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História Não Recite Este Poema! - 0001; Não entre no porão! (ÚNICO)


Escrita por: beatriciee

Notas do Autor


Olá meus caros leitores!

Aqui estou eu novamente para postar mais uma história de terror, 'voi la!

⚠️AVISOS⚠️

A história "Não Recite Este Poema!", que é de minha autoria, contém conteúdo de violência explicita e personagens e descrições que podem ser perturbadoras para algumas pessoas.
Então se você acha que não terá uma boa experiência lendo a esta história, saia. Sua saúde mental em primeiro lugar, fique bem

Se você leu o aviso acima e ainda quer prosseguir lendo:
Tenha uma boa leitura!

Capítulo 1 - 0001; Não entre no porão! (ÚNICO)


Desde o dia em que eu e meus pais nos mudamos para essa casa, eu sempre tive curiosidade de saber o'que tinha naquele sótão. Sempre que olhava para o teto do corredor algo dentro de mim gritava para que eu abrisse aquela portinha e explorasse seu pequeno território. Minha mãe dizia para que eu não entrasse lá, pois podia ter ratos, baratas, aranhas, e ela não queria que bichos peçonhentos tomassem os territórios de sua casa nova, eu obedecia sem pestanejar, mas ainda assim com aquela curiosidade e vontade enorme de entrar lá e ver o'que me aguardava. 

E agora, eu tinha certeza de que devia ter escutado minha mãe e não entrado lá. Desde aquela noite, chuvosa e sombria, em que eu resolvi pegar a escada velha de meu pai e subir até aquele sótão, minha vida tem sido constantemente atormentada. 


Ao entrar naquele pequeno lugarzinho empoeirado e pouco iluminado, dei de cara com uma pequena caixinha, enferrujada, com seu estofado mofado e desgastado, aparentemente mordido por ratos, com uma escrita feita direto na madeira da caixa: 


"NÃO LEIA ESTE POEMA!" 


Dizia em letras apressadas e assimétricas, uma mensagem rápida e sem rodeios que até mesmo uma criança entenderia. Eu entendi o recado, mas ainda sim fiquei com a dúvida: "Qual poema?" 

Abri a caixa. 

Abri rápido e animado, como se fosse a mesma criança de 7 anos, no natal, ao ganhar um presente da avó. Senti a poeira ser arremessada contra o meu rosto, tossi, cocei os olhos, e vi ali um pedaço de papel velho, amarelado e com as pontas rasgadas. Tinha uma escrita bizarra e cheirava à naftalina. Segurei o papel entre meus dedos, sentindo a textura quase que agonizante de poeira e partículas do papel que se desfazia com o tempo, antes que pudesse perceber, eu estava lendo aquele poema em voz alta. 



"Havia um homem torto que andava sem parar…" 


Ri ao ler a primeira frase, era uma música infantil, lembrava-me bem de quando minha mãe a cantava para mim enquanto me dava banho. 

Conforme fui lendo, percebi que era diferente da versão que conhecia, não era como se fosse ruim, mas era estranha. Terminei de ler, olhei para os lados, estava completamente sozinho, guardei o papel e sai dali, me perguntando a razão de não se poder ler aquele poema, no fim, apenas ignorei aquilo. 

Quando já havia me esquecido daquilo, era de madrugada, e tive que ceder ao sono para beber água, era um caminho curto até a cozinha. Meu quarto na ponta, e a cozinha, completamente escura, na outra. 


Assim que coloquei meus pés para fora do quarto senti um sufoco, mas ignorei, andando em passos lentos até a cozinha, sem ligar nenhuma luz, já era acostumado a andar no escuro. Me senti seguido o caminho inteiro, como se tivesse uma sombra, ou, de fato, uma pessoa atrás de mim, acompanhando meus passos, mas novamente ignorei, entrando na cozinha indo até a pia. 

Peguei um copo. 

O enchi de água. 

O levei até os lábios. 

Engoli. 

Coloquei o copo novamente sobre a pia. 

Tudo isso sentindo algo queimando a minha nuca, como se alguém me fulminasse com o olhar, observando atenta e minuciosamente cada batida do meu coração, cada respiração, e cada movimento que eu fazia naquele pequeno espaço. Relutante, respirei fundo, estralei minha mandíbula, e me virei para ir de volta ao meu quarto, mas não consegui dar mais nenhum passo. Meu corpo gelou por inteiro, meus ossos congelaram, minhas mãos tremiam e suavam frio. Era… horrível! 

Uma figura decomposta, magra, alta, velha, torta, de cartola e terno vermelhos, um sorriso apavorante, com dentes pontudos, dedos longos com unhas afiadas, ele parecia estar feliz em me ver tremendo de medo, mesmo não tendo olhos parecia ver a minha alma. Engoli seco, vendo aquela criatura aproximar mais suas mãos de dedos longos se aproximando do meu rosto, eu não conseguia fazer nada além de tremer, já esperava o meu fim, morto e humilhado no meio da cozinha.

… 

Mas aquela criatura misteriosamente sumiu, me deixando trêmulo e desesperado no mesmo lugar, não fiquei mais naquele ambiente nem por um segundo, corri de volta ao meu quarto, trancando a porta, dando voltas e mais voltas na chave, me jogando na cama, rezando a todo santo que o dia chegasse logo. 

Ao amanhecer, olhei para os cantos do quarto, vendo apenas o vazio, nada de criatura mórbida em busca de perfurar meu coração com seus dentes. Suspirei aliviado, passando a mão pelos meus cabelos, com certeza aquilo deve ter sido loucura minha, aquele ser nunca esteve na minha casa. Me levantei e fui até a cozinha, relutante novamente, e encontrei minha mãe, com seus cabelos cacheados curtos, vestido rosa florido, fazendo panquecas alegremente. Nada diferente. Se não tivesse aquela mesma figura atrás dela, raspando suas unhas contra os cachos negros, enquanto me encarava com seu rosto pálido e preso num sorriso falso. 



– Finalmente acordou, Yoongi! — sorriu ela, me olhando, como se não tivesse mais nada ou ninguém além de nós naquela cozinha — Já estou quase terminando, se sente aí. Quer suas panquecas com melado, certo?


– Ann… sim. 



Aquela criatura aproximou-se de mim, parando ao meu lado, sorrindo e sorrindo falsamente, levantando as mãos na direção do meu pescoço. Aquilo durou por dois minutos, mas para mim, foram horas, horas e horas torturantes que pareciam não ter fim. 


– Aqui — colocou as panquecas empilhadas e cobertas de melado na minha frente, acariciando minha cabeça momentaneamente — Pode comer. 


– O-Obrigado… 


– Está doente? Está pálido, parece que viu um fantasma. 


Oh mãe, bem que eu queria que eu estivesse doente.


– Deve ser só fome. 


– Então coma bastante, quero te ver com saúde! 



Ela apertou minha bochecha e saiu. E eu não conseguia nem mover o braço, pois aquela criatura ainda estava ali, me olhando e olhando sem parar, acompanhando com o rosto meu peito subir e descer numa respiração pesada. E na primeira garfada de panqueca que consegui levar até a boca, novamente, aquela criatura sumiu. 



O dia se passou sem nenhuma aparição nova daquele ser. Consegui até mesmo jogar um jogo online com Jungkook, um amigo da outra cidade, sem me preocupar. 

Mas minha alegria durou pouco. 

A noite chegou, e eu me deitei, acreditando que teria, finalmente, uma noite de sono tranquila, quando ouvi uma risada profunda. Olhei para a minha porta, ali estava ele, o ser que me persegue desde ontem. 

Ele se aproximou, rindo alto, quase gargalhando, seus passos estavam mais rápidos do que antes, eu conseguia ouvir o barulho de seus sapatos contra o chão de madeira do meu quarto, seus ossos estralando e sua risada maldosa. Eu não conseguia me mexer, minha respiração estava dificultada, e quando ele parou ao lado do meu rosto, só consegui fechar meus olhos e rezar para que aquilo fosse apenas um pesadelo bobo. 

Porém, definitivamente, não era um pesadelo, e percebi isso quando senti seus dedos longos acariciando meu pescoço, e sua unha afiada começando a perfurar o lado esquerdo da minha pele, se estendendo até o final. Os segundos passavam e a unha pontuda atravessava cada camada de pele, carne e nervos, aquilo doía como o inferno, minhas mãos apertavam o lençol da cama, o sangue quente jorrava ao redor da minha cabeça, formando uma poça. O sangue começou a escorrer pela minha boca e nariz, enquanto a risada daquela criatura ficava mais alta, naquele ritmo, logo minha jugular seria cortada. A medida que minha boca espumava sangue e saliva, eu sentia tristeza por saber que minha vida acabaria ali, sentia raiva por ser tão estúpido e ir atrás daquele sótão mesmo minha mãe me dizendo para não ir, senti desespero, senti dor, e depois, não senti mais nada.












"Nesta manhã, um jovem de 17 anos chamado Min Yoongi, foi encontrado morto em sua casa. Os sinais eram de que sua garganta foi cortada com auxilio de um objeto pontiagudo. Mais nenhuma pista foi deixada no local, e o'que intriga as autoridades foi um papel escrito com o sangue do jovem, nele dizia: 'NÃO RECITE ESTE POEMA!' 

Nossos sentimentos à família do rapaz."



Notas Finais


Chegamos ao fim
Espero que tenha gostado da história, me perdoe qualquer erro, e, ah...




Não olhe para trás.


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