História Mysterious City (Hiatus) - Unexpected Visit

Avril POV ON

Na escola, todos comentavam sobre o estado da Vicki, que estava cada vez pior. Até agora não descobriram o tipo de animal que a atacou, mas eu sei, eu tenho a plena convicção de que foi um vampiro que a atacou. Mas não vou revelar essa informação a ninguém, até porque quem acreditaria na existência de vampiros? É capaz de me internarem no hospício se disser uma coisa dessas.

Até onde eu sei, tem pelo menos dois vampiros na cidade, Stefan e Damon. Não acredito que Stefan tenha feito algo assim, pelo que tenho observado, ele é bem legal e não seria capaz de fazer isso, ele pode ser misterioso, e um vampiro, mas acho que não um assassino, pelo menos não nessa época. O Damon já é uma incógnita, posso ter sido a primeira pessoa a avistá-lo, além dos meus sequestradores, apesar de ele ter me salvado, sinto que não posso confiar nele, pelo menos não totalmente.

Bom, a conclusão que eu chego é que, ou foi o Damon, ou existem outros vampiros na cidade, o que me leva a pensar se meus sequestradores são alguns deles, ou têm algo a ver com essa história. Outra coisa que eu não consigo tirar da cabeça, são aquelas palavras que eu tive que falar durante o sequestro. Eu acho que já as vi em algum lugar, provavelmente em um livro sobre bruxaria e seres sobrenaturais. O que me faz pensar se existem outros deles, lobisomens, bruxos, esse tipo de coisa, eu sempre quis que as histórias fossem verdadeiras, mas algo na minha consciência me faz pensar que não deveriam, que essas histórias não deveriam passar de histórias, que os mitos nunca deveriam deixar de ser mitos, que esses seres deveriam existir apenas em nossa imaginação.

– Srta. Lavigne? Está prestando atenção? – Perguntou o professor Saltizman, me tirando de meus devaneios.

– Sim, é claro. – Menti descaradamente.

– Então pode me dizer qual foi o grande evento que ocorreu em Mystic Falls em 1855?

– Nenhum, Mystic Falls só foi fundada em 1859. – Respondi, agradecendo mentalmente a minha mãe por ter contado um pouco sobre a história da cidade.

– Parece que alguém fez o dever de casa. De onde você veio mesmo?

– Do Canadá, sr. Saltzman.

– Interessante… – Ele parou, pensativo, por alguns segundos, até que se voltou para a sala e disse: – Pessoal, abram seus livros na página 57.

Achei muito estranha a reação dele quando eu disse que vim do Canadá, mas tanto faz, preciso parar de tirar conclusões precipitadas das pessoas, mesmo que na maior parte das vezes eu esteja certa.

Avril OFF

Autora POV ON

No hospital, Vicki recebe uma visita surpresa.

– Quem é você? – Indagou a garota, assustada.

– Sou a solução para os seus problemas. – Disse uma voz misteriosamente sedutora, enquanto um par de olhos azuis a encarava.

– Como assim? – Ela questionou, mas foi surpreendida, quando aquele que a visitava rasgou a pele de um de seus pulsos com os dentes, depois estendeu-o e disse:

– Beba. – Aquele pedido seria tão simples, se não fosse assustador, ele estava pedindo para que bebesse seu sangue, era inacreditável e insanamente bizarro, mas mesmo assim, ela o obedeceu, não tem ideia do porquê, mas ela o fez, enquanto olhava nos olhos hipnotizantes de seu visitante.

Depois que ela bebeu seu sangue, o visitante misterioso se retirou, e não viu o que aconteceu em seguida. Vicki teve uma parada cardíaca, e morreu, consumando o trabalho iniciado pelo ser misterioso que a atacou, agora seu assassino.

Autora OFF

Jeremy POV ON

Eu estou cansado disso, quando vão parar de me tratar como criança? Vicki está naquele hospital e, mesmo assim, fui forçado a vir para a escola. Eu odeio a escola. Aqui todos me acham um perdedor, e no máximo sentem pena de mim, por causa do que aconteceu com meus pais, mas ninguém se importa comigo de verdade. Nem mesmo a Vicki. Eu realmente sou um idiota, chorando por alguém que não dá a mínima para mim.

– Está tudo bem? Soube que essas coisas não tão boas assim. – A voz de uma garota surgiu e me assustou, ela estava encarando o pacote de maconha na minha mão.

– Quem é você? – Perguntei, um pouco arrogante.

– Sou Anna, alguém que merece ser tratada, no mínimo, com um pouco de educação. – Disse e depois bufou.

– Me desculpe, estou tendo um dia péssimo.

– Tudo bem, você não é o único.

– A garota que eu gosto está no hospital e me obrigaram a vir à escola.

– Não é assim tão ruim vir à escola, é?

– É claro que é, é chato, não tiro boas notas e não tenho amigos, se quiser uma lista completa eu te passo.

– Tá, tudo bem, talvez você tenha me convencido.

– Todos me tratam como uma criança que não pode se cuidar sozinha, ou como um perdedor, e eu não sei o que é pior. – Falei.

– Eu te entendo, minha mãe se acha no direito de controlar minha vida, ela acha que eu nasci para ser escrava dela, como se eu não tivesse vontades próprias, como se eu fosse um robô.

– É como se fossemos apenas avatares de um jogo de vídeo game, recebendo comandos o tempo todo.

– Sim, é exatamente assim que me sinto. – Ela concordou.

– Anna!!! – Alguém gritou ao longe.

– É minha mãe, eu tenho que ir. Até logo. – Disse a garota baixa de cabelos longos e escuros, antes de sair correndo em direção a uma mulher, que mesmo longe, eu conseguia ver o ódio com que me encarava, isso é só por eu estar falando com a filha dela, ou tem mais?

Observando elas partirem, continuei no meu canto, pensando em tudo o que aconteceu nas últimas semanas, e no quanto eu acho que ainda pode acontecer. E algo me diz que não será algo bom.

Jeremy OFF