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História Nada é mais o mesmo - Eles


Escrita por: julsss

Notas do Autor


Dae, minha primeira fic.
Pela primeira vez tive coragem de postar algo, por muito tempo escrevi capítulos de histórias que poderiam vir a ser publicadas aqui, mas nunca tive nenhum impulso para finalmente ter coragem e ir. Nesse caso, semana passada, meio que eu sonhei com esse primeiro capítulo e foi tão real que eu escrevi o comecinho em um arquivo e depois decidi terminá-lo e publicá-lo.
Espero que gostem, e eu não tenho ideia se sou dramática demais kdaifjnowefawe.
Aproveitem <3

Capítulo 1 - Eles


Esperaria que hoje o dia fosse diferente porque agora já é tarde e não consigo voltar atrás e apagar os erros que cometi.

O quarto de hóspedes estava escuro e eu esperava Marina tomar seu banho deitada na cama rolando de raiva de Felipe e seus amigos babacas. Estava bem bêbada e a bebida mais uma vez foi como uma válvula de escape dos meus problemas.

Despertei dos meus devaneios quando ouvi uma batida na porta. 

- Entra! - ordenei e assim que abriu a porta encaro um ser masculino que nunca tinha visto antes. 

- Oi, dá licença, me disseram que eu podia dormir aqui. 

- Quem te disse? 

- Felipe? - e quando eu ouvi seu nome revirei meus olhos e suspirei 

- Sim, Felipe. Mas quem é você? 

- Pablo, amigo do Matheus. Ele me chamou pra vim aqui hoje - disse se aproximando da cama onde estava - E qual é o teu nome?

- Laura. 

Conversamos mais um pouco sobre ele que tinha 23 anos, era formado em direito, entre muitas outras coisas que eu não estava nem um pouco afim de ouvir.  

- É impressão minha ou você está desconfortável? Quer que eu saia daqui? 

- Estou um pouco alta, e hoje ouvi coisas que me pegaram de surpresa. 

- Sei bem como que é, tem a ver com o Felipe, certo?  

- Infelizmente…

- Acho que posso fazer você esquecer desse cara por um tempo. - ao final de sua frase, Pablo se aproximou de mim e encostou sua boca na minha. 

Após isso, tudo aconteceu com muita rapidez, e eu não sabia direito o que eu estava fazendo. Seus beijos estavam cada vez mais intensos, porém eu não o retribuía da mesma forma, assim que ele parou de me beijar, pediu para tirar minha camisola e eu deixei. Fiquei apenas de calcinha deitada na cama, cada parte do meu corpo estremecia com seus lábios, senti medo, confesso. Ele tirou minha única lingerie e jogou para longe, direcionou-se a minha genitália. Nunca tinha sentido um língua diferente, era prazeroso, mas não era ele. Pablo se levantou em cima de mim e vejo um clarão vindo do seu celular. 

- Que porra é essa? - tive que esfregar meus olhos por causa do brilho 

- Não foi nada, gata! Onde estávamos?

- Não sei, por favor, vai embora! Não estou mais afim!

- Que?

- VAZA! - ele sorri com o canto da boca e antes de sair diz algo quase inaudível. 

- vadia.

Assim que vejo a porta se fechar vou para debaixo da cama como uma tentativa de me esconder e desabo, praticamente estou chorando de nojo e ódio de mim mesma. - Por que eu fiz isso com o Felipe? - essa frase ecoava na minha cabeça o tempo inteiro. 

Ninguém estava ouvindo porque estava tendo uma festa de boas vindas para Matheus, fazia meses que os meninos não o viam e essa foi uma desculpa perfeita para se juntarem. 

    Mais uma vez eu ouço a porta e imediatamente paro de fazer barulho com receio que fosse Pablo. 

- Lau! Onde você está? - Fico aliviada por ser Marina e saio debaixo da cama nua. Ela me olha muito assustada. 

- O que aconteceu, Laura? Eu sei que você estava chorando, olha esse rosto e por que porras você está pelada? 

- Ma, eu fiz a pior merda da minha vida, só que agora não dá para falar. Preciso que você arrume suas coisas, posso dormir na sua casa hoje? 

- Laura, é sério, estou preocupada. E claro que pode. 

Vesti meu pijama e fui em direção ao nosso quarto, que por ano e meio foi nosso. Juntei todas minhas coisas mais importantes que caberia na mala e por fim uma camiseta preta de Felipe que por nenhum motivo especial era minha favorita. Estava pronta para ir, mas tinha que o encarar com o pingo de dignidade que ainda me restava. Por essas horas já estava sóbria e nada justificava o que eu fiz.

Ele estava feliz com o sorriso mais lindo do mundo, no meio de todos seus amigos, rindo das bobagens de Henrique quando seu olhar cruzou com o meu o que iluminou seu rosto. Acenei para ele se aproximar de mim e assim o fez

- Felipe, quero conversar contigo lá embaixo, pode ser?

- Sim, Laub, está tudo bem? - disse ele estranhando meu pedido repentino. 

    Descemos a escada para a garagem e senti o mundo sobre minhas costas e Felipe sabia que eu não estava normal.

- O que foi, amor? - ele acariciou meu rosto e eu recuei com o seu toque, suspirei e tive que contar logo o que estava entalado na garganta. 

- Felipe, eu te trai. 

- Laub, sério, pode parar. - disse desacreditado e totalmente debochado. 

- Um amigo do Matheus foi no quarto de hóspedes e nos beijamos depois ele me chupou. 

- ELE O QUE? - não consegui mais olhar seu rosto - Juro, que se você está brincando já passou do tempo de você desmentir - Foi então que comecei a chorar e não tinha como ele não acreditar não mais - Eu não entendo, você acordou do meu lado hoje eu disse que me amava. 

- Eu sei, eu ainda te amo muito - disse olhando em seus olhos

- Laura, por favor né, você é a pessoa mais falsa que eu conheço. Você poderia ter feito qualquer coisa, juro, qualquer coisa mesmo, mas me apunhalou pelas costas depois de todo esse tempo, na minha própria casa que é a única coisa que meus pais me deixaram! - lágrimas caíam de seus olhos cada vez mais. Doía tanto ouvir essas coisas. 

- Eu acabei escutando sua conversa com a Gabriela hoje mais cedo.

- Tá, foda-se! Essa é sua justificativa?

- Claro que não, mas é horrível ouvir que a melhor amiga do meu namorado ainda é apaixonada por ele e que se não fosse por causa da atual dele eles estariam juntos. - ele ficou surpreso de ouvir isso de mim. 

- Você entendeu tudo errado. 

- Agora é tarde demais. 

- É, eu também acho. Eu achava que você era a mulher da minha vida, mas agora não tem como eu ficar mais com você. A gente já conversou sobre isso antes, e eu não tolero traição, não consigo confiar mais em uma única palavra tua. 

- Eu sei disso - já estou destruída emocionalmente e digo para ele aos soluços - você salvou a minha vida, e ela é sua. Me desculpa do fundo do meu coração, queria voltar no tempo e consertar todas as minhas merdas. 

- Laura, não dá mais - ele cobre o rosto com as duas mãos e chora. 

- Felpo, adeus. 

Subo as escadas e vou até onde deixei Marina, pego todas as minhas coisas e vou embora, sem olhar para trás, sem falar com ninguém. 

 


Notas Finais


Me falem críticas construtivas para que eu possa melhorar!
xx Jules


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