27.
Point of view S/N.
Flashback da S/N quando ainda morava no Brasil, ela não parava e não conseguia esquecer todas as vezes que seu pai a maltratava, e não precisava de muito pra isso, só suas palavras a matava por dentro.
— Pai — ela disse tocando seu ombro, ele tinha dormido no sofá deixando a TV ligada e a posição em que ele estava não era boa, acordaria com dor nas costas no dia seguinte. — pai, acorda, vamos pro quarto.
Ela se afastou quando ele virou o rosto para outro lado e volta outra vez.
— Pai — a S/N sussurrando balançou vendo ele resmungar algo e seus olhos abrirem minimamente. —, você acabou dormindo, eu te ajudo a ir pro quarto.
Seu pai se espreguiça e ela segurou seu braço com a intenção de levantá-lo, mas ele não deixou.
— Não precisa, não precisa. — ele se levantou assim que empurrou brutalmente, e andou arrastando os pés com tranquilidade. E foi assim que ele subiu as escadas.
— Boa noite, pai. — disse ela frustrada mas não teve respostas do velho que fechou a porta do seu quarto.
Atualmente, eu entrei no carro e sair da casa do Jin chorando, a duas quadras dali eu chorava muitíssimo. Ao parar no sinal vermelho, eu encosto os ombros na poltrona. Eu não aguento mais isso. Eu queria saber o que eu fiz pra você me tratar mal, tão rude, tão, tão...
Com a buzina alta dos carros atrás, eu agarrei o volante e acelero o carro, dirigindo bem pensativa, para aonde que eu vou agora?
A procura do meu celular quando eu encostei o carro na frente de uma loja de assados, eu descobrir que eu não tinha trago comigo. Olhei pra dentro da lanchonete meio sem saber o que fazer, nem dinheiro eu tinha. Aproveitei e guardei aminha arma no porta-luvas, cansei dela também. Verifiquei o carro e o meu bolso, só plásticos de doces. Liguei o carro outra vez, voltei para estrada lembrando que o Rio Han não era tão longe daqui, a praia a noite talvez pode ser uma boa também.
Algumas horas e eu encarava o mar com mente em outro lugar, ballet era tão simples. Delicado, eu não devia ter saído. Pensando aqui, Taeyang é muito suspeito. O meu pai deve está me odiando nesse momento, Yoongi deve está xingando ele. Havia pessoas ao redor, muitos abraçados e rindo, parecem felizes. Também quero ser, eu quero ser uma pessoa feliz. Bati as mãos na minha roupa e fico de pé. Aish, que frio aqui. Entrei no carro e ligo o carro junto com aquecedor, deve ser tarde. Ao entrar numa rua com pouco movimento, percebi que tinha uma moto preta no meu retrovisor e eu já tinha visto alguns metros porém, faz horas que eu estou acompanhada dela. Conclui que ela está me seguindo quando ela imitava meus movimentos, devo pegar ou não?
Disfarçadamente abrir o porta-luvas, mas ele fez uma rasteira na frente do meu carro fazendo-me parar. Ele, um homem todo vestido de preto desceu da moto e eu tentei pegar na arma antes que ele alcançasse a porta, mas seu puxão de cabelo pra trás não me fez fazer isso. Comecei a dá vários golpes, eu enchia sua cara de socos e ele conseguiu me jogar no chão fazendo bater as costas.
— O que vai fazer agora? — ele riu cínico limpando o machucado - e sujando sua mão de sangue - que eu tinha feito no rosto do desgraçado. Um movimento para agarrar as minhas pernas quando eu dei uma rasteira e agarrei seu pescoço fortemente, o famoso mata leão ameaçador. — Olha você sabe lutar.
— Eu sei mais do que isso, quer que eu te mostre? — apertei enquanto sua mão travava o meu braço, sua unhas estavam cravejadas na minha pele me fazendo ranger de dor. Em seguida, ele me trouxe pra frente fazendo virar de costas e perder a minha posição dominante.
— Mostrar o que gata? Que você adora ficar por cima da carne seca é? Mas e ai, quem manda agora? — gemi de dor por ele segurar o meu braço que estava nas costas agora tão forte. — acho que você sabe a resposta.
Sua risada seca foi cortada quando acertei o meu cotovelo no seu queixo fortemente vendo ele cai no chão depois dar um berro. Corri ao meu carro desesperada, eu preciso sair daqui. Peguei a arma no chão do carro com a intenção de guardá-la, porém a porta é aberta bruscamente me dando um susto, apontei pra ele e apertei o gatilho quando sua mão tentou me tocar. O homem abriu os olhos arregalados assim que sentiu o impacto.
Sai do carro meio aérea, vendo algumas pessoas aparecerem e elas me olharam assustadas e até recuaram, guardei a arma na cintura e tirei meu distintivo de cordão erguendo no alto dizendo.
— Sou policial! Alguém liga pra polícia? Diga que é a investigadora criminal, rápido, por favor! — falei e uma das moças que estavam com a mão no peito chocado com aquele baleado ao pé do carro, ela assentiu saindo, e eu olho pro lado respirando fundo. Caminhei com a mão na cabeça, encarando o asfalto escuro até ouvir sirene das viaturas e aquela multidão se afastou, cada vez mais apareciam pessoas curiosas, e eu já estava agoniada. Meus olhos param nos meninos que saíram do carro junto com corpo de perícia e vejo Yoongi vindo rapidamente na minha direção, seu abraço foi tão grande que andei passos pra trás.
— Você está bem? Ele te machucou?
Seus olhos me analisavam, suas mãos segurava meu rosto, ele estava muito preocupado.
— Eu estou bem, eu acho.
Meu irmão voltou a me abraçar acolhedor.
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