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História Na Calada da Noite - A Última Esperança - Se for para te ver feliz...


Escrita por: GathaChristie15 e Jung_Pandy

Notas do Autor


Continuando nossa pequena maratona diária kkkkk

Espero que gostem 😍

Boa leitura 💖

Capítulo 19 - Se for para te ver feliz...


O vento gélido agita meus cabelos, meu corpo despenca com uma velocidade incrivelmente rápida, aos poucos sinto o calor da lava invadir o ar que respiro.

 

Algumas lágrimas descem pelas minhas bochechas e são levadas pelo vento. Minha consciência pesa por eu não ter me despedido de todos, principalmente da Lorie.

Mas será melhor assim, pelo menos retirei dos ombros dos meus irmãos, o peso morto que sempre fui. Meus olhos desde o inicio se encontram fechados, não há necessidade de ver o meu fim.

Porém um som, de o que me parece ser pedras, me tira de meus devaneios, no entanto não me atrevo a abrir os olhos, meu corpo está quase se encontrando com a lava, não adiantaria de nada ver o que possa ser esse barulho.

(Eu logo te verei meu amor...)

Infelizmente, tudo o que eu desejo raramente acontece, nem sei porquê ainda tento. Meu corpo é empurrado por um ser misterioso, com tanta força, que acabo colidindo contra a parede rochosa da fenda.

Esse mesmo ser me agarra firmemente pela cintura, como se dependesse disso para sobreviver. Sua respiração está descompassada, e ouço soluços vindo do mesmo.

_ Porque... – sussurra com a voz embargada.

Drogo: eu precisava... – sussurro, já me desmoronando em lágrimas.

_ Não... Não precisava Drogo, eu estou aqui....

Drogo: mas eu sou um inútil, fiz tantas idiotices, pensei que me odiava...

_ Eu nunca faria isso, você passava dos limites às vezes... mas é como um filho para mim... eu não suportaria te ver tirando a própria vida...

Drogo: mas eu só trago desgraça a vida das pessoas Viktor!

Viktor: não diga isso... você é único... insubstituível, não há outro igual à você... por isso peço, não faça isso. Sei que odeia quando falamos pela Kiara, mas eu tenho absoluta certeza, de que ela desabaria se você fizesse isso... por favor... Não faça mais isso... por favor – diz soluçando.

Abro meus olhos com receio, e encontro os olhos âmbar de Viktor marejados e vermelhos de tantas lágrimas que desceram. Provavelmente, estou da mesma maneira, não imaginava isso vindo dele.

Viktor: vamos subir... – concordo.

Deixo minhas asas saírem e o seguro nos braços. Voo com dificuldade, pois é minha primeira vez, mas felizmente, consigo chegar a superfície, soltando lentamente, o Viktor no solo.

Quando meus pés entram em contato com a grama, Viktor me ataca com um abraço desesperado, o que me surpreende. Mas logo permito que as lágrimas apareçam.

Drogo: me perdoa... – suplico.

Por um momento, minhas pernas falham, fazendo-me cair de joelhos, enquanto o abraço. Ele faz o mesmo, ficando igual à mim. Nosso abraço se torna mais forte, como se necessitássemos disso.

Viktor: está tudo bem... eu devia saber que você não estava nada bem, nunca passou por isso antes, e também, eu nunca pensei que esta ideia passaria pela sua mente... – ele pensa por um segundo - Drogo... você está com depressão? – pergunta.

Seu olhar vai além de preocupação, chega a ser parecido com o medo. Talvez... medo de me perder...

Drogo: não... eu não tenho depressão.... – digo tentando parecer firme, mas nem eu mesmo tenho essa certeza.

Viktor: isso é notável em você Drogo... – suspira, torcendo os lábios, visivelmente arrependido de algo – eu que te devo perdão, devia saber que você não está nenhum pouco preparado para enfrentar a dor de ser viúvo... eu posso dizer que te entendo perfeitamente, sou viúvo há mais de dezoito anos, e além de perder minha mulher, perdi minha filha, e eu te compreendo, eu sinto sua dor, sinto o que você sente, ouço as vozes que te condenam, porquê... isso também acontece comigo... e eu quero que saiba, que você não está sozinho, eu estou aqui, ok? – Diz e em nenhum momento quebra nosso contado visual.

Sem capacidade de pronunciar uma só palavra, eu apenas aceno positivamente, encarando seus olhos marejados. Ele me puxa para mais um abraço, o que completa sua consolação.

Suas mãos acariciam minhas costas, em um ato de dizer que ele está aqui, que eu não preciso mais temer.

Viktor: vamos para casa, você precisa descansar... – apenas concordo.

Seguimos rumo a mansão, e em nenhum momento, Viktor tirou sua mão de meu ombro, o que para mim, já é o suficiente para que eu entenda que ele está aqui para mim, e que não tenho mais que me matar...

 

 

[...]

 

 

 

A claridade alcança meus olhos aos poucos. Me encontro em meu quarto no momento. Acho que eu estava tão cansado ontem que desmaiei de sono.

Lembro-me do ocorrido de madrugada e me entristeço. Fui tão tolo de ouvir meus pensamentos que quase fui dessa pra melhor. Mas agradeço por ter Viktor, sem ele nem aqui eu estaria mais.

Toques na porta me tiram de meus devaneios.

Drogo: pode entrar... – digo sonolento.

A porta é aberta revelando o Viktor, que tem em mãos uma bandeja cheia de comida. Isso me deixa confuso, o café da manhã não vem primeiro?

Drogo: agradeço sua preocupação Viktor, mas não acho que preciso comer tanto em pleno café da manhã... – digo o olhando confuso.

Viktor: na verdade... o café da manhã foi servido há quatro horas atrás... – diz risonho.

Drogo: oh... acho que dormi demais...

Viktor: mas isso é bom, você precisa descansar a mente, e... Não achei necessário te acordar para a faculdade, você precisa de um tempo... – diz compreensivo.

Drogo: obrigada Viktor...

Viktor: não há o que agradecer garoto, agora coma! – diz me entregando a bandeja.

Drogo: com todo prazer – digo tirando risadas dele.

Degusto cada pedacinho desse risoto de quatro queijos com salmão grelhado, ao molho de maracujá, e cá entre nós, é delicioso!!! Mas enquanto como uma dúvida me aparece.

Drogo: Viktor... – ele me olha – como conseguiu superar a morte de sua esposa? – pergunto acanhado.

Viktor: eu nunca superei... – o olho confuso – apenas aceitei a minha perda, superar é voltar a ter uma vida normal, mas não dá, eu não consigo...

Drogo: somos dois então...

Viktor: o que nos ajuda, é saber que por tamanha bondade da parte delas, elas estão em um lugar melhor...

Drogo: com certeza estão... – digo e um pequeno sorriso me escapa.

Viktor: estou com uma dúvida... – eu o olho – o que houve para você e o Nicolae brigarem, eu saio por um momento e vocês já estão se matando – diz sério, mas com uma pitada de gozação.

Drogo: Nicolae com certeza me odeia agora, sofri um acidente, porquê segundo ele eu estava com inveja, mas não é nada disso! Só é difícil para mim, ver meus irmãos casados e eu aqui... sozinho...

Viktor: Nicolae apenas está remoendo o que você disse para a babá...

Drogo: não sei como ainda não acredita Viktor, ela é má...

Viktor: enquanto não a pegarmos com a mão na massa, não podemos afirmar nada Drogo...

Drogo: mas...

Viktor: Drogo por favor, coma! – diz severo, me fazendo encolher os ombros – desculpe... Não queria o assustar, só quero dizer que não podemos manda-la embora por um motivo desconhecido...

Drogo: Viktor!!

Viktor: este assunto se encerra aqui Drogo, agora coma... – apenas concordo em silêncio, visto que ele não cederá tão fácil.

 

 

[...]

 

Nunca pensei que ficar na cama a tarde toda seria tão bom. Sei que pode desencadear o sedentarismo, mas minha sede de sangue, que aparece algumas vezes, não permitiria isso. Meu instinto animal me obriga a caçar três vezes por mês no mínimo.

Mas voltando à realidade, estou deitado na cama nesse momento, apenas relaxando, como Viktor me orientou.

A pergunta que ele me fez, é um tanto quanto perturbadora. Será que eu tenho depressão? Essa dúvida me mata, eu realmente espero que isso não se agrave, não quero esse tipo de coisa, e também não desejo a ninguém, pois imagino o quanto deve ser terrível.

A mansão no momento se encontra em um silêncio estranho, todos já chegaram da universidade, mas não ouvi uma palavra sequer. Estranhamente, Lorie não parece mais reclamar da babá, não ouço nenhuma gritaria, nem nada do tipo.

No entanto, minha atenção é chamada por pequenos toques na porta. Permito a entrada, já imaginado quem seja.

Lorie: oi maninho... – diz parecendo triste, mas a única coisa que percebo no momento é o pedaço de bolo de limão em suas pequenas mãos.

Drogo: oi maninha... estou vendo que Viktor quer me engordar – digo risonho.

Lorie: não é pra menos... – diz me encarando tristemente.

Drogo: ele te contou, não é? – pergunto desanimado.

Lorie: contou à todos nós...

Suspiro com sua fala.

Drogo: por isso o silêncio?

Lorie: sim... Nicolae está se culpando até agora, Sarah e Peter estão amoados no quarto, remoendo o seu possível fim, e Aurora está desabando no choro, pensando que ela foi a causadora da sua escolha...

Faço um sinal para que ela venha até mim, e a mesma o faz. A pego, e coloco-a na cama e ela me entrega o pedaço de bolo.

Drogo: na verdade, a minha escolha foi desenvolvida através de diversos fatores...

Quando vou dar a primeira garfada, ouço seus soluços, e meu psicológico se sensibiliza de imediato.

Lorie: porque não me disse nada? – pergunta com a cabeça baixa.

Drogo: você já tem problemas o suficiente Lorie, não queria te incomodar...

Lorie: não é isso...

Drogo: o que?

Lorie: você estava com vergonha de admitir que precisava de ajuda, e nós também fomos tolos de não enxergar a sua situação... desculpa maninho... – seu choro se multiplica.

Drogo: está tudo bem maninha, eu estou aqui agora, e é isso que importa...

A calma a toma vagarosamente.

Lorie: sabe – diz acanhada – você deveria dar uma chance à babá...

Drogo: O QUE? Nem pensar, nunca, jamais, tire essa ideia da cabeça Lorie, eu pensei que você a odiava...

Lorie: e eu ode... Não... Eu, me precipitei na hora de julga-la...

Drogo: não está me escondendo nada?

Lorie: não – diz simples e firme.

Drogo: Lorie, quero que entenda, eu não consigo, não posso, algo dentro de mim diz que é errado, eu sou apenas da Kiara, e para sempre serei...

Lorie: eu sei – volta a chorar – mas... se for para te ver feliz... eu aguento qualquer coisa...

Drogo: e o que me garante que ela me fará feliz?

Lorie: eu não sei, mas não custa tentar – diz cabisbaixa.

O comportamento dela está extremamente estranho, Lorie deixava claro que odiava a babá, mas agora quer que eu corra para os braços dela?

 

 

 

(O que ela tem?)...


Notas Finais


Então... no próximo vocês vão querer me bater, mas calma! Desde já tenham calma! Por favor 🙏

Até daqui a pouco 😉


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