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História My Soundtrack - 2 Temporada - O que não te mata


Escrita por: justineirajdb

Notas do Autor


OLÁAA... Esse cap é pra mostrar que o que não mata, fortalece!!!
Cap 12 do projeto... Mds, já já acaba.
Essa música se chama Stronger, da Kelly Carkson... Música de 2011. Prestem atenção na letra que é muito linda

Capítulo 18 - O que não te mata


Fanfic / Fanfiction My Soundtrack - 2 Temporada - O que não te mata

Estou apavorada. Alguém entrou na minha casa, alguém que me conhecia, que conhece a Kimberly Vegas. Bagunçou minha casa, assustou meu cachorro e o ameaçou. Não... Isso eu não aceito. Acendo as luzes da casa toda e tento encontrar vestígio de alguma coisa. Mas pelo visto, a pessoa veio para me assustar. E conseguiu. Eu estava apavorada e com tanta raiva. Seja lá quem for conseguiu o que queria, minha atenção. 

Fechei todas as janelas e tranquei bem a porta. Seja lá quem for não está mais aqui. Alguns vizinhos vieram perguntar se estava tudo bem, e os tranquilizei dizendo que havia sido um colega pregando uma brincadeira de mal gosto. Brian parecia assustado, e a cada barulhinho levantava as orelhinhas, e olhava de um lado para o outro. 

- Vem, Brian – o chamei enquanto fechava a porta. Olhei ao redor e vi o quanto minha casa estava bagunçada. Haviam quebrado copos, pratos, jogado tudo no chão. O sofá estava virado de cabeça para baixo, haviam quebrado tudo e em todos os cômodos. Apesar da minha casa ser pequena, havia bastante coisa ali. E haviam destruído com tudo que eu tinha. Minha vontade era de chorar... Isso não pode está acontecendo, não pode! 

Brian estava a minha frente, ele parecia com medo. Fiz carinho na sua cabeça o tranquilizando. Não sabia por onde começar a arrumação, invés disso, arrumei as vazilhas do Brian, e o servi com água e ração. Ele precisava se acalmar, agora era só nós dois.  

Arrumei um pouco da bagunça. Havia catado os vidros que estavam espalhados no chão, e jogado um monte de coisas no lixo. Pelo jeito eu terei muita para repor na casa. Sentia-me exausta, e queria descansar, meu corpo e mente precisavam disso. Nem havia tomado banho ainda, minha bolsa e celular estavam no balcão do jeito que eu deixei. Estava nessa arrumação á horas e eu já devia estar dormindo. Mas estava com medo, e se alguém conseguisse entrar de novo? Tomei um banho depois de ter arrumado quase tudo, e peguei o travesseiro e o edredom e fui dormir no sofá da sala. Qualquer barulhinho que houvesse Brian e eu escutaríamos.        

Acordei no dia seguinte muito cansada. Havia dormido muito pouco, não tinha conseguido pregar no sono. Mas não me deixei levar, arrumei as coisas normalmente. Tomei um bom café da manhã e levei o Brian para passear no parque. A todo momento me encontrava olhando ao redor, a procura de algum conhecido. Seja lá quem for já sabe aonde estou, quem eu sou e provavelmente anda me vigiando.  

Não queria deixar o Brian sozinho, mas não tinha com quem deixar. Mary cuida das crianças na parte da manhã, e sua filhinha, Lisa, tem medo do Brian. Então o deixei em casa mesmo. Com muita dor no coração. 

- Brian, a mamãe vai trabalhar. Toma conta da nossa casa. Prometo não demorar muito – percebo que já dele ficar quietinho quando vê que vou saindo. Deitado no tapete, Brian olha para mim e me ver abrir a porta. Ele não faz festa e muito menos sai do lugar. Apenas me olha como quem não quer nada, como alguém que está chateado. 

Já dentro do carro, eu enfrento o engarrafamento. E é a hora perfeita para pensar em poderia fazer isso comigo. Será que é algum capanga, ou inimigo do passado? Será que é Justin? Não... Ele não faria isso comigo. Faria?  

- Ei, maluca... - acordo dos meus devaneios com as buzinas dos carros logo atrás. A fila já havia andando e eu estava parada. Andei com o carro e segui até a empresa. Esse alguém não quer a minha paz. 

Chego na aula atrasada, o que me faz receber uma bela bronca sobre atraso. Eles não toleram atrasos. Acabo passando a aula toda pensando, e sem a mínima vontade de escutar a aula. Estava com muito sono, exausta, nada atraia a minha atenção.  

- Amélia, está tudo bem? - perguntou Nancy, bebendo café. Ela havia comprado para mim, mas isso me deixava mais fraca ainda. Eu realmente precisava dormir.  

- Não dormi direito – digo coçando os olhos. 

- E o motivo é um certo alguém? - ela perguntou dançando com as sobrancelhas. 

- Não... É realmente o cansaço.  

- Ah, baby... Nem me fala. Eles estão sugando a gente. Nos enchendo de trabalhos e provas. 

- Quem dera se fosse só isso – sussurro. E graças a Deus ela não ouviu. 

Estávamos no intervalo das aulas, e eu ia aproveitar para tirar um cochilo já que logo mais eu iria trabalhar. Até que lembrei que talvez a Nancy soubesse de alguma coisa. 

- Nancy, aqui é perigoso? Sydney? - pergunto curiosa 

- Não. É bem seguro. Nunca fui assaltada, esse tipo de coisa não tem aqui. Não é perfeito, mas é seguro. Por que? 

- Nada de mais... - digo  

- Você está estranha hoje. Está tudo bem mesmo? - pergunta preocupada 

- Só o cansaço - respondo – Vou ao banheiro. 

Saio da cantina e procuro pelo banheiro. A gente faz curso em um prédio no campus de uma das principais empresas da sede. Almoçamos aqui – pagamos pelo almoço-, e daqui vamos para o trabalho. Mas hoje é um daqueles dias cansativos, que você não quer fazer nada. Só queria ir para casa, me assegurar de que tudo estivesse bem e relaxar com o meu cachorro. 

Assim que entro no banheiro sinto um cheiro forte. Cheiro de maconha. Tinha alguém fumando no banheiro. Esse cheiro me lembrou de quando eu ajudava os meninos, quando eles trabalhavam com isso e eu os ajudava com o serviço. De repente a porta da cabine se abre e uma morena saí dali. Seus olhos estão vermelhos e ela me olha assustada, como se fosse pega no flagra. 

- Você quer? - me oferece. 

Olho o cigarro que ela segura e volto a me lembrar de tudo aquilo. Ele nunca me deixou experimentar. Dizia que levava as pessoas se tornarem dependente. E que era no primeiro cigarro que elas começavam. Víamos isso sempre lá. Pessoas cada vez mais obcecadas pelo serviço dos meninos, e não porque os admiravam, mas porque queriam e precisavam dos serviços deles, e principalmente do que eles faziam nesse trabalho. Ele sempre me privava de fazer o que não era certo para ele, me privava pois não ficaria com alguém que fizesse o que ele não aprova. Fui tão estúpida. Deixe-me levar pelas escolhas de um cara, pelas chantagens emocionais. Mas eu sei exatamente aonde levava isso. E sei que não vai me ajudar em nada. Antes que eu faça uma burrada, saio ás pressas do banheiro. 

Correndo pelos corredores do curso, eu fujo para a garagem. Não quero saber se vou perder a próxima aula, o trabalho, ou qualquer obrigação idiota. Não quero ficar aqui e não vou! Não quando não consigo descansar e pensar sobre o que aconteceu ontem à noite. Pego o carro e vou para minha casa. 

Brian faz a festa assim que me vê chegar. Aparentemente tudo está em ordem. Checo toda a casa e confirmo que está tudo bem. Nenhuma invasão. Sento-me com Brian no sofá e encho meu lindo filhote de carinho. Descubro o que ele anda fazendo quando estou fora; roendo o osso que lhe dei. O mesmo se encontro todo babado e com mordidinhas por todos os lados. Posso notar o quanto isso o tem ajudado já que seus dentinhos andam mais afiados. 

Logo meu celular toca e eu vejo o nome da Nancy na tela. Desligo a chamada. Entendo sua preocupação, mas hoje eu não quero trabalhar e estudar nada. Simplesmente não quero! E eu posso me dar esse luxo. Porque não? Preciso de um descanso. E não preciso que ninguém me dite o que fazer. Não á Amélia! 

Por isso, tomo um bom banho e vou preparar meu almoço com o Brian. Faço uma macarrona de frango para mim e isso o deixa louco. Ok, acabei de achar um ponto fraco nele. Depois do almoço, lavo tudo que sujei e vou deitar um pouco. Sem trabalho, sem celular, sem preocupações. 

 

[...] 

 

Acordo com meu celular tocando desesperadamente. Olho para o lado e encontro Brian deitado, dormindo. Pelo relógio do cômodo marca 18 horas da noite. Pego meu celular e atendo logo o infeliz. 

- Alô! - digo sonolenta. 

- Amélia... Ganhei um kit do Animal Feliz, vieram várias coisinhas para o Dino, mas também coisas para cachorro e como eu não tenho, pensei no Brian. Você pode dar uma passadinha aqui mais tarde? Aposto que ele vai adorar! 

- Oi, Mary. - Estava morrendo de sono e não entendi muita coisa, apenas a parte do Brian e algo relacionado ao veterinário. - Claro. Passo aí mais tarde sim. 

Está bom então... até logo – ela disse desligando. 

Eu sinceramente não gosto quando ligam para mim justamente quando estou dormindo. E ainda mais, quando sono está muito gostoso. Então assim que a Mary desligou, eu voltei a dormir. Não sei se foi porque eu realmente caí no sono novamente, mas eu senti como se o telefone estivesse tocando de novo. E estava de verdade, tocando de novo. E dessa vez atendo com meu mau-humor de soo e preguiça. 

- Que foi? - pergunto grogue de sono. Mas ninguém disse nada, e isso me encheu de raiva - Alô? 

Ontem ele se comportou direitinho quando o cumprimentei – disse uma voz diferente. - Você está cuidando bem do cachorro. Tem um apartamento confortável, um emprego legal, novos amigos... É um bom recomeço. Mas não ache que pode escapar. Porque não pode! 

Desperto imediatamente. Levanto-me da cama assustada com aquela pessoa que dizia tudo isso com uma voz estranha, como se fosse uma voz gravada por outra, uma voz falsa. E meu desespero faz Brian me olhar confuso. 

- Quem é você? - pergunto aflita. Invés de me responder, a pessoa do outro lado da linha solta uma risada. Deixando-me nervosa, com muito medo e preocupada. Estão querendo brincar comigo! 

- Quem é? - Grito desesperada. Mas não ouço nenhuma resposta.  

Em resposta, escuto o toque do telefone. Desligou! Jogo o celular na cama com raiva. Que droga. Ando para lá e para cá tentando me acalmar, meu coração bate tão rápido que parece que vai sair pela boca. Tem alguém brincando comigo, querem me assustar. Não vão conseguir. Não vão! Pego o celular de volta e tento retornar para a pessoa. O celular tem número restrito e não atende. A operadora diz que o número não existe e isso me apavora mais ainda. Estão querendo me deixar maluca, apavorada, assustada, com medo... Não posso me deixar levar. Não posso. Fecho todas as cortinas das janelas e checo se a porta está trancada.  

Sento-me na cama e fecho os olhos, tento controlar minha respiração. Acalmar-me. É alguém do passado, e agora eu tive certeza. É alguém que sabe do meu recomeço, da minha nova fase e que está me vigiando, a cada passo que dou. Como me acharam tão rápido? Pattie se assegurou de que eu estaria segura e bem. Como é possível? Agora não á o que fazer, é tarde demais para pensar na causa de ter sido descoberta. Pergunto-me o que esse alguém quer. O que quer agora, se vingar? Colocar em fim em tudo isso? Assustada. É assim que eu me sinto.  

Eu não sabia quem era essa pessoa. Mas eu tinha um passado, um passado do qual acreditei na ilusão de que um dia eu poderia escapar dele, mas não se pode apagar o passado, ele te transforma no que é, e ás vezes, ele vem apanhado de rastros. 

Amélia não vai abaixar a cabeça para isso, ela não é a Kimberly Vegas, essa garota não existe mais. Ela está morta, junto com tudo o que a trouxe a ruína.Passei pelo pão que o Diabo amassou para chegar até aqui e se deixar intimidar por uma pessoa que quer me assustar, e que provavelmente procura uma pessoa da qual não está aqui.  Quem quer que seja essa pessoa ela não vai me fazer temê-la. Meu passado pode ser algo que eu quero esquecer, mas se eu tiver que encara-lo, é isso que eu vou fazer! 


Notas Finais


Aqui é team Amélia!!!

Até dia 26... xoxo

Links da música: Stronger
* Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=Xn676-fLq7I
* Spotify: https://open.spotify.com/track/1nInOsHbtotAmEOQhtvnzP


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