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História Na esquina da sua casa - Liskook - Mas o Coração Continua


Escrita por: SenhoritaMin

Notas do Autor


Espero que gostem, e qual foi a música favorita de vocês no SQUARE HINO UP?

Capítulo 18 - Mas o Coração Continua


Fanfic / Fanfiction Na esquina da sua casa - Liskook - Mas o Coração Continua

"O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua."

Lalisa aprendeu muito cedo que nada durava para sempre como mostrado nos desenhos.

Mesmo assim, ela ainda aguardava que algo seria eterno. Seja uma amizade ou um amor, ou até os dois, no seu íntimo, ela queria apenas um relacionamento que pudesse ser tudo aquilo que via pela tv.

 No seu quarto escuro e solitário, encolhida em sua cama com a cabeça entre as pernas, os olhos  inchados, ela estava cansada de chorar, já havia suprimido todas a água de seu corpo nas duas últimas horas, diversos pensamentos em sua maioria negativo invadiam sua mente, fazendo que vez ou outra uma lágrima saísse, descendo pelo belo rosto vermelho e que demostrava uma grande melancolia.

Ela odiava aquilo, principalmente por está achando que estava sendo dramática, só que não era drama, Lalisa estava magoada, e com o coração partido, não foi a primeira vez que isso aconteceu, ela já tinha uma fileira de corações partidos em todos os seus anos de vida, mas essa foi a primeira vez que a dor pareceu tão grande e sufocante ao ponto de que ela sentia uma bolha formada na sua garganta, Lalisa queria gritar, quebrar algo ou se simplesmente ser abraçada com força ao ponto de que reconstruíssem todos os seus caquinhos, mas a única pessoa que a daria esse abraço renovador, é a mesma que causa suas lágrimas.

É engraçado como pensamos que nunca vamos ser magoados por quem gostamos, mas como se fosse o destino, quem nos magoa é aquele que nós amamos. E a dor é forte, como uma bola de demolição arrasando tudo que está ao redor, o coração principalmente, ele fica tão frágil que se derrama através de lágrimas, lágrimas que você não quer chorar pois não acha eu deve ser tão fraco por alguém, porém é difícil impedi-las, afinal, a dor precisa ser sentida, mas a dor precisa ser assim, tão agoniante e solitária que nada parece impedir que ela aconteça? Ela é como aquela ventania forte que bagunça os cabelos e joga para longe os papeis que demoramos tanto para arrumar, às vezes, ela é tão intensa que não queremos nos levantar da cama, pois isso é mais fácil já que cada molécula nossa está consumada em dor.

Quando triste Lalisa se isola em seus pensamentos, com os braços magros e bronzeados ao redor das pernas, ela se abraça, como se apenas aceitasse seus pecados e maldades, ela aceita sentir a tristeza, mesmo que não entenda o por que dela acontecer, afinal, foi tudo tão rápido, como um flash de uma foto, tudo mudou e agora ela se senti só, sem ser a pessoa de alguém, e sem ter alguém que seja a sua pessoa.

Era até quase cômico ou irônico o modo como abraçou sem perceber o urso que ele havia lhe dado, e também sem perceber levou o nariz até a pelúcia buscando seu cheiro, ou como estava vestida com uma de suas camisas deixadas ali depois de uma noite de filmes, é cômico como mesmo querendo se afastar dele, ainda o queria por perto.

Amar é um fardo, saudades é o dobro.

Escutou que pela casa escura barulho de saltos caminhando pelo piso amadeirado, ouviu que  foi direto para a porta no fim do corredor, talvez tendo certeza que a menina dormia pela falta de luz no local, Lalisa suspirou se levantando do seu cômodo espaço de tristeza e esticou um pouco os membros dormentes, foi até a mochila que tanto gostava e tirou de dentro de uma pasta bagunçada um pedaço de papel, andou pelo quarto escuro e abriu a porta, voltando a caminhar até o fim do corredor, parando na porta de madeira, onde deu dois toques baixos.

-Lalisa?

Escutando a voz rouca, a morena com olhos inchados entrou no quarto, vendo sua mãe sentada na cama com um pé em mãos, fazendo uma massagem na área, os saltos pretos estavam em algum lugar, ficando quase irreconhecíveis pela escuridão do quarto, iluminado apenas por dois abajures.

-O que foi? – A mulher perguntou quando focou sua visão na menina que se aproximou lentamente.

-A senhora precisa assinar aqui -entregou o papel, e a mulher com roupas formais o levou até perto da luz, bufando estressada depois.

-Sério Lalisa? De novo? O que você fez dessa vez? – Moa perguntou impaciente e retoricamente, ela sabia que Lalisa não era nenhuma santa, então só poderia ser culpa da menina, Lisa nem precisou abrir a boca para responder, pois foi espantada com um gesto de mãos transpirando que o motivo não importava, pegou uma caneta da bolsa preta ao seu lado e pôs-se a escrever -Olha, você tem sorte de está acabando o ano, ou poderia até ser expulsa!

Lalisa pegou o papel nos finos dedos, e o dobrou, já pronta para sair do quarto, quando sua mãe estralou os dedos se lembrando de algo.

-Você já falou com seu irmão? Lembra de falar com ele

Lisa suspirou fundo, não aguentando mais esse aviso, ela nunca conversa com o irmão -Omma, por que a senhora quer tanto que eu fale com ele? -buscou ser direta, se virando para a mulher

-Hum... Só converse com ele -Sendo evasiva, Moa espantou Lalisa, que suspirou desanimada novamente, e abriu a porta -Hey – Chamou a mulher, fazendo Lisa parar novamente com as mãos na fria maçaneta -Você está bem?

Lisa não se virou, mas dava para ver pelo seu corpo que ela estava surpresa, afinal para até sua mãe reparar em seu atual estado de desolação, a morena deveria está péssima, mesmo assim, deu um sorriso curto abaixando a cabeça, os olhos se encheram de lágrimas novamente, como uma simples pergunta poderia a desmontar toda? Três palavras que saídas da boca de sua mãe, alguém tão distante de si, pareciam tão especiais, como um raio de sol no inverno, buscou respirar fundo afim de não  chorar novamente, em sua cabeça ela queria que sua mãe a colocasse no colo e a mimasse como faziam quando era criança, ou apenas sentir os dedos da mulher em seu cabelo, fazendo um cafuné, mas isso seria pedir demais, a distância impedia, porém a mínima pergunta aqueceu o coração de Lalisa que sem se virar, respondeu:

-Eu vou ficar

E saiu do quarto.

[...]

Jungkook escutava música em seus fones enquanto ia para escola.

Uma cena bem normal, levando em conta que a maioria das pessoas com a idade dele possuem um celular e escutam mais música do que escutam seus pais. Normal.

Mas o quadro muda quando olhamos de perto, Jungkook ultimamente, mesmo que busque não aparentar está triste, todo dia parece que é o mesmo quando ele não conversa com Lalisa, tanto que até um simples caminhada de 15 minutos para escola o faz falta, ele sente saudade de compartilhar músicas com ela, e dela o empurrando para fora da calçada, coisas simples que faziam todo dia agora é como uma mancha numa foto, apenas lembranças e isso tudo culpa dele.

Jungkook nunca foi burro, mesmo com suas notas dizendo ao contrário ele sabia bem o que estava fazendo, apenas não esperava que as consequências fossem tão duras assim, pois não bastassem Shi hye, sua mãe o olhando feio a cada minuto, ele tinha todo o peso na consciência, afinal conviver no mesmo ambiente que Lalisa por mais de 5 horas juntos e não poder beija-la, abraça-la ou apenas ficar perto dela e escutar sua voz, era como uma quase tortura.

Mas naquele dia ela não foi para escola.

Ele estranhou claro, o ensino coreano é muito rígido e Lisa nunca foi muito de faltar, principalmente um dia depois de ter saído da sala, isso o fez ficar inquieto durante toda a aula.

Afinal, onde aquela garota se meteu?

 


Notas Finais


Não posso falar muito agora pois tenho que ir para escola, mas leiam Consolo da Praia de Carlos de Drummond, tem trechos do próximo capítulo que possivelmente será postado ainda essa semana e, quem descobri as referências do capítulo ganha um beijo <33
Me sigam no twitter @Josefinaney
E AMO VOCÊS, OBRIGADA PELO APOIO, I LOVE YOU


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