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História My Strange Relationship(hiatus) - Reencontro inesperado


Escrita por: Davysweet

Notas do Autor


Hi, docinhos, como vocês estão nessa epoca de quarentena? Eu estou bem caso se perguntem.
O cap de hoje atrasou um pouco por conta da escola estar pegando pesado nas atividades onlines e o bloqueio criativo me atacando como sempre.

Espero que gostem do cap de hoje, e até as notas finais.

Capítulo 3 - Reencontro inesperado


Fanfic / Fanfiction My Strange Relationship(hiatus) - Reencontro inesperado

P.O.V: Kaminari

O som de meu alarme se fez presente no quarto de paredes amarelas, meus sonhos que me faziam escapar da realidade atualmente conturbada que eu chamo de vida foram interrompidos completamente. Por ser caro e não querer comprar outro, meu dedo indicador vai levemente até o aparelho antigo e o tateia até estar desligado. Mesmo sabendo que deveria abrir meus olhos para começar o dia de vez, minhas pálpebras ainda se encontravam pesadas, junto com o resto de meu corpo. Meus músculos se contraiam e doíam como se eu tivesse feito a sessão de treino do Kirishima na academia.

Mesmo reclamando mentalmente, já havia me acostumado com essa dor, ela me acompanha desde depois da minha primeira performance no palco da Villains. A dor do cansaço de um dançarino – Levemente sedentário –. Jogo meu corpo pra frente e abro os olhos finalmente, ainda vendo o quarto escuro por conta das cortinas fechadas. Meus pés entram em contato com o chão frio pela primeira vez naquele dia, me causando um arrepio por conta do choque térmico.

Sigo para a janela ao me levantar completamente, enquanto passo a mão onde aquele cliente de ontem havia me marcado. Aos meus dedos encostarem de leve no chupão, uma sensação de queimação foi sentida antes de minhas mãos seguirem até o tecido da cortina, as abrindo completamente, fazendo com que luz viesse com tudo pra minha cara.

Após algumas piscadas para meus olhos se acostumarem com a claridade, consigo enxergar a bagunça que estava meu quarto. Arrumo os lençóis da cama e pego meu celular que estava carregando. Demoro algum tempo para me vestir, pensando em alguma roupa que não estivesse para lavar e que combinasse comigo... Estilo é tudo. No final, acabei escolhendo um jeans rasgado preto, um vans amarelo e uma camisa branca com o símbolo ômega no meio em preto.

Peguei minha escova de dentes e minha pasta dentro do meu closet, e segui para o banheiro da republica, colocando minha mochila nas costas. O corredor estava vazio já que eu sempre acordo mais cedo que todo mundo no dormitório pra não me atrasar mais que o normal por ficar enrolando. O banheiro ficava no final do corredor, segui pra lá em passos rápidos e ritmadas para ir comprar meu café da manha em alguma lojinha aqui perto. Com as higienes matinais feitas, jogo uma água em meu rosto e o seco com a toalha que tinha dentro da bolsa, passei um delineado básico – Quase errando algumas vezes antes terminar finalmente –, seguindo para a saída do banheiro após finalizar.

Antes que pudesse sair do dormitório, encontro uma silhueta bem familiar de longe que se encontrava de costas no momento, corro em sua direção e pulo em suas costas.

— Oi, Sero —. Digo animado, o maior tinha uma expressão confusa e até com um pouco de raiva em seu rosto, mas suavizou a mesma ao me ver. Um sorriso brotou em seu rosto, Hanta segurou em minhas pernas para eu não escorregar para fora de suas costas.

— Ta mais animadinho que ontem, Kami? Esse roxão aí tem algo a ver com isso? — Um tom de deboche era obvio em sua voz nas questões. Reviro os olhos e desço de suas costas, dando uma gargalhada forçada logo em seguida.

— Ai ai digo nada pra você, poste —. Digo e mostro a língua para Sero e dou um soquinho em seu ombro, o mesmo apenas dá de ombros, fingindo que o soco havia doendo, forçando alguns gemidos de dor em sua atuação.

— Dizer nada é meio difícil pra você, Denki —. Uma voz grossa familiar foi ouvida atrás de nós, me fazendo abrir um sorriso ainda maior, era Tokoyami com uma cara amassada por conta de ter acabado de acordar. Era meio estranho e engraçado ver o emo sem toda sua maquiagem usual, mesmo tendo o visto assim várias vezes, eu nunca me acostumo. — Meu sono delicado foi acordado por vocês dois, que resolveram parar de frente pro meu quarto —. Era como se fosse uma bronca, nos desculpamos como se fosse algo sério, até que nós três começamos a gargalhar alto.

Esperei os dois belos adormecidos se prepararem pra viver em sociedade novamente em meu quarto, e quando os bonitos – E coloca bonito nisso viu – terminaram de se produzir, seguimos para uma cafeteria que tinha perto da republica para tomarmos nosso café da manhã. Pedi o mesmo de sempre – Frappuccino de chocolate e dois croissants doces -, ficamos conversando e zoando um tempo até nossos pedidos ficarem prontos, até que uma ideia de assunto surgiu em minha mente.

— Ow, poste —. Digo em um tom provocativo, fazendo Sero virar com uma careta até em minha direção, ele ficava de mal humor e azedo que nem o Katsuki até tomar café, dai ele vira um Kirishima da vida. — Hoje eu só vou ter as aulas da parte da manhã, então vou pegar o primeiro turno da tarde, posso ir ver vocês ensaiando? — Questionei, gesticulando e explicando antes de me virar para Tokoyami pela aprovação de ir ver o ensaio. Ambos pareciam surpresos, e até eu comigo mesmo estava um pouco. Desde que sai da banda pra valer, voltar naquele estúdio parecia que não encaixava na minha cabeça, ainda mais agora que eles têm um guitarrista novo fixo, mas por algum motivo... Uma vontade de ir até lá surgiu.

— Claro, Pikachu do Paraguai, a Jiro e a Momo vão ficar felizes por te ver de novo finalmente, e você vai poder conhecer o cara novo —. Sero estava todo animado enquanto falava, parecia uma criança que havia acabado de ganhar um brinquedo, gesticulava que nem um louco e até mesmo depois do nosso pedido chegar, ele ficou falando enquanto comia, arrancando algumas gargalhadas minhas e do Tokoyami. — A, e sem dar em cima do novato viu? — Hanta me advertiu todo sério, mudando um pouco o clima.

— Oxi, eu não sou nenhuma piranha não, homem —. Digo desviando o olhar dele com um ar de deboche, o maior ficou quieto com uma sobrancelha levantada em minha direção por um tempo.

— Acho que ele tá falando isso porque o menino não fala muito com a gente, então pode se incomodar com seus flertes, migo —. Tokoyami explicou, fazendo minha falsa raiva que estava mais pra ego ferido, se acalmar.

(Quebra de tempo)

Após sairmos da cafeteria alimentados, eu tive as 5 aulas mais chatas da minha vida, apesar de anotar todos os conteúdos e conseguir entender as coisas novas que foram passadas na lousa, meu cérebro queria correr daquele lugar o mais rápido possível. A faculdade causa esse efeito peculiar em mim.

Quando o sinal da última aula foi tocado, finalizando que minhas aulas da manhã – E do dia -, suspirei em alivio e corri pra porta o mais rápido possível. Fui até o ponto de ônibus e fiquei feliz ao ver que já tinha o veículo público exato que passava perto do trabalho no local. Eram 13:45 e o turno da tarde começava as 14:00 e terminava as 18:00 – Por ser o segundo dia mais sem clientes, o chefe costuma dispensar a gente um pouco mais cedo antes que os outros dançarinos cheguem –, na maioria das vezes, terça-feira é o dia que eu divido turno com o Monoma e pensa numa poc chata, além dele ter a mania insuportável de ficar me chamando de praga a cada dois segundos. Apesar de tudo, eu amo trabalhar com aquele viado.

Minha cabeça doía um pouco por conta do dia aula, então encostei a mesma na janela do ônibus e fechei os olhos tentando procurar um pouco de descanso mental, devaneios eram a minha maior válvula de escape quando não tinha ninguém pra conversar ou o tedio me consumiria. O ponto mais perto da Villains havia finalmente chegado, peguei minha bolsa que estava no chão e fui direto para a saída do veículo, agradecendo o motorista.

Ao chegar no estabelecimento familiar e cheio de neon como sempre, abri as portas com minhas duas mãos, seguindo pelo corredorzinho antes de chegar no que era de fato a boate. Me surpreendo levemente, vendo Neito com um sobretudo por conta do clima fresco que estava. Por conta de suas roupas, era obvio que ele havia acabado de chegar, e antes que eu pudesse falar qualquer coisa, o loiro notou minha presença no local e abriu um sorriso um pouco muito irônico eu diria.

— Quem diria, né, cheguei adiantado como sempre, praga —. Monoma disse dando se um ar de superioridade, revirei meus olhos por conta de seu comportamento e mostrei o dedo do meio para o mais velho, que se fingiu de ofendido antes de começar a gargalhar. Seguimos para o camarim para nos trocarmos e Toga já estava lá dentro, chupando um pirulito vermelho que aparentava ser de morango.

A garota apenas nos deu um oi de leve com uma das mãos antes de sair do local, mexendo no celular e gritando o nome de Tomura, o uniforme do dia se consistia de um top preto listrado e um short curto cinza com alguns detalhes de prata nas bordas. Segui para um dos vestuários e me preparei o mais rápido possível, colocando alguns acessórios que tinham na mesa a minha frente antes de sair.

(...)

Tivemos que ficar sentados no bar, esperando os clientes chegarem e por um momento eu até reclamei do tedio, mas me arrependi logo em seguida por conta das pessoas que eu tinha que servir assim que chegaram, era um grupo de adolescentes riquinhos metido a bestas. Monoma cuidou de uma metade do grupo, enquanto eu tive que lidar com o que parecia o líder daquele grupinho.

Por sorte, consegui manter a postura de educado invés de pegar aquela bandeja e jogar na cabeça daquele burguês. Nenhum dali pediu nenhuma dança, aparentemente estavam só comemorando alguma coisa besta de ações, mídias sociais ou qualquer coisa que não me interessava naquele momento. Um dos garotos deu uma gorjeta por ficar ouvindo-o chorando sobre a namorada, e eu apenas agradeci, trazendo as bebidas de todos logo em seguida. Neito teve que atender os clientes que chegavam, parecendo que aquela mesa tinha me alugado, o loiro mais velho apenas abriu um sorriso de escarnio pra mim, e eu o encarei com raiva no olhar.

Após duas ou três doses de vodca, o grupinho saiu cambaleando pela porta da frente, me fazendo agradecer a qualquer força superior existente por aquele momento. Os dedos da minha mão esquerda doíam levemente por ter que equilibrar a bandeja com eles, pelo menos a dor de cabeça tinha passado e o roxo que aquele cliente tinha me feito, diminuiu bastante.

O tempo começou a passar rápido pela falta de clientes – Os que tinham apenas me elogiavam sem ser tão maliciosos assim, o que agraciava um pouco da minha autoestima – e Tomura havia saído do escritório na parte superior da boate, chegando com sua aura assustadora como sempre porém educado com os clientes. Seus olhos pareciam cansados e ele exalava estresse de longe.

— O que aconteceu, chefinho? —Digo limpando um dos copos que Dabi havia me pedido antes de ir lá na sala dos funcionários atender uma ligação, o maior parecia surpreso pelo meu questionamento, porém abriu um sorriso mínimo. — Dia difícil? Quer algo? — O questionei mais sem ele nem ter respondido a primeira pergunta.

— Você sabe que tudo consumível aí, é parte do meu lucro, né? —A voz de Shigaraki se fez presente pela primeira vez, caçoando de mim e me ironizando. Quem diria? O cara que parecia todo emo e frio, conseguia expressar algo sem frieza. Esse lado dele ele mostrava muito para o Midoriya, por conta de serem parentes, mas ele parece ser uma pessoa legal de se conversar até. — Me vê uma dose dupla de Whisky sem gelo —. O maior disse por fim, relaxando um pouco os músculos dos ombros.

— Dia difícil mesmo pelo visto —. Lhe disse brincando, que apenas segurou uma risada como resposta. Lhe servi seu drink e o Tomura o virou de uma vez só, sem reclamar nem engasgar.

— Vou ter que encontrar com o bico de pássaro essa semana, reunião mensal e blablabla —. Shigaraki revelou o motivo de todo o seu estresse a mais que o normal, me deixando um pouco chocado por ele se abrir assim, do nada. Desde que eu me conheço por gente no trabalho, o chefe e o Chisaki faziam acordos para manter uma rivalidade agradável entre os dois estabelecimentos, mas os funcionários não eram lá muito agradáveis. Toga tem treta com metade deles, e o Mido tem uma treta em particular com o Yo que até hoje eu não sei porque. — Fácil não vai ser ter que escutar ele falar —. Tomura disse, me dando o copo que havia acabado de usar logo em seguida, para eu o limpar.

— Chefinho, olha você por aqui —. Neito disse se aproximando, seu tom era animado como se tivesse acabado de encontrar uma celebridade. O loiro só ficava assim quando ia pedir um favor ou queria sair mais cedo, então coisa boa não vai sair da boca dessa tralha. — Uma amiga pediu o contato da boate pra encomendar alguns dançarinos pra rave dela, espero que não fique bravo —. Monoma falou, esfregando a mão em seu pescoço em sinal de vergonha por seu ato.

— De boas... — Foi a única coisa que Shigaraki disse, nenhuma bronca ou chamar o Neito pros fundos pra brigar com ele... Que estranho... Será que essa treta aí com o Kai deixou ele tão desanimado assim. Ficamos o encarando incrédulos por um tempo, até que o mesmo nota e dá uma pequena gargalhada. — Ela me ligou de manha e já acertamos tudo, então sem estresse —. Tomura ditou simples, nos fazendo ligar os pontos e entendermos toda sua calma. — A, e boa sorte... Ela pediu um pacote premium lux, com direito a performance e tudo —. Suas palavras tinham um peso a mais que o normal.

— O Aoyama vai planejar alguma coreo pra gente? — O questionei sem pretensão nenhuma, era melhor já decorar a performance do que acabar deixando pra ultima hora e acabar estragando a rave da menina.

— Ele está ocupadíssimo planejando o show desse mês pra vocês, então melhor pegarem alguma antiga ou coisa do tipo... Melhor pegar uma de dupla pra um de vocês ajudarem o Yuga com os preparos finais —. Tomura ditou antes de se levantar e sentar em uma das mesas dos clientes, a mais afastada de todas.

— Aquela poc vai odiar ver a gente fazendo isso —. Dito em um suspiro cansado e me dirigindo ao balcão do bar, me sentando ao lado de Monoma que tinha um sorriso maligno no rosto e me encarrando.

— A gente, virgula, eu vou pra festa pra curtir com a minha amiga —. Neito disse se levantando do banco, me fazendo o acompanhar com os olhos até ele parar na minha frente. — Boa sorte convencendo o Izuku, praga —. O loiro mais velho colocou seu dedo indicador em meu queixo e me mandou uma piscada, me provocando. Antes que pudesse dar um tapa nele, ele desviou e saiu correndo para a sala dos funcionários. Escutei um cliente chegando, e se não fosse por isso, eu corria atrás daquele viado até meter um socão nele.

P.O.V: Narrador

O loiro de mechas pretas estava com ansioso pra sair e ir ver seus amigos, como se fosse uma criança, mas mesmo nesse bom humor, seus olhos fitavam com raiva Monoma por o fazer ter que decorar uma coreografia com Midoriya sendo que o maior que tinha dado a ideia para a amiga sobre a Rave. O resto do trabalho seguiu de forma leve e sem muitas preocupações, quando os clientes não chegavam ou já tinham pedido alguma coisa por um bom tempo, Denki começava a conversar com Dabi e Toga – Que havia se juntado ao balcão do lado do loiro de mechas pretas -, a menor estava ansiosa para o que parecia um encontro, o que deixou Dabi de boca aberta, já que Himiko não saia com ninguém fazia um bom tempo, por conta de sua ex que a deixou sem explicação nenhuma, apenas foi embora da vida da loira.

Neito se aproximou do pequeno grupo, com um rosto entediado, e se juntando a conversa. Com o tempo a raiva passageira de Kaminari se desfez, era algo bobo mesmo que lhe desse trabalho extra por uma responsabilidade alheia. Dabi começou a ficar quieto para limpar os copos usados com uma expressão entediada, porém sua “paz” não durou muito.

Tomura havia parado de mexer no celular na mesa mais afastada do local e seguiu até o balcão, encarando o maior por alguns momentos, antes de fazer sinal para o mesmo o seguir até seu escritório. Touya abriu um sorriso malicioso na mesma hora, e se sentiu bem mais “alegre” naquele momento.

(...)

O relógio no celular de Kaminari estava indicando que já eram 17:56, o loiro de mechas pretas pulava de ansiedade, correndo para os fundos do estabelecimento para pegar o pano para passar nas mesas e no chão. Neito estava flertando com um cliente que estava muito bem vestido, porém ao ver a aliança de ouro na mão direita do homem, o loiro se retirou com a desculpa que tinha que ajudar Kaminari. Denki estava tão focado em limpar as mesas que nem havia notado que seu amigo havia pegado o esfregão para limpar o chão.

Kaminari só notou quando seu rosto estava no chão por conta do mesmo estar muito liso, Monoma começou a rir muito alto, Toga apenas levantou os olhos até ambos e voltou a mexer em seu celular, Mister Compress – Que havia acabado de chegar com os tecidos que Aoyama havia encomendado – ajudou o menor a se levantar, dando uma leve gargalhada do mesmo, enquanto Neito estava deitado em uma das mesas, não se aguentando em pé de tanto rir. Denki agradeceu a ajuda e jogou o pano na cabeça de Monoma, o fazendo se desiquilibrar e cair da mesa. Karma instantâneo.

Mesmo após o incidente infeliz – E hilário -, a dupla seguiu limpando o local e terminando de servir os clientes, coletando o dinheiro pelas bebidas, confirmando e os acompanhando até saída por educação. Shigaraki havia descido de seu escritório com vários chupões no pescoço com algumas mordidas também e um arranhão aparente em sua clavícula, o todoroki de cabelos pretos também não estava em um estado melhor que o chefe, haviam arranhões em suas costas que ninguém conseguia ver por conta de sua camisa, e alguns chupões em seu pescoço.

A dupla de loiros resolveu segurar a risada, para não provocarem Tomura nem nada, o mesmo olhou em volta do local, notando que não havia nenhum cliente naquele momento. Suspirou fundo, sentindo as mãos de Dabi em sua cintura, o provocando.

— Dispensados! — O de cabelos brancos gritou para os funcionários, segurando a mão do maior e correndo de volta para o escritório, para continuarem suas “brincadeiras”. Toga começou a rir, fazendo com que a dupla não conseguisse segurar mais a risada e o trio começaram a zoar seus superiores. Kaminari e Neito seguiram para seus camarins, colocando suas roupas que haviam chegado no trabalho e guardando os acessórios na penteadeira que tinha luzes ao seu redor. Himiko ficou para fechar o local e esperar Midoriya para o turno noturno começar, se despedindo dos loiros, fechando a porta no rosto dos mesmos.

Denki estava tremendo de felicidade, parecia uma criança que havia acabado de ganhar um doce, o mesmo deu um pulo de tanta animação e seguiu seu caminho após se despedir de Monoma, seguindo seu caminho até o estúdio que seus amigos tocavam. A animação do loiro de mechas pretas era tanta, que nem havia notado que Neito estava indo na mesma direção que si. Após escutar os murmúrios do maior, Denki se virou com uma expressão confusa.

— O ponto de ônibus não fica pra lá? — Kaminari o questionou ironicamente apontando para a direção oposta que eles estavam seguindo, parou de andar e fazendo Neito parar junto. O maior apenas o olhou de cima abaixo com um rosto inexpressível

— Estou indo ver um amigo ensaiar, praga —. Monoma o respondeu simples com um sorriso debochado, o único lugar de ensaio bom que tinha naquela região era o estúdio que Bakugou havia conseguido uma vaga para a banda. — Dai depois a gente vai embora —. O maior concluiu, voltando a andar logo em seguida.

Kaminari continuou parado, conseguiu ligar os pontos e pensou na banda de seus amigos, mas sabia que Monoma tinha tretado com pelo menos três integrantes da banda ano passado por conta de seu jeito debochado, então ir vê-los era assinar sua sentença de morte. Uma possibilidade surgiu na cabeça do loiro de mechas pretas... O guitarrista misterioso devia ser o amigo de Neito... Tinha que ser isso ou o maior era bem masoquista.

Por algum motivo, Denki ficou ainda mais animado antes de continuar suas passadas, andando ao lado de Monoma para que conversassem. Conhecer um amigo de Neito era bem interessante, a animação espalhou pelo seu corpo e acabou sorrindo involuntariamente enquanto conversava com o maior, vai que o amigo de Monoma era bonito ou interessante...

(...)

Após andarem algum tempo, a dupla se viu na frente de onde seus amigos se encontravam no momento, Kaminari ia ligar para avisar que havia chegado para seu grupo, até sentir uma onda de ar frio seguir pelo seu corpo, por conta do clima começar a esfriar. Neito apenas zoou ao ver o loiro de mechas pretas se tremendo levemente e abriu a porta dupla de vidro a sua frente. Ao ver a porta aberta, Denki correu na frente do maior, saindo daquele clima gelado e ficando aliviado.

Monoma reclamou pela pressa do menor, mas apenas seguiu atrás do mesmo – Já que não se lembrava de onde ficava a sala em que Hitoshi ensaiava –, já Denki sentia um ar de nostalgia no lugar por ficar tanto tempo sem visitar, andava animadamente até onde lembrava ser a sala de ensaios e encontrou uma cabeleira rosada familiar no final do corredor. Era Ashido, e a rosada chutava a maquina de guloseimas com raiva nos olhos. Kaminari se sentia meio ignorada pela mesma, enquanto Neito a julgava com os olhos pela atitude infantil.

— Essa droga comeu meu dinheiro —. Mina, que ainda não havia notado a dupla dois metros perto de si, reclamou para si mesmo, desferindo um soco na máquina, fazendo seu salgadinho sair e a mesma o pegar toda animada. A rosada tomou um leve susto ao finalmente, notar os dançarinos a seu lado. — A, oi Kami e Neito, nem notei vocês aí —. Ashido os cumprimentou com um sorriso, a garota era definitivamente a que menos ligava para a presença de Monoma em comparação com a banda, até por isso que aceitou o amigo dele tão rapidamente como recomendação.

— Percebemos —. Kaminari disse dando uma risada leve logo em seguida, sendo seguido por Monoma e Mina, o loiro de mechas pretas seguiu para dar um abraço na amiga, que retribuiu como se não tivesse visto ele faz décadas. — Onde tá a banda, sapatão? A gente veio ver eles ensaiarem —. Denki justificou após se separar do abraço, apontando para si e Monoma, gesticulando mais algumas vezes antes de terminar a frase.

— Eles estão numa pausa de cinco minutos, por isso tá tão quieto aqui, poc—. A roseada explicou o silencio irregular daquele lugar, mesmo as salas sendo a prova de som, as vibrações ainda davam para serem sentidas pelo chão. — É um ultimo ensaio antes deles gravarem o cover mensal pro canal do Youtube amanhã, eles tão tipo muito ansiosos —. Ao terminar de falar, Kaminari lembrou da sensação que aqueles covers o causavam. Ele ficava muito nervoso quando a data se aproximava, mas a satisfação de ver seu trabalho ali, sendo amado, o trazia uma paz ainda maior que seus problemas com sua ansiedade. — Bora pra lá conversar com eles — Mina disse antes de seguir andando e comendo até a sala de ensaio com o numero 5 em dourado colado na mesma.

Kaminari entrará todo animado após a rosada abrir a porta para si, gritava de ansiedade e até tinha assustado Tokoyami que estava em um banco perto da porta. Porém, ao olhar pra frente, Denki gelou, o frio havia voltado, mas agora não era por causa do clima... Aquelas costas, cabelo e penteado eram familiares, mas ao mesmo tempo desconhecidos a si... Seus olhos afiados não deixavam escapar nenhum detalhe dos clientes, então reconhecera o mesmo até de costas, estava querendo estar errado, mas tinha quase certeza que era ele... Um medo lhe subiu ao mesmo tempo que as paranoias.

— E aí, viado, finalmente chegou —. Sero parecia todo animado, o mesmo se levantou do sofá que havia ali e passou pela frente de Bakugou que estava revisando as partituras com Shinso e Jirou. O maior envolveu seus braços no pescoço do loiro de mechas pretas e puxou para perto de si, Denki estava tão ocupado encarando o arroxeado que nem notou seu cumprimento que melhor amigo o havia dado. — Deixa eu te apresentar ao nosso novato —. Quando o de cabelos pretos finalizou sua frase, o loiro de mechas pretas entrou em um dilema interno, deveria inventar uma desculpa antes que o arroxeado o visse ou deveria o encarar de frente? Estava temeroso pelo que viria. — Shinso, esse é o famoso Kaminari que a gente vive falando —. Sero ditou para o arroxeado, que havia finalmente virado para si e confirmado a teoria de Denki, era ele mesmo. Hitoshi estava com uma expressão neutra, mas quando notara que era ali em sua frente, uma surpresa lhe o atingiu, demostrando isso em suas expressões faciais. — Kami, esse é o Shinso —. Hanta finalizou a apresentação com um sorriso animado no rosto.

Vários pensamentos circulavam pela cabeça do dançarino e do guitarrista. O loiro de mechas pretas pensava na possibilidade que o maior havia falado de si para seus amigos, o deixando nervoso. O arroxeado apenas pensava em como nunca haviam se encontrado antes, ou era só um acaso do destino naquele momento.

A única certeza que era obvia para Denki naquele momento era que ele se foderia muito naquela situação... Seja de um jeito bom ou ruim.


Notas Finais


Gostaram do cap de hj? Espero que sim. Obrigado pela paciência com a frequencia de caps, ta bem dificil para mim atualizar as fanfics sem capitulos pré prontos.

Alguma critica ou algo que não gostaram? Me mandem nos coments que eu tento melhorar. Deixarei o link das minhas outras fanfics, leia caso vc tenha gostado da minha escrita. Um beijo de um doce para o outro, e até mais.

https://www.spiritfanfiction.com/historia/amor-nao-e-so-um-jogo-de-seducao-13532750 (Multishipper/Izuku harem) Essa fanfic se retrata de se Izuku além de sua individualidade padrão que já conhecemos, tivesse um feromonio expelido por si mesmo que deixasse os garotos loucos por si. é uma fic com bastante comedia, romance e melação.

https://www.spiritfanfiction.com/historia/the-black-side-in-your-heart-14121826 (Shindeku): Essa fanfic além de ter um casal principal um pouco diferente mas que cativou meu coração, ainda é focada no psicologo dos personagens e como eles enfrentam seus problemas

https://www.spiritfanfiction.com/historia/por-que-voce-e-assim-18305160 (Bakudeku): Essa fanfic é focada em um mundo magico onde todos tem poderes, além do universo ser bem rico em historia, ele aborda um enemy to lovers entre o casal principal.


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