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História Nada mais que amigas? - O outro cara


Escrita por: SQ-Morrilla

Notas do Autor


Oie. O último capítulo da maratona, espero que gostem.

Capítulo 12 - O outro cara


“[...] Às vezes te odeio por quase um segundo
depois te amo mais
teus pelos, teu gosto, teu rosto tudo
tudo que não me deixa em paz
Quais são as cores e as coisas pra te prender [...]”
(Herbert Vianna)

***

Uma semana atrás...

- “Ruby, não sei. Ele é meu chefe. Eu vou ter que dispensá-lo mais cedo ou mais tarde e isso iria custar meu emprego.”

- “Não seja boba, Rê. Ele é seu chefe, mas não é ‘o chefe’. Ele é só um bastardo convencido e anda te cercando tão descaradamente. Se acha tão tsunami, quando não é nem a sombra de uma ondinha. Não vai ser difícil estabelecer uma conversa com ele. Ele bate um papo legal consigo mesmo...” - Regina riu.

- “Ah e consegui a ficha completa dele. Sabia que ele fez Stanford no mesmo ano que a Patinho? Provavelmente eles se conhecem, o que é melhor...” - Regina ficou curiosa a respeito dessa informação. Não se lembra de Emma ter falado de nenhum Robin Hood para ela.

***

Uma semana depois...

- “Devon, não está dando certo.”

- “Como assim?”

- “Ela não está se importando. Hoje vai até sair com um cara que conheceu.”

- “Mas você tem certeza, Emma? Fez direito? Não percebeu se ela sentiu falta?”

- “Não sei. Às vezes penso que sim, às vezes tenho certeza que não, como isso que ela me disse hoje logo no café da manhã...”

- “... AHHHHHHHHHHHHHHH. Eu vou enlouquecer. Não está fácil, ela parece que faz de propósito, fica andando pela casa com aquelas roupas justas e minúsculas que servem mais como sinalização ‘você pode ver, mas não pode tocar’, e eu tenho que olhar para ela como se fosse uma cadeira. Isso é tortura.” - Uma coisa que Emma falou chamou a atenção de Devon.

- ‘Faz de propósito? humm’. - Devon sorriu às vezes a proximidade deixa as pessoas cegas.

- “Ems, acorda! Se você obedece todas as regras, acaba perdendo a diversão... Você não vê o que ela está fazendo?” - Emma esperou o raciocínio.

- “... Das duas uma. Ou você já tem sua resposta e ela não está afim, o que não acredito. Ou ela teve a mesma ideia que você.” - Emma rapidamente ficou muito interessada na conversa.

- “Como assim?”

- “Vai ver ela está querendo te pressionar para que você tome a iniciativa... Te provocando, te fazendo ciúmes... Ela está fazendo inferninho.”

- “E como eu vou saber se isso é verdade?”

- “Mata ela na unha, faz exatamente o contrário do que ela quer, não demonstra ciúmes. Você já está indiferente, então finge que está feliz e pede pra conhecer o cara. Então espera a reação dela.” - Emma de súbito se sentiu muito esperta. Isso fazia sentido para ela.

O problema é pedir para um quadrado, ser descolado. Emma podia ser moderninha em outros assuntos, até mesmo com outras mulheres, mas não quando se tratava de Regina. No geral Emma era uma mulher bacana, do bem. Gente boa mesmo. Doce, na melhor definição de Ellie. Uma grande mulher, como diriam Killian. Educada, inteligente, bonita... Na opinião dos outros. Mas apenas uma pessoa extraia dela carinho, atenção, cuidado, amor, desejo, de maneira exclusiva, intensa. E essa pessoa era Regina. Assim como ela provocava essas coisas, em função da intensidade, também tinha reações adversas... Como o ciúme, a insegurança...

***

Regina olhava preocupada para um cartão e um buquê de rosas... Presente de Robin.

- “O que foi Rê?”

- “Emma está estranha, Ruby. Indiferente, eu não sei mais o que fazer... Acho que ela não se importa.”

- “Ai Senhor, paciência. Vou escrever vocês nos D.Q.P.A.” - Regina não entendeu.

- “O que é isso?”

“Devagar Quase Parando Anônimos.”

“Ha-há!” - Regina riu cínica.

- “Aí para, Regina. Eu não sei o que há. Emma é doida por você. Não vê o jeito que ela te olha. Continua com o plano. Empurra que vai chegar um ponto que ela vai explodir.” - Ruby de repente ficou pensativa.

- “Depois daquele dia... Vocês não conversaram sobre o que aconteceu?”

- “Não.”

- “E ela ficou indiferente?”

- “Foi.”

- “E como ela reagiu quando você disse que ia sair com outro cara?”

- “Ela estava tomando café. Se levantou. Disse ‘é’ como se dissesse... que bom, fico feliz por você... Me beijou no rosto e saiu. Disse que estava atrasada.” - Ruby balançava a cabeça de um lado para o outro.

- “Não sua idiota, ela disse ‘é’, como se dissesse preciso sair daqui o mais rápido possível porque estou com dor de cotovelo. Vou ter que desenhar pra você entender?” - Regina sorriu.

- “Será que ela ficou com ciúmes?” - Ruby revirou os olhos.

- “Isso você só vai ter certeza amanhã. Faz o seguinte. Hoje não deixa que ela veja a hora que você vai chegar, e tranca a porta do quarto pra ela não ver quem está dentro. Dá um jeito de esquecer alguma coisa com Robin e pede pra ele te levar bem cedo e faz bastante barulho para Patinho acordar e pensar que ele dormiu lá... Ai eu queria ser uma mosquinha pra ver a cara de pastel dela.”

- “Ruby!” - Regina disse rindo.

- “Ruby nada. Pode começar a me agradecer, se não fosse por mim isso não ia pra frente. Vocês só andam pra trás.” - Ruby pegou dois cafés e entregou um para Regina.

- “Vamos, repete comigo...”

- “Senhor, abençoe as mulheres bonitas, e as feias se tiver tempo... Eu vos peço sabedoria para entender a Emma, dedicação para perdoá-la e paciência pelos seus atos, porque Senhor, se eu pedir força, eu bato nela até matá-la.”

Regina estava quase fazendo xixi de tanto rir das loucuras de Ruby.

- “Agora brinda, Rê, senão dá azar.”

***

Ruby tinha razão. Robin falava sozinho facilmente. Ela esqueceu um celular que ela não usava no carro dele de propósito.

- “Então, espero que tenha se divertido.” 

- “Não me lembro da última vez que me diverti assim.” - Regina disse falsamente.

Robin se inclinou para beijá-la. Ela olhou para o relógio.

- “Nossa já está tão tarde, melhor eu entrar, não quero o chefinho no meu pé. Não por causa de horário pelo menos.” - Ela disse tentando dar algum incentivo ao rapaz. Ele não gostou muito dela ter fugido, mas gostou do flerte.

- ‘Ela é tímida. Vou acabar com essa sua timidez docinho’. - Ele pensou e olhou meio predatório.

Regina arregalou os olhos, mas sustentou o sorriso.

- ‘Seja o que for que está pensando, continue, porque não vai passar disso. Sonhos’. - Regina deu um tchauzinho e subiu.

Entrou no apartamento na ponta dos pés. Emma estava no quarto dela dormindo. Regina foi para o seu e trancou a porta como Ruby disse.

***

- “Alô!” - Um Robin muito zangado atendeu ao telefone. Regina sentiu uma súbita vontade de rir.

- “Robin?” - Ela fingiu preocupação.

- “Sim, Regina?”

- ‘Hum, já reconheceu minha voz? Bom’.

- “Robin, estou tão envergonhada, mas preciso que me faça um favor urgente.”

- “Claro Regina, o que houve?” - Ele fingiu preocupação.

- ‘As mulheres gostam de atenção. Bom fingir, ela parece que vai fazer um pouquinho de doce’.

- “Eu esqueci o telefone no seu carro e preciso dele com urgência. Você poderia, por favor, vir deixar aqui?” - Robin respirou fundo.

- “Claro que sim, Regina. Estou indo.”

- “Ótimo!”

***

- “Robin.” - Regina disse com um largo sorriso. Ela estava com um hobby sexy, que cobria quase nada. Robin ampliou os olhos ao olhar para ela.

Ela pegou o celular de suas mãos e o puxou para dentro. Ele não entendia que rompante era aquele, mas estava gostando de tudo até agora.

- “Estava fazendo o café, quer me ajudar?”

- “Claro!”

- ‘Bom, essa é uma das coisas que eu sei fazer e vai contar pontos com ela’.

Pobre Robin, ele estava longe de entender as intenções de Regina.

Regina teve uma ideia brilhante para piorar as coisas. Forjou um tropeço e derramou em Robin uma jarra de água.

- “Oh meu Deus! Sou tão desastrada, me desculpe.” - Ela rapidamente começou a tirar o paletó, a gravata e a camisa dele.

Robin que tinha ficado inicialmente irritado começou a gostar da situação quando a viu tirar a roupa dele.

- “Toma, veste essa camiseta.” - Regina sorriu.

- ‘Isso vai dar tão certo’. - Ela começou a fazer barulho pela casa.

Emma acordou de mau humor. Ela demorou a pegar no sono. Ficou imaginando as milhares de coisas que Regina deve ter feito ontem a noite. Ela tomou banho e se trocou.

Quando abriu a porta...

- “AAAHHHHHHHHHHHHHHHH!” - Teve a visão do diabo. Emma gritou.

- “ROBIN?”

- “EMMA?”

- “O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?”

- “NÃO, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? ESSA É A CASA DA MINHA NAMORADA.”

- “NÃO, O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI... PORQUE EU... MORO... AQUI...” - Emma fez uma circunferência com os dedos para mostrar que o espaço era dela.

Regina estava tendo um ataque de riso dentro do banheiro. Os berros davam para ser ouvidos lá do térreo. Tudo estava saindo melhor do que o esperado.

- “Mas é muita pretensão dizer que sou namorada dele. Pelo menos serviu aos meus propósitos.” – Regina se recuperou e saiu.

- “E QUE HISTÓRIA É ESSA DE SUA NAMORADA?” - Emma viu Regina. Então entendeu tudo. Isso só poderia ser brincadeira. O cara que ela sempre odiou desde a faculdade... Que sempre a atrapalhou... Que sempre dava um jeito de tomar tudo dela... Agora...

- ‘Não, não pode ser verdade. Regina é minha...’

- “REGINA QUE HISTÓRIA É ESSA DE NAMORADO?” - Uma Emma muito brava falou.

- “Emma pare de gritar comigo.”

- “É pare de gritar com ela.”

- “CALA A BOCA!” - Emma e Regina gritaram para ele. Robin não estava entendendo nada.

- “Eu vejo que vocês se conhecem. Melhor, assim me economizam as apresentações.” - Regina disse e puxou Robin para o seu lado.

- “Você não pode namorar esse idiota...” - Emma parou de falar. Sua boca despencou.

- “Você deu minha camiseta inédita dos Stars Wars pra ele usar? Você fez isso? Eu não acredito que você fez isso... Você enlouqueceu?” - Emma estava tendo um ataque. Regina queria tanto rir, mas se segurou.

- “Emma, por favor, você está olhando como uma louca.” - Regina baixou o tom de voz e sussurrou. Aquilo só irritou Emma ainda mais.

- “Louca? Louca é você. De todos os caras no mundo, você tinha que namora esse bastardo? E ainda o traz pra dormir na minha casa?”

Emma levou as duas mãos até o rosto.

- “Pelo amor de Deus, isso é um pesadelo...” - Emma olhou para o que Regina estava vestindo. O ciúme queimava em suas veias.

- “Vamos lá Emma, não sabe perder não? Leva na esportiva. Eu ganhei a garota.” - Emma quase voou no pescoço de Robin. Mas então ela olhou para Regina. E a visão da roupa dela e imaginações tomavam conta da mente da loira. Emma estava perturbada. Tinha que sair dali o mais rápido possível. Pegou a sua pasta e saiu. Indiferença tinha ido paro o brejo.

Regina nunca a viu tão fora de si.

Robin a agarrou pela cintura.

- “Enfim sós...” - Regina tentava se soltar dos seus braços como se ele fosse urtiga.

- “E atrasados. Eu preciso me trocar.” - Regina fugiu dele e foi tomar banho. De uma coisa ela tinha certeza. Emma tinha ficado roxa de ciúme.


Notas Finais


Se der tudo certo, volto no domingo. ;)

PS: Paciência, mais 2 capítulos e chagaremos ao fim do sofrimento e consequente a fic estará próxima do fim. ><'


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