História Não O Toque Vagabunda! - 5

-Cê ta brincando com a minha cara certo?- Eu espero que esteja...

- E porque você acha isso bebê?- Falou me pegando por debaixo dos braços e me puxando de volta para cima da cama.

Esse cara me chamo do quê? - Porque você é um homem ué, e eu não sou gay- Na verdade nem eu sei se sou ou não já que nem beijar eu ja beijei.

-Certeza? Porque alguém pago por um mim, e se não foi você quem foi?- Ele aproxima seu rosto do meu, até demais.

Empurro sua cabeça pra longe, pulo pra fora da cama e vou em direção a porta abrindo-a e encontrando Jaison sentado ao lado da mesma.

-Hã? Já termino? Você é foi rápido do que eu esperav- Chuto a parede quase acertando sua cara. 

-Então era essa a piada? Você é realmente um babaca imprestável que não merece o pau que tem, agora vamos pra casa antes que eu enfie essa merda dessa jaqueta no seu cu seu filho da puta- Sigo para as escadas e o espero ao lado do carro.

-Peter, me desculpe, foi tudo um grande mal intendido- Falou se aproximando devagar.

-Vai se fuder, agora abre a merda da porta e vamos pra casa- Depois disso eu nunca mais deixo a janela aberta.

Ele abre as portas em silêncio e parecendo meio chateado, mas foda-se também, quem era pra estar chateado nessa porra sou eu, mas não, eu to puto mesmo. Chegamos em casa depois de uma rota totalmente silenciosa e espero ele desligar o carro para poder sair.

-Peter, volta aqui por favor...- Apenas o ignorei e mostrei o dedo do meio antes de entrar em casa.

Assim que entro vou para a cozinha pegar alguns suplementos para dois dias, porque depois disso tudo eu com certeza não vou sair daquele quarto até segunda, subo as escadas e jogo sua jaqueta na frente da porta do seu quarto. "Não quero esse troço fedorento no meu quarto, ridículo" Entro no quarto, tranco as portas e a janela, tiro as lentes, desarrumo meu cabelo e coloca novamente a minha camisola para dormir "Finalmente um pouco de paz".

Acordo ao som do meu toque e percebo que alguém está me ligando, coloco meu óculos para ler o nome do contato, "Lillyan", porque ela estaria me ligando de manhã no sábado porra? Justo no sábado...

-Alô?- Ainda com sono

-Te trago novidades querido!!!- Falou num tom de voz bem alegre.

-Oi pra você também, que novidades?-

-Estou indo te visitar, amanhã eu chego ok? Não esquece de arrumar o meu lado da cama, beijinhos e tchau-

-Hã? QUE? COMO ASSIM AMANHÃ SUA MALUCA?-

-tuuu-tuuu-

-Filha da puta..... ah deixa pra lá- Coloco o celular de lado, tiro o óculos e me deito novamente.

Faz tempo que não vejo a Lillyan, acho que não vai ser tão ruim assim. Lillyan é a minha prima, filha da tia Cleide que na verdade é homem e seu nome verdadeiro é Miguel, mas ele é meio que obrigado a se vestir de mulher desde que ele se conhece por gente, já da pra saber o porque disso certo? mas acho que ele não se incomoda muito com isso, ele é até muito bonita para um garoto de 16 anos.

Ele é fofo, um pouco maior que eu, magro, tem uma voz bastante feminina, cabelos loiros, olhos claros e grandes, seu estilo de roupa é quase igual ao meu quando sua mãe não o veste, nós compartilhamos os mesmos costumes e hábitos, por isso ele é uma das poucas pessoas que eu deixo entrar no meu quarto pra dormir comigo, coisa que a gente faz desde pequeno, e usar meu banheiro... Na verdade eu acho que ele é o único com quem compartilha o meu banheiro, o único mesmo, a única coisa que eu não entendo é o estilo de música dela, ela não para de falar  desse negócio de músicas orientais, até hoje ela fica tentando me fazer ouvir isso, mas graças a Deus ela nunca conseguiu, ela também vive tentando me travestir já que eu sou super fofo e tals, palavras dela.

Como que ela vem amanhã acho melhor deixar aquelas toalhas que eu ganhei da tia Cleide guardadas já que ela adora usa-las, ela também ja usou uma das minhas camisolas, porque não eu não tenho só uma, também vou tirar um pouco do pó e arranjar alguns estoques de suprimentos extras.