História My Teddy - {Visita No Porão}

"Park Jimin, porque não foi ao velório de sua mãe?" Talvez porque ela me odiava e apenas meu pai me amava de verdade. 

Eu me perguntava deitado no sofá da sala e olhando para a luxuosa porta de vidro, a porta brilhava tanto quanto o Sol que refletia nela, olho para o lado e vejo Andy limpando a cozinha e fazendo muito barulho com as panelas, olho para meu celular e vejo uma mensagem de Hoseok mas, não dou muita atenção, provavelmente ele deve estar me perguntando o porque de eu não ter ido no velório/enterro da minha mãe, pego uma almofada e coloco na minha cabeça resmungando:

- Tédio... Muito tédio.

- Jimin por que você não vai na casa da sua mãe pegar as coisas que sobraram e me deixe trabalhar. Fica aí resmungando tédio, tédio. - Diz Andy batendo a panela forte na pia, fazendo um barulho irritante e alto.

- Até que é uma boa idéia, pelo menos não fico sem fazer nada. - Digo me levantando do sofá, e indo saltitante até o balcão da cozinha. 

- Vai ou não vai? - Diz Andy sem nem ao menos olhar pra mim.

- Cadê meu beijo? - Eu digo de olhos fechados e com a bochecha em direção a Andy.

Andy me da um beijo molhado na bochecha e diz:

- Pronto Jimin, agora vai.

Andy é como uma mãe que eu não pude ter, ela tem apenas 42 anos de idade, eu a amo tanto e queria retribui-la em tudo que ela fez, mas seria realmente impossível.

Coloco uma jaqueta e pego a chave do meu carro em cima da mesa de centro na sala, coloco minhas sandálias com meias e vou até a garagem, entro no carro resmungando pois o banco estava sem as minhas almofadas que provavelmente Andy está as lavando, ligo as chaves e abro o portão com o controle automático, saio com o carro e quase bato na caixa de correio que está em um lugar péssimo, na verdade eu que dirijo um pouco mal, ok... Bem mal.

Depois de alguns minutos chego na minha antiga casa, rapidamente um Flashback passa na minha mente, rapidamente me lembro dos momentos aterrorizantes que passei ao lado da minha mãe naquela casa. 

Abro a porta com a chave e sinto um cheiro de nostalgia misturado com cheiro de mofo, a casa estava com todos os móveis encapados com um plástico branco e um pouco empoeirado, dei um segundo suspiro que me fazendo espirrar por conta do pó que estava naquela casa, fico alguns segundo parado e me lembro de Teddy, meu antigo ursinho, ele foi o meu primeiro amigo verdadeiro até eu crescer e me dar conta que ele era apenas um urso de pelúcia idiota, desço até o porão que se encontrava até que limpo, apenas o fato dele estar um pouco empoeirado, mas não haviam teias de aranha e nem ratos ou baratas, tento ligar o interruptor da luz mas a lâmpada não acende me obrigando a ligar a lanterna do meu celular, olho para uma caixa vermelha e com alguns adesivos meio desgastados por conta de serem antigos, pego a caixa e a levo até a sala, a coloco em cima do sofá e a abro, um pó alto e grosso sobe em meu rosto me fazendo ficar sem ar por poucos segundos, tusso e logo após respiro profundo, jogo tudo que havia na caixa no chão fazendo cair meu ursinho Teddy, que estava completamente intacto, só estava bem sujo, o pego com muito cuidado para não soltar nenhum tipo de pó, fico o olhando e lembrando dos bons momentos que tive com ele, ele era meu melhor amigo, faziamos tudo juntos, para mim ele falava comigo mas apenas não me lembro de que forma, tom, ou o que ele me falava, pois minha memória não é uma das melhores.