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História My Sweet Delirium - Não podemos nos apaixonar.


Escrita por: DeborahFernanda

Notas do Autor


Hey, como estão?

Capítulo 24 - Não podemos nos apaixonar.


POV LAUREN

Depois de avisar Sofia onde ela dormiria e pedir pra eles não ficarem muito tempo vendo TV eu fui para o quarto de hospedes, dormi um pouco. De madrugada acordei com uma dor latejante na minha mão. Acendi a luz e vi que ela além de vermelha, está meio inchada, ótimo, acertei o maxilar do imbecil, e agora que o sangue esfriou veio a dor. Peguei o celular e vi que já são duas da manhã. Sai do quarto e fui em direção a cozinha. Peguei gelo na geladeira, coloquei em uma bolsa e a posei sobre minha mão, enquanto eu comia uma maçã e repensava o que havia acontecido nas últimas horas, loucura.

-Oi. – olhei em direção a porta e vi Camila, com um short e o moletom que eu havia entregado pra ela.

-Oi. – ela se aproximou devagar e sentou do meu lado, levantou a bolsa de gelo e olhou pra minha mão.

-Machucou sua mão quando bateu no David? – perguntou pegando minha mão com cuidado e depositando a bolsa de gelo sobre ela.

-É, ele tem o maxilar bem duro. – falei e ela sorriu de leve. Ficamos em meio a um silêncio confortável, e por incrível que pareça, sem discussões. Só eu, ela e uma bolsa de gelo, as duas da manhã. – O que pretende fazer? – perguntei depois de alguns minutos de silêncio, ela levantou os olhos até os meus e pareciam confusos.

-Não sei. – abaixou novamente os olhos, eu não queria pressiona-la, mas pretendo conversar com ela sobre denuncia-lo.

-Tá com fome? – perguntei e ela me olhou com dúvida. Mostrei minha maça pra ela, em uma parte que eu ainda não havia mordido, ela se aproximou e mordeu com vontade, com a maça ainda em minhas mãos. Ela mastiga saboreando a fruta enquanto eu me repreendia por pensar naqueles lábios de forma tão intensa.

-Uma delícia. – ela disse sorrindo.

-Realmente. – falei e espero que ela não tenha entendido em qual sentido eu quis dizer.

-Está tarde, e amanhã eu tenho que dar aula e você tem aula. – ela disse e eu finalmente olhei em seu pescoço, que tinha algumas marcas vermelhas, me aproximei dela e pousei minha mão em seu rosto, afastando seus cabelos com a outra e analisando as marcas.

-Ele te machucou. – passei meus dedos sobre cada marca e ouvi-a suspirando. – Ele já fez isso antes? – olhei em seus olhos e percebi a distância mínima em que nos encontrávamos.

-Não dessa forma. – Camila falou e eu percebi que minha mão ainda estava em seu pescoço e a outra em seu rosto.

-Eu sinto muito. – falei e fechei meus olhos.

-Tudo bem. – seu sussurro me invadiu de uma forma desconhecida por mim.

-Sinto muito. – falei novamente.

-Eu já disse que tudo bem. – Camila disse baixinho.

-Não é por isso. – abri meus olhos e encarei os seus.

-Então por quê? – perguntou e eu aproximei nossos lábios, em um beijo carinhoso. Somente lábios, ela correspondeu rapidamente, ela deslizou suas mãos por meus braços até alcançar minha nuca. E ali começou um carinho enquanto ainda nos beijávamos, Camila pediu passagem com a língua e eu abri meus lábios pra que ela pudesse me invadir. Desci meu braço direito e enlacei sua cintura trazendo seu corpo pra mais perto do meu. De carinhoso o beijo passou a ser sedento, e para o meu susto, das duas partes. Até que eu me lembrei de tudo que ela passou na noite passada, o que aquele imbecil fez com ela, e eu me praguejei por estar pensando em ir além agora.

-Desculpa, Camila. Eu não devia ter feito isso, você deve estar machucada e confusa. Eu... – ela pousou seu indicador sobre meus lábios, me fazendo calar.

-Não fala nada. Só faz eu me sentir bem. Me dê carinho, por favor, Lauren. – ela disse e meu coração parou durante alguns segundos antes de voltar a bater como nunca havia feito antes. Ela está aqui na minha frente pedindo que eu a faça se sentir bem. E é exatamente o que eu quero fazer. Me aproximei novamente, beijando sua testa, logo depois as duas bochechas, seu queixo, seu nariz. Vi duas lágrimas escorrerem por seus olhos e tratei logo de enxuga-las, beijei suas pálpebras antes de falar.

-Não deixe que nenhuma lágrima sua escorra por causa do que aquele imbecil fez, ele não merece nada que venha de você. – ela abriu os olhos que brilhavam e eu me aproximei dela novamente. Beijando-a com todo o carinho que eu podia lhe dar. Segurei suas mãos e a guiei até o quarto de hóspedes, onde eu dormia a pouco. Nossos olhos se encontravam a cada oportunidade, e sempre a mesma sensação me invadiu, o frio absurdo na barriga, por que todo esse nervosismo? O quarto com todas as luzes apagadas foi trancado e eu a levei até a cama. Acendi o abajur, deixando o ambiente um pouco mais iluminado, o suficiente pra que eu possa contemplar seu corpo. – Sem arrependimentos pela manhã? – perguntei me aproximando dela e me ajoelhando em sua frente.

-Sem arrependimentos de manhã. – ela disse e eu sorri, Camila acariciou meu rosto e eu aproveitei a sensação de seu toque. A maciez de sua pele em contato com a minha. Tirei sua sandália de dedo e levantei meu corpo até alcançar seus lábios e começarmos mais um beijo. Ela se arrastou pra trás e eu a segui, logo estávamos deitadas na cama. Fazíamos tudo devagar, eu já acredito que estamos querendo aproveitar cada segundo. Ela levou as mãos até a barra da blusa que eu usava e a puxou pra cima, eu a ajudei tirar e deixei cair no chão do quarto, ela levantou um pouco o corpo e eu puxei o moletom que ela estava usando, pra descobrir que ela não usava nada por baixo. Quase gemi com a visão de seus mamilos já rijos, ela teve que puxar meu rosto pra que eu voltasse a olhar em seus olhos, e com isso acabei ficando corada por ter sido tão descarada e sem nem ao menos perceber. Eu sabia que mesmo por estarmos fazendo com tanto carinho não podia haver tantos sentimentos, mesmo que estejamos fazendo amor, quer dizer, dormindo juntas, mesmo assim não passa disso, nunca vai passar. Ainda sou a Lauren que odeia a Camila, e Camila ainda é a mulher com o mesmo sentimento em relação a mim, então nada de sentimentalismo pra que nenhuma das duas se machuque futuramente. – Só não podemos nos apaixonar. – ela disse como se tivesse lido meus pensamentos e os traduzidos em palavras. Seus olhos avelãs não se desviavam dos meus, sorri pra ela que retribuiu e beijei sua testa antes de lhe dar um selinho.

-Eu sei. – falei e voltei a beija-la enquanto ela agarrava meus cabelos e minhas mãos viajavam por cada curva de seu corpo latino.


Notas Finais


Desculpa sociedade, mas é um dos meus capítulos preferidos dos quais escrevi até agora.
Gente, ninguém consegue a guarda de uma criança facilmente assim. E espero que entendam que isso da mulher apanhar e voltar para o traste acontece todo santo dia.


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