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História My salty passion - O amor tem gosto de bacon (Gijinka) - Sem saber


Escrita por: SouTapioca

Capítulo 9 - Sem saber


_Baconzitos_

 

Seria uma manhã de sábado normal, em que eu ficaria em casa estudando e talvez recebesse a visita de Fandangos a noite, mas Nutella passou aqui bem cedo, às oito horas da manhã, para colocar todos os sacos no carro e nos levar para um lar que cuidava de idosos e outras pessoas com problemas que as impediam de permanecer em suas casas. Para mim, era tudo novo, sair de carro com motorista, fazer caridade... Quando eu era menor, minha mãe as vezes ia ajudar na igreja a fazer sopão, essas coisas, mas eu sempre fiquei brincando com as outras crianças, então seria uma primeira vez. Eu estava animado e ansioso.

- Está animado? – Nutella perguntou pra mim, segurando uma lista do nome das pessoas, que devia ter pego para poder separar os materiais por sexo.

- Sim! – concordei enquanto balançava a cabeça – estou um pouco nervoso também.

- Ah, não precisa ficar – ela sorriu – as pessoas que trabalham nesses locais são muito boas, elas vão entender que você não está acostumado a lidar com esse tipo de situação... – a morena olhou pra mim, um pouco séria – Baconzitos, não fique assustado nem com pena das pessoas, ok? Eu sei que pode ser difícil acreditar que tenha gente que prefira deixar seus familiares em locais desse tipo... Mas as vezes... É necessário, quem somos nós pra julgar? Além disso, pelo menos esse lar oferece tudo que é preciso para que eles vivam bem...

Fiquei em silêncio, observando enquanto ela falava. Não havia ainda pensado nisso, mas até que é uma coisa bem comum, né? E não só com idosos ou doentes, quantos lares para crianças não existem? É um pouco triste...

- É um pouco triste... – deixei meu pensamento escapar.

- Eu sei, mas a gente não pode chegar lá assim, temos que ficar felizes por poder ajudar, certo? – ela sorriu.

- Com que frequência você faz isso... quer dizer, ajudar as pessoas aqui... lá?

- Eu não vou muito ao lar... eu sou mais ativa numa organização para cães e gatos que são resgatados das ruas – ela suspirou – resolvi vir hoje porque estava precisando de gente pra organizar as coisas.

- Não foi você que comprou tudo isso? – perguntei, porque até o momento eu jurava que sim.

- Ah, não, não! – ela riu – mesmo que eu quisesse, eles não deixariam. As pessoas normalmente se juntam pra arrecadar, ou fazem rifa, ou cada uma doa um valor, sai mais fácil para todos, e depois arrumamos as sacolas, como estão com poucos voluntários, eu me ofereci pra arrumar dessa vez, eu sou estudante, tenho tempo livre.

- Entendi...

Nós chegamos lá, estava tudo organizado com balões e outras coisas, parecia uma festa. Tinha uma mesa cheia de comidinhas, mas eram todas pros pacientes (percebi que chamavam assim) aproveitarem o dia, já que geralmente a alimentação era bem regrada por nutricionistas e tudo mais. Descobri depois que o lar completava 20 anos de funcionamento. Nossa, era muito tempo! Mais velho que eu... Imagina quantas pessoas não devem ter passado por aqui para ajudarem durante esse tempo.

Foi muito legal, houve brincadeiras e algumas apresentações de música e teatro para todos. Me diverti muito, até conversei com algumas senhoras que me acharam “um menino muito fofinho” e apertaram minha bochecha. Nutella riu quando eu fiquei corado.

- Você é mesmo um menino muito fofinho – ela brincou.

Depois que tudo terminou, já era uma hora da tarde e todos foram levados para o refeitório, almoçamos juntos, as senhoras ainda brincavam de me mimar, foi constrangedoramente engraçado; aproveitei também para conversar com outras pessoas mais velhas que cuidavam daquele lugar. Depois do almoço, que estava um pouco sem sal, mas tudo bem, fomos limpar a parte externa com alguns plásticos que voaram do lixo, outros que caíram sem querer, e por fim entrei no carro junto com Nutella, me sentindo bem comigo mesmo.

- Nutella! Obrigada por hoje!

- Por nada – ela sorriu – obrigada por aceitar me ajudar, eu sei que foi um favor um pouco grande, mas que bom que você gostou.

- Eu quero continuar vindo ajudar! – disse o que estava sentindo no momento – você disse que estavam precisando de voluntários, eu posso ajudar!

- Ah, isso é ótimo! Mas você sabe que eu não venho pra cá, não sabe? Você teria que vir sozinho.

- Não tem problema – eu falei, acho que ela pensou que isso me obrigaria a andar de ônibus uma vez a mais na semana, mas não me incomodava – eu quero fazer isso.

- Ok, então vou te dar o contato das pessoas, você vai precisar fazer um cadastro, mas não é como se você não pudesse deixar de ajudar depois, ok? É tudo voluntário – explicou.

- Sim, sim.

Ela anotou os nomes e telefones num papel, ainda conversamos mais um pouco sobre o dia. O motorista conduziu o carro até minha casa, eu agradeci aos dois e entrei muito animado para falar tudo que havia acontecido para minha mãe, e perguntar se ela deixava eu ser voluntário, ela achou a ideia maravilhosa, e disse que qualquer dia que tivesse outra festinha poderia oferecer alguns salgadinhos também.

 

_Ruffles_

Eu estava no apartamento do Doritos, era domingo, só passava coisa chata na TV. Ele estava chateado e um pouco ranzinza, mas a gente resolveu assistir alguns filmes ou estudar, ou qualquer coisa que desse vontade. O Sensações também estava com a gente, já que a namoradinha nova dele estava ocupada com alguma coisa. Urgh. Eles conseguiam ser muito grudados para um casal tão recente. Eu ainda estava chateado por causa do que aconteceu na escola, mas resolvi ficar na minha.

- O que deu em vocês hoje? – Sen perguntou – estão os dois estranhos, geralmente vocês ficam agarradinhos que nem dois veados.

Doritos quase matou o mais alto com o olhar, e saiu do quarto muito puto; eu olhei para Sen, que apenas deu de ombros e fui atrás dele. Era muito ruim pra ele ser popular e precisar esconder desses “amigos” que era gay. Eu realmente não acho que essas pessoas não desconfiem, mas eu também escondia e até agora estava funcionando razoavelmente bem, mesmo sabendo que uma hora ou outra todo mundo saberia. Claro que ele falou pra irritar o Dori, porque a gente não ficava agarradinho. Acredite, eu adoraria que fosse verdade.

Encontrei Dori do lado de fora do apartamento dele, nossa, ele tinha ido bem longe dessa vez, sentado na escada, olhando pra frente.

- Dori... – chamei ele, que não respondeu, então fui sentar ao seu lado – se você reagir assim com qualquer brincadeira todo mundo vai saber que...

- Ai, que seja, não fode – ele xingou – eu já estou cansado disso, não sou santo que nem você que aguenta todo mundo, sério, você é um santo.

- Eu não sou... eu só estou acostumado com essas coisas – passei a mão no meu cabelo, para aliviar o estresse, e coloquei minha mão por cima da sua.

- Eu achei que eu estava, mas eu estou me odiando ultimamente, eu estou... arg.... sensível – ele fez uma careta, me fazendo rir – e eu fico nervoso e não sei o que fazer com isso.

- Só não faça como eu – mexi meus dedos, mostrando algumas unhas roídas – eu realmente queria superar esse hábito.

- Vou fazer um esmalte com alho pra você... – ele sorriu irônico – um rosa...

- Então vou comprar um batom pra você, olha essa boca ressecada de tanto você morder – rebati – um batom rosa...

- Então você quer colocar um batom em mim pra tirar depois? – ele perguntou, me encarando, com um olhar safado; eu suspirei, já estava acostumado com essas “brincadeiras” dele.

- Não... – eu levantei, irritado – porque você não volta lá e tenta agir como se não estivesse pensando no Baconzitos que não quer ficar com você?

Devo ter sido muito grosso, nossa, eu fui muito mau! Eu não gostava disso, saiu sem querer! Mas as vezes...receber essas “cantadas” dele que nunca levavam a nada... Não dava pra aceitar tudo sempre, calado, deixando ele brincar comigo enquanto ele faz questão de ficar correndo atrás de uma pessoa que mal conhece até no banheiro da escola. Eu sai rápido para não ver o jeito que ele me olharia, que provavelmente partiria um pouco mais do meu coração.


Notas Finais


Oie ♥ Saudades!
As coisas estão indo devagar mesmo, mas era melhor do que "oi tudo bom mal te conheço vamos fuder"
Lembrando que a fic é +18 pra prevenir qualquer coisa que venha a aparecer.
Espero que vocês não se sintam ofendidos pela palavra "veado".
Eu odeio essa expressão, mas assim que funciona né? Tem que escrever as coisas que gosta e que não gosta.
Obrigada por lerem, postarei um desabafo então quem não quiser ver meu desabafo pode ficar por aqui. Não tenho raiva, beijos ♥
~~~~~~~~~~~
As vezes eu vejo tanta gente que escreve mil coisas por dia, mas eu sinceramente não consigo fazer isso, pra mim postar capítulos de +2000 palavras já é um desafio, quanto mais todo dia! Tem vezes que eu me sinto super mal, achando que não adianta insistir nisso.
Mesmo assim, estou feliz comigo mesma por estar conseguindo, no meu ritmo, voltar a escrever, porque fazia muito tempo que não escrevia histórias, achava que tinha até esquecido.
Então quero dizer pra vocês que fazem algo e as vezes se sentem mal por ver outras pessoas fazerem o mesmo de um jeito que você julga melhor, não ligue. Faça o melhor que você pode sempre.
Acredito de coração estar fazendo o meu melhor, com o tempo e preocupações que tenho, e até alguns bloqueios mentais, dias que só consigo ficar olhando pro nada e me odiando, mas eles passam. Muitos diriam "é só uma fanfic" mas pra mim é um retorno, um retorno para uma prática que sempre adorei e tinha abandonado quase de vez.
As vezes é triste não ter mais comentários ou favoritos, mas quer saber? Eu continuarei fazendo, porque mesmo quando aparece só um "que fofo" isso já enche meu coraçãozinho, sério. E se não aparecer nada, eu continuarei fazendo, porque quero terminar o que comecei consciente do meu esforço.
É isso, obrigada por tudo ♥ Foi um desabafo aleatório mas estou feliz.


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