História Namorado de Aluguel (Imagine Jungkook) - A Proposta

    – Tem que haver alguma solução – Penso alto, andando de um lado para o outro já impaciente por não encontrar nenhum jeito de resolver o meu problema.

    Amanhã era o grande dia, aonde eu iria apresentar meu namorado para minhas novas amigas, mas é aí que estar o problema eu não tenho nem seque um namorado. Não entendo por que diabos fui inventar de mentir para elas, mas o que eu poderia fazer se todas estão namorando sério e sempre saem em encontros de casais e eu claro que fico em casa as vendo postar inúmeras fotos no Instagram alegando estarem se divertindo como nunca.

  – Meu Deus, o que eu irei fazer agora Wolf? – Pergunto ao meu cachorro que permanecia deitado na minha cama me olhando com uma cara de que não estava nem aí para meus problemas. Caiu de costas na cama choramingando por ser tão estupida.

    Acabo despertando do transe quando ouço um barulho de carro se aproximando, que com certeza deve ser o meu vizinho idiota chegando da faculdade. Levanto-me da cama e vou até a porta da sacada ao meu lado e fico escondida entre o tecido da cordinha, enquanto avisto o sair do carro com seus livros em mãos. Fico o olhando atentamente sem conseguir entender o porquê do mesmo ser tão lindo e ao mesmo tempo tão estupido.

    Saiu deixando seu carro aberto enquanto colocava seus livros para dentro de casa e logo em seguida voltou para pegar os restos das coisas. Começo a rir desesperadamente quando uma de suas sacolas do mercado rasgou e todas as comidas acabam indo ao chão, o mesmo direcionou seu olhar a sacada do meu quarto estendendo seu dedo do meio em forma de repreensão.

     Ele se abaixou resmungando, o que me fez rir ainda mais. Estava todo atrapalhado tentando pega-las do chão e segurar junto a si ao mesmo tempo, que acabou me fazendo ter uma ideia brilhante ao vê-lo ali. Saio do meu quarto depressa indo até a porta da frente, na tentativa do mesmo ainda estar a recolher seus pertences.  

      Me agacho ao seu lado o ajudando a pegar tudo, inclino meu corpo um pouco para ver se caiu alguma de suas coisas de baixo do carro. O mesmo para o que estava fazendo e fica me encarando sem entender o porquê de eu estar o ajudando depois de ter dado risada de sua cara.  

    – Não precisava de sua ajuda – Resmungou.

   – É, mas eu preciso da sua – Respondo o encarando com um sorriso estampado no rosto.

   – Não vou lhe ajudar em nada garota. Pode jogar as coisas de volta no chão se sua intenção foi essa – Levantou-se, colocando as latas de milho e ervilha no banco de trás do carro que estava ao nosso lado.

     – Mas você nem ao menos ouviu o que eu iria pedir – Bufo indignada com a atitude do mesmo.

   – Não preciso ouvir sua proposta para saber que não vou lhe ajudar – Admite me fazendo encarar a árvore atrás de si sem esperança.

  – Idiota – Resmungo baixinho.  

  – Igualzinho a você criança, então não insista – Fico parada em sua frente e acabo jogando todas as suas comprar que estavam em meus braços de volta ao chão só de raiva.

    – Caralho garota, qual é o seu problema? – Me empurrou para trás sem nenhuma delicadeza, quase me fazendo ir ao chão junto com suas coisas. Ele olha para o chão novamente bufando alto, pego em seu pulso o apertando de leve assim que passou esparrando em meus ombros.

    – Eu preciso de sua ajuda, pelo menos tem como você ouvir a merda da proposta primeiro? – Minha voz sai falha como estivesse prestes a chorar ali em sua frente.

   – Sou todo ouvidos – Diz soltando minhas mãos de seu pulso, abrindo um dos salgadinhos que estava no banco do carro a sua direita e ficou me encarando enquanto comia. 

    – Ok, não me ache tão idiota por estar vindo aqui lhe pedir isso, mas... 

   – Não preciso que você venha aqui me pedir nada para saber o quanto é idiota, sabe de longe já se percebe isso, então não preocupe – Inclinou sua cabeça para o lado soltando um pequeno sorriso de deboche.

   – Desnecessário seu comentário, mas vou fingir que ele ao menos saiu de sua boca. Continuando, preciso que você finja ser meu namorado pra – Sou interrompida novamente, só que agora era por sua risada escandalosa.

    – Você é hilária garota, pelo menos seu emprego no circo já está garantido – Diz batendo palmas ainda rindo do que eu havia acabado de falar. 

   – Mas que merda, tem como você parar de rir seu idiota eu estou falando sério. Irei te pagar se você me ajudar – Digo tentando o convencer.

   – Não preciso do seu dinheiro – Infelizmente seu lindo sorriso já havia sumido, voltando com sua cara emburrada de sempre.

  – Por favor Jeon, me ajuda – Me aproximo do mesmo o abraçando fortemente, pouso minha cabeça em seu peitoral tentando desviar de seu olhar sob mim. 

  – Essa sua encenação não vai adiantar de nada, então é melhor parar enquanto dá tempo – Fala tentando se soltar de meus braços com uma cara de nojo.

  – Por favor, eu te dou metade da minha mesada – Insisto novamente.

  – Toda – Se pronuncia depois de um tempo.

   – O que? – Pergunto sem entender.

  – Eu disse que eu quero TODA a sua mesada se for para te ajudar, me entendeu agora? – Gritou próximo de meu ouvido.

 – Aí idiota – O empurro para longe de mim pressionando as mãos na orelha que ele havia gritado – Você disse antes que não precisava do meu dinheiro.

  – Mudei de ideia, agora eu quero ela toda se for realmente te “ajudar” – Sorriu de lado fazendo o gesto de aspas com os dedos.

 – E eu vou ficar sem nada para passar o mês? – Pergunto indignada enquanto o mesmo se aproximava de mim aos poucos. 

   – Você terá um lindo namorado para exibir a suas amigas patricinhas –  colocou um de seu braço em meus ombros, despencando a sua cabeça contra a minha sorrindo fraco.

 – Você é muito convencido – Tiro agressivamente seu braço de cima dos meus ombros o empurrando para longe – Está combinado então?

  – Só trabalho depois de receber meu primeiro salário adiantado -  confessou.

  – Ok, mas como eu irei saber se você irá se comporta bem?  - Pergunto desconfiada.

   – Confie em mim – Diz, mexendo em meus cabelos com um pequeno sorriso sínico de lado.

  – Acho que faremos dupla no circo – Esboço um sorriso balançando a cabeça negativamente só de imaginar naquele idiota vestido de palhaço.

  – Tem como você ao menos me contar o porquê de precisar um namorado de mentira? – Perguntou curioso.

  – Não é de sua conta – O respondo rapidamente.

  – A partir do momento em que me incluiu nessa loucura deixou a ser de minha conta piralha. Agora desembucha logo, que eu não tenho a noite toda – Ergueu um pouco a voz impaciente com a minha resposta. 

  – Minhas amigas estão todas namorando e as vezes ficam jogando isso na minha cara já que sou a única solteira no grupo, por isso eu acabei inventando que tinha um namorado também, só que elas não o conheciam. A mentira foi tão além que eu nem me liguei quando eu concordei em apresenta-lo a elas – Admito com a cabeça baixa, olhando para meus pés balançando de um lado para o outro freneticamente.

   – Você é ainda mais idiota do que eu imaginava – Balança a cabeça negativamente rindo.

   – Obrigada, ultimamente eu estou levando isso como um elogio – O agradeço.

  – Que dia exatamente vocês marcaram de se encontrar e que horas? – Pegou uma bolsa preta no banco de trás do carro e colocou as compras dentro dela para ficar mais fácil de leva-la para dentro de casa.

  – Amanhã ás 17:00 horas na cafeteria Starbucks perto da faculdade – O respondo, torcendo que ele não estivesse nenhum plano para me atrapalhar.

 – Ok, tenha o dinheiro em mãos amanhã quando formos – Me olhou de relance colocando sua mochila nas costas, andando novamente para sua casa.

 – O que você vai fazer com toda a minha mesada? – Grito curiosa.

 – Não é de sua conta, meu bem – Falou sem ao menos olhar para trás.

     Continuo ali parada, vendo o mesmo entrar em sua casa e trancar a porta atrás de si. Ainda não acredito que eu havia conseguido convence ele a me ajudar é claro que em troca disso eu perderia a minha maravilhosa mesada, que inclusive meus pais não me dariam mais dinheiro algum para curtir minhas preciosas festas noturnas, pois é (S/N) você está literalmente ferrada.