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História Naruto: The Arrow - Capítulo 1 - Piloto


Escrita por: Tikie

Notas do Autor


Olá, pessoas que estão lendo isso ( se estiverem aí)

Estou há alguns anos afastado da escrita, mas recentemente decidi voltar, após ver a falta que ela fazia na minha vida.
E que melhor maneira de retornar do que trazendo um crossover um tanto quanto inusitado?
Peço de antemão que perdoem a minha escrita e alguns erros que posso ter deixado passar, estou um pouco enferrujado.
Enfim, é isto, curtam o capítulo.

Capítulo 1 - Capítulo 1 - Piloto


O nome da ilha em que me encontraram, é Lian Yu. Em mandarim, quer dizer purgatório.

Eu fiquei preso aqui por cinco anos. Sonhava com meus resgate em todas as noites escuras e frias.

Por cinco anos eu só tinha um pensamento, um objetivo: Sobreviver...E voltar para casa um dia.

A ilha apresentava muitos perigos, para viver eu tive que me tornar mais do que eu era, forjar a mim mesmo em uma arma.

Eu estou voltando!

Não como um garoto que naufragou, mas como um homem que trará justiça a aqueles que envenenaram minha cidade.

Meu nome...é Naruto Queen.

 

-

 

“Naruto Queen está vivo.” O âncora do jornal falava, a todos que lhe assistiam.” O cidadão de Starling City foi encontrado por pescadores ao norte do mar da China a cinco dias. Cinco anos após ter desaparecido e ser dado como morto em um acidente no mar que levou o Queen’s Gambit. Queen era uma figura muito conhecida, embora estivesse sempre evitando os holofotes, diferente de seu irmão Oliver Queen, que também estava desaparecido. Agora sendo dado oficialmente como morto, juntamente com o pai dos dois, Robert Queen.

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Hospital de Starling City

 

“Vinte por cento do corpo está coberto por cicatrizes. Queimaduras de segundo grau nas costas e braços. O raio x mostra pelo menos 12 fraturas que não calcificaram devidamente.” O médico disse para Moira, que observava seu filho apreensivamente pela porta do quarto de hospital.

 

“Ele disse alguma coisa sobre o que aconteceu?” Ela perguntou, temendo pela sanidade de seu filho.

 

“Não. Ele quase não falou nada.” Ele respondeu, tirando os óculos para encarar melhor a mulher a sua frente.” Moira, é melhor estar preparada: O Naruto que perdeu, pode não ser o mesmo que encontraram.

 

Moira assentiu, temerosa, e caminhou até a porta, dando um suspiro antes de entrar.

 

Parado bem ali a sua frente olhando pela janela estava seu bebê, seu filho amado que perdera cinco anos atrás naquele acidente.

 

“Naruto?” Ela chamou, tentando evitar as lágrimas de descerem.

 

Ele se virou lentamente, fazendo com que Moira o observa-se.

 

Seu cabelo loiro espetado recém cortado ainda estava lá, embora tivesse perdido seu aspecto brilhante. Os três riscos em cada bochecha, assemelhando-se a bigodes também se encontravam ali. Tudo parecia normal em seu filho, com exceção de seus olhos. Antes azuis cristalinos e alegres, agora eram de uma tonalidade azul gélida, como se já tivessem visto todo tipo de dor e sofrimento, além da compreensão. Esse novo aspecto físico assustava Moira, imensamente.

 

“Mãe.” Ele sorriu para ela, timidamente e Moira não conseguiu mais se segurar. Ela o abraçou, deixando que as lágrimas corressem por seus rosto.

“Meu menino lindo.” Beijando-o na bochecha e deixando que as lágrimas saíssem de seus olhos, ela decidiu guardar todas as perguntas que tinha para mais tarde, tanto sobre Oliver quanto Robert. Por hora, tudo o que queria era passar um tempo com seu filho amado, que havia voltado para ela.

 

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“Seu quarto está do jeito que você deixou.” Moira disse ao jovem, que carregava uma mala de madeira verde.” Eu não tive forças de mudar nada.”

 

“Naruto. Que bom que voltou.” Um homem alto, negro e careca o cumprimentou e, ao ver o olhar curioso de Naruto, continuou. ”Sou o Walter. Walter Steele.”

 

“Se lembra do Walter? Era amigo do seu pai na empresa.” Interveio Moira

 

“Sim, eu me lembro. Obrigado, Walter. É bom estar em casa. E agradeço muito a sua consideração em estar aqui por meu retorno. ” Respondeu Naruto, que não pode deixar de levantar uma sobrancelha ao ver o nervosismo de Moira e Walter quando mencionou a presença do homem na residência, mas nada comentou. Observando a mansão e constatando que tudo permanecia como se lembrava, sorriu. Tal sorriso cresceu ao ver uma empregada sorridente junto à lareira.

Dirigindo-se a ela e agarrando suas mãos, ele sorriu.” É bom ver você, Raissa.”

 

“Bem-vindo ao lar, senhor Naruto.” Cumprimentou ela, feliz que ele estava vivo. Então se dirigiu a Moira:” Senhor Merlin ligou, ele que vir jantar.”

 

“Mas que ótima ideia.” Moira disse, mas então percebeu que a atenção de Naruto não estava nela ou em Raissa mais. ” Naruto, ouviu isso?”

 

Ele não respondeu, sua atenção estava focada nos passos que ecoavam sob andar superior da mansão. Parada ali, no alto das escadas estava uma jovem de 17 anos, a quem ele não via a muito tempo: Thea Queen.

Thea era sua irmã mais nova, e eles se adoravam. Cinco anos antes, ela e Naruto eram inseparáveis. Estavam sempre brincando, vendo filmes ou fazendo algo juntos. Praticamente só não estavam grudados quando Naruto saía com Oliver, Sara, Tommy e Laurel ou algum outro amigo mais velho. Ela tinha apenas 12 anos e Naruto não queria ser um mau exemplo.

A amizade e carinho entre os dois era muito forte, rivalizando somente com a amizade entre Naruto e Laurel.

 

“E aí maninha.” Ele cumprimentou, com um sorriso. Ela desceu as escadas rapidamente, tendo lágrimas caindo de seu rosto, e abraçou seu irmão.

 

“Eu sabia. Sabia que estava vivo.” O aperto dela era forte, parecia que estava com medo de que se ela o soltasse, o perderia novamente. E isso era algo que não poderia suportar.” Senti tanto sua falta.”

 

“Pensei em você o tempo todo.” Naruto respondeu, retribuindo o abraço.

 

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Naruto saiu do chuveiro apenas enrolado em uma toalha. Parando diante do espelho, se contemplou.

 

Depois de cinco anos, tudo que já foi familiar agora parece irreconhecível.

O rosto que vejo no espelho, é o de um estranho.

 

Flashback On:

 

O barco balançava violentamente com o vento da tempestade, raios e trovões ecoavam na noite escura e chuvosa. Dentro dele, Robert Queen observava nervosamente o monitor do radar, com seu filho Naruto ao seu lado que parecia distraído. A porta para o convés se abriu ruidosamente, dando espaço para que um membro da tripulação entrasse.

 

“É uma tempestade categoria dois, o capitão recomenda que a gente volte.” Disse ele, abaixando o capuz que lhe protegera da chuva até aquele momento.

 

“Que ótimo! E eu achando que o dia de hoje não poderia piorar.” Murmurou Naruto, deprimido.

 

Robert colocou a mão sobre o ombro do filho, tentando conforta-lo. “Sei que está triste por sua briga com Laurel, Naruto. Mas não se preocupe, você e ela irão se resolver.”

 

“Eu não sei, pai. A maneira como ela me olhou, as coisas que ela disse, o tapa...” Respondeu o Queen mais jovem. Robert colocou as mãos nos ombros de seu filho, e o encarou suavemente.

“Filho, me escute. Laurel estava nervosa e irritada, só isso. Quando voltarmos, ela estará mais calma e você poderá se explicar. Mas por hora, descanse. Pense um pouco e se acalme.” Disse o pai, tentando confortar seu filho.

 

“Estamos com problemas?” A voz de Oliver Queen se fez presente, um sorriso cínico estampado em seu rosto. Ignorando o olhar mortal que seu irmão lhe mandava, ele se aproximou.

 

“Dois de nós estão.” Robert disse descontraidamente, embora estivesse temeroso. Ele sabia que seu filho mais velho havia trago uma acompanhante para o iate, e sabia também quem era a acompanhante. Se Naruto descobrisse, a relação entre os irmãos poderia ser drasticamente danificada, sem chance de reparações.

 

“Olie...Onde fica o abridor de bebidas? ”A voz de uma garota que virava o corredor se fez presente, e Robert amaldiçoou  sua sorte. Ela usava um roupão aberto, deixando a mostra sua roupa íntima e suas belas curvas. Ao ver que Oliver tinha companhia fechou o roupão, sorrindo sem graça. Porém, o sorriso em seu rosto se desfez, quando viu dois olhos azuis intensos lhe encarando. Ela rapidamente voltou pelo caminho que viera, sem dizer mais nada.

 

Naruto estava em choque. Ele sabia que seu irmão era não prestava, mas trazer para o barco, sendo ELA de todas as pessoas, era repugnante. Ele agarrou Oliver pela gola da camisa e o empurrou na parede do iate, fazendo com que este batesse a cabeça e as costas.

 

“Como você ousa? Trazer alguém aqui, ela ainda por cima?” Naruto gritou para Oliver, sua voz irritada ecoando pelo corredor em que se encontravam.” Você já vacilou muito, Oliver. Mas essa foi a gota d’água.”

 

“Naruto, pare com isso agora.” Robert ordenou a seu filho, enquanto Oliver ria da raiva de seu irmão.

 

Naruto contra sua vontade soltou Oliver, que simplesmente ajeitou a camisa. Cerrando os punhos para controlar sua raiva, ameaçou:

“Eu juro que você vai pagar por isso Oliver. Estou indo conversar com Sara agora, e se você sabe o que é bom para você, vai ficar longe dela até retornarmos.” E saiu andando, pelo mesmo caminho que a denominada Sara havia seguido a pouco. Oliver tentou acompanha-lo, mas a mão de Robert o impediu, segurando firmemente seu braço.

 

“Olha filho...Isso não vai acabar bem. Para nenhum de vocês.” Robert aconselhou, frustrado com o ponto em que as coisas haviam chegado.

 

Flashback off

 

Já fazia um tempo em que Naruto estava ali parado, contemplando uma foto sua, com Oliver e Robert ao seu lado. Aquela foto havia sido anos atrás, logo após Thea nascer. Enquanto a observava, não pode deixar de se sentir triste. Pensar em seu pai, e principalmente em seu irmão o deixava cabisbaixo.

 

“O que eu disse a vocês naquele dia? Iates não prestam.” Uma voz masculina familiar ás suas costas chamou a atenção de Naruto, que se virou.

 

“Tommy Merlin.” Os dois se abraçaram. Tommy era o melhor amigo de Oliver e Naruto, desde que os três eram crianças. O loiro não se recordava de um momento em que o jovem Merlyn não estava presente em sua vida.

 

“Senti sua falta, amigo.” Tommy confessou

 

Salão de jantar

 

“Tá bom. O que mais você perdeu?” Tommy questionou enquanto jantavam.” Ganhadores do super bowl: Giants, Steelers, Saints, Packers ,Giants de novo. Um presidente negro, isso é novo. Ah, e em Lost? Tava geral morto, pelo menos eu acho.”

 

Contudo a atenção de Naruto não estava em Tommy, mas sim em Walter, que servia um copo de vinho a Moira. Não precisava ser um gênio para descobrir que havia algo acontecendo entre eles.

 

“Como é que era lá?”Thea perguntou, fazendo com que todos parassem o que faziam para olhá-lo.

 

“Frio.” Naruto respondeu simplesmente, deixando o silêncio no ar.

 

“Amanhã você e eu vamos sair pela cidade. Temos muito o que colocar em dia.” Tommy disse, tentando quebrar o desconforto que havia se instalado na sala

 

“Ah, mas que ótima ideia.” Moira disse, agradecida por Tommy conseguir mudar de assunto.

 

“Que bom, eu queria dar uma passada nos escritório.” Declarou Naruto cruzando os braços, fazendo com que Walter parasse o copo perto dos lábios, antes o retornar à mesa.

 

“Tem bastante tempo pra isso. A corporação Queen não vai a lugar nenhum.” Walter disse. Assim que ele parou de falar Raissa, que trazia uma tigela de frutas, tropeçou. Felizmente sua queda foi impedida por Naruto, que segurou a tigela de frutas com uma mão, e apoiou a outra em seu abdômen.

 

“Perdão, senhor Naruto.” Desculpou-se ela, envergonhada.

 

Net neobkhodimosti bespokoit'sya. (Não se preocupe com isso.)” Respondeu ele, ganhando um olhar chocado de todos.

 

“Cara, você falou russo?” Tommy perguntou, nunca tendo visto em todos esses anos seu amigo falar outra língua além do inglês (embora suspeitasse que Naruto sabia um pouco de Japonês).

 

“Eu não sabia que tinha aprendido russo no colégio.” Walter observou, curioso como todos na mesa.

 

“Assim como eu não sabia que vocês dois estavam casados.” Rebateu Naruto, com suas sobrancelhas arqueadas.

 

“Eu não falei nada...Eu juro.” Thea declarou, após todos os olhares (com exceção de Naruto) virarem em sua direção.

 

“E nem precisou.” Articulou Naruto” Walter lhe serviu vinho, acariciou discretamente sua mão, ambos sentados ao lado um do outro e, por fim, vocês se esqueceram de tirar as alianças.”

 

“Certo...” Moira suspirou, frustrada por ter se esquecido de tirar a aliança e um assustada com a reação que seu filho teria.” Naruto. Walter e eu estamos casados e eu não quero que você pense que qualquer um de nós fez qualquer coisa que desrespeitasse seu pai.”

 

“Acreditávamos que Robert, assim como você e Oliver estavam mortos.” Walter complementou

 

“Com todo respeito, mamãe. Você não tem que me justificar nada.” Naruto disse a ela, enquanto se levantava da cadeira e encarando sua mãe.” Estes cinco anos para mim foram terríveis, sim. Mas eu nem imagino o quão ruim possa ter sido para você e Thea. Você ter encontrado alguém que te conforte e faça feliz depois dessa tragédia me deixa aliviado.”

 

“Obrigada, querido...Você não sabe o quanto isso é importante para mim.” Moira sorriu suavemente, seus olhos marejados. Ela havia se esquecido do quão maduro seu filho Naruto poderia ser.

 

“Agora, se puderem me dar licença, eu gostaria de ir para cama, estou exausto.” Disse o loiro, colocando sua cadeira de volta ao lugar.

 

“Aí, não esquece de mim amanhã, tá?” Tommy alertou assim que Naruto passou por ele, ganhando umas batidinhas no ombro como resposta. Despedindo-se de sua mãe e irmã com um beijo e um aceno de cabeça a Walter, o loiro retirou-se do salão de jantar.

 

Flashback on

 

“O que diabos você acha que está fazendo, Sara?” Perguntou Naruto furiosamente a garota que estava sentada na cama, evitando olhá-lo nos olhos. Sim, ele estava zangado, mas sobretudo confuso. Por que ela faria aquilo com sua própria, irmã? ” Olhe para mim quando eu falar com você.”

 

Mas Sara ainda não olhava para ele. Ela estava envergonhada e, estar sendo repreendida como uma criança que havia feito bagunça não ajudava em nada em aliviar a sensação. Vendo que sua raiva não estava facilitando em nada, muito pelo contrário, Naruto respirou fundo e contou até dez para se acalmar.

“Por que está fazendo isso com Laurel?” Perguntou, seu tom de voz mais baixo e relaxado.” Ela é sua irmã Sara. Você não pensa nos sentimentos dela?”

 

“Pensar nos sentimentos dela? Por que eu deveria? Você já faz isso o tempo todo.” Sara respondeu finalmente, bem baixinho, o cabelo tampando os olhos marejados.” Laurel isso, Laurel aquilo.Com você, é sempre ela, não é?”

 

“O que quer dizer com isso?” Perguntou ele, notavelmente confuso e Sara levantou-se para encará-lo. As lágrimas escorriam de seus olhos bonitos, seu cabelo loiro estava bagunçado devido a ela ficar mexendo nele enquanto estava sendo repreendida, atitude de uma pessoa ansiosa.

“Acorda, Naru! Ela só tem olhos para Oliver. Nunca vai te amar da maneira que você quer.” Explanou Sara agitadamente e Naruto prendeu sua respiração. Era verdade que ele queria bem mais do que amizade com Laurel Lance, mas ele achava que ninguém sabia disso, a não ser sua irmãzinha Thea, que era bem esperta para a idade dela. Ele achava que esse segredo estava bem escondido, até que Oliver de algum modo descobriu e contou a Laurel, causando a briga entre os dois antes do jovem resolver ir no Gambit.

 

“Não fique tão surpreso.” Sara continuou, Naruto nunca a vira tão triste. “A maneira que você a olha, o quanto você quer estar perto dela. Eu sempre soube que você a amava.”

 

“É verdade, tudo bem? Eu amo Laurel. “Admitiu Naruto por fim, fazendo com que mais lágrimas caíssem dos olhos de Sara. “Mas por que isso importa tanto afinal? Como isso afeta a você?”

Antes que Sara pudesse respondeu, a porta da cabine se abriu.

 

“Saia Naruto. Isso não diz respeito a você.” Oliver ordenou fazendo com que Naruto o encarasse. Se um olhar pudesse matar, Oliver neste momento já estaria caído no chão com seu corpo sem vida. Um trovão ressoou lá fora, fazendo com que o barco balançasse, e que os três virassem seu rosto na direção do som.

 

“Esse foi bem perto.” Observou Sara, um olhar assustado em seu rosto.

 

“Sara, a gente vai ficar bem.” Oliver a acalmou.

 

“Não para você, se não sair daqui imediatamente.” Naruto disse, estalando os dedos. Um claro sinal de ameaça. “Sara e eu estamos conversan...”

 

Sua fala foi interrompida por mais um trovão, dessa vez o balanço do barco foi bem forte, jogando os três para a parede do quarto. O barco começava a se inclinar. De repente, o casco se abriu, fazendo com que água entrasse no barco, puxasse Sara. Naruto ofereceu sua mão a ela, tentando ajuda-la.

Sara esticou sua mão, seus olhos presos aos de Naruto. Porém, o barco se inclinou mais e fez com que ela caísse na água azul escura e gelada. Em meio ao barulho da água, e de seus próprios gritos, Sara Lance morria.

 

“Sara!” Naruto berrou, sentindo a água gelada molhando seu corpo e a tristeza de ver sua amiga morrer diante de seus olhos o consumir, antes de perder a consciência.

 

Flashback off

 

Quando Moira decidiu subir ao quarto de seu filho para agradecer a maturidade dele em relação ao seu novo casamento e perguntar como ele estava, ela pensou em muitos cenários possíveis para encontrar seu filho, exceto aquele.

Naruto estava deitado no chão do quarto, em frente à janela aberta. A chuva fria molhava o chão e todo o corpo do rapaz, que tremia. Walter, acompanhara a esposa, suspirou chocado.

 

“Oh, meu Deus!” Moira disse assustada indo em direção à seu filho, no intuito de acordá-lo. Seus mãos empurrando freneticamente seu ombro.” Naruto. Acorda. Naruto.”

 

Os olhos dele se abriram de repente e uma de suas mãos agarrou Moira pela gola da camisa, girando-a e prendendo-a no chão, sua outra mão parada acima do pescoço dela, um golpe de imobilização.

 

“Naruto!” Walter gritou, fazendo com que o loiro recobrasse a consciência e a soltasse, afastando-se rapidamente de ambos.

 

“Eu sinto muito...” Disse Naruto, com remorso em seu olhar.

 

“Está tudo bem, querido.” Moira acalmou-o, aproximando-se devagar do filho.” Você está em casa.”

 

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“Onde você conseguiu isso?” Perguntou Thea sorrindo para Margo, sua melhor amiga da escola.

 

“Roxies. Valeu a prescrição do papai.” Margo respondeu, enquanto usava um cartão de crédito para juntar a droga em cima da mesa. Ato que foi interrompido por uma batida na porta, fazendo com que as duas escondessem o pó com os cadernos.

 

“Naru...” Thea deu um sorriso a seu irmão, temendo que ele descobrisse o que elas estavam fazendo no quarto a pouco.

 

“Ninguém me chama assim a muito tempo Speedy.” Ele sorriu, fazendo com que ela fizesse o movimento de negação com a cabeça.

 

“O pior apelido que existe. ”Afirmou Thea, tentando ignorar Margo, que examinava o corpo definido de seu irmão, não sendo nenhum pouco discreta.

 

“Você vivia me seguindo quando éramos crianças. Acho que combinou muito bem. ”Riu ele antes de olhar para Margo, que mordia o lábio inferior, impressionada. Ele estendeu a mão e se apresentou: ”Me desculpe, onde estão meus modos. Eu sou Naruto.”

 

“Margo.” Ela sorriu e piscou pra ele. Seu sorriso aumentou ainda mais ao perceber o olhar que Thea lhe mandara sutilmente. ”Sabe, quando Thea me disse que tinha um irmão, não disse que ele era tão...maduro.”

 

“Você já não estava indo, Margo?” Perguntou a caçula Queen, cruzando os braços em um sinal claro de desagrado. Sua melhor amiga estava dando em cima de seu irmão na frente dela, isso ela não iria permitir.

 

“Me desculpe por ela.” Thea disse com um sorriso sem graça após Margo sair, despedindo-se de Naruto com uma piscadela.

 

“Eu trouxe isso para minha irmãzinha favorita.” Naruto mostrou a ela um objeto. Era uma pedra com um formato irregular, assemelhando-se a uma ponta de flecha. Inscrições chinesas pequenas rodeavam a rodeavam, com um grande símbolo cravado no meio.

 

“Vai me dizer que você voltou daquela ilha com um souvenir? ”Thea perguntou sorrindo cinicamente, uma de suas sobrancelhas arqueada. Naruto riu e bagunçou o cabelo dela e ela fez um beicinho, assim como fazia quando era pequena.

 

“É um hozen, que no budismo simboliza a reconexão. Guardei ele por esses anos todos, na esperança de me reconectar a você.” Ele explicou, entregando a pedra a ela, fazendo-a sorrir e o abraçar forte.

 

“Uma pedra, que coisa fofa. Eu quero uma daquelas camisas que dizem: Meu amigo naufragou e eu só ganhei essa camisa idiota.” Tommy entrou no quarto, fazendo com Naruto revirasse os olhos e com que Thea sorrisse.

 

“Não deixe ele te meter em problemas, você acabou de chegar. Vai com calma.” Thea aconselhou, soltando-o do abraço.

 

“Vamos lá, a cidade está esperando.” Tommy chamou, ambos saindo do quarto.

 

“Viu como tu irmã ficou uma delícia?” Perguntou Tommy, mas assim que viu o olhar de Naruto, retificou: “Eu não notei!”

 

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“O funeral de vocês foi horrível.” Comentou Tommy. Os dois estavam dentro do carro dele, indo em direção ao centro.

 

“Pegou alguém?” Perguntou o loiro, já sabendo muito bem a resposta.

 

“Sério que tem dúvida?” Riu Tommy, enquanto Naruto ria levemente, fazendo o gesto de desaprovação com a cabeça.” Elas estavam tão tristes, tão carentes. Estou contando com outro tipo de gente na sua festa de “bem vindo de volta.”

 

“Na minha o que?” Perguntou Naruto, com uma sobrancelha levantada.

 

“Sua volta dos mortos, cara. Isso pede uma festa.” Respondeu Tommy, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

 

“Eu não sei Tommy...” Naruto disse receoso. Não é que ele não gostasse de festar, mas com tudo que havia acontecido, ele não sabia se seria uma boa ideia. Para ele, uma festa agora era um desrespeito com Oliver, Sara e com seu pai.

 

“Vamos lá, cara. Você sobreviveu de um naufrágio, e depois cinco anos em uma ilha.” Contra argumentou Tommy.” Oliver iria querer isso, assim como seu pai e Sara. Não se impeça de viver por eles.

 

“Certo...” Suspirou Naruto com pesar ao pensar em seu irmão. Tommy estava certo, Oliver iria querer isso.” Você venceu.”

 

“É disso que estou falando.” Tommy comemorou.” Só me fala onde e quando, que cuido de todo o resto.”

 

O carro parou, fazendo com que Naruto olhasse pela janela. Uma fábrica velha, antiga e mal cuidada se encontrava ali, com o nome “Indústrias Queen”.

 

“Essa cidade está virando um lixo. Seu pai vendeu essa fábrica velha a tempo.” Comentou Tommy, observando os moradores de rua.” Por que você queria passar por essa região?”

 

“Nenhum motivo.” Mentiu o Queen sobrevivente, ele tinha sim um motivo, e era bem importante.

 

“Sentiu mais falta do que? Filés do Palm? Bebidas do The Station? Sexo sem compromisso?” Perguntou Tommy sorrindo para o amigo.

 

“Laurel.” Respondeu Naruto, fazendo com que o sorriso de Tommy sumisse.

 

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Naruto observava calmamente o mural de provas contra Adam Hunt, enquanto esperava Laurel, que vinha conversando com Jô. Ela ainda era tão linda quanto ele se lembrava.

 

“Nós não precisamos sair dos limites da lei...” Laurel começou a dizer.

 

“Para obter justiça. A frase favorita do seu pai.” Jô completou fazendo com que Laurel sorrisse para ela. Olhando para frente, seu olhos se arregalaram com a visão. Após cinco anos, Naruto Queen, seu melhor amigo, estava de volta.

 

“Oi, Laurel.” Cumprimentou ele. O sorriso no resto dela desapareceu.

 

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“Laurel Lance, advogada. Eu sempre soube que você conseguiria, meus parabéns. “Parabenizou Naruto, sorrindo para ela.

 

“Obrigada.” Laurel respondeu com um pouco mais de frieza, e desviou o olhar desgostosa. Ele logo percebeu que algo estava errado.

 

“Então você ainda está brava comigo por causa daquilo?” Perguntou o loiro, desanimado e um tanto desconte. Faziam cinco anos, como ela ainda poderia estar zangada?” Laurel parou de andar e virou-se bruscamente para Naruto. Encarando seus olhos azuis.

 

“Acha que isso é pela briga que tivemos antes de você entrar no Gambit?” Ela perguntou, um olhar de desaprovação em seu rosto.” Não é por isso que estou zangada com você, Naruto.”

 

“Então qual o problema aqui? “Questionou ele.

 

“Por que não me contou, Naru?” Laurel o questionou, um olhar magoado em seu rosto, e ao ver o olhar confuso no rosto dele, continuou.” Por que não me contou que Oliver estava me traindo?”

 

Naruto ficou em silêncio. É verdade que ele sabia sobre a infidelidade do irmão para com a jovem a sua frente. Contudo, ele nunca teve coragem de revelar isso a ela por duas razões. A primeira: Ele sabia que ela não acreditaria nele. A segunda: A última coisa que ele queria era vê-la triste.

 

“Eu não queria te magoar.” Respondeu ele, e a expressão de Laurel se azedou.

 

“Bem, obviamente não funcionou. Minha irmã morreu, Naruto. Ela morreu enquanto transava com meu namorado.” Enfureceu-se ela. Toda raiva, rancor e mágoa que havia guardado  nos últimos se soltara, e estava sendo descarregada toda em cima do jovem Queen.” Você tem tanta culpa nisso quanto Oliver. Enterramos um caixão vazio, porque o corpo dela estava no fundo do Oceano onde vocês a deixaram.”

 

Laurel se sentiu bem ao descarregar suas frustrações, mas esse sentimento sumiu tão rápido quanto veio e ela imediatamente se arrependeu de ter aberto sua boca. Naruto estava sério, já não sorria mais. Seus olhos azuis se tornaram gélidos, fazendo com que ela inconscientemente desse um passo para trás ao vê-los.

 

“Desculpe incomoda-la. Tenha um bom dia, Laurel.” Disse ele antes de virar as costas e sair em direção a Tommy, que o esperava e olhava chocado para Laurel. Não fazia sentido nenhum ela culpar Naruto pelo que houve com Sara, e até mesmo o Merlyn sabia disso.

Dando um último olhar confuso a ela, ele se dispôs a seguir seu amigo.

 

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“Tá bom, já resolvemos isso. Mandou muito bem. Agora vamos compensar o tempo perdido. Se não enjoou de peixe, vamos encontrar algumas modelos “coxudas” para comer em cima delas.” Sugeriu Tommy, tentando desviar a atenção do amigo para outra coisa.

 

De repente, um alto barulho de derrape chamou a atenção de ambos, que olharam para trás. Uma van vinha na direção de ambos, obrigando-os a sair do caminho. Estando agora alerta, Naruto observou dois homens armados com máscaras de caveira saindo do beco e atirarem dardos soníferos nele e em Tommy. Apoiando o braço no porta-malas do carro de seu amigo, Naruto caiu de joelhos e, enquanto perdia a consciência, viu um homem que saía por uma porta ali ser baleado pelos mascarados. E então a inconsciência veio.

 

Flashback On

 

“Bebam garotos.” Robert ofereceu a garrafa de água a Naruto e Oliver, que estavam sentados no bote salva-vidas. Os três estavam à deriva no mar, juntamente com um dos tripulantes.

 

“O que você está fazendo? É toda água que temos!” Questionou o tripulante

 

“Se algum de nós sobreviver tem de ser eles.” Robert disse a ele e então se virou para seus filhos.” Desculpem, eu queria ter tido mais tempo. Não sou o homem que vocês pensam. Não construí nossa cidade, eu falhei com ela. E não fui o único.

 

Naruto e Oliver observaram o pai, confusos com a revelação.

 

 

Flashback of

 

Naruto abriu os olhos assim que o saco de pano foi retirado de sua cabeça. Sua visão rapidamente se acostumou com a luminosidade, podendo distinguir o sequestrador mascarado a sua frente.

 

“Sr.Queen? O seu pai sobreviveu ao acidente?” O homem a sua frente segurava um taser próximo aos olhos do loiro, acionando-o de vez em quando para assusta-lo, porém não surtira efeito. Naruto permaneceu em silêncio e enquanto analisava o ambiente, viu os outros sequestradores observando-o, e Tommy apagado em um canto.

 

“Eu fiz uma pergunta. Me responde.” Ordenou o mascarado, mas continuou sem resposta do jovem herdeiro, que tentava soltar suas mãos presas pela abraçadeira de plástico na cadeira.

 

O sequestrador, irritado com o silêncio de seu refém, colocou o taser em seu peito, no intuito de fazê-lo falar e Naruto rangeu os dentes. A dor da eletricidade correndo por seu corpo não era nada, comparada a outros ferimentos que ele já tivera.

 

O mascarado retirou o taser do peito do loiro, e olhou para seus comparsas. Deu de ombros, e colocou novamente arma de choque nele, e então ordenou:

 

“Responda a pergunta.”

 

Naruto, cujo cabelo tapava os olhos, murmurou algo, antes de encarar o sequestrador.

 

“Ele me contou algo, sim.” Ele disse, seus olhos azuis nunca quebrando o contato com os olhos escondidos do homem mascarado.” Ele contou que eu vou matar vocês.”

 

Suas mãos se soltaram uma da outra e ele se levantou. Utilizando a cadeira estava sentado a pouco, defendeu-se de um soco do homem à sua frente e então quebrou uma lasca de madeira da mesma e esfaqueou outro sequestrador, o qual segurou em frente a seu corpo, fazendo com que as balas do último que restava de pé não o atingissem. Este que quando viu que não surtira efeito, disparou-se a correr.

 

Naruto rapidamente foi até Tommy conferir se ele ainda estava vivo e, ao constatar que sim, começou a correr atrás do último homem, que fugia para o telhado. Desviando-se das balas com movimentos ágeis, ele perseguiu o homem pelo telhado e então, novamente para dentro da fábrica.

  Agarrando uma corrente que ali estava pendurada, o loiro balançou-se e parou em frente ao bandido, agarrando-o pelo pescoço com um enforcamento reverso.

 

“Matou aquele homem!” Naruto acusou.

 

“Você não precisa fazer isso...” Ele disse temendo por sua vida, mas o rapaz não lhe deu atenção.

 

“Preciso sim. Ninguém pode saber meu segredo.” E então ele forçou o pescoço do homem de baixo do braço, fazendo com que ele se quebrasse e que este caísse no chão já sem vida.

 

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“Então essa é sua história? Um homem de capuz verde apareceu e derrubou sozinho três sequestradores armados?” Questionou o Detetive Quentin Lance, descrente:” Mas quem é ele? Por que ele faria isso?”

 

“Não tenho ideia, senhor Lance.” Naruto respondeu. Ele e Lance sempre tiveram uma boa relação devido ao fato de Naruto ser um bom amigo de Sara e o melhor amigo de Laurel. Mas pela maneira que o detetive o encarava agora, Naruto duvidava que ainda estivesse em bons termos com o homem.

 

“Mas e você? Você viu o cara?” Lance perguntou a Tommy, um olhar desconfiado em seu rosto.

 

“Eu só vi...movimentos. Tava tudo borrado, eu tava meio apagado ainda.” Respondeu Tommy, e Lance assentiu, não satisfeito com a resposta.

 

“Está bem.” Ele disse, e então virou-se para Naruto. ”É engraçado não é? Só voltou a um dia e já tem gente tentando te matar. Quanta popularidade.”

 

“Vocês conseguiram identificar os homens?” Moira perguntou, sabendo muito bem o rumo que essa conversa estava tomando.

 

“Identidades falsas, armas não rastreáveis. Eram profissionais. ”O parceiro de Lance, Pike, respondeu, tentando evitar que Lance continuasse deixando seus sentimentos superarem a razão.

 

“É, e acharam que pagariam um resgate de rei para ter seu filho de volta. Um resgate de “Queen”, no caso.” Ironizou Lance, embora seu semblante estivesse melancólico.” Afinal, pais fazem qualquer coisa para manterem seus filhos seguros.”

 

“Senhor Lance, com todo respeito. Desde que chegou a minha casa tem mandado indiretas para mim.” Manifestou Naruto, irritado com a atitude da família Lance para com ele. Sim, ele considerava um pouco culpado pela morte de Sara, mas nem por isso ele deixaria a culpar cair toda sobre si.” Não fui eu quem levou Sara para aquele iate, foi Oliver. Então eu gostaria que parasse de olhar pra mim como se eu fosse culpado por ela não estar viva. Eu apenas tive sorte de sobreviver.”

 

Lance se levantou do sofá e encarou Naruto, um olhar raivoso em seu rosto. Suas mãos tremiam e ele apontava um dedo na cara do loiro. Porém, antes que pudesse dizer algo, Pike o puxou, tentando acalmá-lo.

Naruto por outro lado, levantou-se também. Parando em frente ao detetive, seus olhos eram frios como aço, e seus braços cruzados em frente ao peito. Sua frustração evidente em seu rosto.

 

“Tome cuidado com suas ações, detetive. O senhor está na minha casa e eu não vou tolerar nenhum desrespeito a mim ou a minha família. Então fique na sua, saia daqui e vá fazer o seu trabalho.”

Moira, Thea e Tommy se entreolharam, chocados. Essa postura rígida e fria não era nada parecida com o Naruto Queen que eles conheciam. Era como ver uma pessoa totalmente diferente parada ali.

 

“Se Naruto se lembrar de alguma coisa, ele entra em contato. Muito obrigado, senhores. Por terem vindo.” Walter interveio na conversa finalmente, temendo que algo mais drástico acontecesse.

 

Lance, bufou frustrado e, dando um último olhar a Naruto, ele e Pike saíram, acompanhados por Raissa.

 

“Filho...Você está bem?” Moira perguntou, e Naruto percebeu que todos os encaravam, um pouco assustados.

 

“Está tudo bem, mamãe.” Respondeu ele, suspirando e passando a mão nos cabelos. “Ele pode estar sofrendo o que for, eu não vou deixar que ele ou Laurel joguem a culpa em mim.”

 

Ninguém se dignou a dizer mais nada.

 

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Naruto encarava seriamente a tela de seu monitor, que mostrava uma manchete sobre Adam Hunt. Tirando suas mãos do mouse, ele abriu um pequeno caderno, que estava todo desgastado. O nome de Adam Hunt se encontrava ali, em meio a vários outros.

 

“Sabe, me perguntei quanto tempo levaria até ver você preso a um livro novamente. ” Raissa entrou no quarto sorrindo, carregando uma bandeja com Ramen.

 

“Eu senti sua falta, sabia? “Ele sorriu para ela, enquanto fechava o livro e minimizava a notícia sobre Adam Hunt.

 

“Não tinha cozinha na ilha? “Perguntou ela ironicamente.

 

“Não. Nem amigos também. “Respondeu ele sorrindo, pegando a bandeja de suas mãos e a colocando em cima da cama. “Obrigado.”

 

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“Naruto. Quero que conheça uma pessoa.” Moira chamou assim que viu seu filho sair pela porta da mansão.” John Diggle. Ele vai acompanhar você agora.”

 

“Mamãe, com todo respeito. Eu não preciso de uma babá. “O loiro respondeu enquanto observa analiticamente o guarda-costas que sua mãe havia contratado.

 

“Querida, Naruto é adulto. Se ele acha que não precisa de proteção armada, eu não vejo...”Walter disse, mas foi interrompido por Moira.

 

“É, eu sei, mas isso é algo que eu preciso. “Alegou ela fazendo com que Naruto suspirasse, enquanto Diggle o encarava.

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“E aí? Como é que eu te chamo? “Perguntou Naruto quebrar o silêncio que se instalara no veículo desde que ambos saíram da mansão.

“Diggle está bom. Dig, se quiser. “Respondeu seu novo guarda-costas, apelidado carinhosamente de “Babá” pelo loiro.

“Você foi do exército?” Questionou ele, tentando saber mais sobre as qualificações do homem que sua mãe havia contratado.

 

“Fui, senhor. Paraquedista da tropa de Kandahar, aposentado. Estou no setor privado a mais ou menos quatro anos.” Afirmou Diggle, fazendo com que Naruto desse um assobio impressionada. E então, uma ideia perversa passou pela mente do jovem bilionário.

Dig, que não havia recebido mais nenhum comentário de seu cliente, continuou a falar. “Eu não quero que confusão, senhor Queen. Minha função de mantê-lo seguro ignora totalmente seu conforto, estamos de acordo?”

Sua pergunta foi recebida com silêncio, e fez com que ele virasse a cabeça para trás. Ali, onde Naruto Queen se encontrava segundos antes, estava um assento vazio.

 

 

 

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Após abandonar Diggle saindo do carro em movimento sendo imperceptível, um Naruto rindo divertidamente dirigiu-se a fábrica velha de sua família nos Glades. Estava na hora de pôr a mão na massa.

 

O sequestro foi inesperado, me forçou a acelerar meus planos. Mas o que eu disse a polícia era verdade: O homem de capuz verde estava lá naquele galpão, e ele só estava começando.

 

Com uma marreta, ele começou a quebrar o chão da fábrica. Todo vigilante precisava de um esconderijo, afinal.

 

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Após uma seção de treinamentos físicos puxados, Naruto decidiu que era hora de treinar outra coisa. Agachando-se e puxando o baú verde que ele trouxera da ilha, colocou-o em cima da mesa. Abrindo-o vagarosamente, tirou de lá de dentro o arco que Tália lhe dera.

Com uma aljava cheia de flechas presa as costas, o loiro jogou dezenas de bolas de tênis a sua frente, que foram quicando em direção a parede.

Uma por uma, essas bolas eram atingidas rapidamente pelas flechas verdes, ficando presas. A mira do jovem Queen ainda era impecável.

 

“A ação diz que Hunt cometeu várias fraudes e roubos contra os desprivilegiados da cidade.” Naruto escutava o repórter dizer, enquanto observava caderno pequeno e velho.” A advogado da promotoria, Laurel Lance...”

 

Adam Hunt. Os crimes dele vão além de fraude e roubo. Ele conseguiu ameaçar, subornar ou matar qualquer um que entrasse no seu caminho. Ele ainda não me conheceu!

 

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“Lembre ao Grell que eu o coloquei onde está e posso tirá-lo. Faça dele um exemplo para os outros.” Adam Hunt ordenou veemente a um de seus capangas, enquanto dirigia-se ao seu carro no estacionamento.” E quanto a essa advogada Laurel Lance? Você disse que ela não seria mais um problema. Eu mandei você resolver a situação. Por que ainda está aqui?

 

Um barulho agudo cortou o ar, e a lâmpada do estacionamento estourou, dando a entender que fora atingida por um projétil, deixando o local mergulhado na escuridão. Após isso, o barulho veio novamente, e dessa vez um dos guarda-costas foi atingido no peito, fazendo com que este caísse no chão, e que o outro ordenasse a Hunt que entrasse no carro.

 

O segundo guarda-costas sacou sua pistola, e começou a atirar no teto, embora não tivesse de ideia de quem ou o que queria acertar.

 

“Aí, você errou.” O som de uma voz grossa, quase demoníaca, chegou até os ouvidos do homem, causando lhe um frio na espinha.

 

Adam Hunt não sabia o que fazer quando a janela do carro foi quebrada repentinamente, logo após os gritos de seu último segurança cessarem. Ele sentiu uma mão o agarrando pela gola, e sendo arremessado pra fora do carro.

Ali, parado em cima do veículo, com um arco e flecha apontado para sua cara, se encontrava um homem encapuzado, todo de verde.

 

“O que é isso?” Perguntou Hunt. Todo o seu corpo tremia diante a figura encapuzada.” Fala. Fala o que você quer.”

 

O arqueiro pulou de cima do carro, e parou a sua frente, levantando-o pela gola. Hunt fraquejou mais uma vez, encarando a figura misteriosa frente a frente. Seus olhos eram vermelhos-sangue, uma tonalidade tão forte que você só encontraria nas profundezas do inferno. E, pela primeira vez em anos, Hunt temeu por sua vida.

 

“Você irá transferir quarenta milhões de dólares para a conta 1-1-4-1 do banco de Starling City até as 22:00 de amanhã.” A voz demoníaca fez com que Hunt paralisasse, um frio inquietante subindo por todo seu corpo.

 

“Ou o que?” Questionou Hunt, uma pequena centelha de coragem se acendendo.

 

“Ou eu arrancar bem mais do que dinheiro de você.” Respondeu a figura misteriosa sombriamente, retirando-se do local.

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Naruto desceu vagarosamente as escadas, abotoando o terno caro.

Após uma viagem de carro em que Dig viera o vigiando no banco traseiro, o loiro chegou ao local da festa. A música alta e os gritos histéricos incomodavam seus ouvidos sensíveis, porém ele tentava ignorar enquanto descia as escadas.

Checando seu celular, constatou que já eram 21:07 da noite.

 

Tommy sorriu ao ver que seu amigo havia chegado, e foi em direção ao mesmo.

 

“Aí pessoal! Esse é o cara!” Gritou ele eufórico, fazendo com que o salão cheio de gente comemorasse com urras e vivas. “Meninas, deem uma recepção calorosa para ele.”

 

Algumas das garotas agarraram os braços de Naruto, acompanhando-o até uma mesa no meio do recinto, enquanto ‘We are the champions’ tocava. Subindo no móvel, ele tomou o shot de bebida o qual Tommy lhe entregara.

 

“Senti falta da tequila.” Gritou Naruto, fazendo com que os convidados gritassem em euforia.” Passei cinco anos longe da civilização, então vamos curtir!”

 

Ignorando os novos gritos de aprovação, o herdeiro da família Queen desceu do palanque, constatando que Diggle o vigiava o tempo todo.

 

“Ele também limpa seu traseiro?” Zombou Tommy.” Então, pelas minhas contas você não dá uma “trepadinha” a 1839 dias. Como seu amigo, recomendo fortemente a Carmem Golden.”

 

Tommy apontou para três garotas que dançavam em cima de uma mesa, fazendo com que Naruto perguntasse:” Qual delas?”

 

“A que parece a garota de Crepúsculo” Respondeu o Merlyn

 

“O que é Crepúsculo?” Indagou Naruto, sua sobrancelha arqueada.

 

“Sua felicidade não depende de saber isso.” Afirmou Tommy

 

Naruto riu levemente após o comentário do amigo, contudo sua atenção foi desviada imediatamente para Thea, que acompanhada de suas amigas, recebia um pequeno pacote de um traficante.

Dizendo a seu amigo que já voltava, o loiro rapidamente se dirigiu ao fornecedor de drogas e agarrou seu pulso, fazendo com que o pacote caísse no chão, e com que Thea e suas amigas se assustassem.

 

“Naruto!” Exclamou Thea surpresa com a aparição repentina de seu irmão.

 

Naruto mostrou-lhe a palma da mão, silenciando-a.O traficante contorcia-se e gemia em função da dor que Naruto Queen lhe causava.

 

“Vou te dar algumas opções.” Sua voz era baixa, porém ameaçadora.” Eu chamo a polícia, e digo que estava tentando fornecer drogas a menores de idade. Opção dois: Eu te levo para os fundos e espanco você tão forte que nunca vai voltar a andar. Ou, você sai imediatamente daqui e nunca mais forneça nada para a minha irmãzinha. O que vai ser?”

 

O traficante deu outro grunhido e tentou tirar sua mão. Naruto, entendendo que o homem havia escolhido a terceira opção, o soltou. Este que prontamente saiu correndo do local.

 

“O que você acha que está fazendo?” Questionou Naruto a Thea, os braços cruzados sobre o peito, explicitamente descontente.

 

“Não é evidente?” Thea sorriu, embora estivesse irritada que seu irmão havia jogada fora sua droga.” Naru, eu te amo. Mas não pode voltar assim e me julgar, principalmente por eu ser igual ao Olie.

 

“Igual ao Oliver? É isso mesmo? Bem, e onde ele está agora?” Naruto disse sem rodeios, suas palavras atingindo Thea como uma flecha no peito.

 

Vendo que suas palavras surtiram efeito, ele continuou.” Ouça, maninha. Oliver fez escolhas terríveis da vida dele. Ele magoou pessoas e eventualmente acabou magoando a si mesmo também. Eu não vou deixar você repetir esse mesmo erro. Eu sei que as coisas não foram fáceis para você enquanto eu tava...morto, e essa provavelmente foi a forma que você encontrou para lidar com isso, mas esse seu novo estilo de vida acaba agora.”

 

Thea pensou em questionar, mas então hesitou. Naruto era seu irmão querido, ela o adorava desde criança, e ele sempre foi muito responsável. A reação dele não tinha nada de anormal. A jovem se lembrava das diversas vezes que o vira repreendendo Oliver e Tommy pelo estilo de vida irresponsável dos dois.

Vendo que sua irmãzinha estava confusa, ele se inclinou e beijou-a no rosto, fazendo com que ela ficasse corada. Ele então levou os lábios até o ouvido dela e sussurrou: “Eu sempre vou cuidar de você, maninha. Não importa se você queira que eu me intrometa ou não, eu estarei lá sempre para impedir você. Eu vou deixar que fique na festa, mas pense bem no que vai fazer aqui dentro. Estarei por perto.”

Deixando-a ali parada, conflituosa, Naruto deu um sinal a Diggle para que ficasse de olho nela e nas amigas. A princípio o guarda-costas pareceu receoso, mas o loiro deu lhe um olhar descrente e apontou para as diversas mulheres bonitas da festa.

A mensagem era clara: “Por Deus, homem. Onde mais eu iria?”

No fim, Dig não teve outra opção senão vigiar Thea e o loiro, como uma consciência mais tranquila, decidiu se distrair conversando com algumas das moças na festa, até que o tempo limite de Hunt acabasse. Porém, em meio a sua caminhada para falar com a tal Carmen Golden que Tommy lhe recomendara, ele acabou trombando com Laurel.

 “Você aqui?” Questionou ele. Ainda estava zangado com o que ela lhe dissera da última vez que haviam se encontrado, contudo não podia deixar de se sentir intrigado com a presença dela ali, pois se ele bem se lembrava, ela meio que o odiava.

 

“Temos uma história grande demais pra terminar desse jeito. Melhores amigos para sempre, lembra? Respondeu ela, mostrando-se desconfortável com a situação.” Tem algum lugar tranquilo pra gente conversar?”

 

Assentindo, Naruto levou-a até um local onde o barulho não chegava, e a questionou.

 

“Então? O que está fazendo aqui? Se me lembro bem, você meio que me odiava.” Ele se mostrava sério, braços cruzados sobre o peito.

 

“Não, nunca! Você entendeu errado!” Ela exasperou-se, fazendo com que ele levanta-se uma sobrancelha, cético. Respirando fundo e se acalmando, Laurel tentou se explicar. “ Eu jamais poderia te odiar, Naru. Você é meu melhor amigo, sempre foi. Eu errei em dizer aquelas coisas para você, me desculpe! Mas tente me entender também, por favor. Você sabia que Oliver me traía e não me contou.

 

“Você acreditaria em mim?” Questionou ele, e Laurel vacilou. Ela acreditaria? Sempre fora ingênua quando se tratava de Oliver, então não seria uma surpresa se não acreditasse, mesmo que fosse seu melhor amigo que lhe contasse.

 

Naruto vendo que a deixara em dúvida, continuou.” Não há um dia em que eu não pense em Sara. E mesmo que eu não tenha sido responsável por ela estar naquele barco, carrego comigo essa culpa todos os dias.”

 

“Eu também penso nela todos os dias.” Laurel deu um sorriso triste, e então perguntou hesitante.” Então, como ficamos?”

Naruto respirou fundo, esfregando sua têmpora. Enquanto ele ainda estava zangado pela maneira com a qual ela o havia tratado assim que voltou, ele não podia também deixar de entender o lado dela. Oliver e Sara haviam a magoado bastante, e então morreram. Sem possibilidade de desfecho para os três.

“Vamos fingir que nada aconteceu.” Disse Naruto, fazendo com que ela abrisse um sorriso para ele, e o abraçasse.

“Obrigado. Sei que você provavelmente ainda está chateado comigo, mas prometo que te compenso depois.” Agradeceu ela, e então sua expressão ficou um pouco mais séria. “Sobre o que houve com você naquela ilha, se quiser conversar com alguém...”

 

“Eu sei que posso contar com você.” Ele a interrompeu.” Mas não estou pronto pra falar sobre isso. Não ainda.”

 

Então seu celular apitou. Constatando que eram 10:00 da noite, e que a conta do banco continuava vazia, viu ele que tinha trabalho a fazer.

 

“Algum problema?” Perguntou Laurel

 

“Só alguns assuntos urgentes pra resolver, mas nos vemos em breve.” Respondeu Naruto, e despedindo-se dela com um beijo na bochecha, saiu.

 

Era hora do vigilante fazer uma segunda visita a Adam Hunt.

 

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“Vocês dois vigiem o elevador. Direita e esquerda. Fiquem nos cantos e alertas.” O novo chefe de segurança de Hunt ordenava aos guardas contratados.

 

Entrando no escritório de Adam, ele fechou a porta e em seguida ativou o alarme.

 

“São 22:03. Ele nunca vai entrar aqui.” Disse a seu chefe, que em silêncio contemplava a festa que acontecia no prédio em frente, sem nem ao menos se dar conta de que uma flecha acabara de ser atirada bem ao lado de sua janela.

 

De repente, do lado de fora do escritório, as luzes se apagaram, alertando os guardas. O barulho do elevador foi ouvido, e logo que as portas se abriram uma flecha saiu de dentro, atingindo um deles bem no meio do peito.

 

E então o homem de capuz apareceu!

 

Com exímia maestria, ele golpeou o rosto do guarda a esquerda do elevador utilizando seu arco, desferindo logo em seguida um golpe na perna do guarda a direita. Fazendo acrobacias, ele desviava dos tiros deferidos contra si, e eliminava os guardas do cômodo. Agarrando o último ali, empurrou-o fazendo atravessar a porta de vidro do escritório de Hunt.

 

O guarda foi baleado por seus companheiros, e essa era a brecha que o encapuzado precisava. Ele adentrou o local, e atirou outra flecha, atingindo o penúltimo segurança. O último tentou detê-lo, mas falhou miseravelmente.

 

“Deveria ter me ouvido...” Com uma flecha tensionada no Arco, o homem de capuz disse. Contudo, o chefe da segurança de Hunt atacou antes que qualquer coisa pudesse ser feita.

 

Ele e o arqueiro trocavam golpes fortes, enquanto Hunt fugia alertando a polícia pelo telefone.

 

“Todas as unidades, avançar!” Quentin Lance ordenou, após ser avisado pelo empresário corrupto.

 

Ao ver a polícia adentrar o prédio, o encapuzado rapidamente imobilizou o inimigo e o desmaiou com uma pancada no pescoço. Correndo em direção as janelas, ele pulou e deslizou pelo cabo preso ao prédio do outro lado da rua.

 

Quando Quentin e seu Parceiro chegaram até a janela, o arqueiro já estava quase no estacionamento do outro prédio.

 

“Você está vendo isso?” Perguntou ele a Lance, ganhando apenas um “Vamos pegá-lo!” como resposta.

 

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“Polícia de Starling! A festa acabou.” Lance anunciou, cortando a música e o barulho abruptamente. E então viu Tommy ali parado. “Senhor Merlyn. Imagine minha surpresa em encontra-lo aqui. Embebedou alguém em especial hoje?”

“Detetive Lance. Algum problema?” Perguntou Naruto relaxado, uma expressão irritada no rosto. “A festa é particular, então por favor peça a suas esquipes para se retirarem.”

“Houve um incidente hoje no prédio de Adam Hunt. Sabe algo sobre isso?” Perguntou Quentin, descontente.

“Quem é Adam Hunt? Estive fora por cinco anos, ou você se esqueceu?” Perguntou o jovem Queen, a expressão zangada nunca deixando seu rosto. Ele poderia ter perdoado Laurel, mas não quer dizer que baixaria a cabeça para Quentin.

“É um milionário oportunista, não sei como não são amigos.” O detetive respondeu, irritado pela atitude petulante do loiro. “Ele acabou de ser atacado pelo cara de capuz, o mesmo que salvou vocês dois.”

“Ah...Ele. Lamento, mas se alguém vestido daquele jeito estivesse por aqui, qualquer um de nós teria visto.” Respondeu Naruto, enquanto encarava Lance. “Como ninguém viu nenhum estranho encapuzado, acho que está tudo limpo aqui. Agora saia.

“Você e aquele merda do seu irmão ao menos tentaram salvá-la? Tentaram salvar minha filha?” Quentin perguntou irritado, sua tentativa de afrontar Naruto sendo apenas impedida por Pike, que o segurava.

“Já chega, parceiro.” Pike afastou o detetive de Naruto. “Sara não iria querer isso. Fica calmo e vamos embora.”

Respirando fundo, o loiro dirigiu-se a passarela no meio do salão.

“Tá muito quieto aqui.” Gritou ele. “Isso é uma festa.”

Em meio a gritos eufóricos de concordância, a música recomeçou a tocar e as pessoas a dançar.

“Que coincidência. Você pediu para fazermos a festa aqui e o Hunt foi roubado do outro lado da rua, e pelo mesmo cara que nos salvou.” Questionou Tommy, sua sobrancelha arqueada para o loiro.

“Sabe Tommy...Se eu fosse você não ficaria pensando muito nisso, apenas agradeceria por estar vivo.” Naruto disse seriamente, mas sua atenção estava em outra coisa. Alguém estava o vigiando, e não era Diggle.

“O que aconteceu com você naquela ilha?” Perguntou o Merlyn curioso e preocupado com seu amigo.

“Muita coisa. Mas isso não é assunto para agora. Relaxe e curta.” Respondeu Naruto. Dando um tapinha amigável nas costas de seu amigo, ele andou para o bar. Sentido a pessoa que o encarava a pouco atrás de si, ele se virou para confronta-la.

A moça morena que Tommy lhe mostrara mais cedo aproximou-se, suas mãos acariciando os braços musculosos, e um sorriso atrevido em seu rosto.

“Oi.” Ela cumprimentou, fazendo com que o Queen sorrisse maliciosamente. Ele podia se divertir após uma noite de trabalho.

 

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“Mas do que é que você está falando? Quarenta milhões de dólares não somem assim do nada!” Adam Hunt gritou furiosamente com seu funcionário pelo telefone. “Não rastreável? São quarenta milhões de dólares. Encontre!”

Sentando se em sua cadeira estando nervoso e frustrado, Hunt só poderia se questionar como o encapuzado havia tido acesso a suas contas e roubado o dinheiro. O que ele nunca viu foi um pequeno dispositivo eletrônico preso a sua parede, com uma luz verde piscando. 

 

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Observando o dinheiro ser transferido para a conta das várias pessoas prejudicadas por Hunt, Naruto suspirou. Ele sabia que seu trabalho estava só começando. Abriu então a gaveta da escrivaninha, e tirou de lá uma foto. Era ele, cinco anos mais novo, junto de Oliver e Robert.

Flashback On

O bote continuava a deriva, e Naruto já não sabia quanto tempo fazia. A última expressão no rosto de Sara, a de medo, continuava gravada em sua cabeça.

“Não tem o suficiente para todos nós...” Robert murmurou, e Naruto abriu os olhos para olhá-lo.

“Poupe forças, pai.” Oliver disse ao seu lado, parecia estar quase desmaiando.

“Vão para casa, façam o certo. Corrijam meus erros. Mas vocês devem sobreviver primeiro.” O patriarca da família Queen disse baixinho, não querendo acordar o tripulante à deriva com eles no barco. Naruto ainda o observava sem entender. “Ollie, Naru...Estão me ouvindo?”

“Descanse, Pai.” Oliver respondeu e fechou os olhos, gesto imitado por Naruto. Talvez seu pai estivesse apenas sofrendo de estresse por todas as recentes situações.

Robert vendo que suas palavras não surtiram o efeito que queria, respirou fundo e fez sua última decisão. Beijando o topo da cabeça de ambos os seus filhos, murmurou um simples “Não.” e tirou de dentro do colete uma pistola.

O barulho do tiro ecoou pelo oceano fazendo com que tanto Naruto quanto Oliver acordassem assustados e pulando para longe do pai. O tripulante do Queen’s Gambit já não se encontrava mais sentado a borda do bote, pelo contrário, seu corpo já havia afundado na água azul escura.

“Pai!” Exclamou Naruto em choque. Seu pai havia acabado de atirar em um homem na frente dos dois.

“Sobrevivam!” Robert disse apontando a arma para a própria cabeça e então puxou o gatilho.

“Não!” Ambos os jovens gritaram.

Flashback Off

Tentando tirar os pensamentos ruins de sua cabeça, Naruto decidiu voltar para a cama, onde Carmen Golden se encontrava dormindo. Admirando sua forma nua, Naruto deitou-se novamente.

Sentindo o peso ao seu lado na cama aumentar, a jovem abriu os olhos e sorriu ao constatar o que a acordara.

Sentando-se no colo do jovem loiro, ela o beijou, suas línguas lutando por espaço na boca um do outro.

“Saideira. “ Disse ela marotamente.

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Após descobrir que seus clientes contra Adam Hunt haviam recebido o dinheiro de volta em suas contas, Laurel ficou extremamente confusa, mas satisfeita. Arrumando suas coisas para sair, descobriu que Tommy a esperava.

“Saiu rápido da festa ontem.” Observou o herdeiro Merlyn, enquanto acompanhava Laurel pelo beco onde ele havia estacionado. “Mesmo depois de eu ter abastecido o bar com Pinot Noir.”

“Não curto aquele ambiente.” Respondeu Laurel sorrindo para ele.

“Achei que você e Naruto tivessem brigado outra vez. Vi ambos saindo.” Disse ele, jogando verde para tentar descobrir onde ela e seu amigo haviam ido.

“Não. Nós fizemos as pazes, ele não teve culpa do que houve.” Ela respondeu, lembrando de do olhar gélido que Naruto lhe dera aquela dia. Ainda a assustava.

“Entendo. Acha que ele ainda é afim de você?” Perguntou Tommy, temoroso com a resposta.

Naruto e Laurel foram próximos desde que eles se conheceram, e não era segredo para ninguém a paixão do loiro pela jovem. A única que realmente não parecia saber disso era a própria Laurel, que era cegamente apaixonada por Oliver. Porém, agora com Oliver morto, talvez ela decidisse corresponder aos sentimentos de Naruto, e essa possibilidade realmente assustava Tommy.

“Eu não sei...” Ela respondeu, um pouco intrigada. “Mas depois de nossa briga, não acho que isso seja possível.”

Quando descobriu sobre a paixão de seu melhor amigo por ela, Laurel não teve tempo para pensar sobre como se sentia sobre isso. Estava zangada pois, enquanto Oliver lhe revelava isso, ela cuidava de um corte acima do olho de seu namorado, causado por um soco cujo agressor era Naruto. Deduzindo então que o soco fora causado por ciúmes ela o procurou e ambos brigaram feio. A briga fez com que Naruto de última hora decidisse ir para o Queen’s Gambit, que naufragou.

Ela nunca esqueceria o tapa que havia dado nele e o quão magoado ele parecia.

“Ah, que isso.” Tommy tentou consolar Laurel ao ver que ela havia ficado meio cabisbaixa.” Estamos falando de Naruto Queen, ele não guarda rancor de ninguém.

E isso era verdade. Naruto há cinco anos atrás era um rapaz doce, que nunca guardava rancor e estava sempre sorrindo. Mas Laurel já não tinha mais tanta certeza se o novo Naruto era assim. Quando eles se encontraram pela primeira vez, ela viu o olhar dele. Não parecia em nada com seu amigo sorridente. E pela primeira vez desde que Naruto tinha retornado, ela se perguntou o quanto aquela ilha poderia tê-lo mudado.

“Sabe...É engraçado.” Tommy começou novamente. “Antes o que impedia vocês de ficarem juntos era o Oliver, agora somos nós.”

“Eu não nos definiria como nós, Tommy.” Respondeu ela sorrindo

“Ah é, então como você nos definiria?” Perguntou ele interessado.

“Somos um...lapso.” Disse a advogada, irônica.

“Foram vários lapsos. Na sua casa, na minha casa, na minha casa outra vez.” Riu Tommy.

“Para Merlyn.” Ela sorriu e cruzou os braços sobre o peito. “A gente sabe que você não é homem de uma mulher só.”

“Depende da mulher” Respondeu ele, e ambos sorriram um para outro.

Eles estavam tão absortos em sua conversa que nunca perceberam que ali, em cima da escadaria de incêndio, uma figura encapuzada os observava.

 

Ela pensa que a Ilha me mudou...Mas não tem ideia do quanto. Existem muito mais nomes na lista, daqueles que mandam na minha cidade através da intimidação e do medo. Cada um deles vai desejar que eu tivesse morrido naquela ilha.


Notas Finais


Bem, este é o capítulo que vem sendo escrito e re-escrito por mim a um certo tempo. Finalmente decidi postá-lo.

Se você chegou até aqui reparou que deixei algumas cenas de fora. Tentei ao meu máximo não fazer isso e manter a essência pelo menos do episódio 1 da série, mas como Naruto e Oliver são pessoas diferentes, algumas cenas não teve jeito mesmo.

Deixe seu comentário sobre o que achou, o que gostou, o que não gostou para eu ter uma ideia do feedback para esta fanfic.

Até logo!


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