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História Não odeie Park Chanyeol - Solução


Escrita por: Hohopelandy

Notas do Autor


Demorei? Que nada! Vocês já passaram por coisa pior. Mas enfim mas um capítulo para vocês, a fic está chegando no fim. Vai ter até no máximo 30 capítulos eu não planejava fazer bônus, mas vi a necessidade de fazer um hunhan. Então se chegar a 30 vai ser com esse bônus.
Nesse capítulo vocês vão saber o verdadeiro ladrão. Um todos já pensavam agora os outros nem passavam pela cabeça de vocês.

Capítulo 25 - Solução


       
Pensamos, apenas, que estamos vivendo com as pessoas mais confiáveis e leais ao nosso lado. Mas lá vai uma dica. Repense um milhão de vezes se você não está andando ao lado do seu maior inimigo.


Aquela pessoa que possa parecer a mais inocente e amável, pode estar tramando algo para te destruir por completo, apenas para satisfação própria, nada além de uma forma de se divertir a custas das suas lágrimas.


O tempo pode dizer muito sobre uma pessoa, você pode simplesmente viver sua vida inteira ao lado de uma pessoa e descobrir, no final, que o tempo passa e as pessoas mudam. E que aquela pessoa que era o motivo da sua alegria, agora ou talvez, sempre, quis ser melhor que você.


– Sana! – gritei assim que vi a menina, sentada no canto do quarto. No chão frio e solitário.


Após a ligação que recebi da loira, pedi para que me esperasse com a porta do seu quarto aberta. Pois eu não sabia onde exatamente era seu quarto.


Cheguei mais perto da menina que tremia e chorava ao mesmo tempo, alguns soluços saiam da sua boca por causa do choro agressivo que regava sua garganta. Me agachei ao seu lado e tirei meu casaco, cobrindo o corpo frágil à minha frente.


Ela não conseguia falar e eu não a pressionei a dizer a verdade sobre o verdadeiro ladrão. Para falar a verdade estava mais aliviado, não tinha pressa pois sabia que meu baixinho estaria aqui em breve. Eu estaria, finalmente, de volta ao seu lado. Lugar este que eu nunca deveria ter saído.


– Você está melhor? – toquei seu ombro levemente fazendo um carinho reconfortante, seu choro já estava cessando.


– Eu acho que não ficarei bem durante um bom tempo – riu um pouco sarcásticas entre as poucas lágrimas – Por que ela teve que mudar tanto? – eu não sabia de quem exatamente ela estava falando, mas já tinha uma ideia de quem era – nós éramos melhores amigas, praticamente irmãs. Mas ela mudou tanto que, agora, não passa de uma lembrança.


– Sana.. De quem você está falando? - falei com um tom calmo para não assustar a menina com meu desespero interno.


– Você sabe, foi a Momo – arregalei levemente os olhos, não muito surpreso por quem era, mas sim pela frieza que a Sana falou – eu nunca me senti tão magoada, Chanyeol. Tão traída e humilhada.


Parecia uma forma de dejá vu, de alguma forma a Sana me lembrava do Baekhyun, suas dores são muito parecidas, feitas por amigos que se juraram fiéis, mas que no final não eram de total confiança.


Diferente de mim, acredito que Momo não esteja arrependida. A popularidade e a ganância subiram a sua cabeça e ficaram à frente das suas mais preciosas amizades.


– Sana, você tem que falar isso para o Reitor – falei firme e ela me encarou séria - você tem que fazer isso.


– Você acha mesmo que eu devo fazer isso? – ela parecia pensativa, entendendo o lado dela era até compreensível. Ela estaria entregando a menina que por longos anos foi sua amiga para o próprio pai da mesma – Eu nunca faria isso, falar para o pai da menina que foi, por anos, minha melhor amiga, que na verdade é uma criminosa, mas vou fazer pelo Baekhyun.


– Não pense nisso, pense apenas, que está relatando ao reitor uma prova e seu verdadeiro criminoso – ela sorriu assentindo com a cabeça, sussurrando um "vou tentar" bem baixinho, dei um abraço apertado nela, e me levantei saindo do seu quarto. Nós não conversávamos muito, mas seu jeitinho é realmente encantador e admirável.


Estava voltando para meu dormitório, quase deitando na minha caminha e pegando a coleção especial que era do Jongin – que agora, me pertencia – mas infelizmente ao falar no moreno, ele me liga para finalmente colocarmos o plano em ação.


E lá estava eu com Sehun, prestes a entrar no prédio da diretoria. Como disse Jongin, entregamos o papel para o garoto da recepção e ele falou que a chave estava na quarta gaveta, do lado direito da escrivaninha do treinador. 


Começamos a andar pelos corredores, um pouco perdidos devo declarar.


– Porra, nós já passamos três vezes por aqui – falei irritado. O grande problema era que tínhamos a localização da chave, mas não sabíamos a localização da sala do treinador.


– Eu acho - observei Sehun falar – por... aqui! – ele terminou de falar abaixando o papel na qual estava lendo, acho, que, quem sabe ele teria feito um mapa naquele papel.


Caminhamos um pouco mais por aqueles corredores que mais parecia um labirinto, e encontramos a sala do treinador. 


Batemos na porta, Sehun ficou encostado na parede se escondendo, ou apenas tentando se esconder.


– Quem é? Se for a Sra. Kwan de novo... eu já disse que não quero sair com você! – Deu um grito abafado, não evitei rir com aquilo, Sehun riu audivelmente e eu coloquei um dedo sob meus lábios, indicando que ele fizesse silêncio. Ele colocou as mãos sobre a boca para não levantar suspeitas.


– Sou eu treinador, Chanyeol – falei do outro lado da porta, ainda fechada – O senhor pode vir aqui fora? Tenho alguns assuntos para conversarmos – ouvi uma movimentação dentro da sala e logo o treinador apareceu, com sua clássica jaqueta vermelha do time.


– Foi bom você ter vindo aqui... – ele disse assim que abriu a porta me recepcionando com um grande sorriso – tenho uma coisa para te falar.
– Ah, sim. Mas antes eu queria dizer que meu tornozelo já está bem melhor – Sehun foi entrando na sala escorado na parede, o treinador ameaçou a se virar, então segurei seus braços e voltei a falar – o senhor pode me autorizar novamente para participar dos treinos? – era uma pergunta meio boba, até porque eu era o melhor do time, ele me colocaria para jogar mesmo com o tornozelo ruim, como aconteceu no início da temporada.


– Bem... claro que você pode voltar – ele me deu um soco de leve no ombro e sorriu – mas vai precisar passar por uma revisão médica – o assunto estava quase morrendo e eu olhava pelo ombro do treinador e Sehun ainda parecia procurar a gaveta certa – Se era só isso... –  ele ia continuar a falar se virando novamente em direção a porta, mas novamente eu o impedi.


– Treinador, você não tinha algo para me falar?


– Ah! Sim, sim. – ele concordou com a cabeça se virando totalmente em minha direção - Bem, eu estava esperando um outro momento para te contar isso – ele falou meio tenso e por um momento eu esqueci do Sehun que ainda procurava a chave – Você se lembra daqueles olheiros do time profissional? – arregalei levemente os olhos, aquilo realmente foi inesperado para mim.


– Sim, eu me lembro. O que tem eles?


– A equipe deles marcaram uma visita para a final do campeonato, o jogo contra a Busan University – meu coração se acelerou de repente, não podia ser – eles estão de olho em você, Chanyeol – sorri – Me disseram que só estavam vindo para o jogo por ótimas recomendações sobre o prodígio de Seul. Treine duro e dê tudo de si no jogo. Quem sabe no ano que vem você jogue em algum time da América!?


Aquilo sem dúvidas foi música para meus ouvidos. Ano passado os membros esportivos da universidade mandaram uma solicitação pedindo a presença deles nos nossos jogos do campeonato, eles vieram, mas não levaram ninguém do nosso time, e sim o capitão da outra equipe.


 Fiquei muito decepcionado comigo mesmo, então comecei a praticar duramente em todos os treinos e fora deles. Foi em um desses treinos sem uma supervisão adequada que eu acabei quebrando meu tornozelo.


Eu realmente pensei que eles não viriam novamente, na última temporada eles me disseram que eu era muito bom, mas não bom o suficiente para me tornar um profissional.


Eu não posso deixar essa oportunidade escapar novamente.


Por reflexo, acordei do meu leve transe quando vi uma movimentação dentro da sala. Sehun já estava com a chave na mão e o diretor ainda estava na minha frente. Não consegui segurar o treinador e ele se virou para a porta. Nossa sorte é que Sehun já estava fora da sala e encostado na parede ao lado da porta.


– Ai que susto menino, quando foi que você apareceu? – o treinador perguntou à Sehun.


– Há alguns segundos atrás... – respondeu simplista. O treinador não ligou muito e entrou na sua sala fechando a porta da mesma.
Eu suspirei profundamente por tudo ter dado certo.


– Por que você demorou tanto? – estávamos andando de volta para a porta principal do prédio.


– Eu não sabia qual era a gaveta da direita – franzi o cenho e ele revirou os olhos – eu não sei a diferença entre esquerda e direita – dessa vez fui eu quem revirei os olhos. Quem não sabe a diferença entre direita e esquerda!? Só o Sehun mesmo.


O céu já estava totalmente escuro, faltavam poucos minutos para Kyungsoo chegar. Luhan mandou uma mensagem dizendo que daqui a 5 minutos eles já estariam no campo. Kai estava literalmente enlouquecendo, ele estava extremamente nervoso. Com toda certeza ele ama muito o pequeno.


– Jongin! Pode sentar um minuto? Você está me dando nos nervos andando pra lá e pra cá! Vai acabar fazendo um buraco no chão desse jeito – Exclamei.


– Deixa ele, ele está muito nervoso... – Sehun complementou.


– Obrigado novamente, Sehun – Kai sorriu para o outro que devolveu o sorriso. Quando foi que eles viraram tão amigos assim? Eu perdi alguma coisa por acaso? Juro, que estou me sentindo trocado e ao mesmo tempo deixado de lado.


A sala de rádio era um forno e Jongin não parava de recitar sua declaração em alto e bom som. Peguei meu celular no bolso da minha bermuda e enviei uma mensagem para o meu pequeno.


‘Bae! O que está fazendo? Estou entediado sem você aqui.”


Não demorou muito e ele logo me respondeu.


“Nem faz 24 horas que estamos longe um do outro... como está sentindo tanto a minha falta?”


“Eu sinto sua falta no milésimo de segundo em que você está longe de mim.”


Sorri com minha resposta, foi meio bosta, mas mesmo assim sincera. Aposto que o pequeno está corado com essa mensagem.


“ Para ser sincero, eu também sinto a sua falta. O que você fez de bom hoje?”


‘’Você não vai acreditar, Kai vai fazer uma declaração para o Kyungsoo usando o rádio de transmissão da faculdade”.


“Eu já sabia, Sehun me enviou uma mensagem assim que soube e logo depois Luhan me falou também.”


“Eu só espero que o Soo aceite as desculpas do Jongin e que retorne o namoro.”

“Eu também. Kai está muito nervoso, dá até pena. Nunca o vi dessa forma, nem mesmo quando estamos prestes a entrar no campo para a final da temporada”


“Min também ama ele, mas é orgulhoso demais para falar isso. Mas mudando de assunto, por que me mandou mensagem só agora? O que você está aprontando Park Chanyeol?”


“Nada meu bem”


Não quero dar falsas esperanças para Baekhyun, então preferi, apenas não dizer nada a ele, por enquanto.


“Sabe, eu estava mexendo em algumas caixas que estavam em cima do meu guarda roupa e adivinha o que eu encontrei?”


“O que?”


 “As cartas de ódio que eu escrevi para você, mas nunca te entreguei.”


 “Não acredito…”


“Tem centenas delas, mas eu queimei todas, essa tarde. Eu escrevia essas cartas para me sentir melhor, foi o que o meu psicólogo mandou eu fazer na época e de alguma forma me ajudou bastante.”


 “Você queimou todas elas, mesmo?”


“Queimei. Mesmo se não ficarmos juntos, foi bom deixar esse assunto para trás.”


“Espero que possamos ficar juntos por muito tempo.”


“Eu também, Chan.”


Meu coração acelerou de repente e um calor cobriu meu corpo, esse baixinho realmente controla meu coração a cada palavra que diz.


“‘Eu gosto muito de você, Bae. Muito mesmo.”


“E eu estou apaixonado por você.”


Arregalei os olhos, mas quando estava prestes a escrever uma resposta:


– Ele chegou! – Kai gritou me assustando, consequentemente meu celular caiu no chão, peguei o mesmo e rapidamente digitei uma mensagem para o Bae dizendo que mais tarde eu ligava para ele – Chanyeol! Cadê as rosas?


– Calma, elas estão aqui – apontei para o buquê que estava na mesa atrás de mim, sorri com o nervosismo dele, tão dramático – está pronto?


– Sim – assentiu firme, eu olhei para Sehun que mexeu em alguns botões no painel de controle da cabine e direcionou a luz para Kyungsoo que estava de frente para a cabine. Pelo vidro podemos ver o olhar surpreso do baixinho quando nos viu ali em cima.


– Do Kyungsoo – Kai começou sua declaração – Lembra quando nos vimos pela primeira vez? Foi na biblioteca, quase três anos atrás. Você estava extremamente adorável com aqueles óculos – ele se permitiu rir, olhando profundamente para Kyungsoo, este que, o olhava sem nem mesmo piscar – eu acho que me apaixonei naquele momento, mesmo negando por muito tempo. Eu não conseguia entender como você pode ser tão bonito, tão encantador e fofo ao mesmo tempo. Mas isso você me permitiu aprender, aos poucos, um pouco de sua magia - ele apertou o papel em suas mãos e soltou o mesmo em cima da mesa – eu quero ter pelo menos cinco minutos para conversar com você... explicar o motivo de ter ficado com tantas garotas ao mesmo tempo – vi Kyungsoo abaixando a cabeça meio incomodado – eu sei que você não gosta desse assunto e nem mesmo eu. Mas acredite em mim quando eu digo que fiz isso por você, por nós – sua feição séria se tornou divertida, ele apertou um botão na mesa e eu quase o impedi, mas não fiz, porque é melhor assim – Porque, eu Kim Jongin, simplesmente amo você, Do Kyungsoo – o som se reproduziu sala, então tive a certeza que apertando aquele botão, essa mensagem chegaria a todos os cantos desta universidade. Ele apertou o botão novamente desligando – Você me dá mais uma chance Kyungsoo? - Kyungsoo olhou para o chão e alguns segundos depois levantou a cabeça novamente.


– Eu te dou mais uma chance – todos sorriram – mas vamos ter que ter uma longa conversa – mesmo depois disso, Jongin continuou sorrindo, talvez porque já soubesse que tudo ocorreria bem durante aquela conversa.


Ele pegou o buquê não tão exagerado e saiu pela sala, descendo pela arquibancada e entregando as flores para Kyungsoo, que pareceu muito feliz com as flores. Eles fazem um belo casal, daqueles que se completam e de forma alguma poderiam deixar um mal entendido acabar com esse amor tão profundo e verdadeiro.


Lá estou eu mais uma vez encarando a cama vazia do pequeno, já fazia cerca de duas semanas que ele foi embora. Sana me mandou algumas mensagens, que estava planejando um papel com algumas provas que podem nos ajudar.


Apesar da demora para contar tudo ao diretor, estamos querendo juntar todas as provas que possam nos ajudar na hora da conversa com o Reitor. Queremos estar preparados para tudo que ele possa perguntar e só vamos sair de lá com o papel da expulsão rasgado e a transferência do meu baixinho assinada.


O pior de tudo é que temos que correr, não no sentido literal da palavra, mas sim no conotativo, pois ontem mesmo o Reitor me disse que eu não ficaria sozinho no quarto por muito tempo e logo, ele encontraria um novo colega de quarto para mim.


Mas hoje, talvez, fosse o grande dia. Descobrimos essa semana que tem uma câmera no poste de luz que fica atrás da biblioteca, esta câmera nunca foi nem mesmo comentada pelo Reitor, hoje, Kyungsoo vai tentar pegar uma cópia da gravação daquela noite. E com as outras provas temos certeza que é causa vencida.


Até lá eu fico aqui, jogado nessa cama, sentindo os últimos resquícios do perfume de Baekhyun que sobraram em seu travesseiro. Mesmo fazendo ligações todos os dias e vídeo chamada, não é a mesma coisa.


Não é a mesma coisa ficar abraçado a ele com aquele pijama fofo de ursinho, assistir filmes juntos, conversar a noite toda mesmo tendo que acordar cedo para as aulas no dia seguinte. Era tão bom.


Mas eu tinha que parar de sonhar um pouco porque o dia vai ser cheio, aulas de manhã e à tarde treino pesado. O jogo é daqui a dois meses e os olheiros vão estar lá.


– É verdade que o Kai está pegando o Kyungsoo? – Sebastian me perguntou, o treino já havia acabado e eu estava exausto. Ainda é início de noite, mas eu só quero dormir, só acordo se for a ligação de um certo alguém.


– Eles não estão apenas se pegando – falei meio incomodado, por que ele não perguntava aquilo para o próprio Jongin? – Eles namoram já tem um tempo.


– Porra, eu quase fodi com ele – sussurrou, eu franzi o cenho e olhei estranho para o Sebastian.


– O que você disse? – apesar de ter ouvido muito bem quis saber se era aquilo mesmo que eu tinha ouvido.


– Eu não disse nada – ele logo saiu de perto de mim e foi para a área dos chuveiros com o Casper. Esse filho da mãe, só de olhar ele já tira minha calma, a vontade de quebrar a cara dele é grande. Motivo simples; ele ter encostado aquelas mãos no meu baixinho. O Sebastian também não é flor que se cheire e eu sei muito bem disso. Ele sempre organiza os trotes no final do ano, mas digamos que esses trotes não valem nada a pena, eles só servem para humilhar os calouros. Resumindo, Sebastian é um grande idiota. E todos deviam saber disso.
Já era manhã novamente e hoje finalmente seria o grande dia. Sana me mandou uma mensagem dizendo que Kyungsoo tinha conseguido uma cópia da gravação, ela me disse que estava completamente chocada com o que viu, então estou indo me encontrar com ela na mesma cafeteria de sempre, para poder ver com meus próprios olhos o que tem de tão chocante na gravação.


O sininho tocou assim que passei pela porta, perto da porta dos banheiros estava a Sana bebendo algo em uma xícara rosa, sentei ao seu lado e ela tirou o copo dos lábios abrindo um grande sorriso depois.


– Chanyeol, você não vai pedir nada? – sua voz estava animada e seu humor radiante – vou pedir um café para você, ou prefere americano? - questionou.


– Americano. – falei simples com um sorriso de canto.


Depois do que eu vi a algumas semanas atrás, ela está bem melhor emocionalmente. É bom ver os raios de alegria que pertencem a Sana naturalmente.


Ela foi buscar minha bebida e pôs a minha frente.


– Você já está melhor? – perguntei vendo suspirar fundo.


– Estou sim, naquele momento eu estava em choque, mas apenas, tentei aceitar tudo que aconteceu. Nesse tempo que fiquei arrumando algumas provas para o caso do Bae – Eu dei um gole prestando atenção no que Sana me dizia – eu estou animada para vê-lo novamente, aqui com a gente.


– É por isso que está tão feliz? – perguntei inocentemente.


– Estou feliz por ter feito o meu papel como amiga, e satisfeita com meu trabalho e claro, acima de tudo quero fazer justiça com o que fizeram com ele – ela olhou para seu copo e me encarou – você está um pouco quieto... tem alguma coisa errada?


– Não, eu apenas estou apreensivo – segurei fortemente a caneca descontando meu nervosismo – eu estou com um pouco de medo de não conseguirmos, mas tenho certeza que dará certo! – falei animado tentando afastar mesmo que minimamente a tensão que se formou – eu quero fazer uma surpresa para ele quando tudo isso se finalizar.


– Você não contou para ele sobre o que estamos fazendo, não é mesmo? – assenti – bem que eu achei estranho, ele não comentar nada sobre esse assunto então também não falei, ele nem desconfia, só fala de como a avó dele o entope de bolinhos caseiros – ri, Bae já me enviou algumas fotos dos bolinhos e fala também que são deliciosos, ele é tão precioso.


– Quando tudo ficar bem aqui, vou eu mesmo buscar ele e trazê-lo de volta para Seul, quero aparecer em sua porta e ver a surpresa em seus olhos.


– Ele vai gostar, mas vamos ver o motivo de termos nos encontrado – falou se ajeitando na cadeira.


– Ah! Sim, sim. O vídeo.


– Foi difícil pegar uma cópia, já que é a segurança que cuida disso e o acesso é negado aos alunos, mas acredite, Kyungsoo conseguiu. – ela tirou o notebook da bolsa que estava em outra cadeira e colocou o aparelho sob a mesa – o vídeo tem cerca de 30 minutos, o vídeo se inicia antes do Baekhyun começar seu turno, quando acontece uma movimentação estranha atrás da biblioteca – ela fala colocando o pen drive no computador e abriu algumas páginas – apenas assista e você mesmo ficará surpreso. Você não faz ideia de quem teve participação nesse roubo – comecei a olhar para tela quando o vídeo se iniciou.


Arregalei os olhos quando percebia o que acontecia.


Três garotos entraram pela janela dos fundos, eles de alguma forma conseguiram abrir pelo lado de fora. Os garotos usavam uma jaqueta do mesmo estilo e cor, a luz do poste não era o suficiente para ver a jaqueta.


– Você consegue dar zoom? – perguntei e a menina assentiu sorrindo.


– Sabia que você ia me dizer isso, então, como eu não sabia, pedi para o cara que conseguiu a cópia fazer isso – ela parou o vídeo e foi em outra página me mostrando algumas fotos com o zoom – eles estão usando a jaqueta da...


– Busan University – eu a cortei assim que vi nitidamente na imagem – era por isso que as provocações que eles faziam tinham parado, logo estranhamos, mas não passava pela cabeça do treinador que poderiam ter sido eles que roubaram a bandeira.


Continuamos vendo o vídeo até minutos depois os vimos saindo pela mesma janela, com a bandeira dourada sem o mastro saindo de lá carregado por um dos meninos.


Aquilo realmente era impressionante.


– Não é tudo, continue assistindo – Sana falou e abaixou a cabeça enquanto eu apenas olhei para tela.


Momo chegou perto deles no canto superior direito da tela, quase não dando para vê-la, mas com toda a certeza todos sabiam que era a Momo. Ela falava algo com eles, a câmera não grava som, então, não sabíamos o motivo da conversa. Eles estavam rindo e olhavam em volta para ver se ninguém observava. O vídeo acabou e eu olhei preocupado para Sana.


– Tem só mais uma coisa – ela colocou na outra página e passou as fotos parando em outra em que o foco era a bolsa da Momo – esse chaveiro... – apontou para um ursinho que ficava pendurado na bolsa da Momo – é exatamente o mesmo que o Bae achou e me deu, o chaveiro de ursinho, olha! – ela ergueu o chaveiro e colocou do lado e era o mesmo – o pior de tudo e que, eu meio que reconhecia esse chaveiro de algum lugar, então quando eu chamei você, mais cedo naquele dia, eu apertei o ursinho e senti algo dentro dele e decidi abrir para conferir o que tinha. Quando eu abri tive a certeza que já tinha visto esse chaveiro antes. Eu mesma dei para a Momo e coloquei dentro uma pequena cápsula com nossos nomes – ela me mostrou um pequeno recipiente de plástico dentro, o chaveiro era bem grande, era maior que a minha mão então cabia algo assim, dentro dele tinha um papel com algumas letras em japonês que julguei ser o nome delas – eu tinha um também mas ao longo do tempo acabei perdendo.


– Foi assim que você descobriu que a Momo esteve lá na noite em que a bandeira foi roubada.


– Sim, eu surtei quando tive a certeza. Não acreditei. Mas agora como eu já disse, estou bem. A única coisa que temos que fazer é contar tudo ao Reitor.


– Vamos fazer isso agora!


Notas Finais


Gostaram? Espero que sim. Eu sei que demorei para responder os comentários e ainda tem alguns para responder... mas comentem!! Adoro ler os comentários.
Trailer - https://youtu.be/3fHo0RNT6NQ


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