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História My salty passion - O amor tem gosto de bacon (Gijinka) - Lembrança no cabide


Escrita por: SouTapioca

Capítulo 26 - Lembrança no cabide


 

_Nutella_

Eu pensei que a semana iria ser mais difícil, porém até que foi tranquila, apenas um pouco frustrante para mim, em particular, e também por ver que algumas pessoas gostam de dificultar coisas fáceis. Com “algumas pessoas” eu quis dizer Doritos, claro. Que estudando na mesma escola que o Baconzitos, não consegue falar com ele porque está sempre com o grupinho seleto de pessoas que ele sempre andou. Uma bobagem dessas, né? Além disso, eu sei que ele teve uma recaída pelo Ruffles, porque estamos falando de Doritos, essa pessoa indecisa e estranha…

Não posso dizer que não entendo, amizade de muito tempo e tal... Mas acho que isso é mais por medo de ficar sozinho do que por, sei lá, por amor? Nunca achei que Dori iria corresponder a paixão platônica do Ruff, mas aí eles deram esses beijos e eu resolvi aceitar que não entendo mais de nada.

- O que você está escrevendo aí? – Cebolitos perguntou, curioso. Ah, a gente ainda estava na escola estudando desde que largamos.

- Nada demais – tirei o cabelo do rosto, prendendo num rabo de cavalo – ahh, estou cansada de tanto estudar, e a lasanha que a gente dividiu foi muito pouco para ser considerada um almoço decente.

Cebolitos riu, concordando com a cabeça.

- Eu duvido que você coma tanto quanto faz parecer pelo que a gente te ouve falando, inclusive estou achando você mais magra.

- Ai, você acha? – perguntei feliz – que bom! Na verdade, eu estava esperando que alguém notasse, eu perdi alguns quilos esses dias, só você percebeu.

- Mas você sempre foi bonita, então não devia se preocupar com isso.

- Ah, nada! Mas já que o que estou fazendo está dando certo, então vou passar em um lugar depois daqui pra comemorar.

- Quer ir na sorveteria comigo?

- Aww, fofo! Hoje eu tenho outros planos, mas vamos amanhã, ok? Sexta-feira combina mais com sorvete.

 

 

 

_Baconzitos_

- Sua amiga está aí – minha mãe me recebeu sorrindo, depois que eu cheguei em casa. Havia ido no Lar, como toda quinta-feira, e para mim foi uma surpresa encontrar Nutella lá dentro, depois de ter falado pouco com ela durante a semana.

- Ah, oi Baconzitos! Desculpa aparecer assim.

- Tudo bem. Não tem problema.

- Sua amiga disse que agora é fã número um dos meus salgadinhos – minha mãe riu.

- Cooom certeza, Dona Elma! São os melhores – percebi que Nutella já segurava um saquinho de salgadinhos, enquanto minha mãe dava uma risadinha.

- Fiquem a vontade, meninos.

- Senta aí, Baconzitos – Nutella disse, parecia a vontade como se a casa fosse dela, eu ri – tudo bom? Eu ainda tive que te esperar um pouco.

- É, mas quinta-feira não é um bom dia pra me ver, não.

- Eu quero saber – ela se aproximou abruptamente de mim – duas coisas.

- Hum? – me afastei instantaneamente.

- Primeiro, você acha que eu estou mais magra? – ela perguntou, voltando ao seu lugar, passando a mão num fio de cabelo e colocando-o de volta para trás da orelha.

- Bem... acho que sim, mas...

- Ohhh, obrigada! – ela sorriu – segundo, você gosta do Doritos, né?

- O quê? – a olhei assustado, olhando também pra cozinha onde estava minha mãe – Nutella?

- Pode ser sincero comigo, eu não vou contar pra ele – ela me mostrou a palma das mãos abertas – bom, pelo menos não diretamente.

Suspirei, afinal de contas, ela podia ser bem insistente, eu percebi com o tempo.

- Você é realmente intimidante quando quer, mas eu ainda não sei... talvez eu goste dele... um pouco.

- Awwwwwwwwww – ela voou com as mãos na minha bochecha – você é tão fofo! – eu ri, mas foi de nervoso, tirando a mão dela da minha bochecha o mais rápido que eu pude.

- Nunca mais faça isso de novo – ameacei, num tom pouco convincente, ela continuou rindo e eu acredito que deveria me sentir mais aliviado ao dizer que eu estou mesmo gostando do Doritos, simples assim. Só que a Nutella me deixava um pouco nervoso por ser tão próxima dele. Gostaria de poder compartilhar isso com o Fandangos, mas tenho medo de como ele reagiria, mas se ele reagisse bem, acho que então eu ficaria mais tranquilo.

- Tudo bem, desculpa, eu me empolguei.

- Não conte nada pra ele, viu Nutella? – aprendi que fazer pedidos com o nome das pessoas faz com que elas levem mais em consideração, não custava tentar – não é como se eu o visse com frequência, de qualquer jeito. Eu o vi na escola andando com o Ruffles também, fico feliz de que eles tenham feito as pazes, porque ele parecia muito mal com isso.

- Eles são só amigos e meio estranhos, mas se fosse pra ter acontecido algo, você não acha que já teria acontecido faz tempo? – ela suspirou, parecendo chateada, talvez fosse mais pessoal pra ela do que eu imaginei – acredite em mim, se fosse mesmo, cem por cento, pra acontecer algo, já teria acontecido... – a morena repetiu.

 

 

 

_Ruffles_

Passar a semana sem estar com raiva do Dori, mesmo que tenha sido um pouco desnorteador ele ter me beijado do nada aquele dia, me fez perceber que eu não estava mais tão confuso sobre se eu conseguiria ver e aceitar que podemos ser só amigos. Eu ainda o achava lindo e sinceramente, eu ainda gosto muito dele, só que de uma forma... uma forma de quem aceitou que não era pra ser.

Dizem por aí que não se perde o que nunca se teve. Mas porque eu sentia uma sensação de estar perdendo algo sempre que abria meu guarda-roupa e via a jaqueta do Pringles pendurado? A semana toda... e eu praticamente não o vi em momento nenhum na escola. Era por isso que eu resolvi utilizar a melhor desculpa que eu tinha em mãos, e perto do anoitecer coloquei sua roupa em minha mochila e fui para o lugar que sabia que podia encontra-lo sem parecer inconveniente.

Estava meio nervoso ao chegar na porta do bar, porque lembrei que se eles pedissem minha identidade não me deixariam entrar, mas para minha surpresa no momento que eu cheguei em frente a porta, uma garota de cabelos dourados e vestido verde passou correndo e chorando, então aproveitei a distração do segurança para entrar rapidamente. Aliviado, andei em direção ao balcão, a Itubaína sorriu para mim.

- Olha, quem voltou! Bem vindo de volta!

- Obrigado. O que foi aquilo? Quem era aquela?

- Ah, um drama básico, o que mais seria? A Kuat trabalhava aqui antes, mas ela se tornou...hum... um pouco antipopular, então ela foi despedida e contrataram a Fanta Guaraná no lugar dela, é uma prima da Uva que se mudou recentemente e estava procurando emprego. Hoje ela veio pedir desculpa e pra voltar, mas a Fanta já foi bem recepcionada pelos clientes, então acho que não rola mais, por isso o choro.

- Coitada...

- É, eu achava ela boa pessoa, mas nesse tipo de emprego a gente depende dos clientes também, né? – sorriu, me dando um refrigerante, mesmo sem eu ter pedido.

- Claro, deve ser mesmo – sorri de volta – obrigado.

- Esse é por conta da casa – deu uma piscadinha – então... você veio procurar o Pringles? Acho que em breve ele aparece por aqui, mas infelizmente hoje não vai ter nada especial, só uma música ao vivo que deve chegar em breve.

- Bom, eu... vim devolver uma roupa dele – expliquei, levantando a mochila um pouco para ela ver que eu carregava algo. Mas o que ela iria achar de eu estar com uma roupa do Pringles guardada?

- Sei... Ruffles, né? – assenti com a cabeça, ela chegou mais perto de mim – naquele corredor, numa porta à esquerda. Vai lá, pode levar sua bebida junto.

Sorri, meio sem jeito porque não queria ir atrás dele, mas também acho que não fazia sentido perder tempo também. Eu só iria devolver um a jaqueta, só isso. Abri a porta, tão nervoso que havia esquecido até de bater antes, que falta de educação. Quase morri porque Pringles estava colocando a blusa da farda, e olhou em direção a porta um tanto surpreso, mas logo o bigode dele mexeu e eu percebi que estava sorrindo.

- Desculpa... ter entrado sem bater.

- Tudo bem – ele terminou de fechar a blusa e começou a abotoá-la – não esperava que você viesse aqui.

- Eu tentei te encontrar na escola, nos corredores ou algo assim, mas não te vi em lugar nenhum – expliquei, tentando me desculpar, talvez eu estivesse mesmo incomodando.

- Você tentou? – Pringles perguntou, se aproximando – eu não costumo sair da sala durante o intervalo.

- Ah.

- Você poderia ter me ligado, você soube me ligar aquele dia – ele observou, parecendo chateado. Acho que não tinha desculpa mesmo, eu realmente deveria ter ligado. O que passou, ou melhor, deixou de passar na minha cabeça para eu não ter feito isso?

- Foi mal...  é que com a semana de provas, e meus pais tentando serem legais para compensar aquele dia, e... outras coisas, eu acho que foquei tanto em te ver, que esqueci que podia resolver isso apenas te ligando – segurei a bolsa, retirando com uma mão a peça de couro de dentro, para entrega-lo – mas eu queria devolver isso, então.

- Mas eu estou satisfeito por você ter vindo aqui hoje. Pensei que tinha esquecido de mim – seu olhar era vermelho e intenso, enquanto ele tirava a jaqueta da minha mão, abrindo-a e colocando em si mesmo – eu a comprei por um motivo, mas acho que gosto ainda mais dela agora.

- Foi difícil passar a semana sem a jaqueta? Eu devia ter devolvido antes.

- Foi difícil passar a semana sem imaginar você nela.


Notas Finais


Escrevi isso na vibe "Love is a loosing game". Várias vezes ouvindo essa música. AAAAAAAAA
Saudades Amy </3 #precisoconfessarque
Eu passo mais tempo escolhendo o nome do capítulo do que escrevendo kkkkkk :3 então não me julgue, nunca fica 100%
Na verdade nunca acho que nada que eu faço é 100%, mas simbora fazendo! ♥


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