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História Nana, who are you? - Fourty eight


Escrita por: cristiannadm

Capítulo 48 - Fourty eight


Ainda estava de pé, de braços cruzados, a encarar tudo menos Louis. Ele respirava fundo e encarava-me, eu sentia o olhar dele na minha pele e isso me deixava desconfortável, era como se ele estivesse a ler-me. 
 

 

- Deixa eu ver se entendi. Tu ficaste com ciúmes da Mary mas não pediste à Hanna para a provocar?!

- Quando queres não és assim tão burro. – ironizei.

- Porquê? Por que não foste tu a ter uma crise? – semicerrei o olhar para ele e sentei-me na ponta da cama.

- Nós já estamos brigados, não iria dar-te mais motivos para ficares chateado.

- Então e porque a Hanna disse aquelas coisas?

- Ela disse que eram ciúmes de irmã. Não tenho nada a ver com isso. – defendi o meu lado.

- Mas a tua vontade também era fazer o mesmo?!

- Diz-me que namorada não queria. Ela estava a insinuar coisas contigo, achaste bonito? – confrontei-o incrédula.

- Ela é apenas uma amiga de infância.- banalizou a situação.

- Claro, em quem deste o teu primeiro beijo e tiveste um caso de crianças. Apenas uma amiga. – disse sarcástica.

- És tão engraçada com ciúmes. – riu e olhei-o brava.

- Se vais rir da minha cara, eu vou embora. – levantei-me e ele parou-me.

- Não agora. Vem aqui. – apontou para o seu lado e fui até lá mas mantive certa distância.

- Decidiste dar-me atenção agora? – olhei-o desafiadora.

- Eu estive a tarde toda atento a ti, mas não me apeteceu dar-te atenção.

- És tão ridículo. – xinguei-o e ele riu. – Podes partir mais algumas costelas, cuidado. – avisei-o sarcástica e ele pegou na minha mão.

- Desculpa, ok? Eu queria irritar-te. – olhei-o incrédula fazendo-o rir – Eu queria que tu ficasses afetada, eu queria ver-te a insistir em mim.

- Seu idiota. – bati-lhe no braço e ele gemeu de dor – Desculpa, desculpa- - disse aflita e ele riu.

- Estava a brincar, não estou machucado aqui. – riu e tive ainda mais vontade de lhe bater. – És tão linda Katerina. – disse de repente, deixando-me surpresa - Eu sou muito sortudo. – olhei-o envergonhada. – Promete-me que nunca mais irás fazer isto. – acariciou a minha mão magoada. 

- Eu prometo, eu só quero estar de bem contigo, eu prometo. Não farei mais nada que te desiluda.

- Senta aqui. – deu dois tapinhas no seu colo.

- Não te vou magoar?

- Não. – sorriu fraco e sentei-me em seu colo de frente para ele, os seus braços rodearam a minha cintura mantendo-me junta a ele. – Estamos bem, ok?

- Estamos mesmo? – questionei querendo ver a certeza nos seus olhos azuis.

- Estamos Nana. – sorrimos e ele selou os nossos lábios, tinha tanta saudade de sentir a textura deles contra os meus, a sua língua a dançar com a minha, a sua mão na minha nuca, do seu sabor. – Amo-te. – sussurrou colado aos meus lábios.

- Amo-te. – retribuí e rimos de felicidade.

- Fica aqui esta noite. – pediu e acariciei a sua bochecha.

- Não posso, o meu pai colocou-me de castigo, só posso sair de dia e com autorização. – revirei os olhos – Ele proibiu-me de sair à noite, dormir fora de casa e mais um monte de coisas.

- Não será para sempre, quando eu melhorar farei questão de dormir em tua casa, ele não proibiu isso pois não? – olhou-me sapeca e ri negando.

- Não, isso ele não proibiu.

 

 

Beijámo-nos mais um pouco e a porta bateu. Leonard espreitou e tentei soltar-me de Louis mas ele impediu-me segurando forte a minha cintura.

 

 

- O Zack já chegou mana.

- Ela não vai agora Leo, manda o Zack vir busca-la daqui a umas duas horas.

- Não posso, tenho de estar em casa antes do anoitecer. – disse triste.

- Bem, pelas minhas contas ainda faltam precisamente duas horas antes de anoitecer. – sorriu convencido e ri – Duas horas, Leo. – avisou o meu irmão e ele assentiu saindo.

- Tu queres-me tanto ter aqui, é?

- Quero muito, não do jeito que pretendia mas assim também está bom. – ri da sua safadeza e beijei-o.

- Hey. – interrompi o beijo – Acho que a Beatrice entregou-se, ela está a faltar há dois dias na escola.

- Eu sei, o diretor ligou-me ontem.

- Ainda bem que a verdade veio ao de cima. – respirei aliviada.

- Sempre vem. – afastou os meus cabelos e beijou o meu pescoço. – Como eu queria fazer amor contigo agora. – reclamou e ri.

- Eu também queria, mas não podes. – olhei-o e ele fez um biquinho triste que tratei de beijar imediatamente. – Mostra-me os teus machucados. – pedi receosa.

- Tens mesmo a certeza? – assenti positivamente.

 

 

Louis levantou a blusa de pijama que vestia e a cada parte que ele revelava o meu coração apertava. Estava tão machucado, cheio de manchas roxas, outras já negras, alguns curativos pequenos e o enorme curativo na zona das costelas. 

 

 

- Meu Deus. – disse piedosa e senti os meus olhos lacrimejarem, ousei tocar levemente naqueles ferimentos e parecia que eram em mim. – Eu... eu nem sei que dizer, sem dúvida é a pior coisa que me aconteceu, ver-te magoado é demais para mim. -. Abracei-o chorando.

- Eu vou ficar bem meu amor, não precisas chorar. – passou as mãos em minhas costas – Sabes o que a minha mãe fazia quando eu era criança e magoava-me? 

 

 

Afastei-me dele apenas para ficar a altura do seu rosto e neguei curiosa.

 

 

- Ela dava beijinhos, ela dizia que curava. – sorri com a lembrança dele – E a verdade é que bastava ela beijar as minhas feridas para eu parar de chorar ou ficar mais calmo.

- Se eu te encher de beijinhos também vai passar? – perguntei.

- Não sei, mas podemos tentar, que me dizes? – sorriu mordendo o lábio inferior.

- Eu acho que tentar é ótimo, devemos sempre tentar. – sorri e comecei a beijar o seu rosto, todos os seus machucados. 

 

 

Como eu amava este menino. Ele poderia tirar-me do sério, irritar-me, mas eu sempre iria derreter-me quando ele sorrisse para mim e me olhasse com aquela olhar que só ele tem, aquele olhar que me faz sentir especial e única.

Cheguei em casa feliz, estar em paz com Louis era o que eu queria, é isso que acalma o meu coração. Segui até à sala onde encontrei papai e Leo a conversar sobre banalidades. A hora do jantar estava próxima e aproveitei para ficar com eles à espera.

 

 

- Pensei que virias com o teu irmão. – papai disse olhando-me sério.

- Eu cheguei antes do amanhecer.-  lembrei-o.

- Espero que leves isso a sério, porque eu farei questão de conferir. – sorri cínica e desviei a atenção para o meu telemóvel trocando mensagens com Louis.

- Como correu a conversa com a megera? – perguntei alguns minutos depois.

- Sobre isso, temos de conversar. – olhei-o curiosa. – Sabes que a Tiffany não aceitaria uma humilhação. – assenti – E quando ela soube da Amélie expulsou-a de casa, não a quer por perto nos próximos tempos.

- Surpreendente. – disse sarcástica – Não esperava mais nada dela, ou então esperava que mudassem de país, seria um favor que nos faziam.

- Isso não é tudo. – disse suspirando – Uma vez que a Amélie não tem onde ficar, e eu como pai...

- Não pai, não fizeste isso. – choraminguei chateada.

- Desculpa Katerina, mas ela continua a ser minha filha, e quem melhor do que o pai dela para a colocar na linha?

- Mas conviver com ela, pai? Isso é demais. Estávamos tão bem só nós os três. – reclamei.

- Eu concordo com a Katerina pai, mesmo não sabendo o que minha irmã fez. Mas eu gosto de viver só com vocês os dois. – sorri para Leo, ele sempre me compreendia.

- Mas não posso fazer nada, eu quero-a debaixo do meu nariz e não se preocupem com a convivência, a Amélie terá regras bem rígidas.

- Espero que ela as cumpra, porque eu juro que a atiro da escada abaixo se ela for chata ou mal-educada.

- Ela chega daqui a pouco. – avisou e bufei.

- Na próxima fico em casa do Louis. – levantei-me para ir à cozinha ficar com a Pietra um pouco.

- Não te esqueças que estás de castigo, então não ficarias de jeito nenhum na casa dele. – disse com um sorriso irónico no rosto e revirei os olhos saindo. 

 

 

Amélie chegou a tempo do jantar e a sua cara mostrava total vergonha e a menor vontade de estar aqui. Sorri-lhe cínica e ela encarou-me com a pior cara, mas isso não me assustava. O jogo havia virado e agora era eu quem estava por cima. Amélie iria comer na minha mão se quisesse viver nesta casa ou eu mesma me responsabilizaria pela sua expulsão. 

 

 

- Onde posso deixar as malas? – perguntou ao nosso pai.

- Os quartos de hóspedes estão vazios, escolhe um.

- Mas poderei transformá-lo novamente no meu quarto antigo?

- Não, estás aqui como hóspedes, então não tens esse privilégio.

- Por favor, pai. – pediu e ri baixinho.

- Para toda a ação há uma consequência, maninha. – sorri falsa e fui para a mesa onde Pietra já colocava o jantar.

- É bom que te cales Katerina. – Amélie rugiu.

- Não te esqueças das regras Amélie. – papai rebateu – Não te quero a discutir com ninguém aqui em casa e tão pouco a achar que tens autoridade para alguma coisa. Agora sobe e desce para jantar. 

 

 

Se eu achei que fosse complicado conviver com ela de novo estava enganada, acho que seria melhor do que pensei. Irritar Amélie iria ser o meu passatempo preferido.



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