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História My Sun - Neptune


Escrita por: Sabiny

Capítulo 3 - Neptune


Desnecessário dizer que depois daquele dia Chanyeol nunca mais o deixou em paz. Mas, para ser sincero consigo mesmo, Kyungsoo não queria que ele deixasse. 

Eles se falavam com muito mais frequência agora do que nos tempo de infância, graças ao avanço da tecnologia. Chanyeol o ligava o tempo todo e os dois passavam a maior parte do dia conversando. 

Kyungsoo não gostava de falar ao telefone. Mas, já que se tratava de Chanyeol, ele abria uma exceção. 

De vez em quando Kyungsoo se surpreendia ao ouvir a campainha tocando enquanto conversava com o outro, e abria a porta para ver o maior sorrindo para si da soleira de sua porta. 

Eles viam filmes juntos, algumas vezes Chanyeol o ajudava com as contas matemáticas complicadas que precisava estudar, mas alguns dias apenas conversavam sobre coisas triviais. 

Suas noites favoritas eram quando o céu estava limpo e ele podia usar o telescópio. Chanyeol sempre estava com ele ao telefone, e algumas vezes, quando o visitava, eles olhavam as estrelas juntos. Kyungsoo não iria comentar, mas as estrelas no céu noturno lembravam-no do brilho dos olhos do maior quando olhavam para ele. 

Na noite em que Chanyeol o chamou para visitar o apartamento em que morava com os tios, o maior estava quase saltitando de empolgação por ter o mais novo em sua casa. 

A tia do maior o reconheceu no momento em que o viu, mas Kyungsoo não fazia ideia de que a tinha conhecido quando era criança. Começara a achar que tinha problemas em reconhecer as pessoas. 

O quarto de Chanyeol era mais organizado do que esperava. O mais velho o mostrava todas as coisas que tinha, comentando entusiasticamente sobre elas. Kyungsoo sorria enquanto pensava em como Chanyeol não mudou nada. 

— Aquele balanço ainda tá no jardim? — Chanyeol perguntou quando já estavam na sala, e este procurava um filme para assistirem. 

Kyungsoo ruborizou quando lhe cruzou na mente a lembrança do último momento que tiveram naquele balanço. 

— Está. — o menor respondeu, e o outro continuou em silêncio por um tempo. 

— Eu sinceramente fiquei magoado por você não ter me reconhecido. — Kyungsoo olhou para ele. Estava prestes a se desculpar, quando o maior continuou. — Pensei que eu teria algum lugar especial por ter sido seu primeiro beijo. 

Kyungsoo paralisou. Sentiu o rosto queimando, e desconfiava que estava tão vermelho quanto os cabelos do maior quando este sorriu provocativamente para ele. Eles não tinham relembrado isso até então, e Kyungsoo não sabia muito bem como reagir. 

Preferiu ficar em silêncio até Chanyeol selecionar o filme que assistiriam. Não estava prestando atenção, e só percebeu qual era quando ouviu a famosa música tema do filme que não assistia há anos. 

— Ah não. — protestou em descrença. Chanyeol gargalhou e se levantou para apagar as luzes da sala. — Não acredito que você colocou Titanic. 

— Achei que você ia gostar, já que vivia brincando disso quando era pequeno. 

— Eu não estava brincando de Titanic! Era um naufrágio e todos estavam condenados, já falamos sobre isso! — Chanyeol não ouviu seus argumentos e reclamações pois estava muito ocupado cantarolando junto a música de abertura. 

Kyungsoo suspirou derrotado e se recostou no sofá, tentando convencer a si mesmo de que só algumas horas de filme não iriam machucar. 

Depois de Chanyeol passar as primeiras cenas redublando dramaticamente os personagens até conseguir fazer o menor rir, eles ficaram em silêncio, imersos no filme. 

Quando Kyungsoo estava tão envolvido no enredo que tinha até se esquecido de seus arredores, algo em o tocando o despertou. Ele olhou para baixo e viu a mão de Chanyeol encostando na sua timidamente. Kyungsoo prendeu a respiração quando a mão quente envolveu a sua. 

Chanyeol olhou de canto de olho para o menor, e ao ver que Kyungsoo olhava diretamente para si, seu olhar recaiu completamente sobre o pequeno. Eles olhavam um nos olhos do outro quando o mais novo entrelaçou seus dedos com os do maior. 

Kyungsoo podia sentir seu coração batendo rápido contra suas costelas ao ver o olhar do maior repousar sobre seus lábios. 

No entanto, foram interrompidos pelo barulho alto do filme que fez os dois se sobressaltarem. Kyungsoo olhou para a tela para ver o navio colidindo com o iceberg e suspirou chateado por aquele momento ter sido interrompido. 

O mais velho se chegou mais pra perto de Kyungsoo como um filhote querendo atenção, e ele riu. Passaram o resto do filme próximos um ao outro, e Kyungsoo não sabia se Chanyeol ainda prestava atenção ao filme, mas ele não prestava. 

Tudo que conseguia pensar era no calor acolhedor do maior contra sua lateral e a mão do maior entre a sua. A sensação era muito familiar, mas o calor que o ato transmitia era um tanto novo. E também, diferente da primeira vez, as mãos deles não estavam suadas. 

 

* * *

 

Quando pararam de carro na frente da casa de Kyungsoo no final daquela noite, o menor tamborilava os dedos no joelho, sem saber muito bem o que esperar. 

Chanyeol o olhou em silêncio e ele sentiu o coração falhando. Aquela situação o fez lembrar da sensação que teve quando o mais velho o pediu para lhe dar um beijo no balanço do jardim da casa dos dois. 

— Bom... — o maior começou e limpou a garganta. Ele também não sabia o que fazer agora. Mas então sorriu, e Kyungsoo sabia que era porque tinha encontrado o que dizer. — Da próxima vez, acho que vou trazer material para desenhar. 

— Desenhar o que? — Kyungsoo perguntou, apenas para ser respondido com Chanyeol arqueando as sobrancelhas sugestivamente. Ele corou e arregalou os olhos ao lembrar da cena em que Jack desenha a Rose nua. 

Tudo que Chanyeol viu a seguir foi o vulto ruborizado do rosto do menor saindo do carro e rapidamente fechando a porta atrás de si. O mais velho estava rindo sozinho dentro do carro, quando ouviu alguém batendo no vidro de sua janela. 

Era Kyungsoo. Ele abaixou enquanto enxugava uma lágrima que se formara depois de ele tanto rir, mas ficou sério quando viu os olhos do menor o encarando. 

Seu rosto ficou tão vermelho quanto o dele quando o menor se aproximou de seu rosto e depositou um beijo em sua bochecha. 

Kyungsoo se afastou e olhava para um ponto qualquer, evitando os olhos surpresos do mais velho. 

Na bochecha? — Chanyeol questionou, repetindo o mesmo tom de voz que o pequeno usou anos atrás, e este riu ao perceber a referência. 

— Boa noite. — o mais novo se despediu com um sorriso e em seguida andou até a porta da casa. 

Chanyeol o observou até este olhar mais uma vez para ele antes de fechar a porta atrás de si. 

 

* * *

 

No dia seguinte, logo depois de se despedir de seus amigos, Kyungsoo foi até a loja em que Chanyeol trabalhava. 

Ele se lembrou da noite anterior e seus passos ficaram mais lentos, enquanto relembrava todas as sensações. Lembrou-se então de quando eram crianças, no dia em que o mais velho lhe deu um singelo beijo na bochecha e Kyungsoo ficou desapontado. Mas hoje, o mesmo gesto parecia tão mais carregado de sentimentos do que da última vez. 

Se pegou contornando as linhas da própria mão, a mesma que segurou a do maior na noite anterior. Resolveu voltar a andar rápido em direção à loja, ao invés de parecer uma adolescente apaixonada no meio da rua. 

Quando chegou lá, Chanyeol estava jogando na grande televisão um jogo de luta com um dos garotos que visitavam o local frequentemente, e alguns outros assistiam impressionados como o maior derrotava o oponente sem dó. 

Kyungsoo entrou de fininho sem ser percebido e foi até o corredor em que lembrava ter visto aqueles adesivos florescentes. Pegou um que tinha o formato de vários planetas e foi até o caixa. 

Nesse momento o maior já havia terminado sua performance e fazia várias reverências para os garotos que o aplaudiam, alguns rindo. Ao ver Kyungsoo, andou depressa em sua direção. 

— Olha só quem veio me ver! — ele exclamou animado mas o menor se apressou em estragar sua empolgação. 

— Não pense que vim por você. Meu único objetivo era esses adesivos super descolados. 

Chanyeol riu. O menor o entregou o dinheiro para pagar os adesivos e os colocou dentro da mochila, não dando tempo do maior ao menos dizer que não precisava pagar, como nitidamente pretendia. 

— Você vai sair hoje? — Chanyeol o perguntou apoiado no balcão, enquanto Kyungsoo colocava a mochila de volta nas costas. 

— Sim. Vou para uma festa cheia de gente, encher a cara e voltar só amanhã. 

Chanyeol o encarou surpreso, sua boca abrindo minimamente mas não dizendo nada. Então assumiu uma expressão desconfiada, e Kyungsoo suspirou decepcionado. 

— Não acredito que por um momento você realmente achou que era verdade. 

O maior riu e segurou a mão de Kyungsoo que se apoiava no balcão. 

— Achei que já ia me trocar. 

— Eu infelizmente não tenho muitas outras opções. 

Chanyeol fez um bico magoado mas sorriu logo em seguida. Nem o menor sabia se o que havia dito era brincadeira ou não, mas o maior considerou que sim. 

Ao ver que tinha outra pessoa na fila, o mais novo se despediu de um Chanyeol que o lançava um olhar de cachorrinho por ele estar indo embora, e saiu da loja. Ao caminhar pela vitrine do lado de fora, ele podia ver o vermelho vivo do cabelo do maior, que olhou para ele e deu um sorriso mais belo que o tom cereja de seus fios. 

 

* * *

 

Mais tarde naquele dia, Kyungsoo tentava colar os adesivos no teto de seu quarto, mas constatou amargamente que não obteria sucesso na tarefa. Ele trouxe uma das cadeiras da cozinha até seu quarto, mas para a sua decepção, nem assim alcançava. Concluiu que seria muito mais fácil se alguém fizesse o trabalho por ele. 

— Chanyeol. — ele falou ao celular após o maior ter o atendido. — Preciso que venha colar os adesivos no teto pra mim. 

— Por que? — o menor hesitou antes de responder. 

— Porque nem com a cadeira eu alcanço. 

Ele ouviu Chanyeol deixar escapar uma risada abafada, para então começar a gargalhar. Kyungsoo afastou o telefone da orelha e revirou os olhos. 

— Vou passar aí. — o mais velho falou por fim, sua voz embargada de riso chegando baixa aos ouvidos de Kyungsoo, que mantinha o celular longe. 

 

* * *

 

O menor ordenava ao mais velho onde queria que os adesivos ficassem, os posicionando no lugar ideal. Chanyeol já estava cansado de colar e descolar quando os posicionava de forma errada, mas estava acostumado com aquele jeito de Kyungsoo desde quando eram pequenos. 

Quando finalmente colou o último, Chanyeol desceu da cadeira e apagou as luzes. Em seguida foi até a cortina da janela e a fechou, mesmo que a luz que viesse dela não fosse tão forte com o sol que já se punha. 

Na completa escuridão eles puderam ver as formas dos planetas brilhando em luzes florescentes coloridas. Chanyeol ainda conseguia ver a silhueta de Kyungsoo enquanto seus olhos se ajustavam na escuridão. 

— Eu queria ir num lugar. — ele declarou apreensivamente, depois de reunir coragem para fazer o convite. 

— Então vai. — Kyungsoo respondeu sem dar muita importância e o maior riu baixinho. 

— Vou reformular. Eu queria te levar num lugar. 

Ele pôde ver na escuridão quando Kyungsoo voltou o rosto para ele. Um minuto de silêncio se seguiu, antes do menor dar sua resposta. 

— Se tiver alguma referência tosca à Titanic eu não vou. 

Chanyeol riu e acendeu as luzes. Ele anunciou da porta do quarto do menor que voltaria em alguns minutos, e Kyungsoo deveria esperar por ele com alguns casacos e cobertores em mãos. 

O menor achou estranho mas melhor não comentar. Afinal, era Chanyeol. Ele era sempre estranho. 

 

* * *

 

Quando o mais velho retornou para buscar Kyungsoo, este percebeu que o carro que Chanyeol usava não era o mesmo. Era uma van, e parecia estar levando alguma coisa na parte vazia de trás que o maior não deixou Kyungsoo dar uma espiada. 

Mas Chanyeol era estrategista, Kyungsoo tinha que admitir. Só depois de eles já estarem na estrada em uma velocidade que o menor não poderia saltar do carro em movimento, foi que o mais velho colocou o CD com a trilha sonora de Titanic. 

— Você nunca vai desencanar com isso?! — Kyungsoo reclamou enquanto pausava a música. 

Chanyeol não respondeu, apenas apertou o botão de play novamente. Eles tiveram uma pequena luta em que cada um apertava o botão para parar e continuar a música, até que Kyungsoo desistiu e deixou rolar enquanto Chanyeol cantava junto. 

Já estava escuro quando eles pegaram uma estrada mais isolada. Em certo ponto ela virou uma estrada de terra em um declive pelo qual subiam. Chanyeol dirigia com cuidado, evitando ao máximo que a van chacoalhasse muito. 

Era escuro e parecia ser um bosque. Kyungsoo já estava voltando à sua teoria de Chanyeol ser um psicopata quando viu as árvores ao seu redor diminuírem e eles pararem em uma área aberta. 

O maior o incentivou a sair do carro, e quando o fez, Kyungsoo sentiu o ar fugir de seus pulmões. Da montanha em que estavam podia-se ver a cidade abaixo deles, com as luzes acesas na noite adentro. 

E, igual às luzes que iluminavam o chão, o céu era iluminado com milhares de estrelas. Daquele ponto elas pareciam brilhar muito mais, e Kyungsoo se sentiu perdido entre elas. 

Quando Chanyeol parou ao seu lado carregando alguma coisa foi que o menor voltou a atenção à ele, e viu quando este encaixava a parte do tubo de um telescópio sobre o trípode. 

— Olha só quem virou expert em montar telescópios. — Kyungsoo comentou sarcasticamente, e o maior se apoiou sobre o tubo para o olhar sério. 

— Se você continuar eu vou voltar a cantar a música do Titanic. 

Kyungsoo riu e se rendeu. Ele se pegou sorrindo o tempo todo enquanto regulavam as lentes do telescópio e o menor apontou algumas constelações que conseguiam ver dali. Chanyeol prestava atenção o tempo todo, mas quando Kyungsoo começou a tagarelar sobre dados de física dos quais ele não entendia nada, ele apenas observou o menor falar. 

O mais novo de repente foi interrompido por Chanyeol o abraçando. O calor que emanava do corpo do maior era tão agradável que Kyungsoo o abraçou mais forte para que tivessem um contato maior. 

— Você fez tanta falta. — Chanyeol declarou em uma voz baixa ao lado de seu ouvido e mãos pequenas agarraram o casaco do mais velho. 

Kyungsoo afundou o rosto no peito do maior e o apertou mais entre seus braços, tentando demonstrar o quanto estava feliz por ter ele ali agora. 

Por mais que quisessem que aquele abraço nunca acabasse, o clima ao redor dos dois estava esfriando cada vez mais. Assim que desfizeram o abraço, Kyungsoo já sentia falta do cheiro reconfortante de Chanyeol. 

O maior animadamente o guiou até a van, a qual agora tinha as portas de trás abertas. Chanyeol mostrou como uma criança entusiasmada o que tinha trazido para eles, e Kyungsoo ficou impressionado. O mais velho havia colocado um colchão que coube perfeitamente no interior do veículo, e os cobertores que o menor havia trazido estavam arrumandos ali, passando uma impressão de conforto. 

Kyungsoo queria se encolher ali dentro, e foi exatamente o que fez. Ele se sentou e se encolheu dentro de um dos cobertores, o colocando ao redor de si. Chanyeol sorriu para ele enquanto pegava duas garrafas térmicas, antes de se sentar junto ao pequeno e puxar um pouco do cobertor para se cobrirem juntos. 

— Eu trouxe outro. — o menor falou indicando o tecido extra e Chanyeol pareceu pensativo enquanto o olhava. 

Então este se levantou e pegou o outro cobertor, colocando sobre o que já envolvia Kyungsoo e se juntando ao menor mesmo assim. Ele pensou em argumentar, mas desistiu ao ver o sorriso satisfeito no rosto de Chanyeol. 

Eles beberam juntos o chocolate quente que o maior havia trazido enquanto admiravam o espetáculo de luzes disposto à eles. 

Kyungsoo deitou a cabeça no ombro de Chanyeol quando terminou sua bebida, e o maior passou um braço acolhedoramente ao redor de si. 

— Se você fosse uma estrela, seria o sol. — Chanyeol comentou no silêncio dos dois, fazendo Kyungsoo levantar a cabeça para lhe lançar um olhar questionador e então voltar à posição inicial. 

— Porque se eu não estiver a 150 milhões de quilômetros da Terra posso dizimar a raça humana?

Chanyeol riu alto antes de responder. 

— É uma possibilidade. Mas não era isso que eu ia dizer. 

— O que era então? 

O maior sorriu. 

— É porque mesmo num céu repleto de estrelas, quando você apareceu, iluminou tanto minha vida que tudo que consigo ver é você. 

Kyungsoo não sabia como reagir. Ele olhou para o maior que sorria para ele, e voltou o olhar para o céu estrelado. De repente o calor agradável dentro daquelas camadas de cobertores se tornou demais para o menor, e seu rosto latejava de tão quente. 

— Aposto que você diz isso para todos que compram telescópios com você. — Kyungsoo respondeu baixinho e Chanyeol riu. 

— É verdade, mas não funcionou muito bem com a velhinha da última vez. 

O menor riu também, e isso o relaxou mais. Olhou novamente para o Chanyeol, e percebeu que sol dele era o sorriso do maior, sempre foi. Aquele riso radiante e repleto de um sentimento que ele também sentia dentro de si, e só transbordava mais e mais. 

Chanyeol era muito bonito, mas ficava ainda mais lindo quando sorria daquele jeito. Kyungsoo se inclinou e depositou um selar afetuoso na bochecha do maior. 

Eles se encararam com os rostos ainda próximos, e o sorriso dos dois se desfazia para dar espaço à outra expressão. Kyungsoo olhava dentro dos olhos do maior quando viu que este se inclinava para mais perto de si e fechou os olhos, aceitando o contato que tanto ansiava. 

Quando seus lábios se selaram a mente do pequeno se remeteu àquele dia no balanço do jardim, quando provou daqueles lábios desenhados pela primeira vez. 

Chanyeol o beijava com doçura, e quando a língua do maior passou sobre seus lábios pedindo passagem, Kyungsoo constatou que o maior era doce em todos os aspectos. 

Ele tinha gosto de chocolate e sua boca estava quente. Kyungsoo o beijou com vontade, explorando os cantos da cavidade ao seu alcance enquanto Chanyeol retribuía com a mesma intensidade. 

O mais velho passou o outro braço ao redor do menor, segurando sua cintura possessivamente. As mãos pequenas do mais novo puxavam o casaco de Chanyeol, numa tentativa de o trazer para mais perto. 

Os dois por fim deitaram-se de lado sobre o colchão abaixo deles, não separando os lábios nem por um momento. Kyungsoo passou uma perna sobre a cintura do maior, ansiando por mais proximidade. 

As mãos do mais novo agarraram as madeixas vermelhas quando mãos quentes o tocaram por baixo de seu casaco, sentindo a pele macia. Os gemidos baixos que escapavam de Kyungsoo eram inevitáveis, quando Chanyeol o beijava tão lenta e sensualmente. Cada ação era repleta de desejo e tantos sentimentos que só conseguiam expressar daquela forma. 

O beijo foi ficando mais lento até que davam apenas breves selares, e então os lábios úmidos do maior foram até o pescoço de Kyungsoo. Ele depositava beijos molhados na pele alva e o menor arfava ofegante. Suas mãos se infiltraram por debaixo das roupas que Chanyeol usava, passando as unhas curtas pelo abdômen do maior e o sentindo se contrair. 

Seus quadris pareceram estar no automático quando começaram a desenhar pequenos círculos contra os semelhantes de Chanyeol. O maior parecia estar prestes a perder o controle, e o menor não estava em uma situação muito diferente. 

De seus lábios já escapavam gemidos mais audíveis para o maior, quando a mão do mais velho desceu até as nádegas firmes e as apertou com vontade enquanto seus lábios atacavam a pele sensível de Kyungsoo. 

Hah, Chanyeol! — o menor gemeu necessitado e rolou seus quadris com mais força contra os do maior, que gemeu rouco. 

Isso no entanto pareceu despertar o mais velho, que segurou o quadril do menor com força o parando e tentava recobrar o fôlego. Kyungsoo sentiu a respiração pesada contra sua pele e se arrepiou. 

O maior depositou vários beijos em um caminho de volta para seu rosto, onde depositava selares delicados. 

— Por que parou? — Kyungsoo perguntou aborrecido e com sua voz que ainda soava ofegante. 

Chanyeol sorriu e o depositou um selar na testa antes de afastar os fios bagunçados que caíam sobre o rosto do menor, o fazendo um carinho enquanto o olhava afetuosamente. 

O mais novo não estava contente pelo outro ter parado o que ele estava com muita vontade de continuar, mas sabia o que Chanyeol estava pensando. Não era o momento certo. Não ali, no meio do bosque, no completo frio e num colchão dentro da van. 

Kyungsoo acariciou o rosto do maior e então seus cabelos cor de fogo, que caíam desordenadamente sobre sua testa. Ele o beijou novamente, desta vez devagar e com calma. Eles não tinham pressa. 

Estavam seguros nos braços um do outro. E foi naquele momento que Kyungsoo achou que os olhos do maior eram duas estrelas caídas do céu. Pois, mesmo na escuridão, eles brilhavam de uma forma de tirar o fôlego todas as vezes que Chanyeol olhava para o menor aconchegado em seus braços.



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