História Não era para te amar (Imagine Min Yoongi - BTS) - Capítulo 12- V-Você le mentes?

Graça aos céus, eu cheguei bem em casa, pelo menos, Jimin tinha me ouvido e não acelerou muito a moto.

— Obrigado pela carona. — Devolvi o capacete a ele.

— De nada, nos vemos.

— Até.

Jimin deu partida na moto e saiu na maior velocidade, esse é doido.

— Quem era esse menino, S/n? — Me assustei ao escutar Namjoon falar perto de mim.

— Um amigo — falei apenas isso e entrei em casa.

— Filha, lava a mão e vem almoçar — minha mãe disse da cozinha.

— ‘Tá. — Subi para o meu quarto, joguei a mochila na cama, lavei as mãos e dei um beijo em Laila.

Cheguei na cozinha e o cheiro maravilhoso da comida da minha mãe me deu até água na boca.

Richard já estava sentado e, ao seu lado, Namjoon. Minha mãe se sentou a minha frente e meu pai chegou depois.

— E então, S/n, que amigo era aquele que nunca soube dele? — Namjoon perguntou e meu pai me olhou.

— Que amigo, S/n? — meu pai perguntou.

— Vocês não conhecem, é amigo do Richard — disse, sem interesse.

— O Jimin — Richard disse, meus pais se entreolharam e não disseram mais nada, que estranho.

— Então, vamos hoje ver a Dahye — eu disse a Namjoon, que concordou. — Ela pegou uma virose, eu ia ver ela ontem, mas…

Lembrei do que aconteceu comigo e me calei por um momento.

— Eu não pude — concluí.

— Por que você não disse antes? Eu teria ido ontem mesmo.

Namjoon e sua preocupação exagerada, ele sempre foi assim com nós duas, só que mais com a Dahye, porque ele a ama.

— Namjoon, ela tá bem, é só uma virose, calma.

Ele não me ouviu, ficou tagarelando que eu devia ter contado e um monte de coisas.

14:15

Estávamos eu e Nam no ônibus indo para a casa da Dahye, eu nem tinha avisado que ia, mas tudo bem.

Eu estava aqui pensando em tudo que o Yoongi me disse e ainda a ficha não tinha caído, cara, vampiros existem, eu conheço um e até estamos mais próximos, acho.

Chegamos na casa de Dahye e quem nos recebeu foi a mãe dela, que ficou muito feliz ao ver o Namjoon, digamos que ela sempre quis que a filha ficasse com ele.

Eu ia entrar primeiro e fazer uma surpresa mostrando o Namjoon, foi isso que combinamos, então vamos lá.

Entrei no quarto da Dahye e a mesma estava deitada na cama dela com fones de ouvido, escutando música — que estava bem alta por sinal —, ela nem tinha notado a minha ilustre presença.

— Dahye? — chamei, mas ela nem me ouviu, então tirei o fone dela.

— Ei! Jungk... — Ela me olhou e se sentou. — Ah, é você.

— Nossa, quanta alegria ao me ver, chega me emociona seu amor por mim — disse sarcástica, de braços cruzados. — Eu trago uma surpresa e assim que me recebi, vou levar a minha surpresa embora, tchau. — Dei as costas.

— Deixa de drama, S/n, você não sabe que te amo, minha vida. — Dahye me abraçou, quase me sufocando e eu sorri.

— Okay, agora já pode me soltar.

Ela riu e me soltou.

— É a minha surpresa. — Ela me olhou procurando algum embrulho ou algo parecido.

— Sua interesseira, seu presente não ‘tá aqui, porque nem dá para embrulhar ele.

Ela franziu o cenho confusa, e Namjoon entrou no quarto, ela logo correu para abraçar ele.

— Como você ‘tá lindo, oppa! — Dahye disse sorrindo.

— Você também está linda, Dahye.

— Assim, vocês querem que eu saia e pá — eu disse, chamando a atenção deles.

Dahye revirou os olhos.

— Quando você chegou?

— Ontem.

— Nem para me dizer, né, S/n.

— Desculpa. — Sorri. — Mas nada melhor que uma surpresa, né.

Nós ficamos conversando sobre muitas coisas e assistimos uma série que gostávamos muito. A tarde estava ótima, só que eu tinha que falar com a Dahye a sós e como fazer isso?

— Nam, lindo do meu coração, será que dá para você sair um pouquinho, eu tenho que falar com a Dahye.

— Por que eu não posso ficar? — Franziu o cenho.

— Assunto de meninas.

Ele, mesmo contrariado, saiu do quarto e escutei ele reclamando para a mãe da Dahye, que chamou ele para ver umas fotos antigas.

— Então... — Dahye disse.

— Quando que você ia me falar?

— Falar? Falar o quê?

— Sobre o Jungkook.

— O que tem o meu namorado? — Se fez de desentendida.

— Eu sei de tudo, Dahye, o Yoongi me disse.

Ela arregalou os olhos.

— Mas ele me disse que não podia contar para ninguém e contou ao Yoongi!

— Dahye, Yoongi também é um vampiro!

Ela arregalou os olhos.

— Eu nem podia imaginar isso, como você descobriu isso?

— Bem... Tudo começou com um vampiro louco que me perseguiu, que queria sugar o meu sangue e me matar, daí Yoongi apareceu e me salvou. Foi assustador e bem bizarro.

— Nossa, amiga, mas quando foi isso?

— Naquele dia que eu disse que vinha, daí depois de tudo, eu não consegui ir, estava muito abalada.

— Eu também, quando descobri sobre o Jungkook, fiquei assustada e morrendo de medo.

— Entendo! E como. Eu estava com muito medo dele me matar, eu achava que vampiros não existiam e, derepente, descubro que vivi perto de um esses anos todos. Mas como você descobriu? O Jungkook que contou?

— Foi, ele era cheio de mistérios e isso já estava me irritando, então eu disse que se ele não contasse o que ele tanto escondia, eu ia terminar com ele.

— Como sempre, fazendo chantagem  para ele te falar.

— Lógico, se não, ele não tinha contado.

— Mas, então… — Dahye sorriu. — Você e o Yoongi estão ficando?

— Quê? Não!

— Mas vocês são amigos, né?

Éramos amigos? Ele estava próximo de mim, mas éramos amigos?

— Não sei.

— Como assim não sabe, S/n?

— Não sabendo, ué.

— Eu acho que ele gosta de você — Dahye disse.

— Eu não tenho certeza disso.

— Então as dondocas já terminaram a conversa sobre meninas? — escutamos Namjoon perguntar de trás da porta e rimos.

— Pode entrar, Namjoon — Dahye disse e ele entrou.

— Sabia que você era muito fofinha quando pequena — Namjoon disse a Dahye.

— Não acredito que minha mãe mostrou fotos de quando eu era pequena! Que vergonha.

— Que vergonha o que, Dahye, tu era ‘mó fofa mesmo — eu disse e Namjoon concordou.

— Eu não acho, eu era brigona. — Cruzou os braços e nós três rimos.

— Lembro muito bem, no aniversário de 6 anos da Jisoo, você puxou o cabelo dela porque ela não deixou você pegar um doce, porque ela queria — eu disse.

Nesse dia, foi muito engraçado, a Jisoo saiu correndo aos prantos, enquanto a Dahye ria comendo o doce. Dahye tinha 6 anos e eu 7. Nam também estava lá, ele tinha 10 anos.

— E eu até tentei te tirar de perto da menina, mas não teve jeito — Namjoon, disse rindo.

— Quem compra briga comigo que aguente — ela disse, sorrindo.

Conversamos mais um pouco sobre o nosso tempo de quando éramos crianças, até dar a minha hora de ir.

No ônibus de volta para casa, Namjoon teve que ficar de pé, porque ele sendo muito cavalheiro, cedeu o seu lugar para uma velhinha. Mentira, ele tava sentado e a senhorinha estava em pé reclamando como são os jovens de hoje que nem cedem o lugar para uma senhora de idade e tudo falava olhando para Nam, daí ele se levantou e deixou ela ficar.

Eu apenas ria da cara dele, quando quase foi jogado para frente com uma parada brusca do ônibus, e ele me fuzilava com o olhar por eu estar rindo, sinto muito, Nam, mas é impossível não rir.

Meu celular vibrou dentro do bolso da calça jeans que eu usava e o peguei, vendo que era um número desconhecido.

— Alô?

— S/n, tudo bem?

Era Park Jimin, eu pensei, é só pensei bem de longe, que poderia ser o Yoongi, mas lógico que não, S/n, ele nem tem teu número, mas não lembro de ter dado ao Jimin — o número, que fique claro.

— Jimin? Como conseguiu o meu número?

— Peguei com o seu irmão.

— Ah, certo.

— Bem, já que agora somos amigos. Queria saber se você queria ir comigo a um parque novo que abriu.

— Claro!

— Então, amanhã às 15:00?

— Pode ser.

— Nos vemos.

— Tchau, Jimin.

É, seria legal, afinal, como ele disse, somos amigos agora, pelo menos, estamos tentando ser e eu gosto bastante de parques! Me julguem, mas eu gosto do carrossel, sou criança mesmo e daí!?

23:17

Cá estou eu, junto do Richard e Namjoon, assistindo um filme aí que eu não sei o nome — não gostei muito do filme, só estou assistindo porque não tenho nada melhor para fazer.

Meus pais já devem estar no décimo nono sono, porque, sério, quando eu passo pela porta do quarto deles, dá até para ouvir o ronco do meu pai, que é bastante alto.

— S/n, amanhã, eu vou para Ilsan visitar os meus pais.

— Você vai ficar muito tempo lá?

— Como você conhece bem a minha mãe, provavelmente, sim.

Eu ri, a senhora Kim é muito apegada ao filho e teve uma vez que ela ficou com ciúmes de eu ficar mais tempo com o Nam do que ela.

— Eu queria muito ver ela, faz anos que não a vejo — eu disse.

— Você podia ir comigo — sugeriu e não seria uma má ideia, só que a mãe dele quer um tempo para ficar só com o filho e eu que não vou atrapalhar.

— Em outro momento é melhor.

Namjoon deu de ombros.

— Shiu, aí vocês, quero ver o filme — Richard reclamou e lhe mostrei língua. — Criança — ele disse e quase não voou em cima dele.

— Sabe não gostei desse filme e ‘tô com sono, vou para o quarto, tchau para vocês — eu disse e me levantei do sofá.

— Boa noite, pequena — Namjoon disse e lhe mandei um beijo voador.

— Boa noite, criança. — Para o Richard, vai o dedo do meio mesmo.

Fui até à cozinha pegar um copo de suco, antes de ir para o quarto.

Eu abri a porta do quarto e quase o meu suco cai no chão.

Yoongi estava sentado na minha cama relaxadamente com a cabeça pendida para trás, deixando exposto o seu pescoço pálido

E eu não podia negar como ele estava extremamente gostoso com uma calça preta rasgada e uma camisa social branca, com a sua pose de bad boy, ahhh, como eu senti uma vontade de agarrar esse garoto. Min Yoongi, Min Yoongi, não sabe como você mexe com o meu psicológico! Quase derrubei o suco de novo. Eu sou o desastre em pessoa.

— Yoongi, o que faz aqui?

— Estava com tédio e vim te fazer uma visita.

— Como você entrou aqui?

— Pela janela — disse simples.

— Mas, espera, tipo, os vampiros não só podem entrar se forem convidados ou coisa parecida?

Ele revirou os olhos.

— Isso é idiotice, somos pessoas normais, como qualquer outra, entramos e saímos de onde quisermos, não precisamos bater na porta e pedir licença — disse, mostrando estar nada afim de falar disso e pegando a minha gata no colo, fazendo carinho nela, porque você não faz em mim?

Ele riu baixinho, me deixando confusa.

— Pessoas normais não têm caninos afiados e sugam sangue.

— Você entendeu. — Desviou o olhar e eu me sentei do seu lado, ficamos em silêncio, tanto que eu poderia escutar o som da minha respiração.

— Yoongi, você é de onde? Digo, a sua cidade natal?

— Aqui mesmo em Daegu

— Ah... Bem... E quando você foi transformado?

— Quando eu tinha 20 anos. Mas não me pergunte como, eu não gosto de falar sobre isso.

— Está bem.

Tomei um gole do meu suco e escutei um som de notificação, peguei o meu celular, mas não era o meu, em seguida, Yoongi tira o celular do bolso.

Ele não disse que não tinha celular, mas como…

— Eu não te falei porque não queria contato com você — Yoongi disse de repente, e eu arregalei os olhos, o quê!? Eu nem tinha falado nada.

— Como você? Você lê mentes?

— Sim.

Sério? Mesmo, mesmo que esse tempo todo ele estava lendo a minha mente, espera... Tipo, agora!?

Yoongi sorriu de lado.

— Obrigado por me achar extremamente gostoso.

Até me engasguei com o suco que tomava.

— Q-quê!? Eu não... Eu não acho você gostoso — disse rápido demais, morrendo de vergonha.

— Você está mentindo, S/n.

Ele se aproximou do meu rosto e eu gelei.

— E eu sei o que você está pensando em fazer agora, você quer me beijar. — Seus lábios se encostaram nos meus, eu queria muito que ele me beijasse de verdade. Mas eu sentia que ele não iria fazer, ele tava tirando com a minha cara.

E quer saber? Foda-se. E então, eu mesma o beijei.