ao fundo. "Agora, resta a dúvida: será que o Bambam vai virar o Ben 10 e será que se eu comer uma bijuteria eu viro uma Crystal Gem? Hoje, no Globo... Ah, esqueci o meme brasileiro! Enfim, " Pôs uma mão em cada lado do rosto, para depois escrever a legenda "Insira O Meme" na edição. " por hoje é só pessoal, annyeong e fiquem com Gargamel! Diz 'tchau', Bambam. " Pediu, e o gato balançou a patinha, como fora ensinado a fazer. "Meu marido é forte, pessoal, ele vai ficar bem!"

Algumas horas depois, os dois já haviam ido ao veterinário e voltado do mesmo. O médico receitara a Bambam alguns remédios que supostamente lhe fariam, numa linguagem simples, por tudo pra fora. Com alguma briga, Yugyeom conseguira fazer com que o gato tomasse o comprimido e logo em seguida, rumou para o banheiro, tomando um banho demorado que seria sua última parada antes de ir pra cama. Estava exausto e sua preocupação quanto à saúde do amigo fazia esse cansaço ser duplicado. Yugyeom de fato não saberia o que fazer caso, Deus o livrasse, por algum motivo, tivesse Bambam tirado de seus braços. Mesmo sendo famoso e tendo muitos amigos, no fundo Yugyeom continuava sendo o mesmo cara retraído e carente de alguns anos atrás, que preferia a companhia de um gato do que de pessoas. Fora ele, talvez apenas Jackson e alguma namorada já tenham conseguido entrar naquele círculo.

Yugyeom sempre foi um cara solitário, e Bambam era como sua luz no fim do túnel.

Ele não podia perdê-lo. Não iria perdê-lo.

Com esse pensamento, o ruivo foi para o quarto, se aninhando entre os cobertores, e num gesto quase automático, o animal o seguiu e se encaixou entre a lateral de seu corpo e seu antebraço, adquirindo o formato de uma bolinha e fechando os olhos. Nesse momento, uma lágrima silenciosa escorreu pelo rosto do rapaz, e ele se lembrou de uma música da Dodie Clark que costumava escutar e que dizia o seguinte:

"Que ser estranho você é

Só Deus sabe onde eu estaria

Se você não tivesse me encontrado."

Porque normalmente, são os donos que cuidam dos animais de estimação, mas naquele caso, Yugyeom precisava de Bambam também. Sem ele, sua vida não teria mais sentido. Seria apenas um existência sem razão.

Em poucos minutos, Kim pegara no sono, no entanto, seu ressonar durara apenas algumas horas, já que lá pelo meio da madrugada, seus olhos arderam sob um clarão fluorescente e muito forte. O ruivo esfregou os olhos e gemeu com o desconforto, mas logo que piscou, a luz sumiu. Não a viu chegar, e nem a vira ir embora. Imaginou que deveria ser um daqueles outdoors brilhantes que passavam comerciais no meio da noite, e às vezes o acordavam, mas era raro. De qualquer forma, não deveria ser nada de mais. Pensando nisso, voltou a fechar os olhos, mas tão logo quanto o fez ouviu um som de engasgadas.

Bambam estava passando mal.

Em um salto, o ruivo tomou o animal nos braços e correu para o banheiro, abriu a tampa do vaso sanitário e segurou o felino para que ele pudesse vomitar. Não era uma cena nada bonita, ainda mais para Yugyeom, ver o seu bichinho naquele estado – havia criado Bambam desde que era um filhotinho, mesmo sabendo que aquele processo era necessário para a sua melhora, seu coração se cortava em milhões de pedaços. E então ele chorou. Chorou como nunca antes, porque se sentia culpado, e porque realmente se importava com a dor de Bambam e com aquela possibilidade maluca de não tê-lo mais ali. Nisso, já tinha largado o animal no chão, e conforme o ruivo soluçava, o bichano se aproximou, daquele jeitinho tão manhoso, e se enfiou entre as pernas dobradas de Yugyeom, fazendo com que o dono o notasse ali.

O ruivo encarou bem a carinha branca de seu gato, os bigodes longos e o focinho cor de rosa, as orelhinhas, os olhinhos, tudo nele era tão fofo e adorável que ele sabia: jamais poderia viver sem aquele gato. Não havia naquele mundo um ser-humano sequer que pudesse se comparar a Bambam.

"Hey, Bambam," Afastou as lágrimas, pegando o animal no colo enquanto se levantava e ia rumo à pia com o intuito de lavar a boca do mesmo. " eu te amo, viu? Sei que você provavelmente não entende isso, mas pro caso de você sentir isso também, é assim que exprimimos: eu te amo. E eu te amo muito, mesmo que aguns digam que você não pode amar porque é um gato."

Nesse momento, o gatinho solto um miado fofinho, e de alguma forma, aquilo preencheu Yugyeom de um sentimento bom. Era como uma resposta. Um "eu te amo também".

Depois de aprontar o amigo, o Youtuber seguiu para o quarto, tentando relaxar. Talvez agora seu aperto no peito passasse um pouco, mas era bom ficar alerta. Podia acontecer de novo, mesmo que fosse desconfortável pensar naquela possibilidade. Voltou para a cama e o gato fez o mesmo, porém, antes de fechar os olhos, um último recado.

"Boa noite, Bambam." Acariciou os fios brancos e macios. "Fique bom logo, amigo."

Pode-se dizer que Yugyeom dormiu por um tempo consideravelmente bom depois daquilo, considerando seu sono leve e o agravante de que ele ficava trinta vezes mais leve quando algo preocupava o Kim. Ainda assim, não é como se tivesse dormido até o sol raiar, pois em algum outro momento da madrugada, seus olhos novamente foram arrebatados pelo mesmo clarão fluorescente.

"Droga, eu vou muito ligar pra essa companhia de outdoors. Bambam, você-" Tateou a cama, em busca do gato, porém, nem sinal deste. De repente, o rapaz percebe que o clarão não vem da janela, e sim, do banheiro. "Cacete, alguém me acorda desse sonho bizarro antes que eu encontre um alien. Bambam!" Rumou até o outro cômodo, imaginando que o gato tivesse roubado sua lanterna outra vez, porém, ao chegar à porta, engoliu em seco, paralisado.

Esperava encontrar somente seu gato fazendo bagunça, ou, em último caso, um alienígena, mas não aquilo.

E eram cinco da manhã quando Kim Yugyeom percebeu que não deveria ter aceito aquela balinha suspeita que uma garota lhe oferecera na esquina.

"Eu só posso estar muito chapado…"


Notas Finais


TAM TAM TAAAM (ou eu diria "bam bam bam"?), gostaram? Esse capítulo foi meio enrolação, mas foi importante para que vocês compreendam que a fanfic é fluffy, mas tem bastante draminha também, porque o Yugyeom é um personagem razoavelmente denso, e o que o Bambam significa pra ele vai ser muito importante para o desenvolvimento da história, okay?
Prometo atualizar em breve, não desistam de mim, okay?


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