História My wolf - Oque?...

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era uma loba, seus pelos eram cinza, porem, ela tinha asas com um tom um pouco mais forte que cinza mas não chegava a preto, era uma cena estranha mas ela continuava linda. não sabia como ela era uma loba, eu apenas sentia, e também sentia que podia confiar nela. por alguns segundos ela me encarou e depois veio andando ate mim, me ajoelhei e ela se sentou em minha frente. eu observava seus olhos azuis e ela me observava de volta. ela chegou mais perto e colocou sua testa na minha, por um momento fechei meus olhos

''esta chegando a hora"

abri os olhos e não encontrei a loba. eu realmente escutei ou foi.. deixa pra lá. estava tão preocupada pensando na loba e na voz que percebi meu corpo estranho, olho em minhas costas e as asas da loba estavam lá, fazia tanto tempo quão sonhava que voava, comecei a correr e de felicidade e num segundo depois estava no ar, fazendo acrobacias, sempre me sinto livre fazendo isso. depois de mais três ou quatro acrobacias tudo ia ficando borrado, já sabia oque significava, não quero acordar...

abri os olhos lentamente. olhei em volta e corei. estava eu e nick, nós estávamos deitados na grama, um de frente pro outro, ele me olhava, uma suas pernas estava entre a minha, com o calor de sua perna, uma certa região estava estranha, eu corei mais ainda por estar indignada com a reação de meu corpo, eu abri a boca pra falar

-Sabrina foi pegar as mochilas, ultimo professor teve um imprevisto e cancelou a aula, você caiu e me levou, não queria sair e te acordar- ele me interrompeu sorrindo, me derreti por dentro, devolvi o sorriso. ficamos nos encarando por alguns segundos até que senti pontadas na cabeça, fiquei calma e me sentei na grama novamente. nick me olhou preocupado, mas não falou nada. Sabrina chegou, nos entregou as mochilas e todos fomos em silencio pelo caminho. quando viramos a primeira esquina, o silencio foi quebrado:

-onde você vai ficar nick?- perguntei

-na casa da Sabrina- ele me olhou

-meus pais foram pra casa da minha vó, ela ficou um pouco doente- ela disse olhando pra frente- já sei! por que não fazemos uma festa do pijama nós três? eu falo para seus pais que ele é meu primo- ela da uma corridinha e para de frente pra nós

-acho melhor não, não hoje, meus pais estão com problemas no trabalho e estão ficando até tarde resolvendo tudo- digo fazendo a melhor cara de chateada que consigo, nunca pensei que ia ser tão falsa

-então okay, manda um abraço pra eles, quem sabe na próxima- ela volta pro nosso lado e continuamos a caminhar, antes de virar a esquina pra minha casa, nos despedimos. antes de abrir o portão já escutava barulhos dentro de casa, abri a porta e fui pra cozinha com gritos em meus ouvidos, peguei uma maça e subi para meu quarto, soltei a bolsa do lado da porta e fechei a mesma. comi a maça e a joguei num pequeno lixo que deixei no meu quarto, sentei na minha escrivaninha e comecei a fazer uma das coisas que mais me relaxa: escrever.

"a realidade muitas vezes é cruel, e, todos tem seu lado que não querem mostrar

pensamentos que não querem falar,

opiniões que querem esquecer, e,

ao lado de amigos tudo muda,

lagrimas viram sorrisos,

dor vira prazer, e,

afinal, pelo menos uma vez todos são falsos,

ou também pode considerar sonhar.

em uma realidade cruel,

por que não sonhar?

ter conversas sem sentido,

rir do vento e relembrar momentos.

por que não sonhar enquanto você é moldado pela sociedade?

amassado, esticado até ficar do jeito que eles querem.

no fundo, há a tentação de sonhar e não acordar...."

peguei com certa delicadeza a folha e a guardei com as outras, ia descer pra jantar quando percebi que era 19:00. com a mão na maçaneta ouvi um barulho alto, desci correndo. minha mãe no chão. meu pai com o punho de sangue a olhando, até que ele me percebeu

-você vai ser a próxima se não pegar uma cerveja pra mim- ele se sentou no sofá, continuei encarando ele, estava com um sentimento estranho em mim- ta surda? eu quero uma cerveja

-vai pegar. não sou empregada.- ousei responder

-agora você vai aprender a não responder seu pai- ele levantou com fúria

-você não é mais meu pai- inclinei um pouco a cabeça, ele veio em minha direção e então percebi, eu estava furiosa, pela primeira vez, com ele. ele ia me dar um soco com a direita, a peguei e torci pra trás, batendo sua cabeça  na quina da parede. eu estava surpreendida comigo, meu pai é velho mas é forte, eu não esboçava nenhuma emoção além de raiva. voltei pra trás e peguei minha mãe no colo, subi e a coloquei em sua cama, passei a mão em seu rosto com um corte e um olho roxo. voltei pro meu quarto e peguei um kit de primeiros socorros, digamos que sou uma pessoa desastrada e precisava muito disso, passei um remédio em seu corte e coloquei um curativo, o olho precisava ver depois.

liguei pra policia e avisei o acontecimento, alguns minutos depois eles já chegaram, dei meu relato do que acontecia a tempos e o que aconteceu a pouco tempo, ele seria preso por bastante tempo.  depois que eles saíram eu fiquei vagando pela casa pra me acalmar, eu ainda não sentia que era eu, quando estava descendo as escadas pela terceira vez na noite eu comecei a cantar uma musica que vi em um anime um dia, mas como meu japonês não é bom, cantei em inglês. unravel. aquela musica é diferente mas me acalma, quando acabei de cantar eu estava na sala, me sentei no sofá e fechei meus olhos

-então tinha algo errado mesmo- a voz disse, me virei e lá estava nick, escorado na parede- quer ajuda?

oque?...