1. Spirit Fanfics >
  2. Namorado de Mentira >
  3. Arrependimentos

História Namorado de Mentira - Arrependimentos


Escrita por: lucyschan

Notas do Autor


Oi amores, demorei mas voltei!

Com mais um fresco!

Agora emoções ;)

Boa leitura!

Obrigada pelo enorme carinho, amo vcs <3

Capítulo 8 - Arrependimentos


Havia algo em sua mente que ecoava sem parar: arrependimento. Depois de ler algumas, saciava por mais, queria saber, ler, todas as cartas que carregava consigo. Cada passo, ele tentava manter a respiração, mas ela voltava ficar descompassada, tamanho o desespero que lhe atingia.

 

Quando chegou em casa, ignorou o sermão da irmã e fechou-se no quarto, certificando que a porta estava trancada e dando a desculpa de que estudaria até tarde. Abriu a caixa levemente amassada na bolsa em meio aos livros e soltou na cama os papéis cuidadosamente selados com pequenos adesivos.

 

Cada palavra adocicada era como uma lâmina afiada afundando em seu peito. Ele não consiga acreditar naquilo, tal qual estivesse preso em um pesadelo, já que pelos últimos dois anos sempre estava dando-lhe palavras frias aquela que tanto amava ele.

 

Isso o fez repensar em sua atitude e claramente nunca mais seria o mesmo com ela. Ele precisava se desculpar com ela, e mesmo com tudo que disse ele estava com medo.

 

Medo que ela o odiasse.

 

Ela tinha motivos, e muitos, mas ele simplesmente não queria aquilo. Queria negar, mas mesmo antes das cartas, com tudo que vinha acontecendo ele já estava em queda. Uma queda acentuada.

 

Contou em número, cento e duas cartas, os olhos estavam ardendo de ler tanta coisa, mas foi inevitável. Conseguiu compreender que ela simplesmente não foi capaz de se confessar. Aquele amor platônico resguardado custava caro, pois ela sofria em silêncio. Agora ele entendia.

 

♥ ❤ ❥ ❣ ❦ ❧

 

 

Ela não foi a aula por dois dias seguidos, e tudo que ele pensara é que deveria fazer algo e vê-la. Ouviu Naruto mencionando sobre o forte resfriado e soube assim que não havia melhorado.

 

Quando chegou em casa, apelou em sua cabeça algum motivo para ir visitá-la. Lembrou-se da sopa que tomava quando tinha algum resfriado, e então ali achou a desculpa perfeita.

 

Preparou cuidadosamente o prato, como se fosse para um concurso, onde deixou todo seu empenho.

 

Ele precisava desculpar-se com ela.

 

Esclarecer tudo.

 

Colocou em uma panela e fechou-a bem.

 

Foi no final da tarde, o horário que achou mais conveniente aparecer. Tocou a campainha e aguardou. Naruto abriu após sondar pelo olho mágico e estava furioso. Ele não suportava Gaara.

 

- O que faz aqui idiota? - o loiro perguntou encarando a panela nas mãos dele, coberta com um pano, numa sacola transparente.

 

- Minha mãe mandou trazer - mentiu descaradamente, sabia do carinho de Sakura por ela, e da sua mãe por ela.

 

- Me dê aqui e já pode cair fora - tomou de suas mãos a sacola. Gaara não estava disposto a ir embora de mãos vazias.

 

- Quem está na porta Naruto?! - Kushina gritou após ouvir o filho estressado. Bateu o pé e caminhou até a porta encontrando o ruivo. Abriu um enorme sorriso que aliviou-o por dentro - Ah é você meu bem - ela disse doce, para espanto de Naruto - Entre.

 

- Obrigado - ele agradeceu retomando a sacola da mão de Naruto que deu um murro na porta assustando Kushina.

 

- Ficou louca mãe? - ele falou sem hesitar - Esse bastardo machucou a Sakura-chan, acha que eu vou deixar ele entrar aqui?

- Isso é jeito de falar com a visita Naruto? - ela esbravejou com um sorriso assustador - Ele quem trouxe ela para casa, cuidou dela enquanto eu estava fora, não vou tolerar esse comportamento!

 

- Eu devia socá-lo - Naruto disse baixo, mas o suficiente para Kushina ouvir.

 

- Vá já para o seu quarto - ela falou irritada - Vamos ter aquela conversinha.

 

- C-calma mãe - ele saiu rapidamente, evitando mais um confronto que certamente ele perderia. Kushina soltou um suspiro satisfatório e logo voltou o olhar para o ruivo.

 

- Desculpe por isso querido, o que você trouxe? - ela indagou olhando a sacola.

 

- U-uma sopa - ele respondeu tão rápido quanto pudesse - Para o resfriado.

 

- Pode subir lá - sugeriu sorridente - Ela está na cama, mas está acordada.

 

- Obrigado.

 

Subiu o lance de escadas e encontrou a porta fechada. Suspirou ao encontrar a maçaneta. Sabia que quando olhasse ela novamente, seria diferente. O ar quase faltou quando puxou a última vez, antes de abrir a porta.

 

A reação dela primeiramente, foi de susto. A boca abriu-se espantada. Notou de imediato que algo havia de errado em sua expressão.

 

- O que faz aqui? - ela pigarreou, e sem permissão ele entrou sentindo as pernas bambearem.

 

- M-minha mãe mandou para você - sentiu a fala falhar quando a sobrancelha dela arqueou-se em dúvida do porquê dele estar ali.

 

- Obrigada - ela falou segurando a sacola e sentindo o cheiro da sopa sair pelas bordas da panela.

 

- Hum - ele falou apertando a mão. Queria falar tudo de uma vez, mas estava hesitando, o medo da reação dela tomou conta, estava muito irritada.

 

- Pode ir - ela disse tirando-o de sua concentração.

 

- Está - ele respondeu, retirando-se e saindo do quarto. O peito dele estava disparado.

 

O dela não era diferente.

 

Aquela ação repentina dele trazendo-lhe uma panela com sopa certamente mexeu com ela. Mesmo estando coberta de irritação e prometendo esquecer dele por completo, apenas o fato dele aparecer ali, já era demais para ela.

 

Quero esquece-lo, mas minhas mãos estão tremendo, o efeito dele é tão intenso.

 

 

♥ ❤ ❥ ❣ ❦ ❧

 

 

Estava se sentindo melhor na manhã seguinte. Olhou a panela limpa da sopa, que ele havia trazido. Ela havia tomado quase tudo, mas a cada colherada levada a boca, as lembranças se aguçavam.

 

Só devolveria a panela, e não falaria mais com ele, nunca mais. Ela precisava mais que tudo, esquece-lo.

 

Colocou numa sacola e aprontou a mochila para o colégio. Sabia que o excesso de faltas teria de parar, então se preparou para o recomeço da rotina.

 

Caminhava envolta em seus próprios pensamentos, enquanto entrava no colégio. A sacola balançando na mão direita, não viu quando bateu em alguém.

 

Era ele.

 

Sakura sabia que as discussões diárias e comuns recomeçariam. Apenas puxou o fôlego se preparando para suas palavras.

- Desculpe - ele disse. Sakura abriu a boca incrédula. Sem mais. Ela não sabia como reagir - Está bem? - ela olhou a feição, parecia suave, sem ironia, ódio, rancor ou mágoa.

 

- S-sim - gaguejou em resposta - A-A panela - ela deu lhe a sacola e abaixou a cabeça. Ficar perto dele, era perigoso demais para seu coração - Obrigada.

 

Saiu sem esperar a reação, apenas apertando o próprio passo para entrar no prédio e encontrar sua carteira.

 

- Bom dia - Hinata disse sentando-se atrás dela - Como se sente?

 

- Melhor - ela respondeu com um sorriso - Obrigada pelo chá que me levou, ajudou muito.

 

- Não há de que - devolveu - Gaara-san esteve preocupado com você também? - Sakura corou de imediato. Hinata era diferente de Ino, mais timída, mais sutil e cuidadosa com as perguntas.

 

- Não - respondeu o que achou óbvio - É lógico.

 

- Ele me pareceu diferente de manhã - ela disse. Sakura estava em dúvida sobre seu comportamento, percebendo que não só ela havia reparado naquele ato repentino.

 

- Vai saber - ela deu ombros, como se estivesse despreocupada, mas estava ressabiada sobre a atitude gentil dele, fora do normal, nos últimos dias. Ajudando-a com a gripe e levando sopa.

 

Gaara estava chateado. Claro que não havia como não evitar, que ele mudasse seu comportamento com ela, mas sua estranheza era ainda mais óbvia.

 

- Droga - Sasori grunhiu quando os ombros se bateram.

 

- Saia do caminho imbecil - Gaara retrucou. Sasori se prostrou a frente de Gaara, o sorriso era vitorioso.

 

- Estava esperando ela voltar - ele falou - Você sabe que errou, acha que uma panela de sopa vai resolver?

 

- Do que...

 

- A Ino me disse - Sasori falou - Da história da panela de sopa. Eu não vou desistir dela, agora mais do que nunca, sabendo o que você pensa, hoje eu vou me confessar para ela, apenas assista!

 

Os olhos dele arregalaram-se.

 

Em poucos dias sua vida virou de cabeça para baixo. Sasori não estava brincando. Estava sério sobre seus sentimentos a tal ponto que se pensasse no que ele disse sobre ela a poucos dias, Sakura iria correr para os braços dele.

 

Não viu quando ficou sozinho. Mas aquilo martelava na sua cabeça. As mãos tremendo sobre a carteira e os pensamentos rodando.

 

Ele estava perdido. Não conseguia deixar sua mente trabalhar em paz, estava sem sossego. Ele não queria aquilo, não queria que Sakura aceitasse os sentimentos de Sasori.

 

Ela era dele.

 

♥ ❤ ❥ ❣ ❦ ❧

 

O caminho para o refeitório foi silencioso, por parte de Sakura. As palavras frias dele em contradição ao seu comportamento recente balançavam seu coração. Entretanto sabia que não podia se deixar levar e que precisava dar um basta aquele amor platônico.

 

- Ande logo testa-chan - Ino dizia apressada - O intervalo é muito rápido.

 

- Não me apresse Ino - Sakura estava irritada, então lembrou-se de Sasori, quando ele surgiu na suas vistas.

 

O flash do beijo impulsivo que deu nele teria volta, mas com tudo que vinha acontecendo, havia se esquecido por completo. Quando ele viu ela, de imediato percorreu o caminho para encontrá-la.

 

- Oi - ele disse e Sakura sentia a vergonha. Foi algo tão repentino de sua parte que ela não pensou no que vinha depois.

 

- Oi - ela respondeu com um sorriso timído, ele soltou um suspiro.

 

- Posso falar com você um momento? - ela balançou a cabeça, temendo o assunto. Ela as vezes não queria dar motivos a suas atitudes, apenas faze-las e esquecer do resto.

 

- C-claro - disse em concordância e Ino lhe deu uma piscadela maliciosa, sorrindo como se soubesse o que estava para acontecer.

 

O final do corredor fazia com que os alunos fossem ficando cada vez em menor número, apenas para encontrar o fundo da escola completamente isolado e sem ninguém. Ela estava começando a sentir medo daquela sensação.

 

- Desculpe fazer você vir aqui - ele pediu suave desculpas, tentando acalmar o nervosismo visível dela, que suspirou. Sasori não era daquele tipo.

 

- O que gostaria de falar comigo? - Perguntou um pouco mais calma.

 

- Sei que tudo está recente... - Ele respirou fundo tentando puxar o ar - Mas, eu gosto de você.


Notas Finais


Obrigada pelo carinho ;)

Até o próximo :D

beijinhoss :*


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...