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História My salty passion - O amor tem gosto de bacon (Gijinka) - Primeiro encontro


Escrita por: SouTapioca

Notas do Autor


Demorei pra postar pq minhas aulas voltaram e eu fico super sem inspiração com tanta coisa pra fazer ... zzz....
Mas sinto muito, espero que gostem ♥

Capítulo 20 - Primeiro encontro


 

_Baconzitos_

Já era a quarta vez que eu discava o número do Doritos e o telefone continuava mudo, o que me deixava um pouco nervoso porque eu tinha dito que o ligaria ontem. Por que eu fiz isso? Urgh. A gente estava conversando tão bem, mas então ele me chamou pra sair com a Nutella e ele e eu simplesmente fiquei... nervoso. Mas não era sem motivo, claro, eu lembrei da última vez em que estivemos juntos, os três, e acho que o nervosismo daquele dia voltou para mim no momento.

Mesmo assim, ele pareceu tão gentil e tudo mais me pedindo desculpa por ter me ignorado. Foi meio surpreendente. Tudo bem que até esse ponto eu já havia percebido que ele não era só um rebelde que não liga pra nada nem ninguém, mas só não sabia o quanto ele poderia ser... legal.

E esse telefone não quer funcionar!

- Mãe, eu estou ligando pra um colega meu... e só dá ocupado – perguntei, desistindo.

- Ah, meu querido – minha mãe disse se aproximando de mim com uma colher na mão – você não sabia? Esse telefone me deu tanto problema ontem, uma cliente ficou sem ter como falar comigo e ela queria antecipar a entrega, então ela teve que vir aqui pessoalmente e ainda ficou reclamando comigo, mas eu nem tinha noção do que estava acontecendo.

- E o que era?

- A operadora deu um problema lá e parece que só vão ajeitar na segunda.

- O quê?! Por quê?!

- Não sei, mas é assim mesmo, as coisas as vezes dão problema numa casa. Pelo menos não foi o fogão – ela disse, sorrindo pra mim, claro que para ela o fogão era mais importante, mas pra mim o telefone era questão de... aff, não sei explicar.

- Eu queria ligar... – respondi, por fim, lamentando o telefone ruim. Chateado – eu tinha combinado de sair com um amigo...

- Ah, então é isso? – minha mãe pareceu se alegrar, como sempre fazia quando me via interagindo com pessoas, mães.... – você pode tentar ir na casa dele, se já estava combinado mesmo, então você explica que o telefone estava com problema.

- Não...

O que eu podia dizer? Ela tinha um ponto. Porém, pela minha dignidade, eu não podia simplesmente aparecer assim na casa do Doritos! E ainda com um motivo desses. Que bela hora pra não ter celular... Mas eu não ia desistir assim, eu disse que ia ligar então eu iria ligar!

 

_Nutella_

- O que você acha, Nu? Você acha que ele estava mentindo? – Dori me perguntou pela milésima vez, estávamos no apartamento dele, os dois celulares em cima da mesa da sala, no volume mais alto, e ele estava em pé perto do telefone residencial. Nem nos meus sonhos mais ousados eu imaginaria meu amigo nessa situação por uma pessoa.

- Relaxa... Ainda tá cedo, vai ver ele estava pensando em ligar só a tarde.

- Por que você não pegou nenhum número dele? Que bosta, viu.

- Mas ele disse que ligaria – revirei os olhos – e se ele não ligar, você pode culpa-lo? Olhe mesmo o que você fez: primeiro você se jogou em cima do garoto, depois você o intimidou, e então teve uma crise de sofrência por causa de outra pessoa! Sério... Desculpa ser a amiga chata nessas horas, mas eu não te ligaria se estivesse no lugar dele.

- Eu te odeio – ele resmungou, me olhando feio.

- Olhe, vai ser muito melhor você deixar disso e a gente come alguma coisa, depois se ele não ligar até uma hora da tarde, mais ou menos, podemos ir na casa dele pra busca-lo, ele sempre está lá. Não é um plano maravilhoso?

- Você só acha maravilhoso porque inclui comer alguma coisa antes – ele estava bastante mal-humorado por causa disso, o que era até fofo de certa forma.

- É uma ideia ótima, e pelo menos você pode relaxar um pouquinho. Que tal a gente pedir uma pizza? – sugeri.

- Essa hora não entregam pizza.

- É mesmo... Então... COMIDA CHINESA! – fiz uma dancinha animada.

- Arrrrhhhhhhhh.... Eu não acho que aguento mais comida chinesa, vamos pedir outra coisa hoje, por favor.

- Dori!!! DORI DORI DORI do céu!!! – falei bem alto, lembrando de uma coisa, como podia ter esquecido isso?

- O que é?

- Eu tenho o número da casa dele! Dori! Eu tinha esquecido, lembra que ele dormiu aqui? Eu emprestei meu celular pra ele ligar pra mãe dele.

- Ahhhh! Cadê? – eu peguei meu aparelho na mesa, procurando pelo dia e pela hora que provavelmente tinha sido...

- Hum....

- Acho que achei! Vamos ligar! – disse, decidida, mas antes de discar olhei pra Dori – você quer ligar?

- Não, não, pode ligar! – ele disse, ficando vermelho, isso era tão fofo, ainda não acredito que ele admitiu pra si mesmo que estava apaixonado, e o que mais ele estaria, ficando vermelho e nervoso assim?

- Ok – eu disse, apertando o botão pra realizar a chamada. Ele ficou me olhando, ansioso.

“O número que você ligou no momento não está recebendo ligações”.

Droga. Como assim?

- Droga – eu disse.

- O que foi?

- Não está recebendo ligações – fiz um bico amuado.

- O quê? Mas como? Tem certeza que você ligou pro número certo?

- É claro... No mesmo dia e na mesma hora, só tem esse...

- Não está faltando nenhum número, um código de área, nada? Meu Deus – ele exclamou me olhando, apreensivo.

- Que foi, criatura?

- E se ele desligou o telefone pra gente não entrar em contato com ele? – Doritos perguntou, sentando no sofá.

- Calma, calma – eu disse, pegando o rosto dele e fazendo ele olhar pra mim – você está exagerando, Meu Deus digo eu, Dori! Ele sabe que a gente sabe, ou pelo menos eu sei, onde ele mora, além disso, sério mesmo? Você tem que parar com essa mania de exagerar em tudo, eu já disse que tenho quase certeza que ele gosta de você também, e mesmo assim... Olhe, não se entregue tão de cabeça a tudo, ok? – perguntei, esperando uma resposta.

- Ok... – ele disse, mas não sei... Ai, por que ele tinha que ser assim? As vezes era muito difícil, esse comportamento do Dori de se afogar em sentimentos, sem racionalizar direito, toda vez... Era o que o fazia faltar tanto tempo e gazear tantas aulas. Era sempre assim. O agora. Agora. Essa falta de visão do futuro em algum momento podia fazer mal para ele, e eu me preocupava com isso, mesmo que não tentasse demonstrar tanto assim, pra ele não achar que eu estava tratando ele como louco. Mas talvez já tenha passado da hora de indicar... sei lá... um psicólogo?

- Vamos resolver isso.

 

_Baconzitos_

Voltei para casa às 13h30 depois de ter ido na casa do Fandangos usar o telefone dele, e olhe que ele morava razoavelmente perto de mim. Mas ao ver a situação dele, que ainda estava sem falar com o Cheetos, eu fiquei muito surpreso e até um pouco triste. Nunca, nunca mesmo, imaginei que os dois iriam passar tanto tempo assim, aqueles dois... Eles sempre me visitavam juntos e viviam juntos! Fandangos não quis me dizer o que havia acontecido, mas devia estar sendo muito difícil, ainda mais porque eles estudavam na mesma escola, na mesma sala, e assim, sem se falarem... Que complicado.

Então acabei ficando mais tempo o ouvindo, e enquanto isso, disquei várias vezes pro número da casa do Dodô, mas ninguém atendia. Talvez.... ele só estivesse esquecido de mim. Isso não deveria ser tão difícil, ainda mais porque, só talvez, quem sabe... Aquele garoto Ruffles pudesse ter aparecido e eles estariam conversando e fazendo as pazes. Se fosse esse o caso, eu ficaria feliz pelos dois. Mesmo que essa possibilidade me deixasse um pouco chateado... Mas por quê? Acho que toda essa novidade de ter vários colegas, me envolver em intrigas, mesmo que indiretamente, era meio emocionante... Podia ser que eu só estivesse com medo de que minha vida voltasse a ser a mesma monotonia de sempre.

Eu não reclamaria, inclusive vivi muito bem até antes disso, sem contar o bullying na escola, tudo certo. Porém, eu sabia que não era esse o motivo.

Abri a porta de casa, já meio cabisbaixo por ter me preocupado tanto em ligar para ninguém atender, quando dei de cara com a Nutella e o garoto de cabelo laranja e rebelde. Seus olhos laranjas pareciam ainda maiores, me encarando tímido, com o destaque daquela sobrancelha preta. Ele não sabia para onde olhar e até a morena parecia um pouco desconcertada, embora ainda risonha. Minha mãe foi a primeira que falou.

- Querido, seus amigos vieram te visitar e como eu sabia que você estava fora, eu disse para que esperassem.

- Oi – eu disse, um pouco desconcertado também, minha mãe me encarou de forma que só eu pudesse ver e fez um olhar interrogativo, que entendi como um “o que esse é esse garoto de piercing e que tipo de má influência ele poderia causar em você?”.

- Hum.. Er... Baconzitos, a gente estava pensando em.. aproveitar o dia de sol e ir tomar banho de piscina... Se você pudesse ir, a gente veio ver se você podia ir... – Nutella perguntou indiretamente pra minha mãe também, mesmo que falasse comigo.

- Eu... – olhei pra minha mãe, que sorriu e foi pra cozinha – eu posso sim – terminei, mais aliviado e relaxando aos poucos.

- Que ótimo! A gente vai esperar você pegar suas coisas.

- Obrigado, vai ser rápido – eu disse, indo pro meu quarto. Nesse tempo todo, meus olhos estavam passeando pela sala, mas confesso que 70% do tempo eu estava tentando ver Doritos, que não falava nada e olhava para frente desconcertado.

A minha casa... Era muito simples. A gente só tinha dois quartos, uma sala, dois banheiros e uma cozinha. Ah, e um pequeno quintal. Não tinha uma decoração cara, nem azulejos bonitos e trabalhados. Apesar disso... Eu não queria e não teria vergonha de receber as pessoas aqui. Ainda assim... era estranho. Com a Nutella eu não havia parado tanto pra pensar sobre isso, mas com Doritos aqui essa sensação aumentava. Será que ele se arrependeria de ter “se misturado” comigo ao perceber que não faço parte do grupo de pessoas com dinheiro suficiente pra ser... popular?

Que absurdo... Eu me recusava a acreditar que ele seria esse tipo de pessoa. Não devia nem pensar nisso. Definitivamente não. Éramos amigos... Um pouco... Bons colegas, pelo menos. E até agora ele se mostrou bastante... Qual o adjetivo mesmo?

No geral... Uma boa pessoa.

 

_Doritos_

Ainda me sentia bem desconfortável com toda essa situação, primeiro porque... não havia aprendido a lidar com esse sentimento estranho ainda. Segundo... Era a mãe dele! Eles eram tão diferentes! Nem pareciam ser da mesma família, no começo eu fiquei em choque, mas depois que ela começou a falar com a Nutella sobre algumas receitas de comidas – que eu não fazia ideia de como fazer – e percebi que na verdade, pelo menos o jeito deles, eram muito parecidos; o jeito de mover a mão, de sorrir espontaneamente, de falar com calma...

E foi quando ele chegou e eu fiquei até sem saber o que fazer, ainda bem que a Nutella deu uma desculpa e ele aceitou tranquilamente, porque eu nem estava pensando em ir tomar banho de piscina, mas agora começava a gostar da ideia. Seria uma boa chance de seduzir ele com meu corpo e tudo mais.

Arg. Do que eu estou falando? Não é como se eu pudesse fazer isso com ele, certo? Tem toda essa coisa de ser eu mesmo, ser sincero, que a Nu disse pra mim que era o jeito certo de fazer as coisas. Até agora... bom, não é como se tivesse dando certo, mas pelo menos somos amigos... E eu estou apaixonado por ele, o que é estranho, mas eu estou... acho que estou gostando de estar apaixonado. Mas as vezes eu sinto que quero morrer, principalmente nessas horas que eu tenho vontade de beijar ele e não posso.

- Você também quer salgadinho? – ouvi alguém perguntando pra mim, e percebi que era a mãe dele que havia voltado com dois pacotinhos de salgadinho. A outra esfomeada já estava com o dela, sorrindo cheia de felicidade.

- Obrigado – peguei o pacote, a Dona Elma sorriu e eu percebi que vendo ela sorrir, sentia falta de ver o sorriso dele também.

Que demora...

- Estou pronto – Baconzitos disse, sorrindo e com uma mochila nas costas.

- Então nós já vamos, obrigada pelos salgados, Dona Elma – Nutella agradeceu mais uma vez, eu apenas sorri, meio desconcertado.

- Se cuidem – ela disse.

Entramos os três no carro da Nutella, o Baconzitos no meio de nós dois. Pensei em explicar o motivo da gente ter ido até a casa dele, mas ele falou antes.

- Nós vamos mesmo tomar banho de piscina? – ele pareceu desconfiar da desculpa.

- Você não trouxe roupa de banho? – Nu perguntou.

- Eu trouxe sim, mas... Não tinha certeza.

- Você quer ir tomar banho de piscina? A gente pode fazer qualquer coisa, na verdade – dessa vez eu falei, eu queria muito... ver ele sem blusa... mas também queria que ele ficasse à vontade.

- Hum... Acho que seria legal, até porque está bem quente hoje.

- Então vamos!

- Piscina e sorvete! – Nutella comemorou, animada. Ele sorriu de volta e eu quis muito poder fazer ele sorrir assim também.


Notas Finais



Sem notas finais hoje ♥
Só lembrando que essa história é nossa, então quem tiver alguma sugestão pode fazer ♥


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