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História Nas Profundezas do Desespero - Sobrevivendo - Instinto de sobrevivência


Escrita por: WilkensOficial

Notas do Autor


Voltei! Espero que gostem deste capítulo.... <3

Capítulo 10 - Instinto de sobrevivência


Capítulo Nove: Instinto de sobrevivência
[Jonas, o Golfinho]

 

- Me diga Jonas, porque a música? – perguntava Naomi ao mesmo tempo em que apalpava meu membro – Você é bonito, bom de cama… poderia ganhar a vida de formas mais fáceis.

Suspirei sentindo meu coração chorar.

- Eu tenho uma irmã mais nova. Fomos abandonados pela nossa mãe e nos separamos há alguns anos. Não sei onde nem como ela está agora, mas sei que foi adotada. De qualquer forma, sinto que a música nos aproximará novamente.

- Hum… isso é bonito. Um jovem que canta na esperança de se reunir com a irmã há tempos perdida. É uma história de arrancar lágrimas. – nesse momento, fiquei na dúvida se ela estava sendo sincera ou sarcástica. – Naomi se aproximou do meu rosto. Seus olhos puxados e lábios vermelhos eram muito bonitos, mas também uma perdição – Então… o que fazia da vida antes de ser assistente de banda?

- Isso não faz diferença. – falei levantando da cama e vestindo minhas roupas rapidamente.

- Bom, de qualquer forma, farei de tudo para lhe transformar em uma estrela, você só precisa ser obediente. – disse em tom sugestivo. Abaixei a cabeça e entristecido, saí do quarto.

Portilho estava na sala com a cara fechada, me julgando com o olhar.

- Você dormiu com ela, não foi? – disse cruzando os braços, em tom autoritário. Tentei ignorar – Você acha certo fazer isso com o Valente? Acha certo se vender em troca de…

- Portilho, por favor, cala a boca! – ele me lançou um olhar decepcionado e encolheu os ombros.

- Ora, ora… porque estão discutindo? – Naomi surgia me abraçando por trás. Ela vestia uma camisola quase transparente e se esfregava propositalmente em mim. Os olhos de Portilho quase saíram das órbitas.

- Que se dane! Eu vou embora. – disse ele sem olhar pra mim.

- Portilho…

- Não, deixe ele ir. Temos um sonho a realizar. Se ele fosse seu amigo de verdade, ficaria feliz por sua oportunidade.

- Mas…

- Jonas, se quiser se tornar um cantor profissional e encontrar sua irmãzinha, terá que fazer sacrifícios, a começar por esse tal de Valente que ele mencionou. Quem é? Seu caso? Se for, largue-o. Vivemos em um mundo sombrio e não há espaço para pessoas “diferentes”. Você é um sobrevivente e precisará agir como alguém normal se quiser continuar sobrevivendo, Jonas.

 

[William, o Valente]

 

Naquela madrugada, cheguei em casa com o sanduíche favorito do Golfinho. Eu queria agradá-lo e mostrar que poderíamos dar certo, mesmo com todas as inseguranças, encontraríamos força um no outro.

*

Enquanto eu trocava a toalha da mesa, ouvi o som da porta abrir.

- Desgraçado! – berrava Portilho entrando com fúria no olhar.

- Que bicho de mordeu? Cadê o Golfinho? – perguntei olhando por trás de Portilho na esperança de ver o meu Jonas.

- Não quero ouvir falar naquele ingrato! Se eu fosse você, faria o mesmo.

- Espera! O que aconteceu? Eu… comprei fast food, o favorito dele. Tô de guarda pro Gigante não comer e…

- ELE NÃO TE MERECE VALENTE! ENQUANTO VOCÊ SE PREOCUPA COM UM JANTAR ROMÂNTICO, ELE TÁ FODENDO COM UMA MULHER QUE ELE ACABOU DE CONHECER! – Portilho disse aquelas palavras aos prantos. Gigante, que saía do banheiro, ficou tão constrangido quanto eu. Foi a primeira vez que vimos Portilho explodir daquela maneira – Droga! Falei demais, desculpa eu…

- Você tá brincando, não é? – perguntei já sentindo minha voz embargar.

Portilho não teve coragem de responder, ao invés disso, correu para o quarto e me deixou ali, completamente atormentado.

*

Passei a madrugada em claro e só sosseguei quando Golfinho chegou em casa, por volta das sete e meia da manhã.

Fui para a sala e sentei. Ele entrou e mesmo me notando ali, não falou nada, apenas abaixou a cabeça.

- Eu estava preocupado com você. – falei quebrando o gelo.

- Eu tô bem, Valente. – disse baixinho num tom de voz fraco – Eu vou dormir. – disse indo em direção ao quarto.

- Portilho me falou tudo. – quando eu disse isso, ele parou onde estava e me olhou choroso.

O silêncio que se formou em seguida foi mais doloroso do que qualquer palavra que pudesse ser dita.

*

As semanas seguintes foram uma avalanche de acontecimentos.

Tartaruga anunciou que iria passar uma temporada na base das Forças de Autodefesa, Portilho iria morar em um quartinho perto do Mercado Informal a pedido de Alexander e Laila, pessoas pra quem ele ainda trabalhava. Golfinho, por sua vez, quase nunca estava em casa. Estava a maior parte do seu tempo com a mulher chamada Naomi.

- Então… vai mesmo se mudar pro outro lado da cidade? – perguntou Gigante entrando no meu quarto com os olhos marejados enquanto me via arrumar as malas.

- Vou. Quem sabe eu consiga um bom emprego por lá, já que o velho Bill anda querendo fechar o bar por conta de uma provável guerra.

Gigante ficou cabisbaixo. Ele estava triste. Eu entendia seus motivos. Todos pareciam ocupados demais com suas vidas, até mesmo Portilho, pessoa de quem ele era mais próximo.

- Não fica triste, Gigante. Porque não se muda daqui também? Essa casa fica tão longe da cidade. Talvez seja bom recomeçar longe daqui. Quem sabe você consegue um trabalho estável.

- Verdade. Vou pensar sobre o assunto. O-obrigado. – disse sorrindo para mim.

 

[Mario, o Portilho]

 

- Droga, hoje é feriado e o Mercado tá pouco movimentado! – murmurei a Nomoto, que tomava uma cerveja comigo próximo ao Galpão Vermelho da Orla.

- Porque não descansa um pouco? Você tem trabalhado demais.

- Eu não preciso descansar. – falei resmungando num tom exaltado – E você, vai fazer o quê no resto do dia?

- Eu tava pensando em voltar à Casa das Primas. – quando Desmascarado disse isso, abri um sorris gigante.

- Tô vendo que gostou de provar o doce sabor do pecado, meu amigo. Já pegou quantas por lá?

- Não seja indiscreto Portilho! – Desmascarado falava enquanto tentava esconder o rosto corado.

- Bom, acho que vou aproveitar e visitar o Valente. Hoje ele tá se mudando e acho que vai precisar de ajuda e… - foi nesse momento que olhei para o lado e vi Golfinho. Ele estava com os cabelos penteados para trás e usava um casaco marrom que eu nunca tinha visto. Ao seu lado estava Naomi – Olha lá Desmascarado, o Golfinho! Vamos falar com ele!

- Sei não… ele anda tão estranho. Será que ele já te perdoou por ter contado ao Valente sobre aquela mulher?

- Claro! Somos como irmãos e irmãos brigam! – tomei o último gole da cerveja e corri até ele. Desmascarado veio logo atrás – Ei Golfinho! Tá todo bonitão! O que faz por aqui? Também está de folga?

Naomi me olhava como se eu fosse a criatura mais insignificante do mundo. Ela cruzava os braços e me encarava enquanto eu cumprimentava meu amigo. Respirei fundo e a encarei de volta. Ela logo desviou o olhar e jogou seus cabelos para o lado.

- Você tá livre? Porque não vai conosco à casa do Valente? Ele tá se mudando hoje. Ele vai gostar. – Quando mencionei Valente, a expressão de Golfinho mudou e seus olhos perderam o brilho. Desmascarado, que estava ao me lado, me cutucava incessantemente.

- Você não deveria ter mencionado Valente. – sussurrou Desmascarado em meu ouvido, mas acho que Golfinho escutou também.

- Desmascarado, Portilho… fiquem longe de mim a partir de agora!

- O quê? Mas somos amigos, depois de tudo o que passamos…

- Prefiro que me deixem em paz. Será melhor assim. – Golfinho disse isso e seguiu em frente, sem olhar para trás. Naomi me lançou um olhar vitorioso e o seguiu.

- Acho que ele ainda tá bravo. – disse Desmascarado me abraçando pelos ombros.

 

[William, o Valente]

 

Desci o táxi e me deparei com o prédio onde ficava meu novo lar, um apartamento pequeno, mas aconchegante o suficiente.

Do outro lado da rua havia um parque e o rio, o mesmo rio que passava pela Árvore dos Sonhos e pelo Reformatório Trinta e Seis, o mesmo rio que passava pela orla do Mercado Informal.

Senti meu coração apertar e por um instante me arrependi de ter me mudado, mas no fundo, eu sabia que era necessário e que já tinha passado da hora de trilhar meu próprio caminho.

Peguei minhas duas bolsas e subi as escadas. Abri a porta e entrei.

As paredes eram amareladas e as luzes estavam queimadas, mas era um bom começo, a única parte ruim era estar tão longe dos meus amigos.

Suspirei enquanto pensava no dinheiro que precisaria juntar para conseguir comprar móveis, mas então, um barulho vindo de fora me distraiu.

O barulho se repetiu com mais intensidade, por isso saí para ver o que era.

Percebi que o som vinha do apartamento ao lado. Aparentemente, era alguém que estava se mudando também, mas não um alguém qualquer.

- GIGANTE? O que faz aqui? Você se mudou? – falei boquiaberto ao vê-lo bambear entre algumas caixas que estavam em seu caminho, o que lhe fazia tropeçar e bater com força na parede.

- Surpresa! – disse abrindo um riso – Agora somos vizinhos de porta! – de fato, Gigante morava no 303 e eu no 302.

- E quando foi que decidiu se mudar?

- Foi logo depois da nossa conversa, semana passada.

- E o que são essas caixas todas? Como vai pagar o aluguel e…

- Eu tenho meus trabalhos informais e minhas economias. Essas caixas são coisas que encontrei. Móveis velhos que pretendo reformar e reutilizar. – dizia Gigante todo orgulhoso de si.

Não demorou muito para que escutássemos a voz de Portilho que subia a escada ao fim do corredor aos berros. Nomoto estava com ele, apenas concordando, mas evidentemente com os pensamentos distantes.

- Porque essa revolta, Portilho? – perguntou Gigante abrindo os braços para abraça-lo.

- AQUELE DESGRAÇADO! DANE-SE ELE! – berrava Portilho chutando o ar – Como se eu fizesse questão de vê-lo de novo! Traidor!

Entramos para a casa de Gigante e ele continuava a reclamar.

- Eu sinceramente, não esperava passar meu feriado ouvindo os lamentos desse pirralho de meio metro. Eu deveria estar na Casa das Primas…

- O QUÊ? – Portilho deu um salto, ficando ainda mais irritado – VOU TE MOSTRAR QUEM TEM MEIO METRO SEU NINFOMANÍACO VICIADO EM PRIMAS!

Segurei Portilho e Nomoto deu de ombros aos risos.

- Agora que moramos longe um do outro, deveríamos aproveitar pra curtir, beber um pouco… - sugeriu Gigante, mas Portilho, ainda irritado cruzou os braços.

- Aquele estúpido tá cego por aquela mulher! Em pensar que eu torci pra vocês dois ficarem juntos desde sempre. – ouvir aquilo de Portilho foi como ter uma faca cravada no peito. Disfarcei a dor de não tê-lo ali e sorri, sem graça.

- O Golfinho sempre deixou claro seu maior sonho: se tornar um cantor famoso e reencontrar sua irmã. Eu jamais me colocaria entre ele e seu sonho. Não há muito o que fazer. É uma escolha dele. – falei tentando parecer sensato, mas nem eu acreditava em minhas palavras.

- Aposto minha cabeça como aquela Naomi está manipulando ele na promessa de ser empresária dele e lança-lo ao estrelato. – comentou Desmascarado – Ele deve estar sob influência dela e por isso falou aquelas coisas.

- Isso não justifica ele nos tratar dessa forma! Ele é um ingrato! – dizia Portilho inconformado.

- Ele é um ex-encarcerado e é bissexual. Ele precisa ser duas vezes melhor que qualquer um de nós se quiser sobreviver nesse mundo hostil. – disse Gigante soando sabedoria pela primeira vez – Mas não se preocupe pirralho, você ainda tem a nós.

- EU VOU TE MOSTRAR O PIRRALHO SEU GRANDÃO DE MERDA! – Portilho avançou sobre Gigante, que o segurou com apenas uma mão. Não pude deixar de segurar o riso, o que o irritou ainda mais.

Mesmo com toda a dor e a ausência de Portilho e de Tartaruga, foi um dia agradável. Eu adorava esses momentos de descontração ao lado deles.

- Acho que você deveria tentar falar com ele. – disse Desmascarado me cutucando – Talvez ele te escute.

- Eu não sei…

- Aqui! – disse me entregando algum dinheiro discretamente – Vá comprar cerveja. – ele disse isso e piscou para mim.

 

[Jonas, o Golfinho]

 

“Nas vezes que te abraço, e bate aquele frio…”

- PARE! PARE! – berrava Naomi ao instrumentista – Você está distante do canto, perdendo o tom! O que há com você hoje, Jonas?

- Me desculpe, Naomi.

- Não importa. Bom, faremos uma pausa de cinco minutos. – ela deu dois passos e se aproximou de mim – Estou investindo em seu talento. Não aceito menos do que a perfeição, garoto. A propósito, fiquei muito orgulhosa de você lá no Mercado Informal. Espero que realmente rompa todas as ligações  que têm com aqueles garotos do reformatório disciplinar.

- Sim. – falei segurando as lágrimas e então caminhando para fora do estúdio.

*

Poucas pessoas caminhavam pela avenida durante aquele fim de manhã. De onde eu estava dava pra ver o Mercado Informal do outro lado e o rio que passava sem pressa cortando o urbano e o rural da região.

- Jonas! – aquela voz familiar despertou todos os meus sentidos. Era Valente, com as mãos nos bolsos. Na mão direita usava uma luva preta, certamente para aliviar as dores nos dedos que ainda estavam sequelados.

- Valente? O que faz aqui? – eu estava quase sem fôlego ó em vê-lo tão perto de mim.

- Vim comprar cerveja. É mais barato no Mercado. – disse mostrando as sacolas que carregava na mão esquerda – Podemos conversar?

- Ham… desculpe, mas estou bastante ocupado no momento. – falei virando o rosto para esconder a tristeza.

- Não vai demorar. – disse tocando meu ombro.

Nossos olhos se encontraram e não pude deixar de notar o desespero com que ele me encarava.

Acabei assentindo e caminhando até a orla.

*

- Então, o que quer falar, Valente? Portilho e Nomoto te mandaram aqui não foi?

- Sim. O Portilho não para de resmungar.

- Então você já sabe. Não quero mais nenhum contato com vocês. – falei tentando parecer o mais frio possível.

- Não pense que vim tentar impedi-lo ou te convencer do contrário. – Valente ficou de frente para mim e acariciou minha mão – Você está lutando sozinho. Todos sabemos disso, por isso, não se preocupe conosco, apenas faça o seu melhor para realizar seus sonhos. Toma, este é meu novo endereço. – disse me entregando um bilhete – Me chame se precisar. Acima de qualquer coisa, sempre seremos amigos. Nunca esqueça de tudo o que o Mano nos ensinou e dos sacrifícios que ele fez para que fossemos verdadeiramente livres.

- Mano…

- Se pudermos fazer algo por você, estaremos prontos. Só não esqueça de garantir um lugar na primeira fila para o Portilho quanto você estiver brilhando num palco. – quando ele disse isso, comecei a chorar – Não esqueça que todos te amamos, principalmente eu.

Valente disse isso e então se foi, me deixando perdido nas lembranças e dores do passado.

*

Retornei ao estúdio e Naomi estava tão eufórica que nem notou meus olhos inchados de tanto chorar.

- Onde você estava? Venha! Preciso te mostrar algo! – disse estendendo um jornal para mim.

No jornal havia uma página falando sobre o Festival de Talentos de Bragança.

- É a nossa chance! Está chegando o dia em que vai dar seu primeiro passo rumo ao estrelato! – disse Naomi extasiada.

- Eu vou me apresentar mesmo o Festival? – falei ainda incrédulo.

- Eu disse que podia contar comigo. Chega de cantar em bares, agora vamos pensar um pouco mais alto. Lá haverá grandes nomes da música e com certeza irão gostar de você. Seu futuro já está escrito. Vamos ensaiar. Não temos muito tempo!

- Vamos! Assim eu me afino pra cantar bonito e finalmente realizar meu sonho de ser um cantor famoso e encontrar minha irmãzinha, Milena!

 

[Milena, a Inquebrável]

 

Toc-Toc-Toc!

- Pode entrar! – falei estremecendo.

Madame Narcisa entrava segurando uma xícara de chá. Seu olhar cansado expressava compaixão, mas isso não me deixava menos aversa à ela, afinal de contas, ela não passava de uma cafetina que lucrava explorando garotas como eu.

- Eu sei que tudo é novo pra você, minha jovem. Tem certeza de que quer fazer isso? Você é tão novinha e…

- Eu sou uma sobrevivente. – falei com determinação.

- Pois bem, não vou lhe perguntar os motivos que lhe trouxeram até mim, mas saiba que não vou me responsabilizar caso algo lhe aconteça, afinal de contas, você é só uma criança.

- Não sou mais criança. Deixei de ser no dia em que fui vendida como uma mercadoria.

Madame Narcisa se aproximou e estendeu a mão para mim.

- Eu sei que esse não é o lugar dos sonhos pra uma garota como você, mas acredite, muitas meninas já saíram dessa vida e hoje são felizes, quem sabe você seja a próxima. Bom, vou lhe deixar sob os cuidados de Adria. A propósito, qual o seu nome?

- Milena. – falei com a voz embargada.

- Milena! Seus olhos são azuis como o céu e seus cabelos dourados como o Sol. Você é linda. Bom, não vou mais lhe importunar.

Madame Narcisa disse isso e saiu a passos lentos, me deixando acompanhada da solidão e da tristeza que transbordava constantemente em meu coração.

 

Próximo Capítulo: Reunião


Notas Finais




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