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História Não vivo sem você! - O retorno da víbora


Escrita por: AryanaEstevao

Notas do Autor


Olha elaaaaa!

Capítulo 35 - O retorno da víbora


Fanfic / Fanfiction Não vivo sem você! - O retorno da víbora

    - Márcia?! Onde você esteve? Te procuramos como loucos!

    - Eu estava por aí, viajando pela Europa, não percebeu? - Seu longos fios lisos e cor de mel deram lugar para madeixas curtas e loiras, suas roupas de grife francesa exalavam a luxúria que viveu durante o período no continente - Deveria ter vindo antes, assim que soube do seu romance com a Aurora.

    - Aurora, que Aurora? Márcia, essa é a Lety!

    - Sim, eu sei, reconheceria o rosto da feia a quilômetros de distância, viajei mas não fiquei esquecida. Mas você não contou a ele Letícia?

    - Contar o quê? Lety? - Olhou a noiva que paralisada tentava digerir a situação

    - Não contou mesmo? Que feio Aurora! Escondendo coisas de seu futuro marido? Isso é, se casarem - Debochava

    - Márcia pode por favor me explicar o porquê de estar chamando a Lety de Aurora?!

    - Fernando você é muito burro mesmo hein! Lembra da Aurora? Aquela minha amiga, que estava na cidade e com gosto eu apresentei vocês dois? Na verdade, debaixo daquela farsa de mulher sedutora, estava sua amada Letícia

    - O quê? Márcia pare de inventar coisas por favor!  - Olhou mais uma vez para a noiva que se derramava em lágrimas

    - Não são mentiras! Por que não pergunta a ela. Ela te seduziu...

    - Você que mandou! – Gritou entre lágrimas

    - Tem razão, não nego, meu objetivo era destruir você Fernando, te seduzir, e depois pisar no seu coração, e a sua Lety, foi essencial para minha vingança, cega de decepção por descobrir aquela carta ela aceitou fácil fácil meu plano.

    - Lety... - Segurou em seus braços - Diz para mim que ela está mentindo - Ambos choravam - Diz para mim que ela inventou essa mentira por que não aceitou nosso término...

    - Fernando deixa eu explicar...

    - Não! – Gritou a soltando - Como você pode? - Correu saindo daquele lugar, para longe dela

    - Fernando! - O seguiu - Espera! - Viu quando ele pegou as chaves do carro e correu para alcança-lo - Fernando me deixa explicar - Segurou seu antebraço

    - Explicar o quê Letícia? Que eu fui apenas um brinquedinho nas suas mãos?

    - Fernando não foi assim, eu te amo!

    - Você não me ama, se me amasse não teria feito o que fez comigo!

    - Tenta me entender Fernando... Você fez o mesmo comigo... Aquela carta...

    - Não! Eu joguei a carta no lixo...

    Essa afirmação mexeu nas lembranças de Letícia. Quando Tomás a incentivava a acreditar no amor de Fernando. Que estúpida se sentia, preferiu acreditar na mentira que Márcia inventou, em que Fernando não lhe amava, apenas a seduzia. Quando voltou a si, viu que ele ainda expurgava sua raiva com palavras duras

    - ... Eu desisti daquele plano sujo, impedi que maquiasse o balancete, procurei como um louco trabalho para a Conceitos como uma forma inconsciente de te provar que eu queria ser melhor! Por você!

    - Meu amor me perdoa...

    - Não me chama assim Letícia! Você foi pior que a Márcia, brincou com meus sentimentos, fingiu me amar!

    - Não fingi nada com você, eu te amo de verdade Fernando! Não vê?

    - Não vejo nada... Ou melhor, vejo sim, vejo quem você realmente é por debaixo dessa máscara de boa moça, pelo menos a Márcia, mesmo me machucando, retirou essa venda dos meus olhos

    - Fernando...

    - Amanhã passe na Conceitos para assinar sua demissão

    - Mas Fernando a Conceitos está embargada e...

    - Não se preocupe com isso. Pagarei essa maldita dívida até o mísero centavo, não sou dependente de você. Nem que eu mesmo tenha que ir na porta das empresas oferecer os serviços da Conceitos eu pagarei essa dívida.

    - Não Fernando não vai...

    Ele a olhou pela última vez

    - Maldito o dia que te contratei como minha secretária

    Sem forças correu até seu carro que arrancava a deixando para trás, caindo na vã tentativa de alcança-lo e ali no chão viu se distanciar cada vez mais.

    Em coerência ao momento que viviam o céu descarregou sobre eles toda sua ira.

    As palavras de Letícia para convencer Fernando significavam o mesmo que suas lágrimas naquela chuva.

    Nada.

***

    Depois de chorar debaixo do temporal olhando o caminho que ele tinha seguido, Letícia viu um carro parar ao seu lado: era seus pais. Ela entrou e o carro voltou a se movimentar pelo asfalto molhado.

    Passaram todo o caminho calados, Julieta não se atrevia a falar, aquilo tudo era surpreendentemente estranho e intrigante para ela, e vendo a situação que a filha se encontrava, teve a certeza de que aquele não era o momento certo para fazer as perguntas que pairavam em sua mente.

    Erasmo estava calado digerindo a informação, na verdade, já a tinha processado, mas era decepcionante saber que sua amada filha se prestou a tudo aquilo.

    Ao chegar em casa Leticia passou direto para seu quarto, tomou banho e debaixo da água deixou lágrimas escorrerem. Sentia seus olhos arderem devido ao choro mas seu coração doía por Fernando.

    - Fernando... – Olhou para o anel em seu dedo – Ele me pediu em casamento – Sorriu entre lágrimas – Mas eu estraguei tudo – Voltou a chorar

    “Faz tempo que eu não volto aqui, eu sei, mas eu estava feliz demais para me lembrar que ainda guardava você diário.

    Isso não vai servir de consolo, mas eu preciso compartilhar da minha dor, da minha culpa, do meu arrependimento.

    Escrevo aqui com lágrimas nos olhos, minha estupidez me tirou meu verdadeiro amor.

    Eu errei em não contar, eu errei primeiramente em aceitar a barbárie que a mim foi proposta. Acreditei em um pedaço de papel que talvez não tivesse veracidade alguma, me deixei levar por uma oferta que só feridas me trouxe. Eu fui tola, mentecapta, e agora colho as consequências de uma decisão tomada em um momento de ressentimento.

    Perdi minha felicidade.

    Meu sorriso espontâneo.

    Minhas “borboletas no estômago”.

    Meu motivo de acreditar no mais nobre e singelo sentimento: o amor.

    Ele nunca mais vai querer olhar para mim nem vai querer ouvir minhas irrisórias argumentações...”

    Suspirou pesado e fechando os olhos derramou lágrimas sobre as letras.

    - Fernando... Se um pouco de amor por mim ainda resta em você... Eu só espero que esse pouco não acabe antes que eu lute


Notas Finais


“A desilusão é a visita da verdade” – Chico Xavier


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