História Nasce um Sentimento (Sasusaku) (Itarin) - Banho.

Uchiha Itachi

Sasuke e eu largamos Haruki ou que restará dele, sob a cama. Sem dizer nada meu irmão sai enquanto Konan entra seguida de Pain com uma seringa em mãos.

----O que é isso? ---- pergunto a mulher de cabelos lilás.

----Morfina.

----Itachi? ---- chama o Líder ---- Quero que fique aqui o vigiando. Haruki e um idiota, mas é fundamental para manter nossa barreira de proteção. E é bem provável que alguns dos membros apareçam aqui para elimina-lo.

-----Seu estado é crítico. Acha que irá sobreviver? ---- pergunto.

-----Caso sua alma morra, seu corpo pode ser mantido, assim como seu talento. Se vier a falecer o transformarei em um de meus seis caminhos.

Um arrepio percorre minha espinha ao observa o Rinegam de seus olhos. Pain não dava ponto sem nó em suas ambições. Isso acabará me deixando mais em alerta.

Aporta do quarto se fecha novamente, mas não fica por muito tempo assim até que uma ruiva entra como um furacão. Isso era estranho... o que Karin fazia aqui.

----Bom... vamos ver o que podemos fazer pelo seu amigo. ----- diz ela se aproximando da cama enquanto prende os cabelos num coque.

Amigo?

---- Ele não é meu amigo.

Ela simplesmente da de ombros ajeitando os óculos.

----Então porque está aqui? ---- pergunta enquanto passa a examinar os ferimentos no tronco de Haruki.

-----Não é da sua conta. ---- respondo.

Ela me olha e não consigo entender sua expressão, um tanto quanto analítica e debochada.

-----Pelo visto a arrogância e de família. ----- resmunga voltando a olhar para o ninja ferido.

Eu a ignoro... por um tempo. Até que algo chama a minha atenção. A garota abre a boca do ninja inconsciente, tira uma kunai do seu próprio estojo e corta o próprio pulso.

-----O que é isso? ---- pergunto enquanto vejo o líquido vermelho entrar na boca de Haruki.

-----Meu sangue ajuda na regeneração de seu chakra. Dando uma probabilidade de cura mais rápida... Funciona na maioria dos casos... mas no dele e muito sério e talvez não seja o suficiente. ---- ela vai até o banheiro e ouço a torneira da pia sendo aberta e um tempo depois fechada. Ela volta com a toalha de rosto precionado o pulso. Com a outra mão livre ela começa a remover as roupas dele. ---- Invés de ficar aí parado... por que não da uma mãozinha?

----Como é? ---- Nunca em toda a minha vida, uma mulher havia falado assim comigo, nem mesmo minha mãe.

Ela nem olha pra mim, segui rasgando a camisa do outro, que geme em agonia por estar sendo chacoalhado. Haruki fora um merda na maioria das vezes, mas comecei a sentir pena dele por ser tratado por aquele ruiva. A mulher era muito fria, me atrevo a dizer, mais do que a própria Sakura ou Konan. Me irritando com a sua demora, tiro a capa preta e começo a ajudá-la na remoção.

Deixamos o rosado apenas com a cueca box preta. Seus lençóis haviam sujado de sangue. Ajudo ela a carregar seu corpo até o banheiro. Abro o vidro do enorme box de ladrilhos pretos e espelhados. Ligo o chuveiro enquanto observo a ruiva tirar a própria camisa de mangas curtas ficando apenas com um top preto e o short curto.

----O que tá fazendo?

Me olhando como se eu fosse um idiota responde:

-----Acho que é óbvio. Ele não está em condições de se banhar sozinho. Na verdade aposto que ele nem sabe o que está acontecendo. ---- Fico quieto enquanto ela entra no box primeiro arrastando com dificuldade o corpo do Haruno, pois ele era uns quinze centímetros mais alto que ela e uns três a mais que eu. Começo a sair pensando que Haruki era um cara de sorte, mas rindo internamente ao pensar em sua cara quando eu contasse o que tinha acontecido enquanto estava inconsciente ---- Eii bonitinho... aonde pensa que vai? Não vou fazer isso sozinha.

Paro antes de chegar a porta diante de suas palavras. Me volto novamente para ela e o cara em seus braços pensando seriamente em todos os anos que tive para formar minha reputação, ganhando respeito e medo dos inimigos e lá está aquela ruiva curvilínea segurando meu parceiro imbecil.

-----Se contar isso a alguém eu mato você. ----- digo a ela tirando minha camisa e sapatos.

Ela tira os óculos assim que entro no box, depositando-os na partileira que continha shampoo e sabonete.

-----Qual é? Não é como se eu quisse-se dividir o banheiro com um ninja moribundo e um assassino.

Contendo a minha raiva e dignidade respondo:

-----Anda logo com isso.

Sem retrucar ela passa o sabão na esponja de banho e começa o processo de ensaboar o cara. Foco meu olhar no chão vendo o sangue e terra saírem de seu corpo. Por diversas vezes sinto suas mãos femininas esbarrar em meu peito e braços enquanto o seguro de lado. Em um dado momento ela se abaixa para lavar as pernas dele chamando minha atenção para suas costas e ombro. A pequenas cicatrizes em sua pele, quase imperceptível de cor rosada. Leva um tempo para eu perceber que são cicatrizes de mordidas... "Meu sangue ajuda na regeneração de seu chakra." Fora o que ela dissera. Um sentimento de revolta me afligiu ao imaginar ela recebendo aquelas cicatrizes.

-----O que você fazia com Orochimaru? ----- pergunto logo após de Haruki começar a gemer de dor.

-----Era cientista.

Isso explica a frieza em seus olhos, além das marcas. Sempre ouvirá que o Sannin fazia experimentos em pessoas. Quantos Karin havia matado dentro de um laboratório? Provavelmente compartilhava das mesmas insanidades do mesmo.

----- Tá... doendo... ---- murmura o ninja chamando nossa atenção. ---- Pai? Porque está ... fazendo...isso?

-----Esta delirando. ---- diz ela.

Ela passa a pegar a toalha pendurada do lado de fora. Por mais que sua expressão seja compenetrada, seus movimentos são calmos e gentis em secar os machucados. Ela sai do quarto e volta com outra cueca box, só que essa vermelha. Me alcança.

-----O que?

-----Você é homem. Troque a cueca dele. ----- diz enquanto o segura e quase balançando a cueca na minha cara.

-----Nem pensar. A ideia de dar banho nele foi sua.

Seu olhar se torna irritado.

-----Você está brincando né? Eu dei banho, estou com pulso cortado, o mínimo que você fez foi segurar ele. Que tipo de amigo você é?

-----Eu já disse que não somos amigos.

Não sei por quanto tempo ficamos nos encarando até que ela suspira e com rosnado baixo remove olhando pra lado a roupa intimida dele. Eu teria rido da cena se não estivesse bravo.

Com isso feito o levamos para a cama, não sem antes ela trocar o lençol, por limpos. Deixando os sujo numa tulha no banheiro. Volta com a camisa que aos poucos grudava no corpo e os óculos.

-----Porque fez isso por ele? ---- pergunto tentando entender o motivo.

Pois ela e Haruki eram estranhos um para o outro. E não conseguia entender o porquê de ela ajudar um assassino que com toda a certeza não faria o mesmo por ela.

-----Não é da sua conta. ---- responde me jogando minha próprias palavras.

Dessa fez eu não me contenho ao grudar seu corpo de frente pra parede. Minha mão segura sua nuca a mantendo parada. Um arrepio de pazer percorre meu corpo ao ter o seu tão proximo.

-----Eu não sei como você se portava com aquele imbecil do Orochimaru. ---- minha boca está quase colada ao seu ouvido ----- Mas posso lhe garantir que sou bem pior que ele. Então volta a falar assim comigo e terei o prazer de fazer você pagar por essa sua língua atrevida.

Seu corpo está trêmulo e por um momento acredito tê-la assustado. Momento esse que passa quando sou arremessado do outro lado do quarto, sem me dar tempo, correntes saídas de suas costas me prendem por completo.

----- Se aproxime novamente de mim, como fez agora e quem pagará será você. ---- diz ela caminhando em minha direção com o olhar assassino. ---- Por hora quero você vivo. Admito que não sou boa no corpo a corpo. E quero muito ver Sasuke lhe dando uma surra.

O Sharingan se ascende em meus olhos.

Ela solta as correntes as recolhendo novamente. " O que era aquilo?"

-----Poupe seus olhos. Eu estou saindo.

E com uma segurança e graça a desgraçada sai do quarto enquanto eu tento me recuperar por ter sido pego de surpresa.

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Horas se passam, Haruki não dera sinais de melhorar e começo a sentir pena do cara... ele agonizaria até a morte. Após a saída da ruiva fora tomar um banho ali mesmo e agora estava no escuro do quarto tentando controlar meus pensamentos.

Eu deixará Sasuke vivo com o intuito de me matar... para aliviar um pouco do peso que carrego por ter matado nosso clã.

" Eu quero muito ver Sasuke lhe dando."

Mas após isso ter saido de seus lábios meu orgulho estava ferido. Não queria que ela testemunhasse minha derrota... O que era estranho, afinal nunca me importei com os comentários alheio.

Estou nesse impaci de manter a desgraçada viva ou ir ao seu quarto hoje a noite e dar cabo dela quando Sakura entra pela janela e para enfrente ao irmão.

Observo a kunai em seu punho percebendo que não era só eu que tinha pensamentos assassinos.

----- Veio terminar o que começou? ---- pergunto.

Ela fica parada, sem nem ao menos olhar pra mim, enquanto observa o corpo ferrado do irmão.

-----Vejo Que são muito amigos, para você estar aqui ainda.

Pronto... mais uma com essa palhaçada de amizade... diferente da ruiva que me tirava do sério Sakura era mais serena então resolvo dizer a verdade.

----- Não... Estou aqui a mando de Pain. Muitos aqui o querem morto, mas ele é fundamental para manter a barreira envolta do esconderijo.

Ela suspira... está abalada com algo.

-----Entendo... ---- diz calma ---- respondendo a sua pergunta.

Ela larga a kunai e faz sinais de mãos que não reconheço.

-----Técnica da Palma Mística.

Suas mãos pousa no corpo ferido e em segundo me pergunto se a kunoichi e um anjo, pois ela cura o corpo do Haruno em segundo. Bem diante de meus olhos.

Assim que termina ela fraqueja, indicando que ficou fraca ao usar o jutsu.Haruki se senta na cama, tão chocado quanto eu.

----Porque fez isso? ---- pergunta com surpresa.

Ela o ignora e passa a caminhar até a porta com dificuldade. Mas o Haruno não desiste ao gritar com ela.

----Me responda.

Ela simplesmente se volta pra ele, suas esmeraldas estão tristes.

-----Por que é isso que os irmãos fazem... ----- sua resposta me atinge fundo assim como Haruki que fica pálido -----Não sei como foi a sua vida , mas aposto que não foi boa. Não serei eu a carregar em minhas mãos a sua morte. ---- meus pensamentos voltam novamente a Sasuke ---- Não espero também que goste de mim por isso.

Ela abre a porta e Haruki faz um sinal para que eu acompanhe ela. Tomo seu pequeno corpo em meus braços e sem discussão a ajudo ir até seu quarto. Paramos em frente a porta quando ela solta.

---- Eu sei da verdade. Sei o porque fez aquilo... Não e justo você carregar toda a culpa e não é justo que ele não saiba.

Minhas mãos tremem. Se ela sabia da verdade, do massacre de meu clã, quem mais sabia? A ruiva era sua colega de quarto e parceira de Sasuke.

-----Isso não é assunto seu. ---- digo ameaçador.

------Tem razão... é por isso que vou lhe dar um prazo para contar a verdade ao Sasuke.

Aperto sua cintura com força, aproximando nossos rosto.

-----Não vou aceitar ameaças suas.

Agora, que nem parece se importar com o meu aperto me olha de forma sonolenta.

-----Não é uma ameaça. É um aviso!

Estava aponto de por a ninja médica num genjutsu, quando a propria adormece em meus braços.

Abro a porta do seu quarto e a depósito na cama. Cubro seu pequeno corpo com o lençol. Na cama ao lado se encontra uma ruiva adormecida esparramada. Sem me conter a observo por um tempo. Tiro seus óculos, para que ela nos os quebre. Penso em deixar no criado mudo mas guardo no bolso de meu casaco. Vamos ver como ela se saia sem eles.

Como fiz com a outra, cubro seu corpo e saio do quarto. Estou prestes a entrar no meu quando me sinto ser observado. Olho em volta, não a ninguém no corredor. Descarto essa hipótese e adentro o meu quarto. Não penso duas vezes em tirar minhas roupas, ficando só de calça. A noite está fria, mas sinto meu corpo quente, não uso cobertas para me cobrir. Após um tempo sinto o sono me tomar... mas com ele... vem uma ruiva me importunar, fazendo com que eu não descanse. Precisava me livrar não só dela, mas de Sakura, caso essa volta se a me ameaçar.