História My sweet protector - The Message

    Eu sei que só faziam alguns segundos que minha mãe desligara o telefone, mas, a espera pela tia Mckenna, mesmo ela morando há algumas quadras daqui, pareciam minutos. Longos minutos.
   

Estava tão nervosa que não conseguia fitar meus pais, fitava apenas minhas mãos, que estavam depositadas em meu colo. Mesmo não olhando para eles, podia sentir um par de olhos azuis-esverdeados e um par de olhos cor de avelã sobre mim.
   

A campainha finalmente tocou, o que me fez levantar os olhos em direção à porta branca.

- Eu atendo! - Meu pai levantou-se mais rápido do que o Flash. Ele está tão nervoso quanto eu.
   

Olhei para minha mãe, que me olhava apreensiva.

- Oi, mano. - Tia Mckenna disse abraçando meu pai. 
   

Eu adoro aquele cabelo azul dela. Fica melhor do que aquele cabelo meio rosa que eu vi em uma foto sua com meu pai de quando eles eram adolescentes. Também adoro a fênix que ela tatuou nas costas. Uma também farei uma tatuagem nas costas. Vou tatuar "Rock N' Roll foREVer". Por que o "forever" escrito desse jeito? Bem, minha mãe tatuou a palavra na mão exatamente desse jeito e eu gostei. Minha mãe também tem duas asas tatuadas nas costas. Nunca entendi porque meu pai não gosta dessas tatuagens da minha mãe, mas, enfim...

- Kate. - Tia Mckenna disse abraçando minha mãe, que levantara do sofá.

- E aí, gatinha!? - Tia Mckenna disse me abraçando. Eu nem tive tempo de me levantar do sofá.

- Oi. - Foi tudo o que consegui dizer.

- E o Johnny? - Meu pai perguntou. Meu pai acabou de chamar o tio gnomo de Johnny? Ele realmente estava nervoso com tudo aquilo.

- Ficou cuidando do Jake e do Jack. - Minha tia disse e sentou-se ao meu lado.
   

Meu pai sentou-se ao lado de minha mãe e pegou sua mão, acariciando-a.

- Por que a tia Mckenna está aqui? - Disse quebrando o silêncio angustiante que se formara.

- Bem, quando sua avó deu a luz à sua tia, - Meu pai começou a falar. - o médico, o doutor Weasley, nos disse que ela havia morrido no parto.

- O quê? - Disse fitando minha tia com perplexidade.

- Durante quinze anos, eu vivi com o doutor Weasley acreditando que ele fosse meu pai. - Minha tia disse e pegou minha mão direita, qua ainda estava em meu colo. - Até a minha madrasta perder o bebê e me culpar por isso. - Minha tia disse fitando nossas mãos entrelaçadas. - Foi então que meu pai me mandou por reformat...

- Pra um colégio interno. - Minha mãe completou e fitou minha tia de um jeito estranho. - Foi lá que ela conheceu seu pai. E eu também.

- E como vocês descobriram que eram irmãos? - Disse fitando minha tia e, depois, meu pai.

- Bem, sua tia derrubou a carteira de identidade, eu a achei e vi que a data de nascimento dela era a mesma data de nascimento da "irmã morta" do seu pai. - Minha mãe disse.

- Eu contei para o seu avô e ele resolveu procurar um amigo de longa data que era investigador de polícia. - Meu pai disse. - Esse investigador, conseguiu um mandado e, no meio de alguns arquivos abandonados, encontrou duas pastas que provavam que a Mckenna era minha irmã.

- Fizemos o teste de DNA e tudo foi comprovado. - Minha tia disse. - O doutor Weasley foi julgado e condenado à 50 anos de prisão, mas, à cerca de duas semanas, fiquei sabendo que ele se suícidou com um cadarço de tênis.

- Então, é por isso que aquela vadia da Weasley disse que você destruiu a família dela? - Me levantei exaltada e fitei meu pai, que apenas assentiu com a cabeças. - Mas, você só fez o que era certo, não é como se você tivesse ameaçado ele de morte.

- Pois é, ninguém ameaçou ele de morte. - Meu pai disse e revirou os olhos.

- Bom, eu preciso ir! - Minha tia disse levantando-se do sofá. - Durma bem, gatinha.

- Você também, minha tia de sangue favorita. - Disse a abraçando.

- Engraçadinha. - Minha tia disse e bagunçou o meu cabelo.
   

Tia Mckenna se despediu dos meus pais e foi embora.

- Vou dormir, estou cansada. - Anunciei me espreguiçando e indo em direção às escadas.

- Durma bem, anjo. - Meu pai disse.

- Boa noite, filha favorita. - Minha mãe disse imitando minha voz com ironia.

- Engraçadinha. - Disse revirando os olhos.
   

Assim que fechei a porta do meu quarto, meu celular tocou, anunciando uma mensagem.
   

Peguei meu celular e, junto com ele, o tal papel que estava em cima do meu carro. Resolvi ler a mensagem primeiro.
   

Desbloqueei meu celular e vi mais de 50 chamadas não atendidas. Algumas da Clary, outras da minhas mãe, duas do tio Zacky e, até mesmo, uma do River. Mas, o que me chamou a atenção, foi um número desconhecido que me ligara 5 vezes e era o mesmo número que acabara de me mandar a mensagem.
   

"Oi, Amy. Como vocês está? Estou preocupado."
   

Seja lá quem for, me conhece e sabe o que estou passando.
   

"Quem é?" - Mandei em resposta.
   

Demoraram alguns segundos pra que a resposta chegasse.
   

"Ah, me esqueci que você não tem meu número. Sou eu, o Sebastian."
   

"Ah, ta! Eu estou bem. Já me resolvi com o meu pai. Como conseguiu meu número?"
   

"Se eu te dissesse que eu tenho uma bola de cristal que revela o número de telefone das pessoas, você acreditaria? Rsrs"
    
    "Engraçadinho. Rsrs"
   

"Acho melhor irmos dormir, afinal de contas, temos que acordar cedo amanhã. Boa noite e sonhe com os anjos."
   

"Prefiro sonhar com o Johnny Depp. :D"
   

" Pensei que o River fosse meu único concorrente."
   

"Deixa pra lá. Boa noite."
   

"Boa noite."
 

Joguei meu celular na cama e, também, me joguei nela. Só então eu decidi pegar o bilhete e li palavras que me deixaram ainda mais ansiosa pra festa de Sexta-Feira.