17.
Point of view S/N.
Flashback da S/N, antes de sair do Brasil.
Entrei no ônibus ainda pensativa. Com quem papai falava ao telefone? Ele disse que ia arrumar as coisas, mas para onde vamos?
Naquele mesmo dia, quando cheguei em casa, soube de tudo. Estávamos indo para a Coreia do Sul. Appa disse que precisava cuidar da nossa família e que lá tudo seria mais fácil. Ele teria um bom emprego, e no futuro, eu também.
No início foi muito difícil me acostumar com tantas novidades. Quando achei que estava me acostumando com a nova vida na Coreia com meu pai, mais uma mudança ocorreu.
Conheci um menino chamado Min Yoongi, ficamos amigos. Meu pai trabalha na empresa de detetives do seu avô. Quando seu avô se aposentou, por confiança, deixou meu pai na liderança da empresa.
Assim como conheci Yoongi, meu pai e sua mãe também se conheceram. Eles se apaixonaram e se casaram. Agora éramos uma única família.
Yoongi foi treinado pelo avô desde pequeno e depois pelo meu pai. Eu queria que meu appa me visse como via o Yoongi, que visse meu potencial mesmo sendo uma menina. Então, nós dois crescemos juntos e nos tornamos detetives da empresa.
Apesar de tudo isso eu achava que meu pai não confiava em mim, que não confiava em meu trabalho como confiava no de Yoongi. Era sempre o Yoongi e eu na sua sombra ajudando. Quando meu pai me deu meu primeiro caso, um no qual eu estava sobre o comando, prometi para mim mesma que não faria o meu melhor. Meu melhor é pouco. Eu superaria meus limites e mostraria quem sou.
Atualmente, na cafeteria.
— S/N! — Sinto alguém tocar meu ombro.
— Taeyang? — Pergunto depois de virar minha cabeça olhando para o homem alto ao meu lado.
— O que faz aqui? — Ele se senta e apoia uma das mãos no balcão enquanto segura o menu com a outra.
— Estava dando uma volta e resolvi parar para tomar um café.
— Entendo. O que vai querer?
— Imagina, não precisa se preocupar.
— Eu insisto.
— Um cappuccino seria ótimo, obrigada.
— Um cappuccino e um expresso, por favor. — Ele faz o pedido.
— Veio só tomar um café também?
— Acabo de vir da casa do meu irmão. Estou aqui para ver alguém, mas parece que a pessoa não veio.
— Entendo.
— Como andam as investigações?
— Bem na medida do possível.
— Isso é bom. Espero que tudo se resolva logo.
— Acredite, eu também.
— Aqui está. — A garçonete deixa nossos pedidos.
— Obrigada. — Agradecemos em sincronia o que nos fez rir.
— Aish! Tenho que ir. — Olho meu celular. — Desculpe e obrigada pelo cappuccino. — pego meu cappuccino e minha bolsa saindo dali.
Não tinha que sair dali agora, mas precisei fazer isso. Preciso falar com Yoongi urgentemente. Ligo para ele.
— Onde você está? — Ele pergunta ao atender.
— Preciso conversar com você.
— Estamos no escritório.
— Por enquanto falarei apenas com você.
— Certo.
— O que acha de irmos a boate mais uma vez?
— O que sua mente mirabolante está tramando?
— Vem me buscar na esquina da rua da cafeteria?
— Chego em 10 minutos. — Ele ri.
Chegamos e começamos a caminhar em direção à entrada da famosa boate.
— Temos mais um suspeito confirmado, Yoongi. Preciso que esteja atento a todos que entrarem e saírem da boate enquanto tenho uma conversinha com o barman. Preciso saber se ele esteve na cafeteria para encontrar alguém. Te explico tudo com calma depois. Fique por perto e atento.
Point of view Min Yoongi.
Aconteceu algo na cafeteria hoje e preciso que S/N me conte. Quando ela faz isso é porque quer ter certeza dos fatos antes. Meus pensamentos são interrompidos.
— Kiara?
— Quanto tempo, não? O que faz aqui?
— O que você faz aqui?
— Vim afogar as mágoas, não quer me ajudar? — Ela se aproxima do meu rosto.
— Estou ocupado agora, Kiara. Preciso encontrar minha irmã. Nos falamos uma outra hora.
Point of view S/N.
— Para quem era a carta que estava escrevendo hoje?
— Minha família. — Seus olhos ficam marejados.
— Sente muita falta deles, né?
— Demais. Eu esperava que o meu chef pudesse entregar minha carta para eles, mas eu não consegui me encontrar com ele hoje.
— Seu chef mora perto deles?
— Não exatamente. É complicado.
— Entendo. Sei que vai dar tudo certo no final.
— Obrigada. — Ele segura minha mão que estava sobre o balcão.
— Vamos, S/N?
— Vamos!
Yoongi sabe mesmo como aparecer nos momentos certos.
— Até qualquer dia, Sehun.
Meu irmão e eu saímos da boate e entramos no carro.
— Será que agora pode me explicar que raios está acontecendo?
— Encontrei duas pessoas na cafeteria hoje. Ambas estavam lá para encontrar outra pessoa.
— Trabalhamos com nomes, S/N.
— Taeyang e Sehun.
— Acha que tem ligação?
— Taeyang estava lá para encontrar uma pessoa que aparentemente não apareceu. Sehun tinha acabado de sair do local quando perguntei da carta que estava escrevendo.
— Carta?
— Uma carta que seu chef entregaria para sua família. Tudo indica que Sehun o encontraria lá.
— Precisamos ver com calma, pode ser uma coincidência infeliz.
— Pode ser mesmo, mas aquele sorriso preciso vê-lo mais uma vez.
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