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História My salty passion - O amor tem gosto de bacon (Gijinka) - Ausente


Escrita por: SouTapioca

Notas do Autor


Obrigada a todos que chegaram até aqui! Nossa fic completou 60 páginas no word ♥
Nunca cheguei tão longe, estou muito feilz!
Boa leitura <33333

Capítulo 15 - Ausente


_Ruffles_

 

- O Doritos não veio hoje, de novo? – escutei a Coca, não sei qual delas, perguntando pra Fit.

- Não sei... Ele deve estar gripado alguma coisa assim? – Fit respondeu, virando pro Sensações – o que você acha?

- Sei lá... Pergunta pro Ruffles, ele deve saber – Sensações deu de ombros, eu não sabia dizer até que ponto ele percebeu que tinha irritado o Dori ou não, mas as garotas olharam pra mim.

- Ele deve ter algum motivo besta, uma gripe ou sei lá – falei, virando o rosto e agradecendo mentalmente o professor que tinha entrado na sala pedindo silêncio pra todo mundo, que era hora da aula e não do intervalo. Suspirei, havia passado quase toda a aula anterior olhando para a porta e para o movimento fora da sala, me perguntando se ele viria.

Tenho certeza que sou um idiota por ter esperança de que ele chegasse pelo menos na segunda aula, é, eu sei. Tudo que eu vinha fazendo esse tempo todo era me preocupar com ele e ter um crush gigante nele e tudo mais; mas ele era tão... difícil, não no sentido de ficar, mas no sentido de tudo. Não queria ficar me lamentando eternamente nem nada, eu deveria deixar ele pra lá e ainda assim eu já havia esquecido quase completamente a raiva que senti ontem quando vi os dois no apartamento dele.

Sei que agi como um ridículo, e dói tanto lembrar o rosto do Dori naquela hora. Eu...

Eu não estou bem. Mesmo agora, enquanto desejo tanto vê-lo, não sei como poderia fazer isso sem sentir tanta dor, sem saber como agir.

Porém, eu precisava disfarçar porque já não bastava o dito cujo faltando quatro dias seguidos, se perceberem que eu estou assim talvez desconfiem que seu motivo não é só uma virose.

- Com licença, professor – uma aluna apareceu na porta – a coordenadora está chamando os representantes de turma pra uma reunião.

Alguns alunos começaram a fazer barulho aproveitando o momento de pausa da aula, e o professor pareceu um pouco irritado pela intromissão.

- Quem é o representante dessa turma? – perguntou.

- Doritos! – alguns responderam quase ao mesmo tempo.

- Ele faltou – outra pessoa disse.

- E não tem vice não? – essa pergunta me fez sentir que havia esquecido algo, logo percebi o que era quando algumas pessoas me olharam ao mesmo tempo.

- É o Ruffles.

Era isso. Claro que os dois “mais populares” estavam juntos na mesma chapa, mas nunca pensei que a gente realmente seria responsável por alguma coisa.

- Então vá lá e explique que o representante dessa turma faltou e fique no lugar dele – o professor mandou, impaciente. Levantei rápido em direção a garota, para acompanha-la, ela sorriu pra mim.

- Ruffles, né?

- Sim – ela deu uma risadinha.

- Eu sou do terceiro ano B – me surpreendi porque ela parecia ser mais nova que eu. As pessoas das outras turmas conheciam mesmo a gente? Eu conheço mais pessoas do segundo ano que do terceiro.

- Desculpa, eu não sei seu nome.

- Tudo bem... Meu nome é Paçoquita.

- Certo – sorri pra ela, não sei dizer se retribuiu, porque ela estava sorrindo desde que apareceu na porta – você sabe o que querem com a gente?

- Sim! Mas não vou dizer.

- Por quê?

- É besteira, não se preocupe, ninguém vai te dar bronca nem nada – riu – pelo que falam de você eu pensei que você fosse menos medroso, mais rebelde. Mas esse deve ser mais o estilo do famoso Doritos.

Urgh.

- É, é, deve ser.

A garotinha, porque para mim era impossível chamar ela de mulher ou algo assim, aceitou minha resposta curta ~e grossa~ e nem preciso dizer como aquela frase me provocou. Chegamos numa sala, algumas pessoas já estavam sentadas. Ao todo, eram nove alunos, uns conversavam e outros só observavam. Reparei especialmente em um muito alto e forte, com barba e tudo. Como um homem, realmente, um homem poderia ser aluno daqui? Ou sou eu que ainda não fui fisgado pela puberdade adequadamente? Era realmente impossível não vê-lo, porque ele se sobressaia no meio daquelas pessoas. Parecia muito entediado e olhava pela janela, mas enquanto eu o observava ele virou o rosto e me viu, me deixando constrangido; porque eu estava analisando ele mesmo? Então virei o rosto, para disfarçar, mas senti que ele continuou me encarando.

A coordenadora entrou apressada e pediu pra todo mundo sentar, porque a Paçoquinha ainda tinha ficado em pé conversando com outro garoto.

- Bom dia, alunos.

- Bom dia – era impossível não sair em coro.

- Como vocês sabem, os terceiros anos então organizando um sarau que vai acontecer na semana que vem, não vai ser um evento grande, mas eu achei que seria interessante que os representantes de cada turma ajudassem com a arrumação das salas e espaços que vão ser utilizados...

- Por que a gente tem que ajudar se quem está organizando são os terceiros anos? – o garoto que estava em pé com a Paçoquinha antes interrompeu, ele parecia ser do tipo atrevido.

- Boa pergunta, Iô – a coordenadora sorriu, acho que ela já estava acostumada com esse representante de turma – os alunos dos terceiros anos já estão organizando todo o material, e além disso, lembre-se que o evento vai ser pra toda a escola, então nada mais justo que vocês representassem as suas turmas, colaborando com o evento que todos vão aproveitar.

Um garoto gordinho deu uma risadinha, o rapaz, Iô, só revirou os olhos e fez uma careta nada discreta.

- Enfim, para ajudar vocês a trabalharem melhor, claro que vocês farão tudo em duplas – algumas pessoas já se olharam e sorriram, infelizmente eu não tinha ninguém pra garantir um trabalho legal – e pelo mesmo motivo, as duplas já foram escolhidas por mim.

Todos fizeram muito barulho. Até eu suspirei, discretamente, mesmo não tendo nada a perder.

- Mas, professora, quando a gente trabalha com quem gosta trabalha melhor – uma menina falou, outros concordaram com ela, eu observei tudo calado, preferia apenas não ficar com a Paçoquinha se ela fosse falar sobre o Dori como antes.

- São só salas e coisas simples, não precisa gostar de nada, só fazer – ela rebateu, alegre, acho que esse tipo de coisa é um prazer secreto para professores, no geral – bom, de qualquer forma, eu já escolhi as duplas e vocês deverão me procurar quando as aulas acabarem. Agora podem voltar pra sala, podem não, devem.

Todos levantaram para ir embora, percebi que o Iô ainda foi encher o saco da mulher para saber quem seria sua dupla e reclamar. Como eu fiquei olhando e reprovando-o mentalmente, acabei esbarrando de leve em alguém. Olhei para frente na mesma hora, era aquele rapaz, homem, sei lá, barbudo! Ele só olhou pra mim e continuou andando. Achei seu olhar vermelho um tanto intimidador.

- Uau, eu vi que você esbarrou naquele cara do terceiro ano – Iô chegou segurando meus ombros por trás – eu temeria por sua vida se fosse você.

Virei para olhar o rosto dele, incomodado. Não gostava de pessoas que eu não conheço me tocando, percebi que seus olhos também eram vermelhos, porém atrevidos. Acho que ele esperava uma resposta, mas nessas horas o silêncio realmente vale ouro; apenas fiz cara de paisagem enquanto o encarava, e continuei andando. Sabia que atrás de mim, ele me olharia confuso e contrariado.

- Ei, espera – chamou.

- O que foi? Eu nem te conheço – respondi secamente, não estava num bom dia e toda a atitude desse rapaz havia me irritado.

- Você não vai nem perguntar por quê? – continuou, ainda com seu olhar malicioso, mas de uma forma repulsiva, por mais bonita que sua fisionomia fosse – aquele cara, todos têm medo dele de verdade, e você acabou de esbarrar nele, viu a forma como ele te olhou?

- O que você espera que eu faça? Sinceramente, te conheço tão pouco quanto o outro... rapaz que eu esbarrei, e no momento nenhum dos dois me interessa; se ele é tão temível quanto você diz, só posso lamentar não ter sido você que esbarrou nele, mas de verdade, qualquer coisa que ele pudesse fazer a mim seria menor do que os problemas que me deixaram de mau-humor hoje, então, não preciso da sua preocupação, apenas da sua distância.

Dito isso, saí decidido sem olhar para trás nem para os lados, apenas tracei o caminho até minha sala mentalmente e o segui. Não, eu não era assim sempre, só quando necessário. Talvez o garoto nem merecesse, no final das contas, mas quem ele pensa que é pra reclamar tanto e ainda falar mal por trás, sobre outras pessoas que eu nem conheço? Não me arrependeria de ter sido grosso com ele: meu único arrependimento agora tinha um nome bastante conhecido na escola, e ironicamente nem se encontrava nela.


Notas Finais


Não tenho muito o que falar sobre esse capítulo hohohoho ;3
Se vocês perceberam a novidade, podem comentar aqui em baixo! ♥
Palpites, sugestões, quem você shippa, personagens preferidos, anything, os comentários estão aí pra isso.
\/ \/ \/ \/

<3333


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