História My Security - The trip

Chanyeol e Baekhyun estavam a caminho de casa.

Quando Chanyeol puxou de dentro do casaco daquele que deveria proteger, seu celular, mandando uma mensagem para Lu Han se passando pelo pequeno, dizendo que estava com sono e sentindo uma grande dor de cabeça, avisando que Chanyeol lhe levaria para casa e que pedisse para Jongin levá-lo quando acabassem de comer, o chinês nem desconfiou. Desejou apenas melhoras e disse que voltaria para casa tarde, pois estava amando conversar com Kyungsoo e Minseok, também disse que levaria um agrado ao amigo que agradeceu.

E assim saíram pela porta de trás do restaurante, sem que ninguém os visse.

Já no carro, Park pensava na pergunta do menor, enquanto este olhava pela janela do carro, tentando se distrair.

Mas Chanyeol sabia que sua mente estava longe de querer pensar em outra coisa, as bochechas ainda estavam molhadas, marcadas por rastros de lágrimas derramadas no restaurante e, vez ou outra, dentro do carro.

Ele não teve coragem de responder, tudo o que pode fazer naquele momento foi acariciar o rosto do pequeno e abraçá-lo, com o rosto enterrado em seu peito. Querendo protegê-lo como se fosse a jóia mais preciosa do mundo.

E talvez, de fato, fosse.

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Ele segurou a mão de Baekhyun do momento que eles saíram do carro, até quando usaram o elevador e chegaram no apartamento do baixinho.

Em momento algum este pareceu incomodado.

Parecia pensativo.

— E-eu vou pro meu quarto, dormir. — Ele disse, assim que entrou na sala, cortando o contato que tinha com o maior. — Suho disse que tem que conversar comigo amanhã bem cedo e que é importante, tenho que descansar. Boa noite, Chanyeol. — Ele desejou antes de se curvar e subir as escadas para o seu quarto.

O moreno maior levou um tempo até agir, subindo as escadas de modo apressado, quando conseguiu alcançar o Byun, segurou seu braço com força, mas não o suficiente para lhe machucar e o prendeu na parede. As mãos uma de cada lado da cabeça do menor.

— Você quer me explicar o que aconteceu com você? — Deu um sorriso, tentando passar confiança. — Sabe que eu sou curioso e não vou te deixar em paz até você me dizer. — Desenhou um círculo na bochecha dele, usando seu polegar. Deslizando suavemente como se Baekhyun fosse tão delicado a ponto de quebrar.

Mas tudo o que conseguiu foi um par de olhos brilhantes, cheios d’água e um biquinho rosa.

— Baek… — Novamente se sentiu preocupado. — Você não disse nada desde que saímos de lá, nada, apenas que iria dormir. Por favor, me diz o que te faz chorar, eu prometo não contar pra ninguém e tentar de entender… — Nada. — Ou então eu vou achar que fiz algo errado…

— V-você não fez nada errado, Chanyeol. — Dizia com voz manhosa, ao empurrar de leve o peito de Chanyeol, para assim ir para o seu quarto, em um pedido mudo para que o segurança o seguisse. — Eu que estrago tudo, eu sempre estrago. — Se sentou na cama, os olhos fixos na cama, até que viu o espaço a sua frente afundar.

— Porque diz isso Baek? Huh? — Chegou mais perto dele, engatinhando até estar com as costas coladas na cabeceira da cama, deitou a cabeça no ombro do menor, sorrindo. — Me diz o que à, okay? Prometo guardar segredo, eu sou um túmulo.

— É por isso que às vezes cheira tão mal. — Tentou fazer piada, apenas para amenizar o clima. — Eu sou uma pessoa horrível Chanyeol. Não sei por onde começar…

— Porque me perguntou como era ter uma família? — Apoiou seu braço no ombro do artista para logo depois acariciar seus fios, sentindo que estava tocando em um assunto mais que delicado. — V-você… não tem uma?

— Eu tenho sim. — Fungou. — Mas eles não me reconhecem como filho.

— Continue. — Voltou a deitar sua cabeça no ombro dele. Vez ou outra mexendo ela devagar, como se esfregasse atrás de carinho.

— Meus pais não me aceitam Chan, eles nunca aceitaram.

— Eles não aceitavam o fato de você gostar de garotos? — Perguntou com naturalidade, enquanto fazia desenhos invisíveis no joelho do menor.

Baekhyun se remexeu, tentando achar um jeito confortável para continuar a contar sobre sua família.

— Também. Mas tudo só piorou quando eu disse que queria ser cantor, eles queriam que eu seguisse a carreira do meu pai.

— Seu pai trabalha de que?

— Ele é chefe de polícia.

Chanyeol riu.

— Não consigo imaginar você vestindo farda, você nem gosta de armas. — Lembrou. — E o que aconteceu depois?

— Eles me expulsaram de casa quando eu cheguei e disse que tinha ido fazer uma audição da SM. — Chanyeol arregalou os olhos. — Eu morei na rua por tempo, até que eu reencontrei o Lu e ele me levou pra morar com ele. Um tempo depois eu fui avisado que, quase por um milagre, eu passei na audição. — Ele sorriu, mesmo que suas lembranças não fossem lá muito agradáveis. — Queria mostrar para os meu país que eu era capaz e que sim, eu conseguiria realizar um sonho. Virei trainee e na primeira oportunidade que tive, pedi para o Lu Han, aproveitando que ele estava a caminho do aeroporto para visitar sua avó, me levar até a casa dos meu pais. — Suspirou, uma lágrima descendo sua bochecha. — Bom, desde então eu não tenho mais notícias deles.

Chanyeol fez uma expressão confusa, sentando-se corretamente.

— Ué, tem um vácuo aí. Você não foi até a casa deles? O que aconteceu quando você foi lá?

Baekhyun deu um sorriso pequeno, tocando com o indicador a mão repousada em seu joelho.

— Não aconteceu nada Chanyeol, porque eles não estavam mais lá.

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Logo dois meses tinham se passado.

Chanyeol tinha fé que nesses dois meses, Jongin iria parar de perturbar seu irmão, que Lu Han parasse de ser tão pé no saco e arrumasse um apartamento ou uma casa para ficar — Tendo em vista que ele estava decidido a morar na Coréia, assim como seu manager havia sugerido. — Baekhyun aprenderia a fritar um ovo e ele próprio perdesse três quilos para poder entrar em uma calça que ganhará de Jongin. Um presente do moreno para agradar o irmão do “futuro namorado”.

Contudo, as coisas continuaram iguais, ou até mesmo piores.

Jongin quebrará um braço, culpa de Kyungsoo que o empurrou de uma escada — Como ele riu naquele dia. Lu Han conseguia ser mais chato que uma velha, sempre sentado no sofá bebendo um chá e resmungando consigo. Baekhyun colocou fogo em mais de sete panos de prato, alem de quebrar cinco copos, três pratos e uma travessa de vidro, o que resultou em um pequeno corte em seu pezinho de princesa. Já ele continuava igual, sem conseguir vestir aquela bela calça preta.

— Eu desisto. — Ele descia as escadas bufando, com a calça jogada em cima do ombro. Assim que viu Baekhyun, Lu Han e Jongin sentados na sala, tratou de jogar a calça na cara do moreno. — Porque você tinha que me trazer um número tão pequeno heim? Eu tenho cara de alguma Barbie por acaso?

Lu Han logo se meteu, com a boca cheia de nachos.

— Annabelle combina mais. Porque a única pessoa que merece o título de rostinho de Barbie sou eu. — Sorriu convencido após engolir a comida.

— Não sabia que a Barbie tinha pau. — Sentou-se no sofá. — Minha infância está estragada, a Barbie é traveco.

Jongin e Baekhyun riram.

— Vocês dois são demais eu hein — Byun disse, levantando-se um pouco para pegar os nachos na mesinha de centro. — SuHo já disse quando vamos viajar? E pra onde nós vamos fazer essas tais fotografias? — Perguntou.

— Nesse fim de semana, ou seja, já arrume suas malas e tudo mais. Amanhã eu vou visitar minha mãe, ainda não é meu dia de folga mas como vamos passar um mês semanas no Hawaii, decidi ir avisar a minha família e aproveitar pra matar as saudades.

Baekhyun assentiu. Hawaii, isso fez um sorriso gigante aparecer em seu rosto.

— Pera aí! — Lu Han se intrometeu, parecendo eufórico. — Vocês vão pro Hawaii?! E eu, como fico?

— Você fica aqui, quietinho, sem encher meu saco. — Chanyeol respondeu.

— Eu sou mais velho, cade o respeito?

— Rodando bolsinha lá na esquina.

— Parem vocês dois. — Jongin pediu, com um sorriso. — Não se preocupe Chanyeol, eu cuido do seu irmão enquanto você estiver fora. — piscou, dando um sorrisinho cheio de segundas, terceiras, infinitas intenções.

— Você nem pense em chegar perto do meu irmão. Ou eu mesmo quebro seu outro braço.

— Chanyeol. — Baekhyun chamou sua atenção, uma expressão confusa.

— O que?

— Você vai sair pra visitar seus pais e tal, Jongin vai fazer um comercial e Lu Han vai junto. — o segurança assentiu, esperando ele continuar. — Mas quem vai cuidar de mim? — Perguntou, e Chanyeol achou a coisa mais fofa do mundo.

Rindo, ele respondeu:

— Comigo, oras. Você vai junto comigo lá em casa, vai ser rapidinho e de lá nós já vamos pro aeroporto.

— Se você diz…

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Baekhyun nunca pensou que amaria tanto uma mulher como estava amando a mãe de Chanyeol.

A mulher era quase o Park de saia e batom, sm uma versão mais velha e claro, mais bonita. Ela era engraçada, fazia piada com tudo e com todos, principalmente com o caçula da família. Kyungsoo ria e dizia para Baekhyun que logo ele se acostuma. O sr. Park parecia mais com Kyungsoo, só que bem mais alto que o mesmo, ele era mais sério, mas brincava de fazer piadinhas junto com a esposa.

Nesse momento ele achou que a “veia” cômica era de família.

Kyungsoo era a única exceção.

Por estar trabalhando com o artista três meses e mais alguma coisa, ele já tinha sido obrigado a contar à família para quem ele estava trabalhando e sua mãe foi a quem mais gostou, Kyungsoo já sabia e queria ter contado da primeira vez que o irmão foi visitar eles, quando ele contou do restaurante, mas Chanyeol não deixou.

O que mais alegrava o Byun, é que mesmo tendo aquele negócio de “Eu sou famoso”, a família de Chanyeol o tratava de igual pra igual. E, em menos de duas horas, a senhora Park já adotará aquele pequeno e fofo cantor como novo filho.

— Aí Chanyeol, desfaz esse bico. — Baekhyun dizia sentado ao lado do maior no sofá preto da sala, os outros membros da família estavam na cozinha, na verdade apenas Kyungsoo e a senhora Park, o pai de Chanyeol passava longe daquele cômodo.

A mãe do maior não tinha confiança no marido para deixá-lo tocar em sua cozinha.

— Não é justo, eu também sou filho, porquê que eu não ganhei esses mimos? — se referia aos beijos que Baekhyun recebia do sua progenitora. — Eu ganho piadas e você beijinhos, muito legal isso.

Ele tem ciúmes da mãe… Pensou Baekhyun, rindo baixinho.

Mas não era bem disse que ele estava com ciúmes.

Chanyeol, focado em manter sua birra para ter atenção, não viu quando Baekhyun se ajoelhou no estofado, segurando sua nuca e queixo.

Sentiu uma gota de suor escorrer por suas costas quando sentiu, bem de leve, os lábios vermelhinhos e risonhos pressionarem sua bochecha de modo delicado.

— Agora, para de birra Chan, e vamos ajudar sua mãe e o Kyung na cozinha.

E Chanyeol foi, com o sorriso maior do mundo.

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— Então, cuide bem do meu filho nessa viagem Baek. — sr. Park sussurrava para o menino, antes dele ir para fora onde Chanyeol já o esperava dentro do carro. — Sei que é ele quem deve proteger você e tudo mais, mas ele só tem tamanho, porque ele consegue ser mais criança do que uma criança. — Riu, sendo acompanhada pelo garoto.

— Eu já percebi bem isso. — Deu um beijo na bochecha da mulher, seguido de um abraço apertado. — Quando voltarmos, prometo que não vamos demorar para passar aqui. Eu queria poder levar a senhora junto, mas como está em cima da hora, meu manager não permitiria.

— Não tem problema meu anjo. — Bagunçou seus cabelos. — não preocupe com isso, apenas divirtam-se nessas “férias”. E pare de me chamar de senhora, oras, eu ainda não estou tão velha.

Conversaram mais um pouco  e logo o menor foi para o carro, encontrando um Chanyeol sorridente.

— Sua família é um amor, Chan. — Ele disse, acenando pela janela, vendo a progenitora de Chanyeol sorrir e acenar de volta. — Sua mãe então… me senti em casa.

— Então, se quiser, eles serão sua casa a partir de hoje. — Park mordeu o lábio inferior. — Não vejo problema em dividir minha família com alguém. Divido até o Kyungsoo, desde que seja com e apenas para você.

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— Eu não vou entrar nesse bagulho não, mais nem que me paguem!

Baekhyun passou a mão pelo rosto, Chanyeol poderia ser bem chatinho quando queria também.

— Para de ceninha. Achou que nós íamos pro Hawaii como? De barquinho?

— Bem melhor do que subir nesse negócio e dar um alô pros passarinhos lá em cima. — Rebateu.

Baekhyun olhou para o céu como se pedisse forças para lidar com aquilo. SuHo e Yixing já estavam dentro do avião, na primeira classe e esperavam os outros dois do lado de fora, entrarem.

Mas parecia que Chanyeol não queria colaborar.

E foi quando teve uma idéia.

(…)

— Aí, aí, aí, aí! Baekhyun! Solta minha orelha, ta machucando!

O menor sorriu, assim que passaram para dentro da primeira classe. Largou o maior e se sentou em um dos assentos, do lado da janela.

Chanyeol se sentou emburrado, massageando sua orelha vermelhas e que estava ardendo pela força que o baixinho usara para “carregá-lo” para dentro do avião.

— Maiores do que isso elas não vão ficar, então relaxa.

— Maldade. — Fechou a cara.

— Relaxa Chanyeol. — Apertou o ombro do maior. — E aproveita a vôo.

— Aproveitar o que? — Indagou. — Minha morte? — ironizou.

— Chanyeol, olha o seu tamanho, você já não tá meio grandinho pra ter medo de altura? — Riu. Mesmo implicando, ele havia achado nesse método um bom jeito de distrair o Park do avião que já estava nos últimos detalhes para levantar vôo.

— Não é medo de altura. É medo de avião, duas coisas completamente diferentes. — Se defendeu.

Baekhyun deu um sorriso de lado, desconfiando da voz levemente afinada. Típico de quando ele tentava mentir.

— Ô, que coisinha fofa. — Apertou a bochecha do segurança, vendo a face nada contente deste. — Uma gracinha. — Viu o rosto de Chanyeol se virar para cima, prestando atenção na voz da aeromoça que avisava que o avião já estava prestes a decolar. Observou também uma gota de suor escorrer de sua nuca e mordeu o lábio.

Chanyeol estava realmente com medo.

Deitou a cabeça em seu ombro, sentindo o maior se movimentar para olhar para sim. Provavelmente confuso.

— Um bom jeito de esquecer seu medo, Chan, é pensar em coisas boas. — Riu. — Tipo, algum momento em especial ou escutar alguma música e tentar dormir. — Bocejou logo em seguida, ele não havia conseguido dormir nada na noite anterior, ansioso para a viagem. E o ombro de Chanyeol parecia extremamente confortável para se deitar. — Não se importa se eu dormir assim? E aqui? Eu quase não fechei o olho noite passada.

— Não me importo não. — Acariciou os fios da cabeça do menor, amando a nova coloração destes, Baekhyun tinha pintado durante a madrugada com a ajuda de Lu Han. Eles estavam mais claros, em um loiro mel. — Bons sonhos. — Desejou.

— Uhum… — Baekhyun murmurou já mais para lá do que para cá, aninhando-se mais ao pescoço do mais novo.

Chanyeol nunca contou, mas o motivo de ter conseguido dormir durante boa do vôo, foi graças ao baixinho.

Ele pensava em seu sorriso, sua risada, seu perfume e até mesmo aquele beijinho na bochecha que receberá na sala de sua casa, vindo dos lábios bonitinhos de Baekhyun.

Chanyeol pensou naquele momento especial que Baekhyun havia sugerido, ele pensou no seu presente.