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História Não Posso Negar - A Gravidez de Mikasa


Escrita por: Enix

Notas do Autor


Mais um Capitulo na velocidade da luz. ❤️
AVISO: Essa fanfic também começará a ser postada no Wattpad na minha conta @DeusaNyx1

Capítulo 26 - A Gravidez de Mikasa


Fanfic / Fanfiction Não Posso Negar - A Gravidez de Mikasa

 

– Grávida? Você tem certeza disso? – O Capitão questionou a mulher a sua frente ignorando a xícara que tinha se partido ao chão, sujando o seu tapete. Ele nunca tinha ignorado esse tipo de detalhe, mas o assunto posto ali mexeu com todas as suas emoções. 

– Absoluta. – Hange se aproximou devagar com uma preocupação evidente. – Todos os exames que foram feitos confirma que há um bebê dentro dela. 

– Minha nossa. – O Capitão até se sentou, completamente chocado com a notícia, mas não se conteve quando um daqueles poucos e raros sorrisos apareceu em seus lábios. Estranhamente, embora surpreso, estava animado com a notícia. Sentia um calor em seu peito, avaliando que aquela foi a sensação que teve de ser pai.  

Hange continuou com a conversa bastante direta, porque a batata estava assando, mas não compreendia o motivo do sorriso. Ele estava mesmo estranho, nunca foi de sorrir.  

– Ao que tudo indica, ela está grávida a mais ou menos a três meses. – Hange se preparou para o que diria a seguir, pois, entendia a gravidade dos fatos. – Durante esses três meses, o que aconteceu entre vocês dois?

O Capitão lançou um olhar afiado para Hange, pois, aquele era um tipo de assunto muito pessoal, da qual não gostava de compartilhar com outras pessoas. 

– Porque quer saber?

– Preciso saber. – Diz ela se explicando. – Você sabe muito bem que esta é uma questão que não envolve apenas você e ela, mas também toda a Tropa. 

Levi ponderou. Nunca concordou com algumas regras postas ali para que seguissem, embora acreditasse que algumas eram bastante úteis para manter a integridade e a ordem dentro da Divisão de Reconhecimento, mas, sempre foi contra a ideia da proibição de se relacionar com outras pessoas do esquadrão. Sendo o Capitão do esquadrão e Mikasa a sua cadete, ele desafiou a Tropa de Exploração violando aquela regra. No meio disso tudo, o Capitão apenas seguia o Comandante Erwin da qual tinha um grande respeito, e acreditava nas ideias dele, mas se o que fez prejudicava a Tropa, indiretamente prejudicava aquele que o Capitão Levi seguia. Neste ponto, talvez Hange estivesse coberta de razão. Decidiu se abrir com ela, apenas uma pequena fresta. 

– Eu me envolvi com Mikasa, antes e durante a missão. 

Arrancar alguma coisa de Levi não era fácil, ainda mais uma confissão que envolvia ele na história toda, mas, agora as coisas se tornaram muito diferentes, visto a situação que ele se meteu.

Meses atrás Hange vinha percebendo uma atitude dele diferente em relação a Mikasa, e só agora enxergou que nunca esteve enganada quando todas as suas observações levaram-na a uma pequena suspeita, que ela achava que poderia ser, ao mesmo tempo que achava impossível, que poderia não ser: O interesse amoroso em Mikasa. 

– Caramba Levi. –Hange não evitou sua exaltação, pois temia ouvir aquilo que tanto suspeitou.  – Quando eu disse que você teria a oportunidade de ficar sozinho com uma mulher em missão, eu falei brincando. Não era para ter levado a sério. 

– Poderia me poupar desses comentários desnecessários, quatro olhos. – O Capitão rolou os olhos, tomando uma postura de seriedade. 

– Oh, mas eu falo sério. – Hange fez uma pausa evitando dar uma bronca em Levi, pois sabia que ele odiava esse tipo de coisa. Além de tudo, era uma conversa bastante delicada. – Quando isso começou?

– Um dia antes de sair em missão se não me falho a memória. 

– Levi, você sabe que ela é apenas uma garota, a sua cadete. É muito nova para você. 

– Ela tem dezoito anos e vai fazer dezenove. – Corrigiu o Capitão se sentindo ofendido pelo comentário de Hange, pois se sentia envelhecido. – Ela é de maior idade, responsável pelos seus próprios atos. Sabe muito bem o que faz. 

– Eu sempre soube que tinha alguma coisa de diferente no ar. – Ela colocou a mão na boca procurando não rir em um momeno tenso como aquele. – Essa mania de atender as vontades de Mikasa, de querer proteger ela da missão...Levi, você nunca foi assim com outra pessoa aqui dentro. 

– Não precisa me ressaltar isso todas as vezes. – Ele  se virou para o lado se sentindo descoberto, e ao mesmo tempo constrangido.  – Você contou a Mikasa sobre os resultados?

– Ainda não. Ela está amedrontada, achei melhor não contar agora. 

– Ótimo, não diga nada a ela. – Ele se levantou da cadeira. – Eu mesmo vou dar a notícia para aquela pirralha. 
Hange tomou a frente impedindo que o Capitão saísse daquele escritório e fosse até Mikasa. Neste momento não era nem de longe uma boa ideia falar com a garota sobre isso. Ela estava amedrontada e preocupada, e poderia entrar em pânico. Contava com o fato de que, seria uma péssima ideia se o quartel inteiro soubesse o que estava acontecendo. Acarretaria ainda mais os problemas, talvez, tornando impossível de contornar. 

– Antes de conversar com Mikasa sobre isso, você precisa falar com o comandante Erwin. – Hange agora tomou uma pose mais séria. – Sabe que isso é uma bomba aqui dentro, se estourar, você, ela e todo mundo aqui vai ter problemas. Você sabe do que eu estou dizendo. 

O Capitão se deteve em seu lugar. Uma preocupação sorrateira percorreu o seu olhar. Repensou sobre. Uma gravidez não era algo comum dentro da Tropa, muito pelo contrário, aquilo nunca tinha acontecido. E se tratava principalmente de uma gravidez, e não de um relacionamento escondido entre soldados. Era um fator muito mais grave do que imaginava.  – Vou falar com ele primeiramente.   

– Eu acompanho você. 

Hange abriu a porta para que o Capitão saísse primeiro. Depois, seguiu ele logo atrás. Caminharam por todo quartel, observando os soldados cumprirem suas atividades ali dentro. 

Era visível que o Capitão Levi no fundo estava contente com a notícia que iria ser pai, mesmo tendo ideia do preço que pagaria por isso, pois, agiu de maneira incorreta sobre o cargo que atuava. Não iria deixar Mikasa e a criança sozinha desamparados, compreendendo que sua mãe sofreu com isso para criá-lo, trabalhando como prostituta para alimentá-lo. Algo muito triste, que chegava a doer. 

Ele nunca sequer conheceu o seu próprio pai. Nem sabia qual era o seu nome. Nem sabia se ele realmente existia. Este era um vazio que teve que conviver durante longos anos, procurando preencher com algumas outras coisas, caminhando em busca de um propósito para que a sua vida fizesse sentido no meio de todo aquele inferno. Ter um filho era uma coisa nova, que jamais esperaria nessa vida. Era sinal de prelúdios de alegria, desde que agora ocuparia aquele espaço vazio que ele carregou por tanto tempo dentro dele, sem expor isso para as outras pessoas, até porque, sempre foi muito fechado com os seus próprios sentimentos. Tinha a terrível mania de engarrafar tudo dentro dele. 

Chegaram na sala do Comandante Erwin. Não houve muitas cortesias, apenas duas batidinhas na porta em aviso que entrariam, e depois a tranca na porta para que penetras não ouvissem a conversa, e também não interferissem. 

O Comandante Erwin não sabia o motivo da chegada dos seus dois amigos, mas também grandes soldados. Deixou os relatórios que preenchia de lado, esperando por alguma informação dos Marleyanos ou dos Titans. 

Eles se sentaram na cadeira, em frente a mesa de Erwin. 

– Tenho a impressão que estão me trazendo más notícias. – Comentou Erwin, avaliando a face dos conhecidos a sua frente. 

– Mais ou menos isso. – Hange se pronunciou. –Estamos com um probleminha que pode se tornar um problemão. 

–E que problema é este? –Indagou o Comandante preocupado. 

Por enquanto, o Capitão deixou que Hange falasse: – Uma das cadetes do esquadrão de Levi está grávida. 

Erwin ficou imóvel na cadeira após aquela declaração. Muito calmamente, tomou uma postura mais aberta se sentando melhor na cadeira. Acreditava que ouviria que estavam sendo atacados, ou que descobriram algum detalhe importante sobre essa guerra com os titans e os possíveis descendentes de Marley, ou qualquer outra coisa em relação a Tropa, menos uma gravidez dentro de um esquadrão. Seu rosto não era tão expressivo como o de Hange, mas se mostrou pensativo e austero diante da situação. 

–Quem engravidou essa cadete?

Hange olhou para o Capitão, esperando que ele se pronunciasse. 

– Fui eu. 

– Você? – Erwin ficou sem acreditar. – Você não parece o tipo de pessoa que faria uma coisa dessas, inclusive com uma cadete. 

Para Erwin, o Capitão Levi nunca se mostrou aberto a relacionamentos ou interessado em alguma garota por ali. Também nunca ouviu comentários da parte dele sobre isso, nem confissões sobre alguma mulher de seu interesse em conversas abertas quando se tratavam como amigos tomando algumas doses de Whisky.  Essa ideia de que Levi engravidou uma cadete, para o Comandante Erwin era quase inconcebível, desde que, Levi era muito dedicado e focado nos assuntos da Tropa, e nunca apresentou qualquer postura diferente com nenhuma mulher dali.  

– Me desculpe. – O Capitão falou com um embaraço. – Simplesmente aconteceu. 

– Quem é a cadete que você engravidou? – Erwin foi direto e um pouco incisivo. 

– Foi a Mikasa Ackerman. 

–Meu deus. – Erwin ficou impressionado com tudo isso quase caindo da cadeira. – Como isso aconteceu?

– A primeira vez que aconteceu foi no meu quarto. – O Capitão disse com um pouco de desconforto. Não gostava de falar sobre os seus assuntos íntimos. – Depois aconteceu outras vezes na casa que achamos no meio da floresta. Enfim, não preciso ficar detalhando tudo para você, ou preciso?

–Não, não vamos entrar nessa parte. – Erwin passou a mão no queixo reflexivo, absorvendo todas aquelas informações que recebeu inesperadamente. – Você vai assumir esse filho?

– Claramente, comandante. 

– E quanto a Mikasa? Foi uma diversão ou foi outra coisa?

O Capitão ficou em silêncio com essa parte. Ficou um tempo sem responder, deixando o Comandante e Hange ansiosos com a resposta. 

–Eu tenho sentimentos intensos por ela. Não consigo me manter afastado. – Admitiu ele. – Hange queria que eu lhe procurasse, pois sabemos todos como isso irá acabar.

– Provavelmente será levado a julgamento em um tribunal. Não é necessário tanto, mas você sabe como as coisas funcionam por aqui. Pode perder a patente de Capitão, ser exonerado ou rebaixado. Além de tudo, Mikasa seria desligada definitiva da Tropa. Sofreria o preconceito das pessoas por esse envolvimento dentro do quartel com um oficial. 

O Capitão compreendia as palavras que Erwin utilizava com veracidade e veemência. Seriam destituídos da Tropa, sem nenhuma chance de volta. Tudo para manterem a ordem e a integridade ali dentro.  Também sabia que as pessoas dentro daquelas muralhas gostavam de fazer muitos julgamentos maldosos contra a Tropa. Sofriam constantemente com isso, pois eram vistos por muitos ali como inúteis que se alimentam da verba do governo. Uma contribuição que era retirada do bolso de todos os cidadãos. E seus avanços eram tão míseros, e que sempre levavam toda a culpa pelos familiares dos soldados que morriam em missão em nome desses avanços. 

O Capitão não queria que nenhuma dessas coisas acontecesse. Não queria ser afastado  e perder o respeito diante dos outros soldados, também não queria manchar o nome da Tropa de Exploração para o Governo, o conselho, os cidadãos e a Realeza, tendo em mente que a Polícia Militar junto ao conselho queriam tirar a Tropa de circulação, impedindo que avançassem com os planos de Erwin. Também não queria que Mikasa fosse mãe longe dele, sofrendo julgamentos e preconceitos das outras pessoas

Mas, se seu envolvimento com Mikasa viesse a público, seria o suficiente para acabarem com a Tropa. . 

– Erwin... – Falou o Capitão se referindo ao loiro como um amigo agora, deixando de lado as formalidades. – Eu vim aqui saber que solução posso tomar para contornar todo essa situação sem prejudicar os dois lados. 

Erwin esfregou os dedos uns nos outros. Sempre fazia esse gesto quando tinha a pretensão de encontrar uma saída para coisas que aparentemente não tinham jeito. Mesmo olhando a situação como um todo, não queria perder o seu melhor soldado, o homem mais forte da humanidade, mas no meio disso tudo, também tinha a Tropa, e a garota grávida que atendia pelo nome de Mikasa. 

Logo, uma ideia resplandeceu na sua mente. Com calma, retomou a palavra explicando para Levi o que ele deveria fazer. –Terá que se casar com Mikasa antes que todo mundo se dê conta que ela está grávida. 

– Casar? – Levi procurou compreensão nesta proposta. 

– Você tem que tornar isso o mais formal o possível. – Comentou Erwin. – A única forma de contornar essa situação Levi, é marcar a data de casamento no cartório e esconder a gravidez daqui até lá. 

– Então o casamento tem que sair o mais rápido o possível. – Interrompeu Hange em um sobressalto. – A barriga de Mikasa está começando a aparecer. 

– Alguém notou? – Erwin se virou para Hange, preocupado.

– Acredito que não. Porém, penso que Mikasa já sabe que está grávida. 

O Capitão Levi ouviu aquilo e ficou bastante indagado. – Como assim já sabe?

–Ela estava muito amedrontada. –Ela repetiu esse fato a ele mais uma vez. – Temo que ela esteja desconfiada de ser uma gravidez indesejada. 

O Capitão se atentou a aquele detalhe que Hange lhe dissera, semicerrando os seus olhos e ficando muito pensativo com aquilo. Mikasa sabia o tempo todo, mas não contou sobre isso. 

– Se eu casar com Mikasa, o que acontece? 

– Não será julgado e continuará na Tropa sendo o Capitão, mas quanto a Mikasa, será afastada do esquadrão pela gravidez. 

 – Não parece ruim. – Ele soltou o ar preso em seus pulmões. 

– Então Capitão Levi, o que decide? – Erwin colocou os cotovelos em cima da mesa, cruzando as mãos frente ao seu queixo. 

– Vou tentar convencer Mikasa a ser minha esposa. 

 
&-&-&

Mikasa estava deitada no quarto da enfermaria. Era a enfermaria, pois, de antemão Hange explicou que os outros leitos estavam ocupados. Ficou deitada olhando para o teto. A uma altura daquelas não sentia tanto calor assim, desde que não estava mais com o seu uniforme, apenas uma camisola branca hospitalar que Hange pediu para que colocasse, ao fazer os exames. Alguns desses exames foram realmente muito constrangedor. Mikasa desconhecia os métodos e para que eles serviam, ficando assim, sem saber o que pensar, a espera dos resultados procurando não se preocupar, e ser um pouco otimista. 

A porta foi aberta. 

Mikasa tirou os olhos do teto quando seus pensamentos vagavam para algum lugar. Eren, Armin, Sasha, Jean e Connie apareceram dentro daquele "quarto" de enfermaria. Por um momento, ela ficou contente em vê-los. Cortaria aquele silêncio e a tiraria daquele nuvem coberta de pensamentos, que de algum jeito, tentava lhe engolir. 

–Mikasa, fiquei sabendo que você passou mal. –Eren foi o primeiro a ir até ela, bastante preocupado. – O que houve?

– Nada demais... – Mikasa realmente esperava que não fosse nada demais, mas no fundo, sua cabeça soltava uma gargalhada e dizia: "É pior do que você imagina" – Foi só um mal estar. Acho que pode ser uma virose. 

–Menos mal. –Ele sorriu aliviado. –Imaginei que fosse algo grave. 

Eren pegou uma cadeira que achou por ali, e se sentou próximo a cama de Mikasa. Ela parecia mais sossegada com sua presença ali, ao lado dela. 

Ela se sentou sobre a cama, deixando o lençol cair para as suas pernas, apoiando a coluna na parede. Eren pegou a mão dela pequena e gelada, e segurou, brincando de cruzar os dedos um no outro, o que deixou Mikasa constrangida com o ato na frente de todos os outros amigos, que já sabiam que eles iriam se casar. 

– Como você está se sentindo agora? – Jean, fez a pergunta procurando cortar aquele clima de romance entre os dois.  

– Um pouco melhor.–Mikasa se atentou aos sintomas no seu corpo. Não sentia aboslutamente nada. – Hange aplicou uma injeção em mim. 

–Você fez algum exame? –Armin foi direto. Estava com algumas suspeitas. 

– Sim. 

– Já sabe dos resultados? –Continuou Armin. 

–Não. 

– Se Hange deu algum remédio a você, e se curou dos sintomas, então ela já sabe o que você tem. – Armin concluiu depois de uma rápida análise das informações que obteve. 

– Hange comentou que poderia ser uma virose. –Insistiu Mikasa. 

– Virose? Humm. 

Para Armin, aquilo só poderia ser uma brincadeira. Nunca que ela estaria com alguma virose, concordando que aquele foi o pior pretexto que Hange inventou, mas decidiu não continuar a conversa sobre isso com Mikasa, desde que tinha em mente o que poderia estar acontecendo. 

– Você ficou mais bonita depois que engordou. – Eren soltou um elogio tímido, voltando a conversar com Mikasa de novo, mas teve a impressão que ela tinha ficado irritada com o comentário.  

– Eren! Não fale que eu estou gorda. 

– Desculpe, mas é que sua barriga cresceu. O que andou comendo?

– Peixe.

– Peixe? Hummm. – Ele ficou pensativo, mas percebeu que deixou Mikasa triste com o comentário. Tentou concertar ainda que houvesse tempo. – Mas você é a gordinha mais bonita de todo o esquadrão. 

Mikasa começou a se lembrar da possível gravidez. Quando lembrava que estava gorda, e que sua barriga tinha ganhado um volume, associava aquilo a uma criança.  Tinha se relacionado com o seu Capitão, é claro, estava correndo o risco de gravidez.  Isto, não dava para ignorar. 

Sasha que observava tudo quietinha e ouvia toda a conversa de Eren com Mikasa, se contorcia por dentro. Sempre que olhava para a barriga de Mikasa, sabia muito bem que aquilo não era nem de longe gordura. Estava muito redondinha, um redondo perfeito. Além de tudo, parecia um balão igual daquelas mulheres grávidas, que já viu muitas vezes. Porém, os homens daquele quarto eram muitos inocentes para perceberem isso, inclusive o Eren, que demonstrou zero conhecimento sobre o assunto. 

Sua maior vontade era de falar alguma coisa, mas estava dobrando a língua desde que Eren quebrou o seu braço quando ficou possesso pela fúria. Acreditava que Eren tinha criado alguma imagem perfeita de Mikasa em sua cabeça, ou, que talvez ele nunca tenha pensado na possibilidade dela se interessar por outro. Contudo, depois que Eren subiu em cima dela mandando retirar a acusação que fazia contra Mikasa ­–Um fuxico sem maldade, pois, só queria que Eren acordasse para vida.– ela prometeu para si mesmo que nunca mais iria falar de Mikasa para ele, mesmo que ele estivesse sendo corno. 

Esperava que Mikasa falasse alguma coisa, mas do jeito que as coisas estavam acontecendo, Mikasa sequer tinha contado a ele ainda. O motivo Sasha desconhecia. Talvez fosse medo ou culpa. Não sabia, mas sabia que quando todos soubessem a verdade, incluindo Eren,  aquilo tudo não terminaria bem. 

A porta da enfermaria foi aberta. 

Quem atravessou foram Hange e o Capitão Levi. Todos se viraram para olhar para eles, compreendendo agora que estavam na presença dos Oficiais da Tropa. 

O Capitão não entendia porque tinha tanta gente dentro daquele cômodo minúsculo, sendo que, os resultados ainda não foram divulgados, tão pouco para a paciente. Sentiu um grande incômodo quando olhou para Eren com a cadeira colada na cama de Mikasa, enquanto segurava a mão dela muito afetuoso. Uma sensação ruim se remexia dentro do corpo dele, a sensação chamada ciúmes. 
Não deixou de lançar um olhar muito afiado para Eren, como aquelas cerras amoladas que cortam madeiras em um segundo. Era um olhar que assustava todo mundo. 

– Caiam fora todos vocês. – Ele falou com autoridade a todos os presentes na sala. – Mikasa e eu vamos ter uma conversa em particular. 

 



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