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História Na guerra e no amor vale tudo. - Jogo de sedução.


Escrita por: firefox1

Capítulo 15 - Jogo de sedução.


Fanfic / Fanfiction Na guerra e no amor vale tudo. - Jogo de sedução.

    Malfoy fez questão de encontrar uma camiseta promocional antes de Harry retornar. Uma de tamanho gigante, para não mostrar a forma daquele peito másculo espetacular. Sabia que não deveria haver se deixado abalar pela visão dele sem camisa, mas não pudera evitar. Era uma sensação incontrolável de perda de fôlego. Fora sorte ele não haver notado.

   Ao alisar o tecido que havia sido amassado na viagem, flagrou-se imaginando como seria deslizar os dedos sobre os pelos aparentemente macios do peito dele.

    Mesmo diante da possibilidade de seus colegas haverem dito a verdade, e de Harry estar mesmo pretendendo brincar com ele, não podia deixar de sonhar. Mas isso tornava a situação ainda mais grave. Ele estava desconsiderando que poderia vir a magoá-lo, quando se cansasse e, como faziam os beija-flores, fosse fazer sua próxima coleta em outra flor.

    Mesmo se tratando de seu eterno herói, sabia que devia lhe dar uma boa lição. Revirando uma série de caixas, encontrou o pacote que estava procurando e colocou-o discretamente no carrinho do lixo, estacionado ao lado do estande.

     Assim que Potter retornou, começou a colocar em prática o plano que elaborara.

     — Não acredito! — reclamou Malfoy, alto o suficiente para que todos no estande ouvissem. — Como foi que o pessoal do almoxarifado esqueceu os lápis? Tenho certeza de tê-los incluído na lista de material.

        — Como é? — perguntou Harry.

    Draco observou que ele desviou o olhar do que estava fazendo para si. Segurando a pequena peça cuidadosamente entre os dedos, levou-o até os lábios, colocando o lado da borracha na boca, sugando-a levemente enquanto fingia ler uma lista.

    Foi gratificante vê-lo engolir em seco ao observar o movimento que ele fazia com a pequena peça de madeira. As estratégias do livro de Vitoria, associada com anos de observação dos admiradores dele estavam funcionando muito bem. Era como uma espécie de curso de sedução masculina. Infalível.

         — Sim, lápis — confirmou ele, suspirando exageradamente.

   Seu tórax fez um movimento bastante visível sob o tecido da camiseta. Finch, que estava atrás de Potter, ficou boquiaberto, recebendo um cutucão de Theo, que piscou um olho, sinalizando para Langdon. O único que permaneceu aparentemente impassível foi Potter, que fez um esforço tremendo para não olhar diretamente para o peito de Draco.

      Esforço esse que Malfoy notou com clareza.

        — Você sabe quais são, não é? — indagou ele, inocentemente. — Daqueles curtinhos, como os que distribuem nos clubes de golfe em miniatura.

          — Curtinhos — ecoou Harry.

        — Deste tamanho — disse Draco, mostrando uma distância de uns doze ou treze centímetros entre o indicador e o polegar da mão esquerda. — Mas podem ser maiores, bem maiores.

     Foi um prazer ainda maior poder vê-lo ajeitar a gola da camiseta recém colocada, como se estivesse sufocando. Como pretendera, criara um contexto que o levara a pensar em uma situação ousada e muito distante do assunto. Como uma associação ao tamanho do seu pênis.

          — Precisamos mesmo disso? — perguntou ele, ao notar que estava quase em transe, sonhando acordado.

          — Sem dúvida. Como os visitantes preencherão os cupons para o grande prêmio?

          — Grande prêmio?

          — Quando vai aprender a ler o material antes do último instante? Mostre o pôster para ele, Nott — solicitou Draco.

    Contente em cumprir a tarefa, o rapaz desenrolou um cartaz, onde havia uma foto de um lugar tropical.

        — O vencedor ganha uma viagem para as Bahamas — falou ele, passando os dedos sobre a ilustração. — Cinco dias de brisas frescas em um lugar ensolarado, e quatro noites paradisíacas. O sorteio será no último dia do evento.

         — Oh — murmurou Potter. — Nesse caso, acho que precisamos mesmo de muitos lápis.

        — Se não se importa em ajudar os rapazes na montagem do estande, vou sair e procurar uma loja de material de escritório para comprá-los. Hum... Talvez eu demore um pouco, pois não estou acostumado com essa cidade. Está bem para todos vocês?

         — Sim, claro — respondeu Langdon.

         — Não se preocupe com o serviço, que daremos conta — completou Nott.

         — Cuidaremos de tudo — afirmou Finch. — Ei, o que faremos com seu almoço quando o entregarem?

         — Podem comê-lo — afirmou Draco.

         — Mas é seu prato favorito — protestou Harry.

        — Quanta gentileza — murmurou Draco, fazendo-se de tolo ao sorrir. — Contudo, terei de abrir mão de minha refeição. Comerei algo enquanto estiver na rua. Tudo bem com você, Potter?

     Ele tentou dar de ombros e disfarçar, mas estava visivelmente perdido, sem saber o que fazer.

         — Precisamos dos lápis, não é mesmo? Claro que está tudo bem.

     Ao sair dali, Malfoy pegou a mochila e começou a empurrar o carrinho de lixo.

      — Vou descarregar isso aqui no trajeto até a saída — alegou ele, aproveitando para passar o pacote com os lápis para sua mochila, antes de deixar o lixo.

    Ao entrar no táxi, pediu para ser levado ao shopping center mais próximo. Tudo estava indo muito bem com seu plano.

   Potter se inclinou e deixou que a água fria massageasse suas costas. Embora aliviasse a tensão física, não surtia nenhum efeito no estresse mental pelo qual estava passando. Todas as táticas que tentara usar ao longo do dia haviam falhado. Parecia que havia perdido o jeito com os homens. Pelo menos com Malfoy.

   Para provar que podia ser competente com qualquer trabalho, fizera mais atividade física naquela tarde do que nos dois anos anteriores, acumulados. E, para sua total decepção, Draco nem sequer pareceu notar. Nem um comentário... Nem uma palavra de gratidão ou de admiração. Estava se sentindo como se fosse o homem invisível.

   Para os outros rapazes, contudo, sobraram sorrisos e olhares compreensivos. Para um trio que se confessava frustrado, estavam recebendo atenção demais. Por sorte, a parte do plano que dizia respeito a eles havia funcionado.

    Todos três se viram obrigados a ir direto para seus respectivos quartos ao final da tarde, pois estavam precisando de uma boa dose de antiácido. O "almoço-bomba" que encomendara havia sido um sucesso.

     Ainda bem, pois Nott ousara até convidá-lo para jantar, recebendo um promissor "no final da tarde, veremos" como resposta.

   Com o efeito destruidor daquele almoço, ninguém estaria disponível para disputar com ele a atenção de Malfoy. "Que atenção?", pensou Harry, frustrado.

    Ele sim, conseguira ser o centro indiscutível das atenções, ao voltar para o centro de convenções, três horas depois de partir.

   Ao vê-lo voltar com os lápis, todos notaram que Draco havia passado pelo hotel para se trocar. Estava quase irreconhecível, embora ainda estivesse com uma roupa equivalente à anterior. Só que a calça jeans super skinny que era pecaminosamente justa. A camiseta fora substituída por uma camisa branca com os disseres em preto “ No palito se derrete o picolé.” Onde Draco estava com a cabeça para usar uma camisa com estes disseres. E para completar o visual um par de tênis branco.

     Ao longo do dia, os rapazes quase brigaram para ficar nas escadas, só para ter uma visão mais detalhada do corpo de Draco. A lembrança do olhar sequioso de cada um deles o levara a cerrar os punhos diversas vezes em meio às tarefas.

    O banho não estava ajudando a afastar as lembranças nem a esfriar as ondas de desejo quente que o estavam tentando dominar. Teria de aproveitar aquela noite, quando estaria sozinho com ele. Precisaria obter resultados com rapidez. O único meio seria abusar do charme e usar tudo o que soubesse sobre os gostos de Draco, para fazê-lo chegar ao lugar onde deveria estar: seus braços.



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