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História Narcotic Man - Explosion


Escrita por: Choi-Cherry

Capítulo 21 - Explosion


-Ouvi um tal de Roy se mijando de medo de te encontrar de novo lá no banheiro, aquele que saiu correndo de manhã.

Yoongi pegou o celular e tocou no ícone central, dando play na gravação. A medida que ouvia a voz meio abafada, franzia as sobrancelhas e soltava algumas risadinhas, só não dava para saber se era puro cinismo ou raiva. Namjoon colocou os braços atrás da cabeça, admirando a vista de forma tranquila e suspirou profundamente.

-...Otário.

-Se for fazer alguma coisa é melhor correr, ele já deve estar se arrumando ‘pra fugir.

O dongsaeng avisou e o Hyung imediatamente pegou o próprio celular, com alguns cliques chegou onde queria e esperou uns segundos até alguém atender a sua ligação.

-Encontrei um amigo nosso por aqui, ele me deve uma boa explicação, será que dá para ele ter uma carona ‘pra casa quando chegar em Chicago?

Foi tão sutil a sua forma de falar, mas a mensagem que passou era de dar alguns arrepios. Mesmo que já estivesse andando com ele há algum tempo, o mais novo sabia muito bem que essa ‘carona’ poderia ser algo próximo do inferno.

-Certo, mas eu quero que fique vivo até eu voltar... Ah! ‘Vê se deixa os cães sem comida porque depois o banquete vai ser generoso.

O fim da curta ligação foi esse, depois o baixinho esticou os braços para cima e bocejou.

-Agora eu quero beber, cara, antes que comece a pensar demais.

-‘Cê que manda, Hyung, vou pegar alguma coisa ali rapidinho.

O mais alto quase correu até o bar e pediu dois drinks fortes, mesmo que não estivesse tão afim de beber assim, gostaria de acompanhar o seu chefe. Voltou para o mesmo lugar e estendeu o copo de vidro com um líquido rosa para ele, que pegou e deu o primeiro gole. Fez uma careta na hora.

-Esqueci de avisar que é forte.

-É bom...

Depois do comentário eles ficaram em silêncio, admirando a vasta escuridão que era o encontro do mar com o céu noturno, a brisa gelada vinha de encontro a eles, trazendo o cheiro salgado e deixando sempre uma sensação de tranquilidade. O mais velho, mesmo que tudo ali evitasse o stress, não deixou de pensar no que aconteceu, havia sido traído.

As suposições vinham como um raio na sua cabeça e quando pensava nisso, viu o quão ingênuo havia sido, o sistema complexo de cadeia por hierarquia dentro da máfia criado há gerações não estava ali à toa, a polícia havia chegado tão perto de si de um jeito fácil demais, foi tudo num estouro, de repente, sem mais nem menos. Só que quando havia uma operação desse jeito, tudo já chegava aos seus ouvidos desde o início.

Com as ideias carregadas ele acabou bebendo o próprio drink e o do seu dongsaeng que disse não estar muito afim, pensava no que de mais cruel poderia reservar para o idiota que algum dia pensou que ficaria bem trair assim. Levantou-se e quis andar um pouco na areia branca, procurando relaxar, só que por mais que suspirasse ou tentasse desviar os pensamentos, nada adiantava muito. As bochechas já estavam quentes e rosadas pelo álcool, a garganta pegava fogo, mas o vento gelado acalmava um pouco a sensação.

-Hyung, ‘cê ‘tá legal?

Ouviu Namjoon perguntar e virou o rosto para ele, que vinha do seu lado.

-‘Tô, relaxa.

-Te ouvir falando dos cães antes realmente foi assustador.

O mais alto comentou enquanto o outro riu de maneira leve.

-Eu costumo falar essas coisas, não se acostumou ainda?

-E nem sei se vou.

Dessa vez os dois riram.

-Isso é ‘pra se tocar do que eu posso ser quando quero.

-Prometo que não duvido mais, nem quero morrer.

-E nem tente fazer piadinhas de novo, desculpa desapontar, eu não sou muito afim de homem, sabe.

-É uma pena.

O chefe arregalou os olhos, só estava brincando, então o que diabos ele acabou de ouvir? Virou-se imediatamente para o dongsaeng, mas quando viu ele segurar o riso com todas as forças, o fuzilou só com o olhar.

-Você não disse que não queria morrer?

-Desculpa, foi a última... última vez, Hyung.

Disse entre risos. Suga avançou na frente, maquinando na mente uma maneira de devolver as brincadeiras de que vinha sendo alvo ultimamente. Ele iria pagar por aquilo.

-Mas, sério, diz aí se eu não fui foda dessa vez? Mereço uma recompensa por ter te entregado a cabeça do cara.

-Você só fez isso porque ele te irritou.

-Claro que não! Eu fiz isso por lealdade, e acho que devo ouvir ao menos um ‘obrigado’.

-Você é um cachorro? Está implorando por que?

-Ai, essa doeu.

O mais novo percebeu que as palavras do baixinho podiam mesmo arrebentar qualquer um e a qualquer hora. Porém o fato de ele rir depois disso significava que não passou de brincadeira, mas, que diabos de brincadeira era aquela?

-‘Tá legal, você merece um prêmio.

-Sério? Por essa eu não esperava, o que vai me dar?

Namjoon se empolgou com a ideia e passou um dos braços pelos ombros de Yoongi, olhando em seu rosto com um sorriso enorme. Não podia imaginar que tipo de recompensa ganharia, mas começou a pensar em muitas coisas na hora, talvez uma moto melhor? Um apartamento novo? Outro passeio como aquele?

Porém nada disso veio, a sua recompensa não durou mais do que um segundo e não foi mais do que um toque, quase tão rápido como um piscar de olhos, mas tão chocante como a explosão de uma bomba atômica.

-H-Hyu-ung!

Gaguejou, quase tropeçando nos próprios pés de tão atrapalhado que ficou.

-O que? Foi só um selinho, não é como se fosse um garotinho virgem.

-V-Você disse que não gostava de homens!

Boquiaberto, o traficante viu o chefe se afastar, nunca havia ficado tão surpreso até agora. 


Notas Finais


Olha a explosão (8)
Quem mais aí quer fugir do Yoon, hum? Se eu fosse o Nam já teria desaparecido assim, da face da terra!
Gostaram? Se sim, me digam!
Kissus!


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