História My Sexy Vampire - Imagine Changbin (Stray Kids) - Capítulo Cinco.

 — Falou com ela? — Bang chan perguntou. Arqueei a sobrancelha o encarando.

 — É da sua conta?

 — Seo, não adianta me tratar assim. Eu fui enviado para te ajudar, não culpe a mim e sim ao anfitrião. — deu leves batidas em minhas costas.

 — Ela não me ouve. Eu tentei explicar o que estava acontecendo comigo naquele dia, mas ela não aceitou. — confessei.

 — Então iria realmente contar para a moça? — me encarou sério — Changbin, você tem noção das consequências disso?

 — Tenho. Porém ela é muito curiosa, e pelo o que a observo, S/N esta quase descobrindo a verdade. — suspirei — Era por isso que eu não queria me envolver com humanos puros, eu não consigo me controlar ainda, Bang.

 — É só questão de tempo, irmão. Comigo foi a mesma coisa.

 — Você não está entendendo. Todo dia eu brigo com um babaca daquele colégio, e desconto minha raiva sugando sangue de ratos. — meu amigo fez careta.

 — Argh, Changbin, que nojo.

 — Não deixa de ser sangue. — dei ombros — E quando eu estava “fora de mim”, a garota apareceu. Seu cheiro estava mais forte que o normal e então eu perdi o controle, ainda bem que ela me chutou, porque se não fosse por isso...

 — Ela te chutou? — Bang riu.

Concordei e continuei conversando com meu amigo. Na verdade éramos praticamente irmãos, desde que nossas vidas foram destruídas. Então nos juntamos e passamos a viver juntos, com mais um casal de irmãos.

 Seul, Coreia do Sul • 1598.

Tudo estava um caos. Desde que os Hwang’s decidiram nos atacar tudo foi por água abaixo. Foi quando o clã Bang juntou-se à nós. Naquele momento Seul já havia sido engolido pelo fogo, só sobraram as cinza da antiga e linda cidade.

 — No que tanto pensa, querido? — Minha mãe sorriu. Eu podia ver claramente que ela estava com os olhos marejados.

 — O que vamos fazer agora? Não temos casa. — e então comecei a chorar.

 — Mantenha a calma, meu garoto. Os Bang’s nos convidaram para morarmos lá, tudo bem? Vai dar tudo certo. — minha mãe então me abraçou acariciando meus cabelos.

~><~

Já havia se passado um mês desde o ataque e estávamos morando no grande palácio dos Bang’s. Era um lugar confortável, porém eu preferia mil vezes estar com toda minha família, na minha casa, que foi engolida pelo fogo. Eu só não perdi meu lar, como também minhas irmãs e meu pai.

Toda noite eu choro, sabe? Não é fácil para um garoto de sete anos perder metade da sua família assim - não é fácil para pessoas com mais idade também, porém eu quase não curti minha família -. Estava sentado no corredor do grande palácio e encarava a neve através do grande vidro que me protegia do frio de lá de fora. 

 — Meu amor, estou de saída. Mais tarde estou de volta, ok? — minha mãe apareceu ao meu lado.

 — A senhora vai sozinha?

 — Não, querido. Senhora Bang e Lee irão junto. — sorriu acariciando meus cabelos — Até mais.

 — Até... — acenei para minha mãe que me mandou um beijo no ar e sumiu pelo corredor.

Fiquei por um tempo observando o lado de fora, as vezes abafando o vidro, o deixando embaçado e fazendo alguns desenhos aleatórios no mesmo.

 — Oi, qual seu nome? — um garoto apareceu ao meu lado.

 — Ahn... me chamo Seo Changbin. E você? — estendi minha mão para o garoto, que a segurou e balançou em seguida.

 — Me chamo Christopher Bang, mas prefiro que me chamem de Chan ou Bang Chan. Aquela é Charlotte e aquele é o Félix, eles são meus melhores amigos. — sorriu apontando para uma menina e um menino que estavam no fim do corredor. Acenei para os mesmos e logo fui retribuído — Quantos anos você tem?

 — Eu tenho sete. E você?

 — Tenho nove — sorriu — Venha, vamos ser amigos.

O mais velho me estendeu a mão sorrindo, segurei a mesma e me levantei. Chan me apresentou corretamente para seus amigos e então passamos a tarde brincando.

~><~

Já haviam se passado das oito da noite e minha mãe ainda não tinha voltado. Meu coração estava acelerado e então escutei a porta do meu quarto abrir com tudo e Chan apareceu com os olhos avermelhados, aparentava estar chorando.

 — Seo...

 — O que aconteceu, Chan? Está tudo bem? — me aproximei do garoto. Christopher estava com os olhos arregalados.

 — Nossas mães...

 — O que tem nossas mães? — perguntei desesperado, mas ele não me respondia. Parecia paralisado — O que aconteceu Bang? Estou ficando preocupado.

 — Seo... — foi a vez de Charlotte aparecer na porta do quarto. Carregava um semblante triste e seus olhos estavam molhados — Nossas mães morreram...

 — O que? — gritei já com as lágrimas tomando conta do meu rosto inteiro. A minha única família havia morrido, agora só restou eu e mais ninguém.

 — Ei, estava falando com você — Charlotte estalou os dedos em frente ao meu rosto. Desde quando ela está aqui? — Estava pensando em que?

 — Nada demais...

 — Sabe que se continuar pensando na sua mãe, seu estado emocional vai piorar e você vai perder o controle facilmente, né? — piscou com um olho.

Maldito seja quem deu o poder de telepatia para os vampiros!

 — Eu ouvi isso — a garota gargalhou — Mas vamos voltar ao assunto, estava dizendo que escutei uma conversa do anfitrião e parece que os Hwang’s irão vir para cá.

Quando escutei aquele sobrenome meu sangue ferveu e então eu senti minhas presas crescerem lentamente e acabei soltando um rosnado baixo. Como eles ousam?

 — Nós não sabemos, Seo. — Bang respondeu — Pode ser que eles mandem um jovem para seu colégio, não tem nada confirmado ainda, mas é o mais provável de se acontecer...

 — Está falado sério? Não é possível. — soquei a parede daquele beco — Eles sabem onde eu estudo?

 — Obviamente. Por isso irão mandá-lo para lá, para acabar finalmente com o sobrenome Seo. E também pelo o que eu sei, eles já estão de olho na S/N, sei que não são próximos e ela não quer olhar na sua cara, mas ela não tem culpa de estar envolvida nisso, então peço que a proteja. Lembra daquele dia que você levou a garota até a sua casa e o Dakota apareceu para te atacar? Ele a viu indo embora... — Charlotte respondeu. Era só o que faltava.

 — E vão tentar raptá-la para te atrair. — Chan finalizou.

 — Eu não acredito... — encostei minha testa na parede — Não sei como mas, vou fazer o máximo para tentar protegê-la. Afinal, como você disse, ela não tem nada haver com isso. E eu acabo me protegendo também.

 — Ah, mais uma coisa...

 — O que? — encarei a garota, que puxou o ar entre os dentes e soltou a bomba.

 — Cuidado com o Han, ele se passa por bom rapaz, mas está prestes a dar o bote na S/N.

S/N On*

Tomei um susto ao ouvir o barulho do sino tocando e levantei minha cabeça limpando o canto da boca.

 — Você ronca demais garota. — Jaemin riu.

 — É mentira amiga. — Hyejin bateu no braço do namorado.

 — Que aula é essa? — bocejei e esfreguei os olhos.

 — Acabou a aula amiga. — riu — Está na hora de ir pra casa já.

— O que? Eu dormi três aulas seguidas? — me levantei desesperada começando a guardar meu material — Por que estão sentados ainda? Não querem ir embora?

 — Estamos esperando o Han vir te buscar.