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História Namoro não tão falso - Kiba, a vela


Escrita por: depressionfic

Capítulo 1 - Kiba, a vela


Kiba ignorou o alarme de seu despertador por quanto tempo pode. Enrolado em sua coberta, se recusando a sair e enfrentar o frio da manhã nublada.

O rapaz acordou de mau humor, assim como dormiu, seus olhos estavam levemente inchados por chorar até adormecer. Por mais que tivesse acabado de acordar, ele já estava cansado.

Estava já cansado por ter que levantar uma hora e enfrentar sua mãe novamente, com seus xingamentos e palavras que machucam.

Apesar disso, um pequeno sorriso apareceu em seu rosto quando Akamaru adentrou o quarto correndo e pulou direto na sua cama. Abanando o rabo e pulando pra cá e pra lá, visivelmente animado, lambeu o rosto do dono.

— Akamaru. — Kiba disse de um modo que deveria repreender, mas não foi eficaz já que seu tom era divertido.

Rindo, ele se sentou na cama, se afastando das cobertas para dar o máximo de carinho e atenção que o cachorro exigia.

— Pelo menos alguém acordou de bom humor, garoto. — O Inuzuka murmurou para o cão, enquanto coçava as orelhas do animal.

Akamaru notou o tom triste do dono e ficou quieto o encarando, antes que voltasse a lamber o seu rosto, um pouco menos animado.

— Eu levei ele para dar um passeio — Hana informou, se encostando no batente da porta do aposento, com um olhar preocupado — Aproveitei quando fui levar Ayame para casa.

— Obrigado. — Kiba agradeceu a irmã, tendo um pouco de coragem o suficiente para levantar da cama e começar a se vestir finalmente para escola.

— Aqui. Café da manhã. — a irmã mais velha entregou uma sacola para Kiba, assim que ele terminou de vestir uma blusa cinza manchada de seja lá o que for.

Quando abriu viu que se tratava de ramén em pote, provalvemente dado pelo próprio Ichiraku, como sempre fazia questão de dar para a namorada de sua filha.

O Inuzuka se pôs logo para comer, sabendo da delícia que é o ramén do restaurante do Ichiraku, não se preocupando que não era uma refeição muito apropriada para o café da manhã.

Hana se pôs para pegar o resto da roupa para o irmão, não se esquecendo de sua jaqueta de couro que ele sempre usava.

— Você tá bem...? — Hana perguntou, preocupada pelo que aconteceu ontem à noite.

— Claro! — Kiba mentiu para ela e si mesmo, dando uma gargalhada em seguida para afirmar, vestindo os sapatos o mais rápido possível.

— Tem certeza? — perguntou novamente.

— Absoluta! — exclamou, interrompendo a irmã prestes a dizer algo — Tenho que ir! — Deu um beijo na bochecha de Hana e pegou sua jaqueta, saindo correndo do quarto com elas em mão.

Passando pela cozinha, se encontrou com a sua mãe, o olhar que tinha no rosto da mulher tirava as palavras de sua boca. Mas antes que ela dirigisse algum xingamentos, Kiba se apressou em sair de casa.

A noite anterior já tinha sido um inferno o suficiente.

Estava tudo normal antes que sua mãe voltasse da bebedeira entre amigos, Hana e Ayame estavam fazendo o jantar juntas, enquanto Kiba e Akamaru segurava vela para as duas. Mas quando a mulher chegou o inferno começou.

Sua mãe não tardou em lhe xingar de todas as coisas possíveis, sempre afirmando o como ele era inútil e fraco, mas seu principal foco era que ele não namorava. Ela ficou assim por horas.

Típico. Sempre achando algo pra reclamar, a última vez que isso aconteceu o foco era o emprego, e no dia seguinte Kiba fez questão de conseguir um, mas mesmo assim não foi suficiente.

Nunca era suficiente. Kiba não era suficiente.

Kiba segurou as lágrimas que queriam cair, ao ver que estava perto da escola.

Parou em uma árvore na esquina da escola, aproveitando para vestir sua jaqueta e mandar uma mensagem para Hinata. Mas ao ir pegar o celular, xingou, pois esqueceu sua bolsa.

— Que merda. — xingou o Inuzuka.

Pelo movimento nas ruas, ainda estava muito cedo, com poucos estudantes e nenhum conhecido por Kiba. Era estranho Kiba está aí, pois sempre era um dos últimos a chegar e quase sempre acompanhado por Naruto, Chouji e Shikamaru.

O quarteto sempre se atrasa todo dia, tanto que às vezes chegavam quando o portão já estava trancado e tinham que pular ele para poder entrar. E uma vez lá dentro, tinham que encontrar uma forma de entrarem em sala de aula sem a diretora Tsunade ver, ou pior, o professor de história Iruka. Por sorte, Kakashi sempre ajudava os garotos à escaparem ilesos de seu namorado.

— Ué, por que você tá sem mochila? — Omoi indagou, ao lado de Kiba. O Inuzuka levou um leve susto, por não perceber a presença dele — Hoje não vai ter aula e ninguém me avisou?

— Não, eu só esqueci a minha — Kiba respondeu o companheiro de time, de mau humor, ele realmente não estava com paciência para aturar qualquer pessoa.

Mas Kiba notou o moletom que Omoi vestia, não havia como não notar o moletom preto com orelhas de gato. Ele achou que provalvemente fosse uma moda Kpop ou algo assim.

— Moletom legal — Kiba elogiou, pelo menos esperava que Omoi considerasse um elogio, já que seu tom rabugento não saísse de sua voz nem por um instante.

Omoi parecia um pouco chocado ao olhar para baixo e ver o moletom, ele murmurou um "Obrigado", antes de sair correndo para entrar na escola.

Kiba franziu a testa, observando o outro em confusão.

— Por que você está sem mochila? — Shino indagou.

— PORRA — O Inuzuka berrou, por outra vez ser surpreendido. Recebeu um olhar confuso do amigo por debaixo do óculos, mas preferiu não explicar — Deixe para lá. Que bom que você vem cedo.

— Eu não venho cedo, você que vem tarde. — Shino respondeu rudemente, seguindo seu caminho, um pouco irritado pelo amigo não ter respondido sua pergunta. — E sua bolsa?

— Eu meio que saí correndo de casa... — Kiba coçou a nuca, acompanhando o amigo na caminhada.

— Problemas? — o Aburame perguntou, um tanto preocupado pelo amigo, conhecendo bem como era a mãe dele.

— Nada que eu não resolvesse namorando... — Kiba lastimou, mas se animou ao se ajoelhar na calçada em frente a escola — Você aceitaria?

— Não — Shino passou reto, deixando o Inuzuka ajoelhado na calçada passando vergonha na frente de todos.

— Ah qual é? — apesar de tudo, Kiba riu ao se levantar e correr para o acompanhar.

(...)

O resto do dia foi tão estressante para Kiba quanto o começo, por esquecer a bolsa com os livros e materiais levou uma bela e longa bronca da diretora Tsunade, mas graças aos seus amigos, que o deram material suficiente, ele pode continuar a assistir às aulas.

Kiba Inuzuka não era muito paciente e tudo piorou na hora do almoço.

Eles e seus amigos estavam reunidos na mesma mesa como sempre fizeram, foi preciso juntar três mesas para que todos coubessem perfeitamente. Era divertido que todos se reunissem para conversar besteiras, mas não atualmente para o Inuzuka.

Ele percebeu desconfortável como estava só entre casais.

Com exceção de Shino, que era arromantico e assexual irrestrito, ele era o único solteiro na mesa.

Kiba nunca fora excluído por isso, era verdade, mas mesmo assim seu mau humor o fazia olhar para os casais com uma carranca.

Sakura com um braço envolvendo o ombro de Hinata, enquanto conversava animadamente com Naruto totalmente apoiado em seu namorado, Sasuke, que corava mesmo um pouco irritado. Ao seu lado estava Shikamaru e Temari, com o homem com a cabeça debruçada no ombro da namorada, praticamente dormindo. Temari conversava com seu irmão e o namorado dele, enquanto fazia carinho nos cabelos presos do namorado, Gaara e Lee eram totalmente opostos em uma conversa, enquanto o ruivo falava baixo e recatado, o moreno gritava e berrava animado. Neji revirava os olhos com a ação do amigo, mas Tenten ria e selava seus lábios para acalmá-lo, o que sempre funcionava. Ao seu lado Chouji e Karui dividiam um pacote de salgadinhos, algo raro do Akemichi fazer. E Sai desenhava flores distraidamente no antebraço de Ino.

Kiba era sem dúvidas um segurador de velas.

E não pode não concordar com sua mãe. Ele era tão inútil que ninguém nunca quis namorar com ele em toda sua vida.

— O que foi Kiba? — perguntou Hinata em voz baixa, porém preocupada.

— Nada, Hinata — Kiba tranquilizou a amiga com um sorriso.

— Então é bom melhorar essa cara, ela está azedando meu leite — Ino reclamou dando mais uma sugada em seu milk shake. Kiba respondeu mostrando o dedo médio para a loira, o que empalideceu Hinata.

— Não liga, amor, ele está de mau humor por não namorar — Sai falou sem se importar, continuando a desenhar.

— Sai! — Sakura repreendeu o amigo.

Kiba fervilhou de raiva por Sai estar certo.

— Pois para o seu governo eu namoro! — O Inuzuka berrou com raiva, fazendo com que todos na mesa olhassem para ele, a maioria confusa.

Ele mentiu para todos e inclusive para si, querendo que fosse verdade.

— Mentiroso. — Sai acusou.

— Quem? Eu conheço? É bonita? Ou é bonito? Quantos anos tem? Deveria nos apresentar, ele com certeza vai gostar da gente — Naruto tagarelou, se inclinando por cima da mesa até Kiba, visivelmente.

Kiba que estava fervilhando se virou para o refeitório e em impulso apontou para a primeira pessoa que reconheceu. O único moletom preto com orelhas de gatinho.

— Ele! — falou apontando o dedo para o homem.

— Ele?

— Esse?

— Kankuro?

— MEU IRMÃO? — Temari estava espantada — KANKURO!

Ao chamado da menina, Kiba percebeu ser o seu fim, ele havia escolhido Omoi porque também que ele toparia sem dúvida, mas aquele era outro garoto. Ele estava perdido.

— O que? — o tercerista perguntou chegando até a mesa, visivelmente confuso.

Como uma pessoa à beira da morte se agarrava ao seu último fio de vida, Kiba agarrou a mão do mais velho.

— Eu contei para eles. — Kiba mentiu na cara dura — Eu sei que você disse que queria esperar.

Kankuro reagiu com um olhar ainda mais confuso, mas não respondeu ou se afastou.

— Sabia que você estava namorando escondido! — Temari se vangloriou com um sorriso enorme.

— Sempre pensei que vocês combinavam! — berrou Naruto Uzumaki, que de algum jeito correu para trás do "casal" e os abraçou, juntando um ao outro.

Isso fez Kiba ficar exprimindo contra Kankuro e corar levemente.

— Eu também — para supresa de Kiba, o mais velho concordou assim que o loiro o soltou, libertando suas mãos e colocando seu braço nos ombros do Inuzuka, trazendo o levemente para perto.

— Meus parabéns, Kiba — Hinata foi a primeira a parabenizar o casal, logo seguida por Gaara e depois Rock Lee, com seu grande discurso sobre o amor e a juventude, por sorte Neji o calou e todos os outros puderam dar o parabéns ao casal.

Quando o sinal tocou, Kiba voltou a respirar, aliviado por toda a atenção não estar nele e na sua mentira.

Antes que Kankuro pudesse fazer qualquer movimento, o mais novo pegou em sua mão novamente e o puxou correndo para fora do refeitório e na direção contrária dos amigos.

Mais rápido do que o mais velho seria capaz de ver, os dois entraram no banheiro masculino e Kiba o empurrou na cabine mais próxima.

— Mas que porra foi essa? — Kankuro indagou, enquanto se segurava nas paredes apertadas da cabine para não ter caído na privada aberta quando jogado.

Kiba entrou na cabine também e trancou os dois lá.

— Estamos namorando — falou sem pensar, mas ao ver o que havia dito e o quão próximo do veterano estava, corou e tentou se explicar — De mentira.

Kankuro apenas ficou o encarando e durante um tempo ele olhou de volta, o mais velho tinha o rosto maquiado completamente de tons roxos, dos olhos marcantes com sombra e delineador até os lábios carnudos violetas.

Kiba defitivamente estava olhando tempo demais para a boca pintada, então pigarreou e se pôs a explicar.

— Eu preciso namorar para minha mãe me deixar em paz e para eu parar de segurar vela para todo mundo.

— Normalmente, os filhos fingem namoros héteros para os pais — Kankuro falou franzindo a testa e se aproximando mais perto.

Kiba não tinha pensando nisso de que namorar uma menina seria muito melhor, mas agora era tarde demais, todos os seus amigos já estavam sabendo.

— Cala boca — resmugou, cruzando os braços irritado — Nem era para ser você, eu achei que fosse o Omoi pelo moletom idêntico.

— Omoi? — o No Sabaku perguntou perplexo, chegando ainda mais perto.

— É! Quer saber? Fodasse! Namorar com você seria um saco, sendo falso ou não! — Kiba gritou agressivamente, prestes a sair e acabar com essa palhaçada, foi uma idéia estúpida a dele, era melhor acabar com isso já.

Kankuro segurou o braço do menor que foi em direção a destrancar a porta.

— Okay, vamos namorar! — algo que Kiba disse tocou em sua ferida, porque o tom da voz do veterano era raivoso.


Notas Finais


Minha primeira fanfic, sejam boazinhos, é clichê eu sei, mas é para ser mesmo

Me inspirei bastante em uma au de shikatema, principalmente a parte do moletom, porque foi minha primeira au que li e amo ela

então créditos: https://twitter.com/fucktemari/status/1293965168184037377?s=19


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