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História Não conte a ninguém - Prólogo


Escrita por: lolauchiha

Notas do Autor


Narrado por Sakura, sem nuances de outros pontos de vista, não terá foco em outros casais.
Não é clichê 50 tons. Sakura é determinada e cheia de princípios. Sasuke, bom ele todos nós sabemos!
O prólogo se passa semanas antes do primeiro capítulo.
A regra da história é se você descobrir algo, não conte a ninguém!

Boa leitura.

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Não conte a ninguém - Prólogo

Talvez minha pontualidade e a minha pouca paciência fosse o pior contraste da minha personalidade. Mil vozes, saltos batendo irritantemente no piso envernizado, barulhos de cliques de canetas, bip de celular. Isso com certeza é a maior prova de que eu amo o que eu faço. Dois minutos de atraso é normal, por mais que eu não o cometa. Agora quase meia hora de atraso e o juiz MANDA esperar? Quem aquele homem pensa que é para estar acima da lei?

Eu não costumo obter ódio gratuito, mas alguém que acha ter privilégios no tribunal é no mínimo inaceitável! Meu pé esquerdo não para de balançar inevitavelmente, a ansiedade me corroía naquele fim de tarde.

O caso é o seguinte: uma audiência com o dono das empresas Uchiha era algo quase, se não inédito, o Sr. Uchiha usa seus advogados para não chegarem a isso. Mas eu não seria comprada por qualquer um desses advogados vendidos. A empresa Uchiha que foi responsável por vazamentos tóxicos que poluíram dois grandes rios, onde estava o Green Peace e a mídia? Todos eram escravos do dinheiro. O cheque do silêncio.

Uma foto dele poderia valer mil dólares, mas não tirar uma foto dele, valeria dois mil dólares. Vê-lo entrando acompanhado por dois seguranças altos e fortes me fez engolir cedo. O que foi coração? Para de bater rápido! Ele é só um homem bonito e podre por dentro, isso que você tem que se concentrar.

 

– Está aberta a audiência. – O juiz anunciou. Entravamos ao mesmo tempo na sala, não ousei olha-lo novamente. Sentamo-nos à mesa a frente do juiz e ele prosseguiu. – Sinto-me que tenha que estar aqui. – Ele ponderou.  Cordialidade? Desculpas? Isso não é padrão, era puxação de saco. Bufei, ignorando a ética, assim como o juiz. Ele pigarreou enquanto o “grande CEO” arqueava a sobrancelha pela minha reação.

– Dê o que ela pede. – O homem falou assinando um papel. No mesmo momento que arregalei os olhos, eu os estreitei. Quebra de protocolo. Abusado. Pensei em dizer algo, mas minha voz vacilou e a do juiz se fez presente:

– Mas Sr. Uchiha, são 58 milhões de dólares que ela pede! – Ele informou como se o homem não tivesse nenhum conhecimento com o caso, o advogado dele não estava presente, aquilo era uma grande piada.

– Eu sei o quando a senhorita pediu. – Ele disse sério, quase ofendido pelo juiz o alertar. – Como eu disse, aceito o acordo, pagarei a indenização aos rios. – O juiz nada disse, assim como eu. Então ele levantou, ajeitou a gravata. Pegou o papel que havia assinado e colocou para que eu pegasse e assinasse. Ele aceitara os termos do acordo e só.

– Declaro fim da sessão. – O juiz bateu o martelo e esperou o escrivão terminar de digitar aquele padrão de quem disse o que. A sala era esvaziada e eu sem ação naquela mesa. Não deixaria tanta preparação para enfrenta-lo ir por água abaixo.

Levantei me apressando para alcança-lo, deixei minhas coisas na sala, voltaria depois para buscar. Os dois enormes seguranças não me deixaria aproximar, então como uma mulher de 28 anos cheia de classe, acelerei meus passos e estufei o peito, acumulando toda a coragem que eu não havia tido dentro daquela sala e gritei:

– Uchiha! – Brava e decidida. Ele virou e me encarou, eu parei e levantei a cabeça, recompondo minha postura. – Como ousa? – Perguntei estrategicamente para ele se aproximar e iniciar um diálogo comigo. Os seguranças tomaram a frente, mas com um mínimo gesto eles não prosseguiram.

– Algo errado senhorita? – Ele se aproximou sozinho. O poder dele, a presença dele me fez querer sair correndo. Talvez a autoconfiança dele e seus aproximados 1,90 de altura me intimidaram, mas não poderia recuar, não sem parecer uma completa retardada.

– O que acha que fez naquela sala? – Eu disparei, não podia pensar. Se pensasse mais eu não falaria. – Me fez esperar por mais de meia hora, assina um papel e vai embora como se fosse um café? Isso tudo é sério, estamos em um tribunal e não na sua sala de reuniões. – Eu jurei não exceder a voz, mas o lance de não pensar fez eu me esquecer dessa parte.

– O que mais você quer? – Ele perguntou com uma paciência invejável, mas por trás, sabia que ele estava com pressa e sem nenhum interesse em tudo aquilo.

– Humanidade. O mundo não precisa de mais pessoas como você! – Eu desdenhei olhando dele aos seguranças, que pareciam prontos para me tirar da vista do chefe.

– Então ele precisa de mais pessoas como você? – Ele voltou a perguntar e me fez ficar sem palavras, o que mais eu diria após isso? Não havia ensaiado esse tipo de pergunta. – Reconheço seus valores e sua irá, mas entenda, nem tudo está em nossas mãos. – Foi o que ele disse antes de colocar a mão por dentro do terno e retirar um cartão preto e me entregar.

– O que é isso? – Perguntei sem pegar o cartão. Louco estava se compraria meu silêncio.

– Quem seria mais humana que você? – Ele retrucou, não entendi. Ainda com a mão esticada, se cansaria eu não iria pegar.

– Se torne humano e parará de comprar as pessoas. – Cruzei os braços, séria. Ele abriu um meio sorriso. AQUELE SORRISO. Eu não poderia ceder, mas como se me ouvisse e me contrariasse, ele se aproximou mais um pouco, acelerando meus batimentos com os passos.

– Creio que não será possível, mas se quiser fazer isso por mim. – Ele colocou o cartão entre meus braços ainda cruzados. E seus olhos negros me engoliram. – Mude o mundo por dentro e não por fora. – Completou se virando e voltando a andar com os seguranças.

Eu sei que deveria ter reação, eu não sou comprada, claro que não. Mas ele disse que não mudaria. Quem eu estava tentando enganar? Mudar o mundo por dentro seria trabalhar com ele e por fora seria pegar a cola que ele comprou e colar o que ele quebrou... Trabalhar nas Empresas Uchiha é evitar desastres ou fazer parte deles. Aquilo me tentou mesmo sendo possíveis desculpas para me aproximar do Uchiha. Sim, eu seria a advogada do diabo, mas não conte a ninguém!


Notas Finais


O que acharam? Eu vou continuar no começo de novembro, (quando estará duas das minhas histórias finalizadas) mas como estavam me cobrando muitooo um pouco dela, resolvi postar uma palhinha.
Aqui está como a Sakura virou a advogada do diabo hahha.

Favoritem e indiquem a quem gosta desse gênero. Vou fazer suspense do futuro, mas vocês vão gostar.
Quais as expectativas?


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