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História Não se esqueça de mim - Nossas memórias


Escrita por: Valentinas1782

Capítulo 13 - Nossas memórias


Fanfic / Fanfiction Não se esqueça de mim - Nossas memórias

Narrado por Werner Schünemann

Acordei cedo e me direcionei ao Real Gabinete de Leitura para gravar algumas cenas da novela. Durante o caminho, todo os meus pensamentos estavam voltados para Eliane. Eu senti, pela primeira vez depois de que nos reencontrarmos, que assim como eu, ela também não está suportando essa distância e todas as ocasiões que nos levam a ficar juntos por apenas alguns momentos. Eliane é muito orgulhosa e sei que é difícil dizer ao namorado que se sente confusa em relação aos sentimentos.

Voltei para a realidade quando estacionei meu carro no local onde a equipe se encontrava e logo de cara encontrei bons colegas para me distrair. Encenamos durante a manhã inteira, eu estava animado, a Marisa é uma excelente colega, criamos uma afinidade e amizade muito grandes desde Haja Coração. Assim como os demais amigos de cena, como o Bruno, ela fazia as coisas aconteceram tranquilamente. Só que ela não era a Eliane e sinto uma falta imensa de não gravar mais com ela. Não precisávamos analisar o texto duas vezes, nem quando ensaiavamos juntos. Tudo com Eliane fluía de forma profunda. Nos entendíamos com apenas um olhar.

Após as gravações de minhas cenas, passei um tempo filmando o local. O ambiente era exuberante e requintado.

- Werner, você não vem? - Bruno perguntou. Alguns atores iam almoçar num restaurante próximo ao Real Gabinete.

- Eu ainda vou demorar mais um pouco, Brunão. Vou conversar com Jayme - expliquei e ele acenou de onde estava.

- Ah não, justo o meu bofe! Vamos com a gente - ri da forma engraçada como Marisa falou. Sempre bem humorada e trazendo leveza ao ambiente e ao set de filmagem.

- Vou trocar duas palavrinhas com Jayme, vocês podem ir. Outro dia marcamos - ela me abraçou de lado e beijei sua bochecha.

- Até amanhã então, meu galã - disse com sua voz grave e sorri.

- Nos vemos amanhã - falei divertido e ela logo seguiu com o resto da turma. Restou apenas o pessoal da produção recolhendo os equipamentos e eu esperava pelo Jayme que acertava os últimos detalhes com os organizadores do local. Aproveitei um momento de brecha e decidi mandar uma mensagem para Eliane. “Gravando muito ou será que consegue sair durante um tempinho pra almoçar comigo?”. Enviei o texto e aguardei. Fiquei alegre quando rapidamente a resposta veio. Mas ao ver logo desanimei. “Já estou num restaurante, Werner. Conversamos em um outro momento”. Pensei na resposta em frações de segundos. “Me espera, em que restaurante você está?”. Enviei. “No Ilha Mar. Eu não posso demorar, Werner. Hoje o dia tá corrido”. Eu conhecia o restaurante,ficava a algumas quadras do Projac. Excelente em gastronomia portuguesa. Eles faziam o melhor na bacalhau do Rio de Janeiro. Eliane me apresentou esse lugar na época da minissérie e sempre que podia eu almoçava por lá depois que retornei ao sudeste. “Eu já estou indo, me espera uns minutinhos, por favor!”. Pedi e me direcionei até onde Jayme estava e o abordei, enquanto a mensagem dela não chegava.

- Nossa conversa precisa ficar para a próxima e hora, Jayme. Tenho que resolver uma coisas no banco e acabei de receber uma ligação do meu gerente - ela assentiu tranquilo.

- Sem problemas, gaúcho. Amanhã eu converso contigo, não era nada sério não - senti o celular vibrar em minha mão.

- Amanhã eu chego mais cedo e a gente se fala - combinei.

- Fechado! - concordou e saí em direção ao estacionamento. Olhei para o celular e vi o recado dela. “Eu estou com um pouco de pressa, acho que não vai dar pra esperar”. Me irritei ao ver os inúmeros foras que ela me dava. Simplesmente encaminhei. “ OK, esquece”. Respirei fundo e mandei. Entrei no carro e bati a porta com certa força, joguei o celular no banco carona e segui para o meu apartamento, até a fome havia passado. Uma hora eu penso que as coisas estão melhores entre nós, mas no fim ela sempre me rejeita. Liguei o som num volume alto e prestei atenção no trânsito. Minha mente estava longe e não escutei meu celular tocar, só me dei conta quando a música chegou ao fim e abaixei o volume do rádio. Quando vi quem era tive que atender mesmo dirigindo, porém o carro logo parou num sinal vermelho e facilitou.

- Oi - atendi sério.

- Por que não respondeu minha última mensagem? - Eliane perguntou com tom de voz doce e calmo, porém apreensivo.

- Estou indo pra casa - não dei a ela a resposta que queria e ditei as palavras de maneira ríspida.

- Eu tô te esperando, vem! - sorri de lado ao ouvir, mas voltei a ficar sério.

- Você não está com pressa? Então, pode almoçar sossegada. Quem sabe outro dia a gente se esbarra por aí - falei tentando não demonstrar fraqueza. A minha louca vontade de estar com ela.

- Não Werner… - suspirou.

- Eu tô com pressa… Quer dizer, eu só não posso demorar muito - disse suave.

- Eu só queria te ver nem que fosse por dois minutos, eu não pretendia tomar muito do seu tempo - falei chateado.

- Então, vem. Eu tô te esperando aqui e vou fazer o pedido - senti meu coração acelerar e sorri bobo.

- Pedi um… - ela me interrompeu.

- Eu lembro. Até daqui a pouco - disse e fiquei feliz quando lembrou do que eu gostava de comer nesse lugar em específico. Aumentei a velocidade do carro e em poucos minutos eu já estava na rua do restaurante. Desci do carro e entrei, o garçom me indicou o local e assim que a viz um arrepio passeou por minha pele. Caminhei em sua direção e quando seus olhos pousaram sobre mim, ela sorriu encabulada, ficando ainda mais linda com a face rubra. Ela se levantou e a abracei gostosamente. Uma de minhas mãos desceu por suas costas e apertei sua cintura, senti seu corpo dar um leve espasmo.

- Oi Werner - disse aos nos apartamos do abraço.

 

Narrado por Eliane Giardini

 

Seu cheiro adentrou minhas narinas e lembrei das muitas tardes que saíamos para almoçar depois das gravações pela manhã, na época de Eterna Magia. Vínhamos com frequência neste restaurante e pelo seu gosto, pedi o famoso Bacalhau à Portuguesa. Ele me ajudou e sentar e depois sentou-se de frente para mim e me encarou.

- Eu pensei que realmente você estava me dispensando por mensagem no celular - disse num tom brincalhão, porém percebi o fundo de verdade.

- Para de bobagem - sorri e balancei a cabeça negativamente. O garçom se aproximou para nos servir a bebidas e assim que o fez, logo se afastou.

- Esse é o vinho que a gente tomava quando vinha aqui - falei com as lembranças fervilhando em minha mentes.

- Você adora esse lugar porque é discreto e porque as mesas são dispostas em pontos estratégicos - concordei com sua fala.

- Humrum - balbuciei ao experimentar a bebida.

- Eu estou com saudades de muitas coisas que a gente fazia - sussurrou as palavras e abaixei na cabeça.

- Você tem saudades? - perguntou e estendeu a mão por cima da mesa esperando que eu retribuisse. Hesitei em responder, mas era difícil com ele olhando tão profundamente para mim. Coloquei minha mão por cima da sua.

- Eu não posso sentir tanta saudade, há sentimentos que a gente aprende a conviver e aos poucos apaga - respondi e vi que no fundo se decepcionou.

- Entendi - olhou pela janela ao nosso lado.

- Todas as vezes que eu penso que estou conseguido me aproximar, você sempre joga um balde de água fria - engoli a seco quando ele falou.

- Werner, eu não quero reviver o passado porque eu fui muito machucada lá. Nem eu consigo entender o porque estamos nos reaproximando - falei baixinho, com meu coração apertado.

- Eliane, até quando vai jogar na minha cara os erros do passado? Isso também me machuca porque eu fico tentando achar uma maneira de me redimir, mas não encontro! - falou angustiado.

- Eu não sei mais o que fazer e o que falar - completou gesticulando. Nossa mesa ficava num lugar discreto e ninguém nos ouvia.

- Eu não quero reviver o passado com você, eu quero começar de novo! - disse confiante.

- Werner... - tentei falar, contudo ele não deixou.

- Não podemos negar o que está acontecendo, e eu tentei, Eliane. Tentei lutar contra isso e respeitar seu espaço, mas não consegui. Eu sei que você gosta do Leonardo, mas eu te amo - sua fala era aflita e um turbilhão de emoções assolava-me naquele momento.

- Desde aquilo que aconteceu com a gente em Gramado nada mais é igual. Deixa eu te mostrar que as coisas podem valer a pena - acariciou o dorso de minha mão.

- Werner, por favor, isso era pra ser um almoço - pedi apertando sua mão.

- Não quero precipitar nada. Eu devo respeito a uma pessoa nesse momento. Entenda! - insisti, mas ele não se deu por vencido.

- Você ainda me ama? - indagou e o encarei respirando profundamente.

- Só me diz isso e acabamos esse assunto aqui. Você ainda me ama, Eliane? - mil pensamentos surgiram para me por contra a parede, mas eu não podia mentir. Olhei nos olhos dele e apenas assenti positiva. Um sorriso bobo surgiu em seus lábios e balancei a cabeça ao rir da situação.

- Tá vendo o que você faz comigo? - perguntei e ele beijou minha mão.

- Não quero bagunçar a sua vida, era só isso o que eu queria ouvir. Você sabe do que eu sinto. O tempo coloca tudo no lugar! - fez gesto de entrelaçar os dedos nos meus e assim que tentei retribuir, ouvi uma voz conhecida atrás de mim.

 

Narrado por Werner Schünemann

 

Percebi a face de Eliane ficar pálida quando ouvimos a voz de Leonardo. Rapidamente afastei minha mão dela e tentei agir naturalmente.

- Coincidência demais em poucos dias não acham? - perguntou e me olhou de um jeito desconfiado. Eliane se levantou e o cumprimentou.

- Léo, que surpresa! O que tá fazendo aqui? - senti sua voz nervosa.

- Você almoça praticamente todos os dias aqui, não posso fazer uma surpresa pra minha namorada? - indagou e deu vários selinhos em sua boca. Desviei o olhar e em seguida levantei para dar oi.

- Claro que pode - disse sem saída.

- É, realmente foi muita coincidência. Não consegui chegar a tempo de almoçar com meus colegas de elenco que estavam aqui e eles foram embora porque precisavam gravar. Então vi Eliane e pensei, porque não almoçar com ela? Minha velha amiga! - Eliane me olhou como seu eu o estivesse provocado. Ele deu um risinho de canto de boca.

- Às vezes esqueço que vocês são amigos de longa data - nos sentamos e infelizmente ele teve que fazer parte do almoço. Ele fez o pedido e os nossos chegaram primeiro. O dele demorou poucos minutos, mas logo foi entregue. Eu tentava ser o mais tranquilo possível, mas o jeito que ele olhava pra ela me deixava com os nervos à flor da pele.

- Engraçado vocês pedirem o mesmo prato - falou com seu ar de nerd.

- É o melhor prato do restaurante. Por que não pedir? - retruquei.

- Eliane e eu estamos planejando uma viagem, Werner - disse convencido.

- Que viagem? - ela perguntou e pelo visto não sabia de nada.

- Eu vi hoje amor, que tal passarmos um feriadão em Buenos Aires? - a olhou e Eliane ficou sem graça. Lembrei do que ela disse sobre a viagem que planejou para nós dois e que nunca fizemos, pois logo fui embora.

- Eu tô no meio das gravações, é impossível agora - foi direita.

- Vamos dar um jeitinho - não me agradei nada no jeito que ele falou. Depois desse momento o almoço transcorreu tranquilamente, começamos a falar de outros assuntos e o clima ficou mais agradável, tirando um pouco do nosso nervosismo.

- Eu adoro o mar, tenho planos de velejar por toda a costa brasileira - ele se interessou quando falei.

- Que bacana, eu fico meio enjoado em barcos. Essa vida não é pra mim não - ri internamente.

- Eu preciso estrear o Petrópolis - assim que falei, Eliane me encarou atônita.

- Esse é o nome do barco? - ele indagou.

- Na verdade é um veleiro, eu comprei há pouco tempo. Vendi um barco a alguns anos porque me trazia muitas lembranças. E Petrópolis é uma homenagem a uma pessoa muito importante pra mim - falei de maneira intensa. Ele ficou curioso.

- Geralmente colocam os nomes das pessoas - ele riu e pensei numa resposta.

- Eu queria, mas não podia. Mas essa pessoa sabe que é pra ela - Eliane me olhou pasma.

- Você não usou o veleiro ainda por que? - ela perguntou, ajeitando uma mecha do cabelo loiro.

- Estou esperando a ocasião certa. Não quero levar mais ninguém antes que esta pessoa o conheça. É um presente meu pra ela - ela tentou esconder o sorriso emocionado. Mas vi ele em seu rosto.

- Vamos? - chamou Léo para irem, pois nós três havíamos terminado de almoçar. Ele assentiu e pagou pelo consumo dela. Paguei pelo meu e nos despedimos. O abracei com tapas nas costas.

- Semana que quem tem jogo do grêmio. Vamos assistir naquele bar que te falei? - convidou.

- Eu combino com você, se eu estiver livre - respondi. Em seguida abracei Eliane.

- Se cuida - toquei sua nuca, disfarçadamente.

- Amo você - sussurrei para que só ela pudesse ouvir. Nos afastamos e antes que ela entrasse no carro, olhou para trás e depois seguiu. Fui em direção ao meu apartamento com o coração mais confiante, apesar dela ter ido com ele. Eu tinha novamente esperanças comigo.

 

Narrado por Eliane Giardini

 

Cheguei em casa totalmente transtornada com o momento que passei com os dois na mesma mesa. No fundo, acabei dizendo ao Werner o que eu não podia. Só que por mais que eu tentasse, não dava pra esconder. Está cada dia mais complicado pra mim. Subi para o meu quarto e tomei um banho para relaxar. Coloquei uma camisola leve e deitei na cama relembrando o almoço e a situação constrangedora, eu percebi pelo tom de voz de Léo, ele não gostou de me ver com Werner e apesar de ser um homem calmo até demais, educado ao extremo, deixou transparecer por uns instantes o incomodo, que graças ao céus, consegui contornar.

Peguei um livro para ler e na metade da segunda página, meu celular tocou. Era o Léo.

- Oi Léo - atendi.

- Oi amor, tá fazendo o que? - perguntou carinhoso

- Vendo TV, na verdade eu estava me preparando pra dormir, mas a Ju não deixa - menti. Eu estava sem sono nenhum e muito menos havia Ju ou a tv ligada.

- Se importa se eu passar aí? - indagou.

- Já tá tarde, Léo. A gente se vê amanhã - expliquei.

- Mas é só um pouco, tô com saudades. Vamos dormir juntinhos hoje - pediu e passei a mão pelo rosto para encontrar uma desculpa.

- Juliana tá aqui Léo, tá me fazendo companhia até eu dormir, amanhã a gente se fala - ouvi seu suspiro do outro lado da linha.

- Tudo bem, amor. Amanhã cedo eu te ligo, OK? - compreendeu.

- OK - fiquei aliviada. Não queria ver ninguém e só minhas dúvidas me faziam companhia.

- Dorme bem. Te amo! - disse ao se despedir.

- Dorme bem também - falei e desliguei em seguida. Passei a noite quase toda em claro, tentando achar as respostas dentro de mim. No dia seguinte, gravei algumas cenas no Projac e me encontrei com Juliana, íamos para a casa da Mari levar alguns presentes que compramos para o Antônio. Ficamos por lá durante a tarde e à noite, retornei para casa. Comecei a ler os textos dos próximos capítulos e lembrei de como era bom passar os textos com Werner. Tudo era leve e eu me sentia a vontade. Lembrei-me de nosso passeios no antigo Rio Grande e depois do que ele disse sobre o veleiro, meu coração ficou muito apertado. Eu entendi o recado, ele apenas esperava por mim. Por que as coisas tem que ser difíceis assim. Me assustei quando o telefone tocou, imediatamente pensei nele e corri pra atender, mas era o Leonardo mais um vez. Ele me ligou algumas vezes no dia de hoje e não atendi, mandei mensagem com uma desculpa de que estava em cena e não podia falar.

- Oi Léo - eu não estava com nenhuma vontade de falar.

- Está fugindo de mim? - perguntou divertido.

- Que isso. Claro que não - respondi sem graça.

- Não me atendeu o dia todo - fez drama.

- Tava corrido, Leonardo - eu não estendia muito o assunto.

- Tô passando aí pra gente sair um pouco - disse animado.

- Tô um pouco cansada, Léo. Cheia de textos pra passar. Gravo amanhã cedo - expliquei.

- Tá tudo bem com você? - se preocupou.

- Tá sim. Por que? - respondi.

- Tô sentindo que você tá um pouco distante de mim. Fiz alguma coisa? - senti minha consciência pesar na hora. Em que situação eu fui me meter? Eu pensava em Werner, mas gostava de Léo. Não queria perder Werner outra vez, mas sabia que Léo era o homem certo pra mim.

- É impressão sua. Você me conhece. É que estou exausta esses dias. Me desculpa! - torci para que ele entendesse.

- Fiquei com medo de perder você. Nunca tivemos cerimônias para ver um ao outro e hoje me vejo pedindo se posso ir na sua casa - fui em direção ao jardim para tomar um ar.

- Que besteria, Léo. Não fala assim. Nós estamos bem - concluí.

- Que bom que estamos - falou num tom apaixonado.

- Amanhã cedo eu te ligo pra gente almoçar juntos - fiz a proposta.

- Ótimo. Amanhã então eu quero te encher de beijos - sorri com sua felicidade.

- Até amanhã, então - me despedi.

- Te amo, Eliane. Você me ama? - senti uma pontada no peito. Demorei alguns segundo para responder.

- Amo - respondi baixinho e me senti culpada por dizer o que no fundo eu não estava sentindo. Assim que desligou, fiquei sem reação por muito tempo.

 

Os dias se passaram depressa e Werner e eu conversavamos muito por mensagens ou por ligação. Porém nossa conversas não eram sobre relacionamento, ele me deixava tranquila e eu podia falar sobre tudo com ele. Até mesmo sobre nossos papéis na tv. Ele me dava dicas e ouvia algumas de minhas falas pelo celular. Nesse período nossa amizade cresceu muito muito mais. E a cada segundo eu ficava mais dividida. Ou eu sigo a razão ou meus sentimentos.

Num fim de semana, onde minha família estava reunida em minha casa, Leonardo estava comigo e fazia de tudo pra me agradar. Estava sentada numa espreguiçadeira à beira da piscina e observada meus sobrinhos, filhos do Paulo, se divertirem dentro da água. Juliana e Mariana batiam papo sobre mães de primeira viagem com minha cunhada num canto da varanda. E eu esperava por Léo que tinha ido buscar um suco para nós. Assim que se aproximou de mim, gelei ao ver o objeto em sua mão.

- Por que você tem um pingente com a letra “w”? - indagou curioso e sentou-se ao meu lado.

- Você não ia buscar o suco? Tava no meu quarto? - o questionei.

- Deixei meu celular em cima da sua cama, fui lá buscar e vi isso em cima do seu criado mudo - disse olhando para o objeto em suas mãos.

- E o suco? - insisti.

- Até esqueci. Vou fazer - tomei o objeto dele.

- Não é um “W” é um “M”. Você tá olhando de cabeça pra baixo e é da Mariana - falei e me levantei.

- Vou levar pra ela - andei o mais rápido possível para o meu quarto. Cheguei ofegante e guardei na caixinha de jóias. Foi o presente que Werner me deu e pelo qual eu tinha grande apreço. Meu coração estava disparado e espero que Léo tenha engolido minha versão. Em seguida desci e aproveitamos o restante do nosso sábado. Quando todos foram embora, Léo ficou comigo, me fazendo companhia.

- Nossa que cheirosa - me abraçou.

- Ai Léo - ri ao sentir seus dedos fazerem cócegas em minha cintura.

- Eu tava morrendo de vontade de ficar a sós com você - disse e foi me empurrando devagar contra o sofá. Me desequilibrei e acabei deitando. Ele deitou sobre mim e acariciou minha face.

- Você é muito linda - deitou a cabeça em meu peito e fiz carinho em seus cabelos, tentando me concentrar nele. Eu precisava me concentrar. Ergueu a cabeça para me olhar e seus lábios tomaram minha boca, o estranho é que eu não conseguia sentir o mesmo que antes. Sua língua pedia passagem, mas era como se eu não pudesse fazer isso.

- Delícia - esfregou seu corpo no meu e subiu as mãos até a barra de minha blusa. A puxou para cima, mas segurei seus braços.

- Espera, Léo! - apartei nossas bocas.

- O que foi? Te machuquei? - perguntou ofegante.

- Não - mal respondi e ele voltou a me beijar. Tentei, mas não consegui impedi-lo de levantar minha blusa e beijar minha barriga por toda a extensão. Num movimento rápido abriu o fecho do meu sutiã na parte da frete e quando senti sua boca a me tocar, o empurrei pelos ombros.

- Não, Léo! Para! - ele me olhou confuso, arrumei meu sutiã e abaixei minha blusa. Levantei do sofá e vi Léo estático, sem reação alguma.

- Qual é o problema, Eliane? Não quer transar com o seu namorado? - perguntou sério.



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